segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

(In)Decência

São uns valentões
Por roubar crianças
Das suas lembranças,
Sem contemplações!

E s’o visado
For deficiente,
É mesmo ali à frente
Ainda assim roubado!

Pois que perdedores
Da meia-final,
Quem vê nisto mal
Furtarem valores?

E perante’o indefeso
Mostram valentia,
E pois quem diria
Que ninguém vai preso?

Os membros da claque
Tidos por guerreiros,
São nist’os primeiros
A formar destaque?

Quanta violência
Pr’a roubar um menino,
Que depois do assassino,
Haja inocência?

Não basta matar,
Queimar transportes!?
Qu’ainda são fortes
Pr’o inocente roubar?

Depois da droga
Resgatada da Luz,
O qu’a isto conduz
Senão nova moda?

Roubar inocentes
Em pleno estádio,
Só p’lo gáudio
De serem diferentes?

Não há nist’o limite
Pr’a rivalidade?
Em que sociedade
Se vê nisto despique?

Ter essa capacidade
De não sentir empatia,
De ver na criança alegria
Por pura maldade!?

Roubar-lh’o presente
Desse guardião,
Só por ter razão
D’estar contente?

E na sua desgraça
Por ser deficiente,
Alguém indiferente
Fazer-lh’a trapaça?

Que tipo de gente
Pode assim actuar,
Pr’a poder “ganhar”
De modo indiferente?

E nesta indignação
Qu’a todos nos assola,
Qu’o mundo da bola
Possa ter compaixão…

E independentemente
Dessa cor clubística,
Nos sobrar a mística
Doutro ser decente!

Por: Joker

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