#RioAve #ViladoConde #Oeiras #Jamor #Benfica #Lampiões
Sou do Rio Ave!
Desde pequenino
Aind’a era menino
Hoje sou esta “trave”!…
E crescido que estou
Também sei apostar
Que quem vai ganhar
É quem menos ganhou!
Que depois de Turim
Já nada satisfaz…
Ainda qu’o eterno loquaz
Diga sempre que sim!
Que estão com moral
E cheios de raça
Pr’a vencerem a taça
De Portugal!
Como s’a outra equipa
O meu eterno Rio Ave!
Não jogasse o que sabe
E vencesse a bendita!
E sou do Rio Ave
Da bela Vila do Conde
Pois ainda que longe
Não me é um enclave!
Pois tem no poeta
O meu vínculo egrégio!
O eterno José Régio
Das palavras, profeta!
E o seu Cântico Negro
Farol da minha vida
Na chegada e partida
Do qu’é ser-se íntegro!
E qu’um dia eu lá vi
Num declamar incandescente
Esse grande Presidente:
“…Sei que não vou por aí!”
Essa era a sua Glória
Caminhar seus próprios passos
C’as suas ironias e cansaços…
Mas sem perder a trajectória!
E só posso ser do Rio Ave!
Esse clube já condenado
Por este país encarnado
Tomado por mero entrave!
Tragam por isso a Taça
E festejem na marginal!
Não no Marquês de Pombal
Símbolo de crime e trapaça!
E junto à casa do poeta
Meditem nessas palavras
Premonitórias e sábias
De quem morre e desperta!
E nesse caminho, por fim
Não saber onde se vai
Não saber por onde se vai…
É saber que não se vai por aí!
Por: Joker
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