sábado, 11 de janeiro de 2014

Liga Zon Sagres, 15ª Jornada: Benfica - FC Porto (Antevisão)






Depois de um ligeiro interregno, a Liga está de regresso e logo com um clássico! No próximo domingo, Benfica e FC Porto medirão forças no Estádio da Luz, numa partida referente à 15ª e última jornada da primeira volta do campeonato. Decorridas 14 jogos, ambas as formações contam com 33 pontos - juntando-se a esta dupla a equipa do Sporting - fruto de 10 vitórias, três empates e uma derrota.




Nos jogos efectuados como visitado, o Benfica regista quatro triunfos e dois empates (Belenenses e Arouca), cedendo pontos no seu reduto precisamente frente às duas equipas que militavam no ano anterior na Segunda Liga.  A irregularidade exibicional da equipa encarnada vem sendo uma imagem de marca até ao momento, fazendo com que cedesse pontos, em jogos que certamente ninguém contaria. Para o jogo contra o FC Porto, existem algumas incógnitas.

A primeira dúvida prende-se quem irá defender a baliza. O brasileiro Artur Moraes está totalmente recuperado - saiu lesionado no encontro frente ao Olhanense - mas por outro lado, o jovem Oblak apesar de não ter sido verdadeiramente posto à prova, cumpriu na íntegra enquanto esteve dentro das quatro linhas, não sofrendo inclusive qualquer golo. Se a lógica imperar, o Artur deverá ser o eleito, se bem, que tem falhado nos momentos decisivos, o que vem abrir uma réstia de esperança ao guardião esloveno na luta por um lugar entre os postes.

Defensivamente, com a recuperação total do Siqueira, o quarteto utilizado será o habitual, isto é, Maxi Pereira e Siqueira sobre as laterais, estando o Garay e o Luisão no centro da defesa. No meio-campo, reside dúvidas na sua estrutura. Tacticamente, Jorge Jesus por norma opta pela utilização de dois jogadores na zona central (Matic e Enzo). Atendendo às dificuldades do jogo em si, e o FC Porto, jogar com três jogadores no sector intermédio, o mais provável será juntar a esta dupla, um terceiro elemento, que possa ser importante sobretudo nos momentos da perca de bola e possa dar equilíbrio na organização defensiva e garantir as respectivas coberturas. Com base no que tem sido feito, os principais candidatos serão o Fejsa e o Rúben Amorim.

Se a aposta recair no jogador sérvio, aí o técnico do Benfica vai procurar estagnar todas as acções que possam ser desenvolvidas pelo FC Porto no momento da sua organização na zona central do terreno, dando ênfase ao primeiro princípio da defesa (contenção). E lá está, com o Fejsa em campo, o Matic poderá dispor de outro tipo de liberdade no momento com bola, uma vez que o ex-Olympiacos dará o equilíbrio no momento da subida deste. Jogando o internacional português, este dará cobertura essencialmente através das movimentações que possam ser feitas pelo Enzo, que é um jogador bastante inteligente no plano táctico, sabendo-se movimentar nas zonas onde costuma percorrer ao longo de um encontro.

Sendo assim, apresentando três homens no meio-campo, ofensivamente, a equipa é distribuída da seguinte maneira: dois alas e um ponta de lança. Com o argentino Salvio ainda a recuperar da lesão grave ocorrida na terceira jornada em Alvalade, os principais candidatos a ocuparem as faixas, serão precisamente o argentino Gaitan e o sérvio Markovic. Atenção: o ex-Partizan, procura fazer a diferença através de movimentos interiores e defensivamente, não apoia convenientemente o seu lateral, algo a ser explorado pelos dragões.

Uma baixa de vulto no ataque encarnado será o paraguaio Cardozo, que ainda recupera de lesão. Sendo assim, existem algumas dúvidas na composição da linha ofensiva a ser apresentada por Jorge Jesus. Por norma, a estratégia passa pela inclusão de dois homens na frente e posto isto, os candidatos a ocuparem as vagas seriam o Rodrigo e o Lima. No entanto, o internacional espanhol vem treinando condicionado durante a semana de preparação do clássico e tendo em conta, a possível mudança na zona intermédia do terreno, a solução mais provável deverá passar pela utilização inicial somente de um ponta de lança, neste caso: Lima.

No FC Porto, existem igualmente algumas dúvidas, a serem desfeitas pouco antes do início da partida, desde ao onze, até quem irá estar pelo banco de suplentes. Para este encontro, Paulo Fonseca já poderá contar com Ricardo Quaresma, ele que chegou a estar convocado para a partida diante do Atlético, contudo, problemas com o certificado internacional, vieram inviabilizar uma possível estreia neste regresso ao clube, depois de se ter transferido em 2008 para o Inter de Milão.


Será certamente um duelo intenso, onde as duas equipas tudo farão para conquistar os três pontos. Caso o FC Porto consiga obter sucesso no Estádio da Luz, poderá isolar-se no comando da tabela classificativa, ficando claro está, igualmente dependente do resultado alcançado pelo Sporting na visita ao Estoril.  

Por: Dragão Orgulhoso

Eusébio, um exemplo de cidadania e amor ao seu clube.





Ao fazer o uso da palavra no sentido de me pronunciar sobre o nome e a vida de Eusébio da Silva Ferreira, não quero de forma alguma ter a ousadia de tentar fazer aqui a sua apologia, não que esteja aqui em causa qualquer mérito próprio e indiscutível do atleta e do homem em si, ou até pelo simples facto de não ser da sua cor clubista, mas essencialmente por poder não ser capaz de ter as palavras certas e devidas para fazer a exaltação perfeita de uma personalidade tão ilustre e amada pela generalidade dos portugueses e pelos amantes do futebol em todo o mundo, não só pelo que ele representou para todos nós como exímio praticante, mas também pelo muito que nos deu enquanto ser humano.




