quarta-feira, 24 de abril de 2013

Castro, o último Dragão










Há quem lhe chame o filho do Dragão, quem diga que é o último dos jogadores “à Porto”, uma voz de comando, aquele que come a relva, aquele que se mostra orgulhoso por usar esta camisola mais do que qualquer outra, o último que se rende. No fundo, o último Dragão.





Sinto isso cada vez que vou ao Estádio, sinto o carinho dos adeptos por ele e também uma espécie de pacto de lealdade.

E essa lealdade não foi construída com palavras ocas ou promessas vãs, essa lealdade foi construída por cada jogo que fez, pela atitude que demonstrou e porque em momento algum se achou mais nem melhor que o Símbolo que carrega ao peito.

O miúdo que nasceu para ser capitão fez a sua formação no Porto e chegou à equipa principal. Não encontrou espaço e por isso rodou no Olhanense, duas épocas de grande nível, voltou ao Porto, mas como o espaço ainda estava atulhado, digamos assim, voltou a rodar, desta vez na liga espanhola e no Gijon, mais duas épocas de bom nível. Volta ao Porto esta época e fixa-se, não sem antes ter de provar repetidamente que é melhor que um certo belga... (mas isso são outras histórias).

É por jogadores como o Castro que eu ainda acredito na Formação, não só de jogadores como de homens. Castro como jogador e em certa medida como homem é produto da escola Porto. 

Costumo ouvir aos adeptos dizer que os jogadores vêm e vão mas o clube fica. Atrevo-me a dizer que o clube fica, mas ficaria bem melhor se se continuasse a formar "Castros", porque meus amigos, nas alturas de glória e de festa os virtuosos parecem Gigantes, mas quando o barco começa a afundar, os virtuosos saltam todos borda fora ou apanham boleia de outros barcos... e nessas alturas são os "Castros" que ficam, são os "Castros" que resistem.

Espero que o Castro não seja o último dos Dragões (embora não veja outro assim...) e acima de tudo espero que nenhum iluminado lhe corte as asas.


Por: Prodígio

Revista de Imprensa - 24 de Abril 2013


"Mano a Mano"



  O FC Porto é destaque na imprensa. O jornal O Jogo, edição norte, faz uma comparação entre Jackson e Falcão.

 Os planos de austeridade do Sporting, a renovação de Jorge Jesus e o jogo do benfica com o Fenerbahçe são as principais manchetes da imprensa desportiva desta quarta-feira.




O Jogo:

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- FC Porto: "Mano a Mano", Jackson e Falcão empatados na luta pela bota de bronze europeia, 25 golos é a contabilidade; "Danilo em descanso ativo", trabalho de recuperação para proteger um dos jogadores mais utilizados esta época.



“Bruno de Carvalho começa a despedir"
- "Jesus poupou Luisão para a Madeira"
- "Cássio muda-se para o Axa"


Record:

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- FC Porto: "Domingos Gomes nega doping nos Dragões".


- "Tudo prá rua!"
- "Jardel e André Gomes no onze"



A Bola:

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- FC Porto: "Craques do Porto 86/87 desmentem Casagrande"


- "Despedimentos no Sporting"
- "Luisão falha Istambul mas joga na Madeira"



Notícias sobre o FC Porto:




Fernando insiste na finalização, trabalho de casa na origem dos golos

Fernando tem agora um raio de ação mais alargado e quer aproveitá-lo para chegar ao escrete.
É o rosto portista do trabalho, da humildade e, claro, das recuperações de bola também, mas Fernando está a chegar-se à frente e surge cada vez mais perto das balizas adversárias. Como fruto dessa evolução, apontou 2 golos nos últimos 4 jogos do FC Porto, igualando a sua melhor marca finalizadora de Dragão ao peito.

Bodas de diamante celebradas com golo, setenta e cinco duelos sem perder na liga

O jogo com o Moreirense, da última jornada do campeonato, coincidiu com a celebração das bodas de diamante de Fernando no campeonato. O brasileiro, de 25 anos, celebrou um feito ímpar, atingindo a marca dos 75 jogos consecutivos sem perder para a principal prova do calendário português. Foi um momento especial que celebrou com um golo da sua autoria.


Danilo fica no ginásio e falha treino, Maicon já realizou trabalho condicionado

O brasileiro Danilo, a realizar trabalho de recuperação no ginásio, falhou esta terça-feira o treino do FC Porto, o primeiro após a vitória por 3-0 com o Moreirense, para a 26.ª jornada.

O defesa Maicon já realizou treino condicionado e continua a recuperar da lesão contraída no jogo com o Sp. Braga (3-1), a contar para a 25.ª jornada do campeonato.

Para colmatar as ausências, o treinador Vítor Pereira chamou o guarda-redes João Costa, dos sub-17, e o avançado Sebá, da equipa B, aos trabalhos da equipa no centro de treinos do Olival.

O FC Porto volta ao trabalho quarta-feira no mesmo local, pelas 10H30, com os primeiros 15 minutos acessíveis à comunicação social.


Mano Menezes apontado ao FC Porto

Mano Menezes, que está sem trabalhar desde que saiu do comando técnico da seleção do Brasil, está a ser apontado como possível treinador do FC Porto na próxima temporada.

Segundo a ESPN Brasil, o técnico de 50 anos esteve recentemente na companhia do empresário Carlos Leite em Portugal e em Espanha e tem como objetivo trabalhar fora do Brasil, algo que ainda não aconteceu até ao momento.

Em declarações à ESPN Brasil, Carlos Leite nega qualquer contacto com o FC Porto no sentido de Mano Menezes poder substituir Vítor Pereira, que está em final de contrato.

«Desconheço essa possibilidade e até acho difícil porque o FC Porto está a disputar uma competição», afirmou o empresário.


Por: Cubillas



terça-feira, 23 de abril de 2013

O Fado Milagreiro (Por Joker)





Ó Rua do Capelão…
Viraste o bico ao prego
Por apanhares um ladrão
Mais rápido qu’a um cego!

