Na 2ª jornada da fase final do
campeonato nacional de Juniores A, a equipa do F.C. Porto voltou a ceder
pontos, depois da derrota na 1ª jornada. Desta vez o resultado foi um empate a
um golo em casa contra o Rio Ave.
A equipa portista apresentou-se
com um sistema entre o 4-4-2 e o 4-3-3 onde Francisco Ramos derivava entre o
meio campo e a ala esquerda. O Rio Ave apresentou-se no seu 4-4-2 losango
habitual, com destaque para a dupla avançada Nuno Santos e o estreante Lord.
O jogo começou com a habitual
troca de bola portista, sempre a assumir o jogo mas sem impor um elevado ritmo
ao jogo. O Rio Ave assumia-se como um equipa expectante, mas sem nunca abdicar
de tentar lançar o ataque rápido sempre que tinha oportunidade, tendo em Lord
uma referência em velocidade na frente de ataque.
A equipa portista apresentou
sempre problemas em flanquear o jogo, devido à falta de um extremo esquerdo de
raiz, sendo que quem conduzia o ataque pelo lado esquerdo era o lateral Rafa.
Na direita Fred assumia as despesas, saindo do centro do ataque para a ala,
onde se sente mais à vontade.
Aos 20 minutos de jogo nasceu a
primeira jogada de grande perigo, com Francisco a falhar um golo feito, já na
pequena área, depois de boa jogada envolvente da equipa portista, concluída com
um bom cruzamento de Marcelo. Aos 33 foi a vez de Rafa ter um excelente remate
à entrada da área, que embateu na trave. Aos 38 minutos, nova bola no ferro,
desta vez por intermédio de Fred, num bom cabeceamento na sequência de um
cruzamento de Graça. Contudo, no fim da primeira parte a equipa do Rio Ave
adiantou-se no marcador, por intermédio de Lord. Tomás perdeu a bola numa
reposição à entrada da área e em 3 momentos o Rio Ave fez a diferença:
excelente passe de Ruben para Nuno Santos, a romper a defesa portista, e este
assiste com muita classe Lord, que só tem de encostar. O intervalo chega logo
de seguida, com algum sentimento de injustiça pelo maior caudal ofensivo dos
dragões, mas a verdade é que faltava
velocidade e largura ao jogo portista.
A 2ª parte iniciou quase com o
golo do empate, uma verdadeira obra prima por parte de Fred. Depois de uma
jogada pela esquerda conduzida por Rafa (quem mais?), a bola sobra para Graça
que remata contra a oposição vila-condense mas quando ninguém esperava Fred faz
o golo numa acrobacia brilhante.
O 2º tempo seguiu a toada do 1º,
mas o domínio portista foi mais evidente e o seu jogo um pouco mais rápido.
Capucho tentou mexer com o jogo mas a única alteração que mudou o figurino da
equipa foi efectuada apenas aos 73 minutos, quando Ivo entrou para o lugar de
Vitor Andrade, fazendo a equipa jogar, finalmente, num 4-3-3 declarado.
Durante este período viu-se uma
equipa algo partida, apresentando algumas dificuldades na transição defensiva.
O estilo de posse é evidente, assim como na equipa senior, com o jogo a ser
construído desde trás com muito critério, devido a 2 centrais com grande
capacidade técnica e a um trinco que é mais 8 que 6. Este último ponto também
justifica alguma dificuldade nas transições defensivas, pois Vitor Andrade sai
muito de posição e não tem características físicas para ser um 6 no futuro.
Uma palavra também para a equipa
do Rio Ave, que apesar do domínio total da equipa portista, consentiu poucas
oportunidades de golo e tentou sempre sair à procura do segundo golo, pensando
apenas no empate nos últimos 10 minutos de jogo.
Com este empate a equipa portista
soma 1 ponto em 2 jornadas, vendo ainda mais dificultada a luta pelo título
nacional, que ainda vai no início. No entanto, convém lembrar que estamos
perante uma equipa jovem, com grande parte dos jogadores a serem juniores de 1º
ano, e como tal ainda haver muita margem de progressão.
Análises individuais:
Kadu: sofreu um golo no qual nada podia fazer e pouco mais trabalho
teve, limitando-se a controlar os contra ataques do Rio Ave.