Curiosamente, ou talvez não, este mundo muitas vezes obscuro, ingrato, mas ao mesmo tempo insólito e imprevisto, por vezes tende mesmo a surpreender os menos crentes do mundo do imaginário, pois Eusébio que era apelidado em Portugal como o “Rei do futebol português” foi sepultado exatamente no dia de Reis, o que não deixa de ser curiosa esta casualidade de um facto consubstanciada com o título que lhe era apregoado.

No preciso momento que estou a escrever estas palavras, no Parlamento da Assembleia da República discute-se se Eusébio deve ou não ter acesso à transladação do seu corpo para o Panteão Nacional, ou dito de uma forma mais popular, se o seu desempenho e personalidade enquanto figura pública se enquadrou no rol das individualidades que mais se destacaram no panorama nacional e internacional, que na minha opinião não repudio de todo a decisão pela positiva em prol do candidato, apesar de ter algumas reservas de princípio, mesmo tendo em conta os mesmos pressupostos absolutos que nortearam a decisão, que apesar de serem de quadrantes diferentes, foram usados para o mesmo fim no caso da também saudosa Amália Rodrigues, e que no caso do Eusébio faz todo o sentido continuar a fazer do desporto o fenómeno cultural de maior magia e mediatismo no mundo contemporâneo.

As sociedades modernas tendem cada vez mais a funcionar através de impulsos, ou de acontecimentos mediáticos de ocasião, isto para dizer que ainda há bem pouco tempo na comunicação social se faziam comparações e juízos de valor entre Eusébio e Cristiano Ronaldo, que quanto a mim são injustificáveis e incomparáveis no tempo pelas condições que ambos tiveram e patentearam nas suas diferentes épocas, e que agora após a morte do “Pantera Negra”, inexplicavelmente ou talvez não, algumas personalidades da área desportiva já tenham vindo a terreiro inverter o seu juízo final, opinando no sentido de se inclinarem mais para o primeiro em detrimento do segundo, para além de se iniciarem já as tradicionais e fingidas homenagens a título póstumo como é apanágio no nosso país, e pronunciando-se mesmo em termos de decisão Estatal com preocupação pelos gastos avultosos para a realização da sua transladação para o Panteão Nacional, quando no mesmo país os mesmos intervenientes que decidem outras mordomias e privilégios pessoais continuam a gastar descaradamente.  

Por fim, e apesar de quase sempre estar de acordo com as decisões do meu clube, o FCP, gostaria de aqui neste fórum deixar uma referência muito particular e pessoal sobre a forma como o FCP reagiu ao desaparecimento de Eusébio, pois, se alguma vez houvesse alguma hipótese ou vontade expressa de um estreitamento de retoma das relações entre os dois clubes, sem qualquer espécie de dúvida que esta ocasião seria a que melhor se ajustava para o tornar em realidade absoluta, se bem que, a poucos dias de um clássico que pode determinar a liderança do campeonato no Estádio da Luz, ser de algum modo inteligível e comprometedor que qualquer ato de aproximação pudesse ser entendido pelos adeptos do SLF, como um ato de provocação e intromissão no sentimento doloroso de todos os benfiquistas, o que só vem provar mais uma vez que na realidade e na convicção de ambas as partes é uma tentativa que morreria logo à nascença, não só pela vontade já demonstrada pelas duas massas associativas e respetivas SADs, mas também, sempre com a “ajuda” preciosa dos vários órgãos de comunicação social e organizações desportivas que se lamenta profundamente, por terem todos interesses instalados para que tudo continue como está.

Por: Natachas.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

A Religião Do Povo

Aleluia!


Segundo o Papa Francisco
O inferno já não é um dado!
O pecado, ali mora ao lado!
E ninguém tem a ver com isso!

Já s’admitem outras tendências
Sexuais e d´outras parecenças
Não há quais reticências…
É uma nova igreja em crenças!

O Mundo está em transformação
Já ninguém arde no inferno!
O castigo já não é eterno!
Uma nova idade da razão?

Mas nem tod’o mundo evolui
Há uma aldeia irredutível!
À beira-Tejo, o desnível
Mantém-se no rio que não flui!

Tudo permanece parado, intacto!
Desd’os tempos dos romanos
Quando invadidos, lutámos!
P’lo nosso reino transacto!

Nós lusitanos sem governo
A quem a civilização moldava
Na pax romana, teimava
Apontar ao seu desgoverno!

E avançando no tempo
Por uma doutrina cristã
Aos mouros sacámos terra-chã!
Para se construir o templo!

E nessa doutrina dogmática
Unificámos novo país
Portugueses, ao que se diz
Evoluindo na sua prática!

E depois de longa Monarquia
Enraizada em oito séculos
Republicanos de novos métodos
Tomaram o país que se queria!

E tornado o Estado laico
Quase anti-clerical!
O método do Marquês de Pombal
Revela-se caótico e arcaico!

O povo precisa da fé!
Uns ícones a quem professar
E nessa República, orar…
Era coisa menos do que é!

Por isso o Estado Novo
Fazendo o papel da República
Assume a coisa pública
E cria a religião do povo!

Os três efes vêm substituir
O velho símbolo real
Cristo, tem concorrência igual
E Fátima pode então, surgir!