Uma rua pequenina
Do tamanho de Carnide
Não se destaca sozinha
Precisa de quem transgride

Por isso apelam aos Bispos
Aos diáconos, padres, anacoretas
Que rezem muito, c’os crucifixos
Esse milagre: Jesus e as suas tretas!

Salvara limpinho, sem mácula
Sem roubos d’igreja ou esmola
Numa capela, rezou a sua rábula
Salvador que se veja, leva escola!

Por isso não há erro que vingue
Nesta doutrina do bem, da verdade
Há sempre um milagre que se exprime
Quando convém, neste bairro da saudade!

E a rua do Capelão, canta a sua grandeza
Pequena, histórica, insinuante e viciosa
Não há ladrão, qu’a ofusque em nobreza
Brejeira, anedótica, uma gigante: gloriosa!


Por: Joker

Revista de Imprensa - 23 de Abril 2013


"Capela tem grande futuro"



  Pinto da Costa é destaque nos jornais desportivos, por ter criticado a arbitragem de Capela no Benfica-Sporting.

 Para além deste tema, é notícia, esta terça feira, nos diários desportivos nacionais, o lance de um dos golos dos encarnados, frente ao Sporting e a chegada de Rojas




O Jogo:

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- FC Porto: "Capela tem um grande futuro", o Presidente Portista garante que antes do dérbi já sabia que 'o Sporting ia dominar e perder'; Pinto da Costa continua e refere, "agora podem colocar as leis no bolso"; "Fernando cresce para o ataque", duplicou o número de remates, na segunda volta, e marcou dois golos nas últimas três jornadas.



“Bruma é negócio de ocasião para ingleses"
- "Jorge Rojas chegou e já garante o título"


Record:

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- FC Porto: "João Capela tem futuro", Pinto da Costa.


- "Plantel revoltado com árbitro do dérbi"
- "Rojas já cá está"



A Bola:

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- FC Porto: "Casagrande admite que se dopou no FCPorto"


- "Jogadores revoltados com arbitragem"
- "águias de olho em Salino"



Notícias sobre o FC Porto:




Ex jogador do FC Porto diz que «melhores árbitros não apitam Benfica»

Rodolfo Reis não tem uma bola de cristal mas antecipa uma vitória do Benfica diante do Marítimo, na próxima jornada da Liga portuguesa. O antigo jogador do FC Porto ataca a arbitragem e aproveita para assumir que «os melhores árbitros não apitam os jogos do Benfica».

«O Marítimo pode fazer o jogo da vida, que com arbitragens destas, haverá um lance ou outro dentro da área do Marítimo e tenho a certeza que o Benfica vai acabar por vencer e, vencendo esse jogo está tudo aberto para ser campeão», referiu Rodolfo Reis, em declarações à Renascença.

O antigo atleta do FC Porto vai mais longe e assume que a arbitragem de João Capela na Luz faz lembrar o «antes do 25 de Abril e foi encomendada».

A arbitragem de João Capela no dérbi entre Benfica e Sporting resultou num coro de críticas vindas do lado de Alvalade e do Dragão.



Lucho é o terceiro melhor concretizador, apenas Jackson e James têm mais golos

A influência de El Comandante faz-se sentir a vários níveis no jogo e um deles é na concretização. Apenas Jackson Martínez e James Rodríguez têm mais golos.

O argentino soma sete tentos. Três foram apontados no campeonato, com destaque para o bis ao V. Guimarães, no Dragão. Dois foram inscritos na Liga dos Campeões, ambos ao Dínamo Zagreb, juntando-se outros tantos ao Nacional, um na Taça da Liga e outro na Taça de Portugal



Comandante imparável já atingiu os 40 jogos, mostra-se preparado para as últimas batalhas

Lucho justifica o seu estatuto na equipa.
Quando dava mostras de poder acabar a época numa trajetória descendente, fruto do desgaste que acumulou na fase mais apertada do calendário, Lucho González deu uma resposta cabal das suas capacidades.




Por: Cubillas

segunda-feira, 22 de abril de 2013

OS PERIGOS DO MERCADO ESTRANGEIRO









A maior parte dos grandes clubes da 1ª. Liga, e não só, para formarem os plantéis das suas principais equipas socorrem-se com um hábito cada vez mais frequente, e a meu ver demasiado exagerado de jogadores oriundos de outras paragens, onde imperam os mercados brasileiros, uruguaios, paraguaios, colombianos, europa central e ainda do continente africano entre outros. 





Sendo certo que por vezes muitas dessas contratações têm contribuído para uma maior qualidade do futebol que se pratica em Portugal, pese embora, e é bom que se o diga aqui com veemência, que nem sempre o que é estrangeiro é melhor do que temos na nossa própria casa, todavia, se os clubes portugueses continuarem neste ciclo vicioso de recorrerem ao mercado externo como medida e alternativa para reforçarem as suas equipas, podem vir a ter graves consequências em termos qualitativos e quantitativos temporariamente, e com isso contribuírem para que muitos talentos se venham a perder no futebol jovem, e para agravar ainda esta situação o mercado de transferências em determinadas paragens continuam abertos para lá do prazo regular, o que não me parece no mínimo correto nem justo, do ponto de vista de os clubes ficarem impossibilitados de retocarem os plantéis, no caso de haver saídas inesperadas como aconteceu, por exemplo, com o caso de Xandão do SCP para o campeonato Russo.


Todos os anos os clubes que mais apostam no mercado estrangeiro, sempre que se aproximam os jogos de apuramento para o Mundial das Seleções ou para a CAN, por exemplo, vêm a terreiro lamentar-se por ficarem por um determinado espaço de tempo, que por vezes é superior a um mês, sem os seus principais jogadores o que lhes pode trazer graves problemas na formação das suas equipas, tendo em conta a dispersão temporária de muitos dos seus principais jogadores, e na consequente e eventual diminuição da qualidade do futebol praticado.

É pois imperioso que os nossos clubes saibam equilibrar bem os seus recursos humanos entre o mercado nacional e o estrangeiro, municiando-se nos seus plantéis de alternativas credíveis e seguras para minimizar o problema, sob pena de ficarem bastante desfalcados para formarem as suas equipas pelo êxodo temporário de alguns dos seus principais jogadores, já que não se prevê a breve trecho por parte da FIFA alterações de datas que tenham como principal objetivo melhorar a situação atual, se bem que o meu clube, FCP, já comece a dar sinais claros de mudança de estratégia. 