Marcelo: não comprometeu a defender, sendo algo irregular no apoio
ao ataque. Destaque para o cruzamento aos 20 minutos, onde ofereceu o golo a
Francisco.
Rafa: excelente jogo a defender e a atacar. O jogo passou todo por
ele na primeira parte, tendo criado vários lances de perigo, quer através de
remates de média distância, quer através dos seus cruzamentos milimétricos.
Bruno Silva: controlou bem a dupla ofensiva do Rio Ave e deu
qualidade à posse de bola da equipa, devido à boa capacidade técnica que
possui.
Tomás: tal como o seu colega de sector, tem excelente capacidade
técnica, mas foi num lance de saída de bola que borrou a pintura, oferecendo o
golo aos visitantes. O resto da partida correu-lhe sem problemas, apoiando diversas
vezes o meio campo, como já é seu timbre.
Vitor Andrade: excelente com a bola nos pés, por vezes
desposiciona-se nos momentos de transição defensiva, algo que não pode
acontecer num trinco. Continua a dar claramente a ideia que renderia mais a
jogar na posição 8. Acabou sacrificado no assalto final à baliza do Rio Ave.
Belinha: jogo de muito esforço defensivo, tendo sido muito
importante na pressão da equipa. Em termos ofensivos não foi decisivo.
Graça: mostrou bons pormenores técnicos, é um jogador muito
rotativo, mas nunca conseguiu dar sequência a esses lances. Foi o primeiro a
ser substituído.
Francisco Ramos: não tem as características de ala, mas tem de cair
na posição muitas vezes. Quando jogou em zonas interiores, deu qualidade na
posse de bola da equipa. Falhou um golo feito aos 20 minutos e acabou o
encontro a trinco.
Fred: o mais inspirado e irrequieto da frente, marcou um grande
golo e agitou o jogo portista. Na ala ou no meio, foi sempre um quebra-cabeças
para a defesa do Rio Ave. Pecou apenas por se prender demasiado à bola em
alguns lances.
André Silva: esteve desinspirado, não conseguindo nenhum lance
claro de golo. Nota-se a sua qualidade física e ténica, mas não era a sua
tarde.
Leandro: entrou para o lugar de Graça, talvez com a ideia de dar
mais poder físico ao meio campo. Se é verdade que a equipa foi mais
pressionante consigo em campo, também é verdade que pouco se viu no jogo.
Ivo: foi opção para abrir o jogo nas alas, mas não foi factor no
jogo, perdendo muitas bolas e não ganhando a linha uma única vez.
Gonçalo Paciência: último a entrar, teve apenas tempo para marcar
um livre que não passou da barreira.
O FC Porto recebeu e venceu confortavelmente o Limianos e
continua a sua luta na conquista do ceptro de campeão.
Com uma boa casa no Dragão Caixa, o FC Porto entrou
praticamente a ganhar. Aos 4 minutos Ricardo Barreiros numa stickada de muito
longe inaugurou o marcador. No entanto foi curta esta vantagem, já que uns
momentos depois concedemos a igualdade, numa situação em que permitimos uma
jogada de 2 para 1.
Voltávamos assim à estaca zero. O FC Porto jogava em ataque
continuado, a tentar rodar a bola e o Limianos a tentar lançar contra-ataques
rápidos em que intervinham 1 ou no máximo um 2º jogador que tentava aproveitar
um ressalto à boca da baliza. Não o conseguiram muitas vezes devido à pressão
intensa que exercíamos logo na saída da defesa adversária. Mas, se
defensivamente conseguíamos nesta fase anular o perigo, no ataque estávamos a
ter dificuldades em romper a defesa compacta do Limianos. Eles apresentaram uma
defesa muito fechada e descida em que normalmente 3 jogadores defendiam já
dentro da área.
O perigo que conseguíamos era sobretudo de remates de longe.
Parecia tiro ao boneco, eram remates atrás de remates. Umas vezes o guarda
redes limiano defendia como podia (teve defesas com a máscara, com o patim, com
o stick, enfim, como desse), outras o azar (perdemos a conta às bolas ao poste,
talvez uma dúzia). Era uma questão de tempo até entrar uma.
Tó Neves começou entretanto a fazer uma alterações que se
revelaram acertadas. Entraram quase em simultâneo Vitor Hugo e Hélder Nunes.