E como nem só de religião
Vive o santo povo ignaro
Há que edificar o amparo
Na voz que sai da multidão!

E o fado elege-se canção
Nacional, vindo de Lisboa!
Ah, mas que musica tão boa
Que s’ouve perto do panteão!

A Graça até está ali ao lado
E tudo cai no mesmo encanto
Quando eis, que não o espanto!
O Eusébio marca e levant’o estádio!

E tudo se conjuga em milagre
Na pátria do obscurantismo
O último bastião do colonialismo!
Propaga-se em maior vaidade!

E usa um mestiço no feito
Mundial, nos anos sessenta!
O benfica, a selecção ostenta!
O símbolo qu’então traz ao peito!

As quinas, têm-se lá alto!
O terceiro lugar no mundial!
O benfica europeu, natural!
O regime vive sem sobressalto!

E ainda qu’a guerra assole
Este pequeno país de curtas vistas
Mantêm-se nessas conquistas
À espera qu’o tempo melhore!

E os símbolos lá se perpetuam
No burgo, sem os exportar!
O ouro teima em ficar
Nas reservas que se acumulam!

Por isso a Amália era nossa
E o Eusébio era intransferível
A Irmão Lúcia que de tão crível
Mantinha-se em silêncio à força!

E caído o terceiro segredo
O mundo permanece igual!
Parado continua Portugal
Na política qu’é o seu degredo!

E saídos da “revolução”
Dos cravos tomados por armas!
Somamos então novas “reformas”
E o país soma nova razão?

Não, há apenas um abano
E voltamos à estaca zero!
E tudo somado ao Euro
Nos deixa limpos até ao tutano!

Só há uma coisa que muda
Neste universo regional
Um clube, assume-se mundial!
E então é um Deus nos acuda!!!

As estruturas mostram-se incrédulas
Não é possível fugir ao destino!
Como pode o clube tão pequenino
Ganhar muito mais que elas?!

É a derrocada do regime
Que nessa pequena viragem
Continua em libertinagem
Apesar d’orçamento firme!

E aproveitando a ocasião
Da morte do último dos santos
Se lembra de cantar novos salmos
Pr’o povo saber do panteão!

É que o significado é solene
Não é o “toma lá dá cá”!
“O Eusébio ao panteão, já!”
É escrito em terminologia funebre!

E é um resuscitar dos mitos!
O país não perdeu identidade
Portugal vive na posterioridade!
Do nosso Senhor dos aflitos!

E eis que chegad’os ao jogo
Tudo serve par’as equéxias!
Nessas eternas prosopopéias
Desta religião do povo!


* O autor insiste em reafirmar que respeita todos os princípios e práticas religiosas, mas há limites para a crença nas velhas práticas, pensa o mesmo de que…Obrigado!






Por: Joker

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Obras De Santa Engrácia

Santa Engrácia


Finalmente, o consenso
No hemiciclo nacional!
Traslada-se por apenso
Ao Panteão de Portugal!

E nem é preciso tempo
A que o nojo respeite!
25 anos ao relento
A qu’um herói se sujeite?

É pois forçad’a espera
A qu’a Aquilino levou!
S’a fadista Severa
Por lá nem se sepultou?

Eram outras épocas
A qu’a ciência votava!
Ou essa arte dos estetas
A que só a pintura chegava!

Hoje tudo é democrático
Na heroicidade dos portugueses
S’até o conteúdo socrático
Lev’os políticos, por vezes!

E aderem à causa nacional
Por força de terem ouvido
O Eusébio marcar, por Portugal
Nesse jogo sofrido…

Ia a caminho da escola
Num Sábado da Covilhã!
Quando ouviu, na bola
A sua alegria mais sã!

O Eusébio marcara por quatro!
E o menino volvia-se benfiquista
E então sonhara, sensato:
Um dia vou ser um sofista!

Mas antes serei Engenheiro
De obra já feita, moderna!
E então serei o primeiro
Ministro da escola fraterna!

Pois quem estuda ao Sábado
Merece ser Mestre, Doutor!
Um ecologista, um sábio!
Filósofo e comentador!

E s’o critério bem serve
Pr’o futebolista excelente
Porque não se vota, por breve
Um espaço pr’o dirigente?

O Panteão bem merece
Por este critério aberto
Que lá repouse, quem serve
Com tamanho projecto!?

E que se vote a omissão
Da “mortis causa”
E que s’abra o Panteão
Por “honoris causa”!

Aos vivos já mortos
Pejados desta sabedoria
Que nos têm absortos
Na sua enorme “mestria”!

E alarguemos as obras
De Santa Ingrácia!
Pr’a sepultar estas “trovas”
Da nossa desgraça!

E que caibam lá todos
Estes “nobres” portugueses
Viv’os ou mortos!
São heróis “burgueses”!

Por isso há consenso
Na classe política!
Tanto tempo, tenso…
Que só o Eusébio agita!

E viva a República
Nesta grande lição!
A actividade lúdica
Também vai ao Panteão!

E na manifestação do povo
Se deposita o orgulho!
Traslada-se de novo….
É encher d’entulho!

E o homem modesto
Serve o momento crítico!
Eusébio, foi lesto
No seu depósito criptíco!

Pois isso ganha votos
Isso ganha ovação!
Pr’a quê esperar por outros?
O Saramago, não?!

E é estender o luto
Pr’a apressar o decreto
Eusébio é um grande trunfo!
E o Panteão, tão perto…






Por: Joker

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Heliocentrismo

Obrigado, Mestre!
Obrigado, Mestre!