Por: Natachas


Revista de Imprensa - 22 de Abril 2013


"Fizemos um grande esforço para segurar Moutinho"



  Pinto da Costa comenta a recusa de grandes propostas pelo médio João Moutinho

 Nesta segunda-feira, naturalmente, a vitória do clube da luz por 2-0, frente ao Sporting, em jogo da 26.ª jornada, ocupa as capas de todos os jornais desportivos. Os periódicos dão ainda destaque ao trabalho negativo da equipa de arbitragem liderada por João Capela e às críticas do Sporting.




O Jogo:

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- FC Porto: "Fizemos um grande esforço para segurar Moutinho", Pinto da Costa confirma recusa de "grandes propostas" pelo médio; "Jackson é o Dragão mais influente pós-Jardel", nem Falcão, Lisando ou McCarthy pesaram tanto no ataque



“Serenata de Gaitán à Capela"
- "Quim justifica continuar"


Record:

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- FC Porto: "Golos em 30 jornadas", Jackson perto de estabelecer novo recorde.


- "Leões queixam-se da arbitragem"
- "águia já cheira o título"



A Bola:

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- FC Porto: "Recusada proposta grande por Moutinho"


- "Não é fácil digerir tanto erro só para um lado", Bruno de Carvalho
- "Conseguimos três pontos importantíssimos, faltam quatro finais", Salvio



Notícias sobre o FC Porto:





Pinto da Costa: «Vencemos coisas impensáveis há 30 anos»

Odiado por muitos, amado por outros tantos, Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa prepara-se para renovar o seu mandato à frente dos destinos do FC Porto. O dirigente máximo do emblema da Invicta concedeu uma entrevista ao sítio brasileiro Lancenet onde aborda os mais variados temas da atualidade desportiva. Pinto da Costa (PC) aproveitou ainda para deixar alguns recados à Liga de Clubes e também ao governo. PC não perdeu ainda a oportunidade para lembrar que «não há relação possível com o Benfica».

Pinto da Costa confessou que o seu clube mantem relações com «todos os clubes de Lisboa, exceto com um».

«Todos, exceto um. É uma relação normal, em que é possível conversar, negociar. É tudo possível, tudo normal, de colaboração, até em projetos comuns. Com o Benfica não existem relações», afirmou o líder dos dragões em entrevista ao site brasileiro Lancenet.

O líder portista falou também sobre a ligação entre futebol e política.

«Rivalidade política não há, não nos metemos em política. Quando o primeiro-ministro anterior, José Sócrates, fez um jantar de apresentação com os seus apoiantes, estava na direita o presidente do Benfica, e na esquerda o doutor Mário Soares, um dos pilares da democracia, isso demonstra a ligação que havia entre o clube e a política através do partido socialista, mostra que há uma grande identidade, não estava naturalmente como amigo, Sócrates nunca foi colega dele na faculdade», disse Pinto da Costa.


Adeptos do FC Porto prestam homenagem ao seu líder
E prosseguiu: «Mas isto, para lhe dizer que no FC Porto isto era impensável. Eu, no meu caso, não tenho partido, estou à vontade para votar em quem bem entender para os interesses da cidade, já votei em pessoas de vários partidos, sem qualquer propaganda, como não tenho partido, voto em quem a consciência me diz que é melhor.»
Pinto da Costa ainda não encontrou substituto

Líder emblemático do FC Porto, Pinto da Costa revelou na última semana que será novamente candidato a mais um ciclo à frente do clube da Invicta. Seja como for, o dirigente assume que no dia em que entender que deve sair, ou que os sócios queiram que ele saia, vai abandonar o cargo.

«Não. Não tenho de preparar [n.d.r substituto], isto não é uma monarquia. No dia em que entender que tenho de sair, ou que queiram que eu saia, saio. Quem quiser candidatar-se, os sócios vão escolher, sem que eu influencie. Quem vier, se vier às minhas costas, não terá a legitimidade nem a força e a independência. Se correr bem, vão dizer que fui eu, se correr mal, foi o novo que não foi capaz de fazer o mesmo. A ideia é não envolver-me em luta eleitoral», destacou.

Convidado a recordar a sua caminhada pelo clube portista, Pinto da Costa revela que teve alturas em que pensou «deixar o clube».

     A Liga, que poderia ser aglutinadora, não faz rigorosamente nada« Estive para sair várias vezes, mas, por isso ou por aquilo, não saí. A última vez que eu quis sair foi quando se começou a pensar neste estádio em que estamos. Pensou-se que se eu saísse, o estádio não sairia. Então, entre a minha vida e depois ser acusado de não me meter no projeto, fiquei. Tive vários projetos de pessoas interessadas em determinados ramos, como um projeto com um amigo fantástico, mas, por não ter sucessor, abdiquei», recorda.
Pinto da Costa assume ainda que conquistou com o FC Porto coisas «impensáveis há 30 anos».


Pinto da Costa no Mónaco numa final da Supertaça europeia
«Vencemos coisas impensáveis há 30 anos. Nem eu pensava que venceríamos duas Ligas dos Campeões, a Liga Europa, uma Taça UEFA, Intercontinentais... o meu sonho era chegar a uma final europeia. Olhando para trás, na vida profissional e na empresarial, perdi grandes projetos, mas a vida é como é. A minha avó dizia que cada um é para o que é», sublinhou o dirigente de 75 anos.
A história de Pinto da Costa

Recados para a Liga de Clubes e governo

Nesta entrevista, Pinto da Costa aproveitou para deixar alguns recados à Liga de Clubes.

«A Liga, que poderia ser aglutinadora, não faz rigorosamente nada. A perspetiva não é animadora, mas quando vem uma tempestade, temos de tentar sair incólumes. Temos de investir na estrutura, cada vez mais vai ser necessário investir em talentos», avisa o presidente portista.

Entre os recados, o dirigente não deixou de enviar recomendações para o governo de Pedro Passos Coelho.

