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A torre do Olival (localizada no centro de treinos e
formação desportiva utilizado pelo FC Porto em Vila Nova de Gaia) ganhou
notoriedade e celebrizou-se mal foi falada. Naturalmente anedotas sobre o
assunto também apareceram.
Afinal não é uma ideia inovadora, pois já foi utilizada uma
estrutura semelhante para os mesmos fins desta em Espanha pelo treinador Luís
Henrique quando este treinava o Celta de Vigo (aquele clube simpático que ficou
para sempre nos nossos corações ao presentear o clube do regime com uma chapa 7
inesquecível).
Ao que dizem o objetivo da tal torre metálica do Olival é
permitir ao treinador ter uma melhor perspetiva das movimentações dos atletas
em campo e ajudar nas correções táticas que poderão ser necessárias.
A “torre do Olival” consiste numa estrutura composta por uma
torre com duas plataformas uma a cinco metros e outra a sete metros de altura,
há quem a compare à torre de controlo dos aeroportos e por analogia direta diga
que é a torre de controlo dos treinos da equipa do FC Porto para 2014/2015.
O objetivo desta estrutura metálica é uma utilização direta
pelo treinador do FC Porto Julen Lopetegui, ou dos seus adjuntos, a partir da
qual poderão captar imagens e/ou retirar elementos “para o papel” através da
posição privilegiada de observação privilegiado que permite, acabando por ser
uma um meio extra para ajudar no desempenho profissional da equipa técnica.
Alguns andam muito admirados com tal ideia, outros a contar
anedotas (em especial os indigentes adversários do nosso Clube) e outros
deliciam-se e aprovam a ideia, pois sentem que este treinador Espanhol que
agora orienta o FC Porto não veio para brincar e sabe bem o que quer e para
onde vai.
É igualmente inequívoco que uma mensagem forte está a ser
passada os jogadores, ou vocês mostram empenho e afinco nos treinos ou então em
boa linguagem futebolística “nem chegam a calçar nesta época”! Não bastava o
olhar atento do treinador e da sua restante equipa técnica, ainda há filmagens
dos treinos que podem ser utilizadas posteriormente. Os mandriões caso os haja
não escaparão ao “Big Brother” instalado no Olival. É para o bem deles e mais
ainda para bem do Clube que lhes paga vencimentos principescos.
Pessoalmente saúdo a ideia e apoio-a a 100%, parece-me que
trará muitos benefícios, no entanto o tempo confirmará se assim é.
Uma vez que esta crónica anda em torno da temática do
arranque da época desportiva 2014/2015 (finalmente!), nova equipa técnica do FC
Porto, atletas, novas metodologias de trabalho e até nem que seja indiretamente
constituição do plantel e negócios deste defeso, aproveito para expressar a
minha indignação e espanto com os contornos do negócio “Tó ´Zé” com o Estoril.
Seria fastidioso escrever uma crónica sobre uma torre, a
menos que tivesse sido projetada por um grande arquiteto de renome mundial e
houvesse uma história interessante para contar.
Ora o “brilhante negócio” que a SAD do FC Porto fez foi o
seguinte, cedeu o Tó Zé por empréstimo ao Estoril por 2 anos e ainda 35% do
valor do seu passe! Diz-se que foi para baixar o valor do passe do Evandro.
Esse Evandro “um jovem de 27 anos” deve ser algum “Maradona dos tempos
modernos” tal a forma como a SAD decidiu ceder e fazer algo sem precedentes
para o contratar.
Não me recordo de situações idênticas em anteriores
empréstimos do FC Porto a outros clubes, que tenha existido também a cedência
de percentagens de passes. Apetece-me escrever, expliquem-me lá este negócio
como se eu fosse uma criança de 9 anos, não percebi nada! Patavina!
Inquieta-me este negócio porque provavelmente o Tó Zé será
outro talento desperdiçado, não compreendo como ao menos o Tó Zé não foi
chamado para fazer a pré-época, se não fizesse parte das escolhas finais do
treinador, com certeza não faltariam clubes interessados para rodar pelo menos
um ano.
O Tó Zé demonstrou grande qualidade e maturidade na equipa
B, naturalmente a equipa A é outro mundo, outra realidade, no entanto mais do
que justificava e merecia uma oportunidade nem que fosse iniciar a pré-época
junto da equipa principal. Temo que não se tenha aprendido com erros do
passado. Para quê termos formação e equipa B se depois existe uma espécie de “triângulo
das Bermudas” que “suga os talentos” e os impede de sequer chegarem ao plantel
principal?
A ser assim acabe-se com a formação e com a equipa B, pois
parece que a SAD do FC Porto gosta mesmo é de “contratações exóticas” com
sabores Latino-Americanos. Tenho de admitir que há alguns sinais positivos como
a inclusão do Mikel (que infelicidade com a lesão grave força puto!), Gonçalo
Paciência, Victor Garcia e o Kayembé vindos da equipa B. No final veremos
quantos desses serão aproveitados.
Naturalmente se as coisas correrem bem e vencermos, ninguém
questionará nada todos serão os maiores e os melhores, e toca ir para a Avenida
dos Aliados festejar. Tenhamos espírito crítico e evitemos ter um comportamento
de adepto “de rebanho” como vemos noutros clubes.
A finalizar ainda sobre o novo treinador, as suas ideias e
métodos de trabalho, agrada-me saber que privilegia e quer um futebol de posse
de bola, e que deu uma reprimenda ao Kelvin por ter tentado “fazer um bonito”
(um passe de letra) em vez de ter jogado simples, resultando na perda da bola e
da jogada.
Os jogadores têm de perceber que esses “malabarismos” ou
“números de circo” devem ser evitados ao máximo, devem jogar simples e certo,
pois primeiro estão os interesses do Clube, não se trata de um desporto
individual mas sim coletivo onde todos devem saber qual o seu papel e devem
cumpri-lo em prol do coletivo.
Em jogos onde há uma margem confortável no marcador ao ponto
da vitória não escapar (não me refiro ao milhafre da etar do Colombo) aí sim
podem tentar habilidades para entreter os espetadores. Fora desse contexto não
faz sentido nem se atrevam!
Resta-me desejar boa sorte e felicidades à equipa técnica do
FC Porto aos seus atletas e dirigentes para a época 2014/2015. Esperemos ter a
felicidade, sorte e competência de fazer uma boa preparação, uma boa
pré-temporada, sem mais lesões, com um plantel equilibrado e de grande
qualidade, capaz de bater-se olhos nos olhos frente a qualquer equipa sem
medos. E assim o FC Porto vá crescendo e solidificando conceitos e mecanismos,
de forma a voltar a trazer-nos alegrias e voltar a encher o Estádio do Dragão
durante a época porque para além de vencer tem um futebol atrativo, vistoso,
que dá gosto ver.
3 comentários:
Relativamente ao passe de letra do Kelvin acho que não se devia tirar a criatividade aos jogadores,desde que em beneficio da equipa,porque futebol também é isto.Gostava de saber se ele dava uma reprimenda ao Di Maria que usa e abusa das letras e o povo gosta.
A torre na NFL é uma ferramenta banal para ver o posiocionamento dos jogadores...
Boa crónica. Sobre o nosso Tozé, é a continuação da tristeza de gestão desportiva que a nossa formação tem sofrido.
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