Por ti, Zé do Boné!
Qu’em ti também s’adequa
Ganhar o sol e a lua
Ou as pirâmides de Gizé!

Pois também simbolizaste
A nossa força motriz
Devolvendo-nos o cariz
Do Porto que transformaste!

E passando aquela ponte
Já não tínhamos receio
De estar a perder a meio
Do caminho até à “fonte”!

Era velho o centralismo
Que construía as pontes
Para, aproximando os montes
Decretar o seu heroísmo!

E nisto, essa paisagem
Que gravitava no país
Er’a a razão, a raíz
De ser de Lisboa, a pajem!

O mundo era imperial
O universo geocêntrico!
E não fôra por Copérnico
Lisboa era o espaço-sideral!

Mas os livres-pensadores
Mesmo sob o jugo da morte
Têm da verdade, a sorte
Qu’os faz viver percursores!

E ousando ir mais além
Ousam contestar o sistema!
Qu’aí só existia em teorema!?
Dispondo-se a provar qu’o “amén”

É sofismo de quem renuncia
A viver em total liberdade
Tomando em suas mãos a verdade
Ousando afirmá-la um dia!

E mesmo perant’os inquisidores
Ousam provar qu’o mérito!
Não é um adquirido direito
E serve apenas aos melhores!

E ousando atravessar o rio!
Pedroto, afirma-se libertário
Vencendo torna-s’o alvo primário
Do sistema vivente do bafio!

Por isso é perseguido à vez
Por mil rostos encapuzados
Perdid’os privilégios doados
Procuram destruí-lo no que fez!…

E o homem morre antes do tempo
De ver singrar a sua obra-prima!
O tempo tudo apazigua e afirma:
É a terra que faz o movimento!

E desmistificado o sofisma
Toda a cadeia se faz ruir
Um novo mundo se faz surgir
Nessa liberdade sem cisma!

E recomposto o universo
Na sua tese verdadeira
O mestre da tese certeira
É relembrado no momento certo!

Pois choram a morte da pantera
Dos tempos em que viveu, cinzentos
Que não tendo culpa desses tempos
Marcou a ouro essa era!

E fazendo gáudio desses feitos
Do homem simples e genuíno
Querem fazer dele o seu hino
Pr’a nos subjugarem em defeitos!

E querendo honrar o seu nome
Procuram relembrá-lo nacional
Esquecendo-se qu’o benfica, por sinal
Foi a quem beneficiou em maior renome!

E nesta homenagem extensiva
Assente numa histeria populista
Tudo é capitalizado à vista
Pr’a ser usado em expectativa!

Querem vencer a todo o custo
Mesmo pelas piores razões!
O qu’interessa nas acções
Sem gratificação ou “tusto”?

O qu’interessa é montar o circo
Pr’a se demonstrar “grandiosidade”
E nisso mostrar a unicidade
Deste “universo” firme e hirto!

Mas tudo não passa duma fábula
O universo tem natureza quântica
E o qu’o da Silva diz é semântica!
O mestre o demonstrou sem cábula!

O universo benfiquista é fátuo
Vive de pressupostos errados!
Têm valores mal calculados:
O universo não tem chão ou tecto!

Por isso é tudo bazófias
De se acharem muitos milhões
Se tudo se reconduz aos fotões
O que dizem não passa de anedotas!

E o mestre já o provara!
Quando atravessou o Douro!
O sol então brilhava mouro
E a terra ainda era fixa e chata!

E o sol tornou-se cadente!
E nada voltou ao seu “sitio”!
O benfica acabou, é mito!
Brilhand’o astro pr’a tod’a gente!


Obrigado, José Maria Pedroto!






Por: Joker

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

África Minha

Eus%C3%A9bio+-+1966+-+o+choro+de+eus%C3%A9bio


Vivi em África momentos
Com’os que Karen escreveu
Conheço o sol e o breu
E o silêncio dos tempos…

Que nesse terra s’escuta
No compasso dos sons
Que proliferam, quais dons!
Por essa terra acústica

E nesse perfume audível
Que sufraguei em tais tempos
Tenh’os sentidos, tão lentos
Por lá me ter, invisível

E transportado à génese
Da criação em tal terra
Sei a razão que s’encerra
Ao africano, por tese

E nessa correlação
Entr’a terra e o homem
É a humildade, o “nomem” 
Na sua justa lição!

Pois o homem é parte
Desse legado, do todo:
A terra, a água, o ar, o fogo!
Outro elemento, por arte!

Pois da sua recomposição
A soma afigura-se maior
Não send’o centro, o melhor
É a sua criação!

E nisso se projecta o ser
Em que africano se sente
E se genial, não mente:
É-o por outro poder!

E o homem feito pantera
Na sua força e agilidade
Espanta essa humanidade
Desde esta terra austera

É um africano europeu
Projectado no império!
E voa a outro hemisfério
Por um regime que não é seu!

Colonial e segregacionista
Permite-lhe a ele negro!
Ser o seu rosto coevo
Por sua amostra benquista!

E eleva-se a esse mundo
Como o símbolo nacional
Do benfiquismo mundial!
Um africano oriundo…

E vive a sua glória
Nessa maior humildade
O que pr’a ele é a verdade:
Sem o futebol qu’outra história?

E nessa sabedoria
Tenta o caminhar por justo
Pr’a novos mundos, a custo
Mas é tido em alforria!

É o símbolo do regime
Antes de ser da nação!
E aqui se toma a benção
Do que Salazar define!

