Parabéns, Sr. Presidente!
Sr. Presidente,
Quase octogenário!
Feliz Aniversário
E muitos anos devante!
Que vida pródiga
Cheia de vitórias,
Tantas, tantas glórias,
Sem o rei na barriga!
O mais titulado
Da história mundial,
Mas em Portugal
É um rei bastardo...
É tamanh'o ceptro
Em tal historial,
Que não se terá igual
No próximo século!
Conquistou-se a nação
Aos mouros reinantes,
E reinos distantes,
Por aclamação!
E só os condes Andeiros
Do Terreiro do Paço,
Lhe tomam pirraço
De não serem os herdeiros...
E nessa aleivosia
Eternos traidores,
E aos mouros por senhores
Da sacristia...
Mas serão derrubados
Por defenestação,
E nesta nação
Vingaram os cruzados!
Pois chegad'o tempo
Se tomou Viena,
Na vitória "pequena"
Contr'o portento!!
E depois n'Alemanha
A dupla-coroa!!
E a notícia "boa"
Não foi tal façanha!?
Que nos anais do Reino
Tal não teve destaque,
Por vitória a rebate
E simples treino!!
Vitórias pequenas,
Coisas sem substracto,
Com fraco relato
Nas nossas antenas...
E o destaque d'então
Foi coisa tão régia,
Qu'hoje é uma tragédia
Descobrir-se-lh'a razão!?
E chegad'a Tóquio,
Uruguaios, Colombianos,
Fracos provincianos,
E o troféu em tal obséquio...
E vencer na neve
Por prova de Ski,
Não é como aqui
Que tudo ferve!!?
E a Liga Europa,
Ou a Supertaça,
Que tem menos graça
Qu'a Eurocopa!!?
Troféus tão pequenos
Pr'a tão grande nação,
E tê-los na mão
Vale ainda menos!!
Qu'o diga o "ministro"
Qu'o lá foi saudar,
Que no seu rost'o esgar
Era mais sinistro...
E em pose d'Estado
Viu lá tantas taças,
Que nist'as graças
São o seu mau-olhado!!
Tanta inveja,
Caro Presidente!
Mas o seu presente
No futuro esteja!
E que faça vingar
A sua confiança,
E nos trag'a abastança
Qu'o fez ficar!
E nisto creia
Que contra tudo e todos,
Se rirá a rodos
De tal epopeia!
E vingará cem anos
Como Imperador,
Sempr'o "usurpador"
Par'os maometanos!
E em tal vivência
Gritarei mais vivas,
Em provas merecidas
Da sua competência!!
Caro Presidente,
Quase oitenta primaveras...
E essas serão as eras
Da subjugação do crescente!
Vingará o seu exemplo
De quem deu a cara à luta,
E não se rendeu à conduta
Do seu tempo!
Passou a ponte
E não perdeu!
E o mundo nisto cedeu
Do ocidente a oriente!
Pois setenta e nove
Anos de Re-conquista,
E até onde alcanç'a vista
Não se vê os "dezanove"...
Também faço mea culpa
Na frustração derrotista,
Mas sonegar tal (re)conquista
Só mesmo de burka...
Salvé, Presidente,
Continua um jovem,
Que muitos se remoem
Por ainda pujante!!
E nisto sinto
Qu'este ano é seu,
Como se dum jubileu
Pr'a quem o teve "extinto"...
E nisto remoer
Algumas das minhas reservas,
Como se de palavras ébrias
Por já não o ter...
Mas em tal firmeza
Não perco a esperança,
E tanta maior a confiança
Quant'a sua nobreza!!
Salvé!
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