«Este governo faz um ataque feroz aos clubes com impostos. Os impostos nos bilhetes subiram 23%, os espetáculos pornográficos só pagam 6%. Se não fosse ferir (a suscetibilidade) as pessoas, iria pôr os jogadores de cuecas, para ver se incluía, ao invés de em programa desportivo, um programa pornográfico. Há uma insensibilidade do governo. O que é interessante é que quando a Seleção Nacional ganha os políticos aparecem na primeira linha, mas estão a atrofiar os clubes. (...) Estádios vazios, em más condições, a desaparecer, como o do Algarve, que não tem utilidade, o de Leiria, quase abandonado, com assistências reduzidas. E vai ser cada vez pior. As apostas, que aqui (em Portugal) são proibidas. São dificuldades, cada vez maiores. Temos de inventar soluções, ser rigorosos no que se gasta, temos de rentabilizar os jogadores, temos feito arte em valorizá-los»,apontou.

Pinto da Costa é de tal modo amado pelos seus adeptos que até tem direito a música e cânticos no estádio.

Os Superdragões, uma das claques do emblema portista, dedica-lhe, não raras vezes, um cântico.

Roberto Carlos é o único lamento de Pinto da Costa, brasileiro podia ter sido contratado

Pinto da Costa revelou ao Lancenet que tem pena de não ter trazido Roberto Carlos, que entre outros clubes jogou no Real Madrid, para o FC Porto. A escolha recaiu em Geraldão.

"Na época do técnico Artur Jorge poderíamos ter trazido dois jovens brasileiros, quase desconhecidos, mas só era possível um (...) Optámos, com muito sucesso pelo Geraldão", disse ao site brasileiro.

A história foi confirmada ao site brasileiro por Roberto Carlos: "Soube disso sim, mas cada um tem sua escolha e eu respeito muito Pinto da Costa, é um grande profissional".


Atsu despista-se e destrói carro de luxo

Christian Atsu foi protagonista de um aparatoso acidente, no domingo, na Via de Cintura Interna (VCI) do Porto, segundo avança o "Correio da Manhã" na edição desta segunda-feira. O carro do avançado ganês dos portistas, uma carrinha BMW) capotou e ficou imobilizado em cima de de um Fiat Punto.

De acordo com a publicação, o jogador seguia na viatura com uma mulher, no sentido Arrábida-Freixo, acabando por despistar-se junto à saída para o Amial, indo embater no separador central, terminando com o carro capotado.

Atsu, a mulher e a condutora do outro veículo foram levados para o hospital S. João mas tiveram alta pouco depois.








Por: Cubillas

domingo, 21 de abril de 2013

FC Porto 40 - 20 Sp. Horta - Muda aos 20 e acaba aos 40!









O FC Porto recebeu e cilindrou a equipa do Sp. Horta na 5ª jornada desta fase final. Com este resultado recupera a liderança em igualdade pontual com um clube que equipa de vermelho.






Sabendo do resultado do nosso rival, este jogo poderia ser o da nossa recolagem. Os nossos atletas sabiam-no e desde o 1º minuto que foram em busca desse objectivo.

Entramos com uma novidade no nosso 7 titular, Sérgio Rola foi titular, substituindo Ricardo Moreira, provavelmente ainda a recuperar da lesão sofrida ao serviço da selecção portuguesa.

Existe um ditado que refere que o ataque ganha jogos e a defesa ganha campeonatos. Hoje os tetracampeões mostraram que uma defesa sólida também ganha jogos. Fomos brilhantes na defesa. Só nos primeiros minutos, meia dúzia de intersecções e outros tantos blocos. E, quando a bola passava, um guarda redes seguríssimo. 

No ataque tudo como previsto. A defesa proporcionava rápidas saídas no contra-golpe que íamos aproveitando com sucesso (destaque para Rola na conclusão dos lances deste género) e, quando em ataque organizado sabíamos aproveitar o momento certo para rematar. Spínola principalmente teve jogadas de elevada execução técnica. Está em grande forma.

Por estes motivos não foi de admirar que aos 10 minutos o resultado já nos era favorável por 7 - 4. Parece pouco após tamanha supremacia? Nem por isso, se repararmos que 3 dos golos sofridos foram de livres de 7 metros e 1 após um ressalto. 

Se o 1º terço desta primeira parte foi de grande nível  até ao intervalo foi ainda superior. Uma superioridade inquestionável.  Podemos facilmente verificar isso pela marcha no marcador. Aos 20 minutos o resultado era já de 15 - 6, um parcial de 8 -2. Ao intervalo a diferença ainda era mais evidente. 20 - 7, apenas 1 golo sofrido nestes 10 minutos. Nenhuma equipa que não tenha atletas de qualidade e com uma sede de vitória e entrega ao jogo como a nossa, o conseguiria. 

De realçar, que nesta primeira parte, todos os atletas de campo (excepto Ricardo Moreira) tiveram tempo de jogo. Acho que isto nos  faz sentir ainda mais orgulho. Vermos os nossos jovens, alguns com idade de júnior, a entrar em campo numa fase final e continuar a boa exibição até então, só nos pode deixar confiantes com o nosso futuro e com o trabalho realizado por Obradovic.


Começa a 2ª parte com os que iniciaram a partida, apenas com a já habitual troca de guarda-redes. E, tal como em todo o jogo, a superioridade foi abissal. Aos 5 minutos, o marcador mostrava 25 - 9. Elias, que até então tinha estado infeliz na finalização, marcou 3 golos seguidos, o últimos deles numa bonita jogada aérea dos nossos atletas. 

O nosso pior período no jogo (bem, sejamos justos, o menos bom período) ocorreu a meio desta 2ª parte. Normal, muitas alterações, algum relaxamento e a tentativa de brindar o público no Dragãozinho com golos rápidos de  belo efeito. Felizmente, foi curto este período, uma meia dúzia de ataques.