E já depois dessa glória
Sugado na sua força
É largado nessa “roça”
Pr’o trabalho sem compulsória!

E esquecido pl’o povo
Na sua quasi-pobreza
É resgatado, com firmeza
Por um presidente novo

Que tem nisso o seu proveito
Na sua gestão ruinosa
Eusébio, é a sua obra
Não o Mantorras, desfeito…

E nisso há que enaltece-lo
Por ter libertado um herói
Porque a pátria se constrói
Nas memórias do apelo!

E hoje, depois de morto
Outro resgate s’opera
O regime ainda prospera
Num africano oposto!

E tem sede no panteão
Dos maiores heróis da pátria!
Sem lamúrias ou idolatria
Por sentimento e razão!

E sendo futebolista
Nunca tentou ser perfeito!
Nessa humildade, o defeito
Para o retrato d’artista!

Pois, o africano é fidedigno
Tem-se quase por transparente
E foi num retrato comovente
Que d’Eusébio, se fez um hino!






Por: Joker

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Pantera Negra.



Morreu a pantera negra
Esse “felino” africano!
O homem qu’hoje sossega
É um ícone sobre-humano!

Arrebatado por dois regimes
Para sua prova existencial!
Teve nos seus pés sublimes
A equiparação “imperial”!

Pois nascido moçambicano
Negro, pobre e sem esperança
Foi o maior rosto lusitano
Até ond’a vista alcança!

Foi Eusébio, Portugal!
A sua lenda africana
A qu’o regime paternal
Tomou pr’a sua hosana!

E impedido de vingar
Por outras terras e salários!
Foi obrigado a ficar…
Pelos ditames totalitários!

Pois o seu clube er’o estado
Nas cores d’agremiação!
Sendo apenas dispensado
Quando já não servia à situação!

E então foi vê-lo arrastar-se
Pelos fardos secundários!
Não fosse a instituição cuidar-se
Dos seus joelhos refractários!

E tod’a esta rábula
Teria maior desenlace?
Se fosse o sporting a tábua
Pr’o seu ingresso na classe?

Teria uma história igual
De desprezo e resgate?
Um ícone de Portugal
Depois d’a indigência que baste?

E este choro compulsivo
Melodramático e histérico!?
É verdadeiramente sentido
Ou tem um propósito homérico?

Querem resuscitar o semblante
Do Portugal do outrora?
No morto que foi um gigante
Deste país que só chora!?

Porque não agraciamos os vivos
Dando o valor de quem é?
Que só morrendo são queridos:
São árvores, morrem de pé!?

Uma hipocrisia colectiva
Neste país monopolista
Onde até ao defunto se priva
Uma cerimónia intimista!

Choramos baba e ranho
Por esse herói tão discreto
Qu’este luto tamanho
Também visou o intelecto!

O Nóbel da Literatura
Não teve três, mas só dois!
O luto não serve a cultura:
É o futebol, e ó “despois”?

E o herói que mesmo morto
É maior qu’a Nação!
Vai servindo d’entreposto
Par’o preparo do Dragão!

É qu’o que interessa é o jogo
Que se prepara, ardente…
Servind’o óbito de fogo
Nas tentações de tanta gente!

E se respeitam o homem
Mais qu’o jogador ou a lenda!
De parcimónia se tomem
E não o usem na “contenda”!

Pois tudo não passa dum jogo
No descampado da vida
Ond’o homem, no seu arrojo
A deve levar por vencida…

E tenho a plena certeza
Qu’a pantera a venceu
No seu jogo, a proeza:
Viveu como morreu!



Por: Joker

domingo, 5 de janeiro de 2014

O saudoso Império.



Vibra, pasquim, vibra!
Tu que viste subjugar
O Porto, por empatar
O jogo na Taça da Liga!

Escreve, pasquim, escreve!
Sobr’esse domínio total
Avassalador e brutal! 
Que na posse de bola, se teve!

E em tod’os patamares
De jogo se confirmou!
O qu’a conferência ilustrou:
O sporting dá novos ares!

Vibra, pois, pasquim!
Enaltece esses feitos!
Mostra na capa, os eleitos:
O Carvalho e o Jardim!

E se não ganharam o jogo
Nas bolas que lá entraram!
N’a Bola, massacraram!
O que vale pelo todo!

Vibra, pasquim, vibra!
Por essas vitórias morais
Que são feitos nacionais!
Na pena do Delgado, o escriba!

E mesmo não vencendo
Ganham sempre nas estatísticas!
Pois no pasquim, as conquistas
Com empates vale o pleno!

E rejubila o império!
Saudoso de D. Sebastião
Que no nevoeiro da estação
Nos transmitiu o seu critério!

Ganhámos todos no empate
Porque o sporting vingou!
A derrota que lá deixou
No Dragão, com’o destaque!

É uma grande vitória moral!
Por isso vibra, pasquim!
Nessa capa, um jogo assim
Destaca um Porto banal!

Pois não vencendo na capital
O império mantém-se intacto!
Está invencível, esse pacto
Contr’a corrupção e tod’o mal!

Pois só Lisboa tem virtudes
E o resto é só paisagem!
Só no futebol, a clivagem
É contestada por atitudes!

Pois custa muito perder
Para o provincianismo!
Daí qu’o centralismo
Veja no empate, o vencer!

Nada que não saibamos
Nesse vibrar dos pasquins
Ond’os palhaços, arlequins 
Escrevem os seus desenganos!

Por isso vibra, pasquim!
Faz da tua voz, a alvorada!
E promete a cada jornada
Pr’a capital, outro fim!