Fazia sentido. A pressão que exercíamos precisava de continuar, Hélder Nunes
defende bem e tem uma técnica soberba que podíamos aproveitar. Vitor Hugo
porque é exímio a jogar perto da baliza, podia aproveitar um dos muitos remates
que fazíamos para um desvio com sucesso. Acabou por resultar, mas antes um 3º
ejogador entrado ia brilhar. A 8 minutos do intervalo, Caio, novamente num
remate de longe deu uma já muito merecida vantagem.
Estava finalmente desbloqueado o marcador. Mais um par de
minutos e novo golo. Vitor Hugo num desvio a centimetros da baliza dava ainda
mais tranquilidade. Estávamos perto do intervalo e já não conseguiríamos outro
golo até ao fim desta parte.
Nota para as faltas ao intervalo. 3 faltas contra uma.
Deviam ter sido mais, na dúvida não marcavam. E, como o ataque foi quase sempre
nosso, é fácil perceber quem mais teve motivos para protestar.
Se na 1ª parte o critério tinha sido demasiado largo, no
inicio do 2º tempo mudou. Em menos de 5 minutos um cartão azul para cada lado
(o azul para o Jorge Silva não se percebeu a razão). E foi assim, com 3
jogadores de campo que marcámos novamente, bis de Ricardo Barreiros numa bonita
jogada. A vantagem de 3 golos não mudou o cariz do jogo, foi aliás uma cópia.
Foi assim até meio desta etapa complementar.
O melhor estava guardado para os mintuos finais. A nossa
equipa com o tempo começou a conseguir abrir a defesa contrária e assistiu-se a
um festival de golos. O 5º foi marcado novamente por Ricardo Barreiros em
jogada rápida após recuperação de Reinaldo Ventura.
O 6º (depois de um golo estranho do adversário), Vitor Hugo
em nova jogada rápida marcou. O 7º De Tiago Losna num remate de longe em que
fintou o adversário duma forma espetacular.
O jogo era agora um passeio e como não baixávamos o ritmo
aconteceu um triplo festejo no espaço dum minuto. Sim, 3 golos em um minuto.
Fantástico!!! Vamos aos marcadores: Jorge Silva a finalizar um contra-ataque,
Losna num novo remate de longe e o benjamim Hélder Nunes num ataque rápido.
Faltavam 5 minutos e aproveitou-se o golo para se desejar feliz aniversário a
Hélder Nunes através da já mitica trompete do sr. Lourenço.
Ainda marcaríamos mais 3, através de Jorge Silva (por duas
vezes) e por Hélder Nunes. Uff... Parabéns equipa pela veia goleadora na 4ª
feira e hoje.
Segue-se a deslocação a Valongo, um campo por norma dificil
e com uma grande massa adepta. Vamos a eles, temos de ganhar...
Equipa e marcadores:
Treinador: Tó Neves
Titulares: Nélson Filipe (gr), Pedro Moreira, Reinaldo Ventura, Ricardo Barreiros (3) e Jorge Silva (3)
Jogaram ainda: Caio (1), Tiago Losna (2), Vítor Hugo (2) e Hélder Nunes (2)
Depois de mais uma noite europeia recheada de êxito segue-se o Rio Ave, este sábado no Estádio do Dragão a contar para a 20ªjornada da Liga Sagres, com o FC Porto a defrontar uma das sensações da prova onde ocupa nesta altura o quinto lugar que dá acesso à participação na Liga Europa.
O Rio Ave viveu uma situação complicada na época passada discutindo praticamente até à última a permanência na Primeira Liga, no entanto, conseguiu atingir o objetivo traçado pelos seus responsáveis. Esta temporada houve um “corte” radical com o passado, vendo sair o técnico Carlos Brito e entrando para o seu lugar o ex-guarda-redes Nuno Espírito Santo que terminou a sua carreira em 2010 ingressando nas equipas técnicas do prof. Jesualdo Ferreira, tanto no Málaga, como no Panathinaikos, estando a realizar até ao momento uma temporada fantástica.
Comparativamente ao ano anterior o Rio Ave sofreu uma grande remodelação no seu plantel saindo da equipa nove titulares, mantendo apenas no onze, o médio Tarantini.
