Tenho na TAP
A minha vida,
Qu’é coisa antiga
Desd’o “bivaque”…
Quando lá cheguei
Era rapaz,
Deixando para trás
O desporto-rei!
Queria ostentar
O símbolo azul,
Que por ser do sul…
Não podia amar!
Eu que jogava
Nas captações,
Ostentand’os calções
De quem amava!
E nisso negavam,
Que não estava certo,
Que vivendo perto,
O Porto mostravam!?
E nesses campos
Ver um portista,
A dar-se à vista
No meio de tantos!?
Qu’o sintoma
De ser diferente,
Ao largo de tanta gente
Doutro “idioma”
Fez-me sentir
Tal sensação,
Qu’uma nação
Pr’a existir
Tem que ser una
E transversal,
E em Portugal
Há pois alguma?
Se só na capital
Tudo se centra,
Tem-se por isenta
Na escolha plural?
E estando a Empresa
No caldo público,
Não sou o único
A senti-la presa…
A esta investida
De concentração,
Pois tod’a nação
Nela é servida!
E se Lisboa
É esse centro,
Não há mais movimento
Que nisto voa?
E hoje s’ostento
Com tal denodo,
De Portugal, o escudo,
A cem por cento!
Sei qu’a nação
Não é Lisboa,
E s’a TAP voa
Por vocação
É por Portugal
E sua diáspora,
E não se basta
Em outra igual!
E se da Portela
Saem aviões,
Que mais conotações
Tem a TAP nela?
E s’ali sediada
Nesse aeroporto,
Pode do Porto
Ser afastada?
Não há razão,
Creio saber,
A TAP morrer
Pela privatização…
Pois qu’o serviço
Serve aos portugueses,
E demais fregueses
No espaço luso…
Tenho na TAP
A minha vida,
Muito vivida…
Por um quase…craque!?
:-)
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