Pois falta ainda cumprir
Esse sonho quasi-imperial!
Qu’este modesto Portugal
Teima em não conseguir!

Pois a mentalidade é escusa
E não há poeta qu’o galvanize!
Nem que Pessoa prodigalize
Toda a nossa história lusa!

Pois empatando, subjugamos!
Somos de vitórias difusas
Em tantas temáticas lusas…
S’em pasquins, nos “informamos”!?…

Vibra, pasquim, vibra!




Por: Joker

Taça de Portugal: FC Porto 6 - 0 Atlético

Está feito.

Missão cumprida e serviços mínimos assegurados. É melhor a goleada que a exibição que lhe dá origem. A segunda parte ainda se tragou, bem empurrada pelos golos, já a primeira parte, foi bem mais indigesta.




Nem o fantasma de Alcântara chegou a pairar. O FC Porto mandou no jogo de uma ponta à outra, sem deixar a turma lisboeta levantar garimpa. Para isso, bastou entrar em campo com dois extremos abertos e um meio campo que, embora mais uma vez subjugado ao duplo pivot, rebelde o suficiente para saber libertar-se e estruturar-se. Destaque, neste particular, para Lucho, que assumiu a função 8 e soube distanciar-se de Defour. O jogo fluía por si só, frente a um adversário muito frágil e débil.





O jogo trouxe uma exibição em crescendo do lado portista, fruto do ganho de confiança de algumas unidades menos utilizadas ao longo da partida. Os golos foram libertando os jogadores e derrubando a inábil resistência da turma da Tapadinha.

Boa gestão de Paulo Fonseca, não se precipitando. Deixou que o resultado comandasse a necessidade e assim que se tornou seguro, tratou de tirar quem havia de tirar.

Ganharam-se alguns jogadores e confirmaram-se outros. Há qualidade no plantel, há soluções, basta haver mão. E juízo.




Análises Individuais:

Fabiano – Após um jogo atarefado, este foi bem entediante. Se no encontro anterior brilhou porque o jogo apelou ao seu lado mais forte, já este mostrou a sua debilidade. As saídas as cruzamentos precisam de muito trabalho.

Ricardo – Boa exibição. Bem sei que a oposição foi fraquinha. Não devemos sobrevalorizar, mas também não é motivo para desprezar. Mostrou sentido táctico para a posição e boa vontade na hora de defender. Que a atacar haveria disponibilidade, não havia dúvida. É aqui que pode ter um largo futuro no FC Porto.

Alex Sandro – Lá fez o “favor” de jogar a primeira parte. Coisa chata esta de não ter um “suplente oficial” que lhe faça estes jogos que são mesmo de suplente. Exibição fraca, porque fraca foi a atitude. Merece um puxão de orelhas.

Otamendi – Mostrou vontade e mostrou empenho. Não se furtou a nada, embora nada de relevante tivesse que fazer.

Reyes – Tal como a Otamendi, faltou-lhe trabalho para brilhar. Tem boa técnica e isso vê-se na sua saída de bola. Rápido e competitivo, fica ele e nós à espera da próxima oportunidade.

Defour – Um jogo sólido, temperado com um golo e alguns bons cortes. Tentou ser o mais dinâmico possível. Faltou-lhe maior potência e solidez no passe. Mas isso é a sombra que Fernando deixa na posição.

Lucho – Boa exibição, saindo, o mais possível, do duplo pivot, para jogar onde sabe. Nota-se que está mais confortável nesta posição e até se relaciona melhor com Jackson que quando jogava quase colado a ele.

Josué – Assumiu a sua posição e fez uma exibição positiva. Bem acima das prestações sofríveis dos seus últimos jogos. Foi muito intermitente, passando largos minutos sem assumir o comando ofensivo da equipa. Mas sai de campo com golos oferecidos e boas combinações ofensivas. Revelou muito acerto na cobrança de bolas paradas, o que é uma boa novidade. Precisa de crescer. Primeiro, no aspecto mental. Ser mais competitivo e presente no jogo. Segundo, no aspecto físico. Tem que ganhar motor e peso no choque. Urgente. Infelizmente, perdeu demasiado tempo no passeio entre posições a que foi obrigado desde o início da época.

Varela – Apresentou-se competitivo e assertivo. A oposição era o que era, mas não foi por isso que se desleixou. Foi o melhor em campo. Espero que não se apague no próximo jogo!

Kelvin – Tal como Ricardo, Reyes, Defour e Josué, também ele foi crescendo com o jogo. Nota-se vontade em crescer. Tenta simplificar os seus lances, quando no passado os tentava elaborar cada vez mais. Tenta ser mais efectivo e menos folclórico. Tenta ajudar a defender e não só a atacar. Claro, ainda se entusiasma e ainda se perde. No fundo, até é bom. Não perdeu a traquinice. É um jogador que clama por atenção e minutos. Tem que jogar mais e mais vezes com as primeiras opções.

Jackson – Ficou a seco, mas andou perto. Deu para aquecer os músculos para outra batalha. A primeira parte da equipa foi fraquinha o que não beneficiou o seu jogo.


Danilo – Entrou para o lugar de Alex Sandro em tudo. Assumiu a posição e o desleixo. Duas perdas de bola infantis. Nem correu para recuperar! Cansa.

Herrera – A correr com a bola para a frente, arrasando montanhas e aplanando terreno, mostrou um cheirinho do seu potencial. A passar a bola, mantém um nível calamitoso!