Tacticamente a equipa manteve os seus princípios mudando os intervenientes. O treinador Nuno Espírito Santo coloca a equipa distribuída num 4-2-3-1, com um quarteto defensivo formado pelo Lionn, Marcelo, Nivaldo e Edimar, estando entre os postes, o guardião Oblak.
Defensivamente existe segurança e apesar de não ser o sector mais forte da turma vila-condense ao longo da temporada é visível uma franca melhoria da defesa, quer nas laterais, quer no centro do sector defensivo. Sobre o meio-campo, Wires e Tarantini tem tido uma missão defensiva bem interessante, com Wires mais "amarrado" às tarefas defensivas (ficando para as sobras e dobra a qualquer elemento que possa avançar no terreno) e Tarantini com capacidade para criar desequilíbrios nos últimos metros.
Posto isto, antes de Janeiro o triângulo de meio-campo estava invertido, uma vez que Filipe Augusto (possui muita qualidade) era titular, desempenhando as funções de médio interior esquerdo e assim Tarantini ficava na direita e apenas um médio na zona central (Wires). Depois de ter estado ao serviço da selecção brasileira não tem feito parte das escolhas iniciais do treinador, que desta feita mudou o triângulo e ultimamente tem apostado no duplo-pivot e um médio mais solto e com pouca missão defensiva (Diego Lopes).
No ataque, os irrequietos Ukra e Bebé (emprestado pelo Manchester United) têm lugar garantido no onze, dois jogadores fortes no 1x1, um dos focos principais deste Rio Ave baseia-se na sua transição ofensiva, serão certamente dois elementos a ter em conta. Com a expulsão do jovem ponta de lança Hassan no jogo contra o Braga, vai abrir vaga a um jogador, existindo alternativas com Del Valle a figurar-se como principal candidato até porque Tope é um jogador que rende mais descaído sobre uma das faixas.
Quanto ao FC Porto, sem puder contar com Alex Sandro e Mangala (castigados) e Atsu lesionado, garantidamente a defesa irá apresentar novidades, Maicon deverá jogar lado a lado com o argentino Otamendi. Sobre o lado esquerdo da defesa reside a maior dúvida, o colombiano Quiño poderá ter a sua oportunidade ou em último caso haver uma adaptação.
A equipa do Rio Ave foi uma das equipas que "roubou" pontos até ao momento no campeonato aos dragões, empatando na altura a dois golos, graças a um bis do médio Tarantini, sendo que no FC Porto, Miguel Lopes e o inevitável Jackson Martínez foram os marcadores de serviço.
Lista de convocados:
FC Porto:
Guarda-redes: Helton e Fabiano;
Defesas: Danilo, Maicon, Abdoulaye, Quiñónez e Otamendi;
Médios: Lucho, Defour, Castro, João Moutinho, Fernando e Izmailov;
Avançados: Kelvin, Jackson Martinez, James, Liedson e Varela.
Rio Ave:
Guarda-redes: Rafa e Oblak
Defesas: Nivaldo, Edimar, André Dias, Lionn, André Costa e Marcelo.
Médios: Tarantini, Braga, André Vilas Boas, Filipe Augusto, Diego Lopes, Kiki e Wires
Vitória dos encarnados para a liga europa, domina manchetes
O triunfo dos encarnados sobre o Bayer Leverkusen (2-1) nos 16
avos de final da Liga Europa é o tema dominante nas primeiras páginas da
imprensa desportiva desta sexta-feira.
Os encarnados, que vão agora defrontar o Bordéus nos oitavos
de final, asseguraram a vitória com golos de Ola John e Matic, que repartem o
protagonismo nas manchetes.
Todavia, existem outros assuntos em destaque nos três
diários desportivos, nomeadamente o anunciado regresso do Boavista à Liga, na
sequência da decisão do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol
de dar provimento ao recurso dos axadrezados.
Por fim, a oficialização da candidatura de José Couceiro à
presidência do Sporting e o regresso em força de James no FC Porto merecem
igualmente a atenção da imprensa desportiva.
O Jogo:
- FC Porto «Vitor Pereira, este é o momento para garantir títulos; James aquece para Sporting e Málaga»
- “benfica: Xeque Matic”
- “CJ da FPF dá razão ao Boavista”
Record:
- FC Porto «Vitor Pereira, é neste momento que se ganham títulos»
- “Ola La!”
