C'o rei na barriga!
Quis-se o Miguel em Braga
Pr'a apitar a partida,
E ela esteve quase vencida
Que s'o largo critério
Que não tev'o Felipe,
Deu pr'a expulsar o Brahimi
Por declaração mistério....
Ninguém sabe o que disse
Na sua expressão francófona,
Mas o árbitro leu a mnemónica
No rosto da batotice!
Ele que apita partidas
Como árbitro!?
E disso se gaba, no hábito
Das vitórias conseguidas!!
Este cartel está bem composto
De gente qu'é "independente",
Que o requisito pr'a se ser "inteligente"
É apitar sempre com gosto!
Com gosto p'lo vermelho
Que nem s'esconde de s'o dizer,
Não vá o benfica perder
O título por um chavelho!
Nunca vi tanto lampião
No colégio arbitral,
E agora na parte final
Há rostos na intenção!
É tant'a falta de pudor
No seu trato ostensivo,
Qu'o 4º árbitro foi sugestivo
No encalço do jogador...
Ali de roda do banco
Sempre à procura de pretexto,
Pr'a lá expulsar com contexto
Manco...
É a escola de Coimbra,
Cidade dos meus estudos,
Que faz árbitros com canudos
Em álgebra!
Essa ciência matemática
Que tudo calcula a preceito,
E preconiza tod'o efeito
Na táctica!
Essa táctica destrutiva
No ataque sistemático,
Não vá dar-se o caso táctico
Do benfica perder vida...
E já neste fim-de-semana
Levar coça valente,
Porque nada joga e, já sente,
Que pode ficar de cama...
Nos cuidados intensivos
Quando faltam quatro jornadas,
E se forem mal jogadas
Podem perder os activos...
Os activos de três pontos
Ganhos com muita cartilha,
Que nisso tod'a "quadrilha"
Roubou mais de "mil contos"!
Em tantas boas edições
Lançadas p'lo Capela,
Que juntas dão grande trela
Pr'a se compilarem sermões!
Mas não os do Padre Vieira,
Que não é destinatário,
Porque ele nada tem d'otário
Na sua prelada carreira!
E s'os há nisto "jornalistas"
A receberem instruções,
Não foram os seus sermões
Qu'os fizeram seminaristas!
Aquilo é tudo limpinho
Na persecução do tal tetra,
Qu'o Miguel juntou-se à festa
No Minho!
Na terra do governante,
Que muito lá festejou,
Porque é braguista e gostou
De perder lugar avante!?
E festejand'o empate
Só perderam pois o quarto,
E isso dá de barato...
Qu'o Vitória não é parte!
E ganhand'o benfica
Festeja-se em tod'o país,
E o governante é feliz
P'la sua outra equipa!?
Ou com a única
Pela qual o coração bate,
Porque o benfica tem arte
Messiânica!
E conquista os corações
De Coimbra a Braga,
E do Algarve à azinhaga
Das federações!
E nesse desiderato
Lá apitou o Miguel,
Porque se lhe deu o papel
Mais lato...
E nesse seu critério
De grande juízo,
Só lhe deu pr'o prejuízo
Quando tentou ser sério...
E não vendo faltas na área
Ou motivo pr'a expulsão,
Apitou com coração
E larga coronária...
E mesmo nessa paixão
De quem quer resolver,
Não lhe deu para vencer
A decisão!
Pois qu'ele aí vem
Com'o santo destino,
E qual será o gatuno
Qu'agora vai apitar bem?
Qual será o árbitro
Do nosso conselho,
S'o seguro morreu de velho
E nostálgico?
Qual será o convidado?
O Capela, o Paixão?
O Mostovoi, ou outro ladrão
Do resultado?
Tu não me digas
Qu'é o Godinho?
O Ferreira do Minho?
Faz figas!!!
Ai, Jesus,
Se tu ganhas isto...
Nem que cá desça Cristo,
Te libertarás dessa cruz!
Pois s'eles, ex-aequo,
Perdem este campeonato,
Cria-se um mecenato
Pr'a lhes dar o caneco!
E já produz a Liga
Outro único exemplar:
"A taça que se quis ganhar
C'o rei na barriga!"...
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