Sensivelmente aos 15 minutos deu-se um caso que não era necessário. O treinador do Sp. Horta foi expulso por palavras à mesa. Não me apercebi se houve ou não motivo, pessoalmente não ouvi nada e estava ali perto, mas foi desnecessário. A equipa açoreana viaja com pouco staff (a equipa médica do nosso clube assistia ambas as equipas por exemplo), não tinha mais nenhum técnico no banco. Como isto aconteceu, nem desconto de tempo puderam pedir. Vamos partir do pressuposto que foi uma expulsão justa. O treinador adversário não teve nenhum motivo para se queixar e deixou a equipa ainda mais fragilizada. 

Nos últimos 10 minutos, Obradovic já tinha os mais rotinados a descansar, e um mar de jovens (bem auxiliados sempre por alguém experiente) em campo. Tal como antes resultou e de que maneira. Novamente apenas 1 golo sofrido neste tempo. Muito bem, excelente espirito competitivo.

O resultado final de 40 - 20 mostra claramente a diferença de qualidade entre os conjuntos. Na parte que nos toca, se é que tal ainda era necessário, serviu para constatar que estamos na luta e que tudo daremos para o inédito penta.

Arbitragem sem problemas, ainda que com falhas pontuais. 

Destaque individual é complicado, todos estiveram bem. Mas uma referência para o hoje titular Sérgio Rola. Foi o único a fazer os 60 minutos e esteve muito bem. Finalizou muitas jogadas e esteve abnegado a defender. Tem crescido muito e é cada vez mais uma aposta segura. 

Uma última nota para outra modalidade

Ontem o hóquei do FC Porto trouxe de Réus uma desvantagem miníma (2 - 3) nos quartos de final desta edição da "Champions hoquista". Virar este resultado está perfeitamente ao nosso alcance. Será ainda mais possivel se conseguirmos encher as bancadas no apoio aos nossos. É um sonho que já perseguimos há alguns anos e que juntos temos hipóteses de a conquistar. Fica aqui o repto a todos nós...  


Equipa e marcadores:

Equipa Inicial: Hugo Laurentino, Sérgio Rola (7), Wilson Davyes (2), Gilberto Duarte (4), Tiago Rocha (3), Elias Nogueira (3) e Pedro Spínola (5)
Jogaram ainda: Alfredo Quintana, Nuno Carvalhais, João Ramos, João Ferraz (3), Filipe Mota (3), Belmiro Alves (2), Daymaro Salina (6) e Hugo Rosário (2). 


Por: Paulinho Santos

Leixões 2 - 1 FC Porto B: Roubo no Mar!










Depois de 2 derrotas consecutivas, a equipa B do F.C. Porto deslocou-se ao difícil terreno do Leixões para jogo da jornada 37 da II Liga. Uma deslocação sempre complicada, ainda mais quando se tem de enfrentar adversários extra.






Rui Gomes optou por fazer várias alterações na equipa, lançando Ba, Quino e David na defesa, Seri (regressado de expulsão) e Tozé (antes encostado à ala) formaram o trio de meio campo com Mikel e na frente Kelvin e Caballero juntaram-se a Sebá.

A partida começou bem para o conjunto portista, que depois de um pequeno período de adaptação ao adversário assumiu as rédeas do jogo. Com o onze apresentado, os jogadores estavam mais confortáveis em campo, deixando Rui Gomes de lado as adaptações. Kelvin e Sebá assumiam as alas, trocando várias vezes entre si, e Tozé tomava conta do meio campo, aparecendo sistematicamente entre linhas, tendo nas costas Mikel e Seri.

Foi através do 10 portista que surgiram as melhores oportunidades no 1º tempo. Logo aos 8 minutos teve um remate perigoso e aos 13 conduziu um excelente contra ataque, depois duma boa saída de Seri, abrindo para Sebá que cruzou rasteiro para Caballero não chegar por pouco.

O jogo continuava dominado pela jovem equipa portista, que entre os 17 e os 21 minutos voltou a criar perigo através de remates de longa distância: primeiro foi Kelvin, na sequência de um canto; 4 minutos depois foi a vez de Seri, de muito longe, ter um remate fantástico que obrigou Rui Sacramento a excelente defesa.

Neste período já tinha acontecido uma mão muito duvidosa na área do Leixões. Mas o pior veio depois

Aos 33 minutos, livre perigoso à entrada da área do Leixões. O remate de Tozé é desviado pela mão de um homem da barreira. Rui Sacramento ainda defende para canto, mas ficou um penalti claríssimo por marcar.

Na sequência do lance, Seri corta um contra ataque leixonense com uma entrada dura. Bruno Esteves mostra o amarelo ao jovem portista, quando os da casa pedem vermelho. É verdade que foi uma entrada dura, mas a bola estava lá e dado o critério do árbitro noutros lances este foi claramente bem ajuizado. Os 5 minutos seguintes ao lance foram um circo autêntico, com os jogadores do Leixões a atirarem-se para o chão por tudo e por nada e com Bruno Esteves a ir na cantiga.

Mesmo assim, foi nesse período que o Porto chegou à vantagem: aos 38 minutos livre de longa distância, superiormente batido por Tozé; ninguém desviou a bola que entrou diretamente na baliza. Um livre à Deco!

O intervalo chegava assim com justiça no marcador. O F.C. Porto dominava o jogo e mostrava qualidade no seu futebol, enquanto o Leixões não se conseguia soltar da teia portista.

No entanto, a 2ª parte começa logo com um percalço: Seri é expulso. O circo voltou depressa à cidade do Mar, pois o Costa Marfinense nem tocou em Hernani, que fez um grande teatro. Bruno Esteves voltou a ir na onda, como não podia deixar de ser.

Pode-se aqui acusar Rui Gomes de não ter tirado o jovem ao intervalo, porque estava na cara que isto podia acontecer, mas o lance foi tão ridículo que é difícil tentar culpar o treinador. Mas o roubo ainda não ficou por aqui…

Cinco minutos depois o Leixões chega ao empate. A equipa portista ainda estava a tentar recompor-se do golpe disferido por Bruno Esteves quando Malafaia encostou para a igualdade, depois de boa defesa de Stefanovic na sequência de um cabeceamento de um homem da casa. Quino ficou a ver quando deveria ter sido mais agressivo na tentativa de importunar o médio leixonense.