- “Boavista volta a sonhar com a 1ª Liga”
- “José Couceiro: ‘Dívida é responsabilidade da gestão
anterior’”
A Bola:
- FC Porto «Vitor Pereira, é possível ser campeão e ter aspirações na Champions»
- “benfica-Leverkusen (2-1): Olá Europa”
- “Boavista regressa à Liga”
- “Sporting: Couceiro recusa continuidade”
Notícias sobre o FC Porto:
Lucho compara Olympique Marseille e dragões: «O FC Porto é
um clube virado para o futuro»
Lucho González, numa entrevista concedida à revista francesa
So Foot, fala do FC Porto e da sua passagem pelo Marseille, onde esteve duas
épocas e meia mas acabou por não brilhar como o fez, e faz, no Dragão. Diz o
argentino que a estrutura dos azuis e brancos, a forma como está «virado para o
futuro» faz toda a diferença.
«Não sou um jogador que se imponha pelo porte físico ou
pelos dribles. Se faço a diferença é porque sou bom a passar a bola e tenho um
jogo muito vertical», começou por dizer o jogador do FC Porto, nessa entrevista
concedida à revista So Foot, questionado porque brilha mais em Portugal do que
o fez em França, enquanto jogou com a camisola do Marseille.
«A saída de Niang no verão de 2010 prejudicou-me. Quando ele
estava na equipa eu sabia onde ele queria a bola e ele sabia onde a receber.
Sem ele, deixei de ter um ponto de referência no ataque. Um grande clube não
pode permitir-se deixar sair o capitão nos últimos dias do mercado de verão,
numa altura em que o campeonato já vai na quarta jornada», explicou,
respondendo às questões do jornalista William Pereira que escreve que «a França
passou ao lado de Lucho e acabou por despachá-lo para o FC Porto com um pontapé
no traseiro».
A saída do argentino para o FC Porto em janeiro do ano
passado, diz o referido jornalista, criou em França «um enorme mal-entendido».
Lucho González, depois de criticar a ação do Marseille ao permitir a saída de
Niang, fez uma comparação com a estrutura dos dragões.
«O FC Porto nunca teria este tipo de mudança. O FC Porto
teria encontrado um substituto com antecedência. O FC Porto é um clube virado
para o futuro. O Olympique de Marseille, ao contrário, tem um horizonte muito
limitado», afirmou o jogador dos azuis e brancos, que o jornalista gaulês
considerou «que a Ligue 1 talvez não merecesse».
Levezinho no peso mas não na vontade, Liedson apostado em
dificultar escolhas
Quando assinou pelo FC Porto, em janeiro último, Liedson já
sabia que a missão de chegar ao onze seria praticamente impossível. Quase um
mês depois de ter começado a treinar-se no Olival, o Levezinho – que pesa 63 kg
– vai confirmando essa perspetiva inicial, pois soma pouco mais do que meia
hora de jogo dividida por duas partidas do campeonato. Pouco habituado a esta
condição de suplente, compreende os motivos pelos quais está agora a viver, mas
recusa-se a dar a luta por perdida e promete trabalho para corresponder a bom
nível quando chamado à ação.
Soares Dias apita FC Porto-Rio Ave
Artur Soares Dias, da Associação de Futebol do Porto, foi
esta quinta-feira nomeado pela Comissão de Arbitragem da Federação Portuguesa
de Futebol para apitar o FC Porto-Rio Ave da 20ª jornada da Liga.
Fevereiro é o mês dedicado por norma ao Amor, é um mês de carinho e de muito futebol com o regresso da Ligas Europeias, juntar Amor a futebol só poderia ser falando de Izmaylov(e)!
Fevereiro o dia do Amor e dos namorados também ficou marcado por um pretenso crime hediondo cometido por um atleta que nos últimos anos granjeou grande capital de simpatia pela luta, pela capacidade de superação que pôs no seu objectivo de enfrentar a dificuldade de nascer sem pernas e de vir a correr como os melhores, de seu nome como se sabe Óscar Pistorius.
