quinta-feira, 21 de junho de 2012

O que se passa (ou passou) com CR7 na seleção.








Sem qualquer sombra de dúvidas, Cristiano Ronaldo é já considerado como um dos maiores fenómenos desportivos e futebolísticos do velho continente, juntamente com Leonel Messi divide há já vários anos o título do melhor jogador do planeta, se bem que nesta qualificação eu entenda que o jogador argentino estará uns furos acima do português, tendo em conta vários factores de exigência do nível futebolístico que os dois têm exibido nos seus clubes e nas respetivas seleções, porém, nesta minha apreciação existe um factor único que nunca foi testado, que tem a ver com o facto de Messi nunca ter jogado noutra equipa nem noutro sistema de jogo para além do Barcelona, ao passo que CR7 já demonstrou que é um talento em força e em evolução nos dois principais clubes por onde já jogou, Manchester United e Real Madrid, dois colossos do futebol mundial.








Todavia, na seleção portuguesa raramente vemos o CR7 a demonstrar o seu potencial e talento que patenteia quando ao serviço dos clubes, que segundo a opiniões de muitos observadores se deve, essencialmente, à forte pressão que pesa sobre os seus ombros de ter como principal missão resolver sozinho o que deveria ser dividido por todos os seus colegas de seleção, acrescido ainda do fardo de também ser o capitão, que na ótica dos mesmos entendidos foi também um erro de casting que contribuiu para esta situação, pois subscrevem que não terá o perfil indicado ou adequado para esta atribuição tão marcante, já que não basta ser talentoso, mediático e galático, será preciso muito mais do que isso que terá a ver com a forma como lida com a crítica quase sempre destrutiva e nunca construtiva a seu respeito, com o seu próprio discurso na forma da dialética das suas palavras, e ainda, por que não, por também nunca saber lidar com a possibilidade de poder vir a ser substituido a qualquer momento de jogo, o que não enobrece em nada o exemplo de capitão de equipa, como se viu no jogo com a Dinamarca onde deveria ser substituido, e ficou bem patente que nem Paulo Bento teve a ousadia ou a coragem de o fazer, estado que certamente não deve funcionar pela positiva no seio da seleção.

No entanto, quando se tem o verdadeiro talento nato de um predestinado desta inaudita modalidade desportiva, como acontece com o CR7, o seu nível e a sua imensa qualidade técnica terão que vir sempre ao de cima, tal e qual como acontece com o azeite e o no caso do algodão que não engana, como ficou demonstrado no último confronto entre Portugal e a Holanda, onde Cristiano Ronaldo deu uma resposta categórica a todos aqueles que ainda tinham dúvidas sobre os seus atributos ao serviço da sua seleção, que também é a de todos nós e temos obrigação de a apoiar.


Por: Natachas.

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