Só depois deste lance é que houve oportunidade para a substituição que voltou a equilibrar a equipa: Kelvin deu lugar a Sérgio Oliveira, voltando o meio campo portista a ser composto por 3 elementos, sendo que um deles, Tozé, daria a largura possível na frente. Uma boa mexida.







A partir deste momento pouco mais se viu do Leixões.

Aos 60 minutos Caballero tem uma excelente iniciativa, rematando ao lado da baliza de Rui Sacramento. Logo no minuto seguinte, nova mão na área dos da casa. Pode-se dizer que foi um lance involuntário, mas o braço está longe de estar ao nível do corpo. Novo penalti por marcar.

O jogo manteve-se no mesmo ritmo, controlado pela nossa equipa B e sempre com Bruno Esteves a inclinar o campo. Aos 78 minutos voltou a haver uma mão na área do Leixões, mas nesta o árbitro merece o benefício da dúvida, porque foi um cabeceamento à queima. No entanto foram 4 bola na mão na área do Leixões. Quatro!

Na sequência do canto seguinte Zé António esteve também perto de marcar.

Pouco depois Dellatorre entrou para o lugar de Caballero e logo de seguida teve um bom lance de entendimento com Sebá, rematando solto já dentro da área. Mais uma boa oportunidade para os portistas.

O balde de água fria veio depois, aos 87 minutos. Tudo começou com mais um lance surreal de Bruno Esteves e seus assistentes, ao dar um lançamento para o Leixões que todos viram que pertencia ao F.C. Porto. 

Foi mais um exemplo do campo inclinado, que terminou com o cruzamento na direita do ataque do Leixões (por onde andava Quino?) para cabeceamento de Mailo. Abdoulaye ficou muito mal na fotografia, tendo abordado muito mal o lance e sendo batido em antecipação. Foi o 2-1 no marcador, uma enorme injustiça para a equipa que tão bem reagiu à expulsão e ao golo do empate.

Até ao final do jogo Rui Gomes ainda lançou Fábio Martins para o lugar de Mikel, mas pouco jogo mais houve.

Dos 3 minutos de desconto, apenas se jogaram 2 sem que Bruno Esteves compensasse o minuto em que Rui Sacramento andou a pedir amarelo. Apenas deu tempo para um canto algo perigoso, com Sérgio Oliveira a cabecear por cima.

Esta derrota acaba por ser extremamente injusta. A equipa portista teve mais ocasiões de golo mesmo em desvantagem numérica e acaba por perder o jogo num erro individual de Ba.

De salientar que não é a primeira vez que esta época acontecem arbitragens vergonhosas do nível desta, de Bruno Esteves, a esta equipa B.

Também se deve salientar que não é a primeira vez que esta equipa faz bons jogos mas no fim deixa-se ultrapassar. Esta inexperiência é ultrapassada com estes jogos e esperemos que este jogo sirva também para isso.



Análises individuais:

Stefanovic: Sem culpas nos golos, esteve bem entre os postes. No entanto, voltou a ter uma ou outra saída demasiado hesitante;

David: Pouco agressivo na defesa não ofereceu profundidade no flanco direito;

Quino: Muito mal defensivamente. Tem agressividade, mas ainda tem muito para aprender no que toca a defender. Deu alguma profundidade ao flanco mas não criou lances de grande perigo;

Abdoulaye: Estava a realizar uma boa exibição até ao lance em que borrou toda a pintura. Não pode abordar o lance do golo daquela forma e não se pode deixar antecipar tão facilmente. Vale bem mais que isso;

Zé António: Não fica isento de culpas no primeiro golo do Leixões, ao ser ultrapassado nas alturas. Seguro no resto do encontro;

Mikel: Falhou no apoio aos centrais quando deixou de ter a muleta Seri ao lado. Até aí estava a cumprir bem defensivamente;

Seri: Ficou marcado pela injusta expulsão. Mesmo assim, tem de moderar as entradas como a que lhe valeu o 1º amarelo. Jogou quase em linha com Mikel e cumpriu bem defensivamente, dando menos ao ataque que o usual, excepto no excelente remate aos 21 minutos;

Tozé: O melhor em campo. Na sua posição de origem fartou-se de criar problemas aos adversários, aparecendo muito bem entre as linhas defensivas do Leixões. Muito bem nas bolas paradas, com destaque para o golo;

Sebá: Criou vários desequilíbrios quando esteve no flanco esquerdo, perdendo algum fulgor na direita. Importante também a sacrificar-se defensivamente na 2ª parte;

Kelvin: Tal como Sebá, brilhou mais do lado esquero do ataque. Mostrou bons pormenores e foi importante, tal como o companheiro das alas, para dar outra largura ao jogo portista. Foi sacrificado quando a equipa passou a jogar com 10 e reagiu mal à substituição;

Caballero: Voltou a mostrar bons pormenores, mas continua longe de estar adaptado a esta equipa. Contudo a sua agressividade, qualidade técnica e poder de choque deixam antever coisas boas;


Sérgio Oliveira: Entrou para equilibrar a equipa e a sua presença nota-se logo, através da qualidade de passe que tem e da serenidade que dá ao jogo da equipa.

Dellatorre: Refrescou o ataque e teve um bom lance de combinação com Sebá;

Fábio Martins: Entrou para o último folgo, mas mal tocou na bola.


Por: Eddie the Head

Moreirense 0 - 3 FC Porto: Oxigenar. (Crónica de Breogán)

Oxigenar





Foi um jogo de começo sofrido, mas que acabou oxigenando o FC Porto. Não só pela questão pontual e de nos manter na luta, mas sobretudo, por uma questão exibicional. Não foi uma grande exibição, mas foi uma exibição sólida e competente, o que configura um bálsamo retemperador após a derrota frente ao Braga.






Começamos mal, muito incomodados pela impetuosidade do Moreirense, sobrevivemos e acabamos impondo o nosso jogo, ganhando vantagem sobre o adversário no talento individual.

Vítor Pereira coloca em campo o seu onze base, mas com uma alteração. Defour sai da equipa e entra Atsu. É uma alteração no modelo de jogo, abrindo a frente de ataque com um extremo e aumentando a capacidade ofensiva do FC Porto.