Ghilas – Falhou um golo. Mas mostrou fibra e astúcia no ataque. Está a arrancar. Já devia ter arrancado mais cedo, é um facto. Mais vale tarde que nunca.



Ficha de jogo:

Competição: Taça de Portugal
Estádio: Dragão, Porto
Assistência: 20.117 espectadores
Árbitro: Jorge Tavares (Aveiro)
Assistentes: José Oliveira e Luís Castainça
4º Árbitro: António Costa

FC PORTO: Fabiano; Ricardo, Diego Reyes, Otamendi e Alex Sandro (Danilo,46); Defour e Josué; Varela, Lucho (Herrera, 66) e Kelvin; Jackson (Ghilas, 69).

Suplentes: Sinan Bolat, Danilo, Mangala, Fernando, Herrera, Licá e Ghilas
Treinador: Paulo Fonseca

ATLÉTICO: Filipe Leão; Pedro Caipiro, Fábio Marinheiro, Eridson e Luís Dias; Marco Bicho (Pedro Moreira, 65), Da Silva, Bijou ( Marco Antunes, 65) e Afonso Taira; João Mário (Bernardo, 82) e Bacar.

Suplentes: Jonas, Bernardo, Pedro Moreira, Mauro Antunes, Fábio Oliveira, Hugo Carreira e Rui Varela
Treinador: Neca


Por: Breogán

sábado, 4 de janeiro de 2014

Hóquei em Patins: FC Porto 11-2 Sporting - Atropelamos o leão.



O FC Porto recebeu e venceu esta tarde um leãzinho demasiado frágil para fazer frente a um Dragão esfomeado. Foi mais uma mensagem que estamos fortes e na luta por mais um campeonato.






Perante um Dragão Caixa com bastante público para assistir a mais um clássico a nossa equipa entrou em ringue com a equipa esperada. Com o capitão Reinaldo Ventura ainda ausente (embora já estivesse no banco), Caio fez parte do 5 inicial.






O jogo iniciou-se a bom ritmo. Hóquei rápido qb, bola cá, bola lá e com oportunidades para ambas as equipas. O rival sobretudo de meia distância mas mesmo assim com chances. felizmente temos na baliza um guarda redes do quilate de Edo que não permitiu nenhum festejo nesta fase. A nossa equipa entrou consciente que o mais dificil era entrar o primeiro, tentou ter a bola e circulá-la mas não estava a sair o último toque.

Assim, ao fim dos primeiros 5 minutos ainda não havia golos.

A nossa equipa aos poucos ia começando a dominar cada vez mais. Boa circulação, uma escolha acertada do remate e uma recuperação rápida da bola quando a perdíamos. Adivinhava-se um golo nosso. O Sporting, contra aquilo que estava o jogo, podia ter inaugurado o marcador através de um penalti (bem assinalado). Mas Edo estava determinado a não deixar o adversário marcar. Se num lado do campo os penaltis eram bem assinalados, no outro nada era apitado. Foram 2 penaltis não assinalado. Na 2ª situação para tal foi até caricato. Caio é tocado pela luva do guardião, cai obviamente. Não só não foi penalti como é assinalada falta contra nós. 

Já tínhamos passado os 10 minutos de jogo e começa a habitual rotação na equipa.  1ª alteração foi a saída de Caio para a entrada de Hélder Nunes. Em boa altura entrou. Um minuto depois de entrar sofre penalti. O próprio Hélder iria converter. Um remate muito colocado com a bola a entrar no ângulo. GOLO! 

Estava feito o mais complicado... Nem um minuto tinha passado e novo festejo nas bancadas. Pedro Moreira ganha espaço e com muita calma bate o guardião com um remate rasteiro colocado no ângulo mais distante. Um golo com a classe habitual deste fantástico jogador.

A rotação continuava e Tó Neves acertava a cada mudança. Entram Vitor Hugo e Tiago Losna. Foram eles que contruíram o 3º golo com a finalização de Losna. Era o 3 - 0 e a goleada começava a construir-se. Se antes assistiu, logo a seguir finalizou. Vitor Hugo a marcar o 4º, após boa jogada de Caio.

Para não focarmos atenção apenas no ataque, mais um momento "Edo". Faltavam 2 minutos e meio para o intervalo e o rival beneficia de um penalti. O nosso guardião defendeu o remate inicial e a recarga. Brilhante!

A mão cheia de golos ainda chegou no 1º tempo. Hélder Nunes com um desvio muito subtil a enganar o guardião adversário.

Ao intervalo 5 - 0. Uma curiosidade, nenhum dos golos foi de grande distância, tirando o penalti todos foram resultado de um bom jogo interior.

Terminamos a 1ª parte a marcar e iniciamos a 2ª da mesma forma. Logo no 1º minuto o 6º golo. Jorge Silva, após uma grande jogada individual em que fintou com velocidade e técnica todos os que lhe apareceram pelo caminho (guarda-redes incluído). 6 - 0 logo no reinício.

Tó Neves mudou de guarda-redes na 2ª parte. A muralha Edo saiu e entrou outra muralha, Nelson Filipe. Logo nos primeiros minutos duas grandes defesas. Feliz a equipa que pode estar tranquila, tamanha a qualidade que tem sempre na baliza. 

O leaõzinho reduziu aos 7 minutos contra a corrente do jogo. Bastou isso para os nossos colocar o pé no acelarador novamente. No espaço de 2 minutos, mais 2 golos nossos. O 1º por Jorge Silva de ângulo quase impossivel. Se virem as imagens do jogo terão dificuldades em perceber por onde a bola entrou. Foi golo, é indiscutivel, como entrou é dificil ter a certeza. Logo a seguir o 8 -1. Hélder Nunes, com um tiro fortíssimo de longe a completar o seu hat-trick. A bola ainda bateu na trave e entrou. Foi o 1º golo de fora da área e foi logo um golaço destes...

