Já não há palavras... |
Panfleto "Futurista"
A impunidade
É o traço do meu país,
Um mal de cariz
Do pov'a metade...
Eles, seis milhões,
Mandam nisto tudo,
E vencem no escudo
Das falsas punições...
São um Estado
Dentr'o da nação,
E tod'o lampião
Se tem ilibado!
Podem agredir,
Ceifar pr'a vermelho,
Qu'o seguro não morre velho
S'alguém os punir!
Não há um máximo castigo,
Uma expulsão directa,
E a via é aberta
Por um árbitro amigo...
Em país de corruptos
Ving'a porta 18,
Porque o país está num oito
D'assaltos!
Ele é políticos,
Banqueiros, empresários,
E os seus honorários
De gritos!!
Pode um país evoluir
Na mentira, no engano,
No roubo, e num falso plano
Pr'o recosntruir?
Pode vingar a ética
Na impunidade instucional,
De quem se diz maior que Portugal
Na sua "genética"?
Pode um país crescer
No legado de Salazar,
E num exemplo de governar
O poder pelo poder?
Podemos ter orgulho
Ao se vencer por condição,
Porque aquela agremiação
Vive do esbulho?
Podemos festejar
Um título com soberba,
Porque se faz um tetra
Na arte de roubar?
Ter um Tiago,
Um Capela, um Ferreira,
Um(a) Janela ou um Ferrari
Já pago?
Não há vergonha
Nem nobreza d'alma,
Quando esta gente clama
Que ganha!?
O país é isto,
Esta condição!
O benfica é uma lição
Dum curso já visto...
Toda esta cartilha
Dum qualquer vendido,
Porque escrev'o enredo
De toda esta armadilha...
A esses candidatos
Das forças ocultas,
Que nos regem em batutas
Os pactos!
Os grupos secretos
Que tudo dominam,
E qu'ainda nos ensinam...
Os espertos!
Polítcos de pacotilha
Formados na TV,
Pr'a se votar em qualquer pê
Na camarilha!
Somos governados
Por esse imenso regime,
Qu'ali na tribuna assiste ao filme
Dos censurados...
E perant'o roubo
Ainda emprestam dinheiro,
Porque no plano financeiro
Eles são tal povo!
Muitos milhões
Sem reais garantias,
Porqu'os créditos são as vias
De tais campeões!
E vencend'o benfica
Ganh'o regime,
E o povo segue firme
No qu'acredita!
Esta sistemática manipulação
De factos,
E querem campeonatos
Em tal competição?
É est'a sociedade
Da democracia?
É est'a verdade que se queria?
A impunidade?
Ver o Luisão
A bater em tud'o-que-mexe,
E que ninguém o ache...
É alienação!
Esta gente o que quer,
Não é a liberdade,
É simpesmente a impundade
D'o ser!!
Este povinho
Não quer a igualdade,
Quer viver na singularidade
Do vinho!
Bêbados de vitórias
Amorais e indecorosas,
Ainda as querem gloriosas
Na ressaca d'euforias...
E quem não está nisto
Tem que s'emigrar,
Tem que s'apoucar,
Porque já está visto?
Tem que se calar
Perante este Estado,
Tem que ser expatriado
Pr'a poder ganhar?
Corja de lampiões
Que nos aliena,
Porque Perdigão perdeu a pena,
Já o dizia Camões...
Esse que, esfaimado, morreu
Por escrever poesia,
Porqu'a nação não o sentia
Seu!?
Esta nação de intrujões,
De traficantes, corruptos,
E de poetas devolutos
Às mesmas canções...
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