É uma questão estrutural e não exibicional. A exibição do Atsu chegou, no máximo, à mediania e por períodos breves. Ainda assim, a sua presença em campo enquanto extremo, dá amplitude à equipa.

Primeiro, porque não procura o espaço interior como Defour. É menos a contribuir para a hiperconcentração de jogadores no corredor central. 

Segundo, porque mesmo jogando pouco, a sua presença no flanco obriga à fixação do lateral (beneficia Alex Sandro) e à atenção dos médios interiores para a dobra.

Terceiro, menos gente no centro, mais espaço para Lucho e maior capacidade de ligação a Jackson. É um exercício lógico simples. Beneficia Jackson, logo, estamos mais perto do golo. E foi o que aconteceu. O 4-3-3 sem extremos é uma aberração táctica e espero que tenha acabado de vez.

O jogo começa com o FC Porto algo temerário. O Moreirense colocava-se o mais possível atrás da linha da bola e lançava o seu panzer ofensivo (Ghilas) assim que a recuperava. Bolas em profundidade, espaço para embalar, linhas rectas para correr em direcção à baliza e muita energia cinética na hora do encosto. Ghilas é isto e o FC Porto levou demasiado tempo a perceber.

A primeira oportunidade é do Moreirense. Aos 7 minutos, o Moreirense avança pelo corredor esquerdo do FC Porto e Espinho desvia a bola para defesa atenta de Helton. O FC Porto responde dois minutos depois, num lance de envolvimento com Jackson a servir Atsu na zona do ponta-de-lança, mas o ganês falha o desvio por pouco, com a baliza à sua mercê.

O Moreirense está na sua melhor fase do jogo, com o FC Porto ainda a tentar adaptar-se ao futebol directo da equipa de Moreira. Ghilas atormenta Mangala e Alex Sandro, mas nunca consegue criar perigo.

O FC Porto só voltaria a incomodar Ricardo Ribeiro aos 18 minutos de jogo. Excelente remate em arco de Fernando fora da área para defesa apertada do guarda-redes do Moreirense. Dois minutos depois, é James quem tenta a sorte de longa distância, mas Ricardo Ribeiro volta a resolver.

Aos 23 minutos de jogo, o momento mais perigoso do Moreirense. Passe de Moutinho no grande círculo e alívio da defesa do Moreirense. O “balão” apanha o caminho de Ghilas que, perante a passividade de Mangala e Otamendi, arranca para a baliza de Helton em linha recta e em perseguição da bola. Helton sai para matar o lance e acaba por sentir todo o aço do panzer.

É a partir daqui que o FC Porto começa a ganhar preponderância no jogo. Danilo solta-se mais e Lucho chega-se mais a Jackson. Aos 31 minutos, Danilo centra bem, mas Jackson não desvia a preceito. É o mote para o golo.

Aos 34 minutos, o FC Porto ganha vantagem no marcador. Lance de envolvimento, com uma tabelinha preciosa entre Lucho e Danilo. Danilo assume o corredor central e faz uso do seu excelente jogo interior para desequilibrar. Recebe de Lucho, roda e coloca a bola na desmarcação em diagonal de Jackson. Bem servido, na área e de frente para a baliza e já desmarcado do central, seria golo na certa. E foi!




O FC Porto ganha vantagem e conforto no jogo. Joga-se em amplitude e no meio campo do Moreirense.
Aos 41 minutos, Atsu remata com perigo, mas Ricardo Ribeiro desvia para canto. Três minutos depois, e novo susto para o FC Porto. Mangala deixa-se antecipar por Fábio Espinho e perde a bola dividida. Espinho avança para a área portista e remata com violência, mas Helton defende. A resposta do FC Porto é intensa. No primeiro minuto de compensação da primeira parte, Moutinho desfere uma bomba fora da área, num pontapé de ressaca, para grande defesa de Ricardo Ribeiro. Mesmo antes do intervalo, penalti claríssimo sobre Atsu que o árbitro fez questão em não ver. Mais um.




Foi uma primeira parte onde o FC Porto começou temerário, mas acaba por cima e totalmente dominador, aproveitando a boa exibição de Lucho e a maior amplitude do seu ataque.

A segunda parte é dominada pelo FC Porto e a marcha do marcador ajudou ao pleno domínio.

Aos 52 minutos, canto cobrado por James, mas a defesa do Moreirense corta. A sobra fica para James, que volta a centrar para a área. Mangala desvia no primeiro poste e, no segundo poste, Fernando, mesmo apertado, atira para a baliza. Ricardo Ribeiro defende à primeira, mas a não consegue defender a recarga de Fernando. Golo justo para um bravo em campo.

Três minutos depois, Fernando volta à carga. Transição do Moreirense abafada por Fernando, com a sobra a ficar para Lucho. O capitão, de primeira, lança Jackson com um passe picado. A desmarcação de Jackson é imparável e perante a saída de Ricardo Ribeiro, faz-lhe um chapéu e marca o terceiro golo do FC Porto. Grande golo e grande jogada.









A partir daqui, o FC Porto geriu. O jogo estava ganho e havia que dar descanso a alguns jogadores. Até final, mais dois remates com perigo. Primeiro, é Castro a rematar com perigo, aos 79 minutos e, depois, Danilo, aos 89 minutos, em mais um movimento interior. Pelo meio, aos 85 minutos, nova fuga de Ghilas. Mais uma bola em profundidade e fuga, desta vez a Otamendi, para novo duelo com Helton. Helton sai bem e bloqueia o remate de Ghilas, mantendo o nulo na sua baliza.







O trabalho de casa está feito. Mais que esperar resultados de outros jogos, a boa notícia é a oxigenação que esta equipa levou. Essa revitalização que trouxe Jackson de volta aos golos, um Lucho como há muito não se via e um FC Porto com alguma acutilância no ataque.

Lutar até ao fim. Cerrar os dentes.


Análises Individuais:


Helton – Manteve o zero a zero na altura mais crítica do jogo e a vantagem mínima frente a Fábio Espinho. Ganhou os duelos todos com Ghilas e fez uma exibição imaculada. Até ele melhorou bastante.

