Hoje comemora-se o dia
Do Trabalhador,
Um longo processo de lágrimas, sangue e suor
Contr'o trabalho escravo,
Idoso e infantil,
E que só depois de Abril
Deu cravo!
Essa flor simbólica
Da nossa liberdade,
Hoje em estado de necessidade
Nesta República...
Estamos escravizados
De forma mais subtil,
Qu'o poder tem esse ardil
Nos votos anulados...
Estamos demissionários
De tod'a reinvidicação,
E a liberdade é uma ilusão
Dos panfletários!
Insisto em dizer
Qu'o futebol não é só um jogo;
É a manipulação e o logro
Que serv'o poder!
É o capital a fundo perdido,
A força dos secretos grupos,
São os muitos indultos
Num processo temido...
É esta corrupção
Onde grass'a impunidade,
É est'a liberdade
De meter a mão!!
E o povo alegre
Com circo e pão!
E um benfica campeão
Que tão bem (lhes) serve!!
Qu'o dig'o Mexia
Na sua palavra de gestor,
Qu'a economia vai d'andor
S'o benfica vencia...
Esta alegre combinação
De resultados,
Dão sempre bons dados
Pr'a governação...
Por isso é vê-los
Ali nas bancadas,
A aplaudir as arrancadas
E os cotovelos!
É 1º de Maio
E há qu'o relembrar:
O mundo ainda é esse lugar
D'ensaio!
Este é um processo
Em curso,
E no registo do abuso
Têm sucesso!
Esta correlação
De tantas vontades,
Trazem-nos as liberdades
D'adulteração!
E não vingando a ética
Como bem supremo,
Vale o bem terreno
Da "força atlética"!
As palavras de circunstância
Do antigo regime,
Ainda hoje nos define
Na militância!
Não interessam os métodos,
Apenas os resultados,
Maquiavel deu-nos os dados
Por séculos!
Vamos festejar
O dia do Trabalhador,
E crer qu'o investidor
Quer trabalhar...
Esses que, por empréstimo,
Dispõem de milhões de euros
Dos meios financeiros...
Ganham-nos ao cêntimo!
Basta-lhes uma assinatura
Pr'a nos resgatarem milhões,
E serem campeões
Da legislatura!
Não há democracia
Nesta sociedade,
É tudo precariedade
E burocracia!
Dizem-se representantes
Do nosso voto,
E qu'o poder não é ignoto
Dos seus votantes!?
Manter o "Status Quo"
É o seu propósito,
E deixar o povo eufórico
Porqu'o rei vai nu!?
É esta a situação
De liberdade;
Não há prosperidade
Na descriminação...
Na ilegalidade
De meios e actos!
E sempr'os mesmos, "fracos",
A gritar "liberdade"...
A palavra d'ordem
Que nos sai ferida,
E viver esta vida
Porque eles podem!?
Podem roubar,
Podem montar processos,
Podem fingir-se honestos
E ainda "arbitrar"...
Rico trabalhinho!
Sem comentários:
Enviar um comentário