A partida ia-se jogando de uma forma muito tranquila para nós, nem era preciso forçar muito. Em alguns mometos os nossos jogadores até já iam começando a tentar uns "bonitos". Hélder Nunes ia marcando um assim, se entrasse era um dos golos do ano.

A 5 minutos do fim beneficiamos de um penalti. Infelizmente não entrou, Losna permitiu a defesa.

A 2 minutos do final mais um vendaval de golos. Caio fez o 9 - 1 após uma recarga. Segundos depois chegava o 10º, um auto-golo.

Eles ainda fariam o 10 - 2 mas a última palavra teria de ser nossa. Numa rápida jogada de contra-ataque, Jorge Silva fechou o marcador com um 11 - 2. Uma goleada sem discussão para iniciar 2014 em grande estilo. O que eu não dava para assistir este jogo ao lado de um certo presudente Tarzan...

Equipa e marcadores:

Cinco Inicial: Edo Bosch (gr), Pedro Moreira (1), Caio (1), Ricardo Barreiros e Jorge Silva (4). 
Jogaram ainda: Nelson Filipe (gr), Hélder Nunes (3), Tiago Losna (1) e Vítor Hugo (1).


Por: Paulinho Santos













sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Quaresma

Abençoado cigano!
Abençoado Cigano!


Depois do Natal, os Reis
Como comemoração!
Deste Rei, a coroação
Por tantos crentes, fieis!

E nascendo o salvador
A humanidade o renegou!
E ao seu Rei, log’o julgou:
Não é Cristo, o redentor!

 E nisso escolheu Barrabás
Para comemoração “pascal”
Antes o assassino, o mal
Qu’este bem que mal nos faz!

A salvação sem reservas
Para todos os penitentes?
Mesmo par’os indigentes?
A quem serve, sem entregas?

A economia não avança
E o mal é necessário
Quem toma conta do erário
S’a todos a salvação alcança?

Procede-se à crucificação!
Em nome de altos valores
E nisso nos sobram favores
Já se negoceia por dação!

Mas a consciência já pesa
E nem tudo é dinheiro!
A que serve o embusteiro
Uma alma sem limpeza?

E crendo na ressurreição
Como visto por Lázaro
Cristo assoma-se ao adro
E faz a última pregação:

Tendes em vós a premissa
Nesta vida por si mesma
A que vos serve a Quaresma
Como contrição precisa!

Pois abstendo-vos de sangue
Podeis os corpos purificar
Sem o rigoroso jejuar…
Com’o do Sporting, tão grande!

E nisso vos serve a Quaresma
Seja em drible ou em trivela
Pois Deus lhe serve a tabela
Que golos os faz à resma!

E tendes oportunidade
Neste ano que vindouro
Um novo menino d’ouro
Para tod’a a posterioridade!

Vem em corpo de cigano
No seu jeito bandoleiro
O seu rosto é trigueiro
Mas o seu jogo palaciano!

E a redenção está perto
Agora qu’a ala joga!
E a Quaresma tão em voga
Qu’o céu ali está perto!

Junta-se o génio de Deus
C’o improviso humano
Quaresma, o novo ano:
Tem o desígnio dos céus!


* O autor respeita, profundamente, todas as convicções religiosas, e se brinca com as Escrituras, procura fazê-lo por forma a não abalar as convicções de fé de cada um. Obrigado.




Por: Joker

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Pirro

Pirro
Pirro

Pirro, esse príncipe grego
Que sob Itália, investiu
Em tod’as batalhas se viu
Como um herói de relevo.

Pois, a tod’as venceu
Sem apelo ou agravo!
O Itálico tornando escravo
No Império que se deu!

E vitória após vitória
Foi crescendo a sua fama
Qu’este poeta declama
Neste repertório de História!

E mais qu’as provas militares
Foram as vitórias morais
Qu’os tornaram imortais!
Nos percursos milenares!

Pois Pirro tudo venceu
E nisto o seu nome vingou:
O grego qu’a História mudou!
Pois tudo vencendo, perdeu!

Uma espécie de catarse
De mil vitórias morais!
Ond’os inimigos fatais
Lhe vislumbram o disfarce!

Pois era tamanho o seu feito
Que mesmo empatando, vencia!
E em tod’os anais s’escrevia:
Pirro tem um percurso perfeito!

E revivendo a História
Como memória do futuro
No futebol bem auguro
Outro Pirro por vã-glória!

Pois empatando, vingou!
Essa derrota inapelável
No seu percurso intratável…
Que Alvalade, rejubilou!

Empataram os Dragões
Por essa Taça da Liga
Uma vitória, prossiga!
Sem golos ou simulações!

Este Pirro é moderno
Por isso é mais subtil
E é outro o seu ardil…
O seu percurso é subalterno!

Pois serve outro senhor
Não é outra a sua glória!
E s’empatar, é vitória!
S’empatar outro maior!

São pequenos, estes leões
Cuja imagem ostentam
Nesse escudo, onde tentam
Assemelhar-se a Dragões!

Uma imitação bem barata
Num timbre monocórdico
Cujo intuito é alegórico…
Na evidente falta de marca!

Nos empates, são vencedores!
Nessas vitórias do espírito
E com isto, está tudo dito:
São de Pirro, os sucessores!




Por: Joker
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