Danilo – Começou com erros básicos a nível do passe e tímido no ataque. Soltou-se com o decorrer no jogo e termina o encontro com uma assistência e o último remate de perigo do jogo. O seu jogo interior é uma mais-valia na sua função de lateral.

Alex Sandro – Começou com muitas dificuldades defensivas. Foi pelo seu flanco que o Moreirense mais carrilou jogo. Tal como Danilo, faz um jogo em crescendo e sai de campo com uma boa exibição, sobretudo, no plano ofensivo.

Mangala – Jogo para aprender e recordar. Está habituado a “esmagar”, mas desta vez teve pela frente um panzer. Não iria verga-lo por esmagamento. Mangala, em vez de jogar na antecipação e no posicionamento, encara o desafio físico e trata de jogar à apanhada com Ghilas. Deu-se bem em alguns lances e muito mal noutros. Salvou-o Helton em duas ocasiões. Ghilas tem um futebol muito unidimensional, basta jogar em antecipação sobre ele e acaba para o jogo. Mais patético foi a forma como perde para Espinho. Devia pensar que era o Ghilas que aí vinha…

Otamendi – Como jogou mais em antecipação, esteve melhor no jogo. Ainda assim, perdeu dois lances da mesma forma que o Mangala. Compensou com dois cortes preciosos.

Fernando – Um grande jogo em Moreira de Cónegos. Abafou tudo o que podia, levou a equipa para a frente e ainda marcou. Está a liderar em campo.

Moutinho – Deveria ter ajudado mais a equipa no plano defensivo. Alguns lançamentos para Ghilas nasceram na sua zona de acção. De resto, a qualidade de sempre.

Lucho – Fez-lhe bem o descanso que tem tido nos últimos jogos. Notou-se logo outra disponibilidade em campo e capacidade de chagar perto de Jackson. Era esta gestão que se impunha desde o início da época. Grande assistência para o último golo da noite. Merece ser o melhor em campo.

James Exibição muito apagada, de quem não tem andamento para a posição híbrida que ocupa. Ficou-se por uns passes teleguiados e um ou outro remate. É preciso um James com outra rotação para a recta final do campeonato.

Atsu – A sua entrada foi importante pela alteração estrutural que provocou. Quanto à sua exibição, voltou a ser demasiado fraca, só chegando à mediania em curtos momentos.

Jackson – Andou longe do golo, mas a culpa não é sua. Bem servido é um matador de gala. O seu segundo golo é de craque e o primeiro é uma desmarcação portentosa. Não é o melhor em campo por deferência a Lucho, mas merecia.


Castro – Outra excelente entrada em campo. Mostra, claramente, que é opção válida para este meio campo. Alegria e vitalidade.

Liedson – Mais 10 minutos de azul e branco para seguradora ver.

Izmaylov - Mais 3 minutos de azul e branco para seguradora ver.




FICHA DE JOGO

Moreirense-FC Porto, 0-3
Liga portuguesa, 26.ª jornada
20 de Abril de 2013
Parque Desportivo Comendador Joaquim Almeida Freitas, em Moreira de Cónegos

Árbitro: Marco Ferreira (Madeira)
Assistentes: Cristóvão Moniz e Sérgio Serrão
Quarto árbitro: Manuel Oliveira

MOREIRENSE: Ricardo Ribeiro; Ricardo Pessoa, Anilton, Aníbal Capela e Florent; Vinícius (cap.), Renatinho e Fábio Espinho; Wagner, Ghilas e Pintassilgo
Substituições: Wagner por Rafael Lopes (61m), Ricardo Pessoa por Paulinho (65m) e Anilton por Diego Gaúcho (74m)
Não utilizados: Ricardo Andrade, Kinkela, Belaid e Tales
Treinador: Augusto Inácio

FC PORTO: Helton; Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Fernando, João Moutinho e Lucho (cap.); James, Jackson Martínez e Atsu
Substituições: Lucho por Castro (74m), Atsu por Liedson (81m) e James por Izmaylov (87m)
Não utilizados: Fabiano, Quiño, Kelvin e Defour
Treinador: Vítor Pereira

Ao intervalo: 0-1
Marcadores: Jackson Martínez (34m e 55m) e Fernando (52m)




Análise dos Intervenientes:

Vítor Pereira: 

«Num dos festejos quase caía»

«Num dos festejos quase caía. Escorreguei. Estou assim porque o campeonato está a chegar ao fim. São jornadas importantes e é natural que exija mais emotividade. Fiz o que senti, celebrei de forma espontânea».
«Isso aconteceu no segundo golo. Foi importante porque nos deu confiança para fazer um jogo de maior qualidade e retirou alguma esperança ao Moreirense». 

«Sportinguista, eu?»

Após a excelente vitória em Moreira de Cónegos, os jornalistas quiseram saber na sala de imprensa se Vítor Pereira, por um dia, iria ser sportinguista. O técnico tentou não falar sobre o derby da Luz, mas lá deixou sair algumas palavras curiosas.

«Sportinguista amanhã, eu? Não, portista sempre, desde que me lembro de ver futebol. Não temos controlo sobre esse jogo. Dizer que não interessa é mentira, mas todos os resultados são importantes. Não nos podemos dispersar com possíveis cenários».

«A equipa está preparada e não vai entregar nada de bandeja. Somos bicampeões e vamos lutar até ao fim. Não vamos estender o tapete a ninguém. O título passa pelos jogos que faltam. Vamos esperar. Hoje fizemos bem o nosso trabalho».

Sobre o jogo em Moreira de Cónegos

«Vencer aqui não é fácil e com a autoridade que o fizemos fico ainda mais satisfeito. Marcámos nos momentos certos. Marcámos primeiro e isso obrigou o adversário a abrir as suas linhas. Passámos a ter mais espaços e oportunidades de golos. Fizemos três, podíamos ter feito mais dois ou três, e o Moreirense também podia ter marcado».

«Tivemos paciência, boa circulação e uma reação forte à perda de bola. Fizemos bem o nosso trabalho».





Por: Breogán
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