Pistorius o atleta que nasceu sem pernas corria mesmo como um desalmado, ao nível dos melhores do mundo, mesmo os que não tinham tamanha incapacidade enfrentava nas pistas os melhores de peito feito. Izmaylov que felizmente nunca enfrentou na vida um problema tamanho, infelizmente por azares de carreira viu-se nos últimos anos "acompanhado" pelo infortúnio das lesões e dele se comentava à boca pequena que "não tinha" já joelhos à melhor imagem de Mantorras o lampião, para além de ser um mau profissional.
Ora entre o diz que diz e a realidade vai uma longa distância e o mês de Fevereiro o mês do "Love"trouxe-nos umIzma, agora trajando de Azul e Branco, a uma forma que já poucos acreditavam poder voltar a ver. De repente o homem sem joelhos estava a jogar pelo melhor clube de Portugal, por um dos melhores clubes do mundo, como se entretanto não tivesse passado por tamanho calvário nos últimos anos, podíamos aqui abrir um parênteses para abordar outros factores extra-futebol (ordenados em atraso, etc.) que levaram também a que tal desiderato tenha durante pelo menos duas ou três épocas acontecido com o atleta trajado de verde, podíamos falar das vicissitudes muito particulares vividas no clube dos viscondes, mas não é esse o propósito desta crónica.
Pretendo apenas com estas linhas saudar o regresso do Czar Russo aos grandes palcos tanto do campeonato como da Liga dos Campeões a correr como poucos, a percorrer km´s ao nível dos melhores do clube, agarrando por força de fragilidades do plantel Azul e Branco (em virtude das ausências de Atsu na CAN, da lesão de Varela para não falar da sua inconstância exibicional e da lenta maturação de kelvin), mais cedo do que se esperava um lugar a titular e a sair-se de uma forma impressionante que parecia que as lesões mais não tinham passado do que um mito urbano, que vestia a camisola Azul e Branca desde sempre, com o afinco que em sete anos de portugal raramente tinha sido visto.
O templo do Dragão de facto faz milagres, o "dói-dói" como diria o celebre Dr. Barroso por certo depois de um jantar bem degustado e regado, estava definitivamente para trás. O FC Porto ganha com Izmaylov bem mais que uma solução de banco, ganha um jogador de classe indesmentível com uma técnica individual ao alcance de poucos e ganha sobretudo no flanco contrário um jogador que pode aportar à equipa o que James oferece no flanco oposto, poder de fogo e criatividade.
A aposta do FC Porto no Csar Russo está aparentemente justificada e ganha.
No mês do Amor a equipa ganhou Izmaylov(e), o manco, aquela espécie de Mantorras verde e branco, o mal amado dos Viscondes tornou-se de novo um atleta no verdadeiro sentido das palavras, passou a disputar 4 anos volvidos o melhor palco da Champions, com os melhores atletas da velha Europa, coisa que à um par de meses atrás se alguém ousasse dizer que viria a acontecer seria no mínimo apelidado de louco, obviamente ainda não estará a 100%, mas para lá caminha, com a ajuda dos profissionais que o tratam com o carinho que qualquer atleta gosta de ser tratado e sobretudo com a capacidade reconhecida por todos ao departamento médico Azul e branco (aqui se começa a distinguir de Mantorras...), hoje já se diz à boca grande que Izmaylov é um grande Profissional!
Ironia das ironias, o herói, o exemplo que um dia nasceu verdadeiramente sem pernas, que por perseverança e pelos vistos por mais alguma coisa que Greg Armstrong tão bem conhece, corria como um desalmado (o exemplo da força de vontade será sempre louvado e espero que seguido no melhor que pode dar à condição humana), Pistorius esse sim voltou infelizmente por opções erradas da vida, por um crime hediondo à condição de odiado e provavelmente à condição de simples humano sem idolatria, sem os holofotes da fama, cumprindo o castigo que se espera seja um exemplo para que crimes como esse não mais se repitam, seja com quem for.
Do Porto a Matosinhos é um salto.
Na freguesia de Perafita nasce um clube que começa por chamar-se Alvorada, mas
amanhece à Simplício tomando o nome da terra. De olhos postos no mar, o FC
Perafita ganha raízes e vai crescendo.
Desportivamente, o FC Perafita
vai em grande. Campeões em título da 1ª divisão da AF Porto, ascenderam esta
época à Divisão de Honra da AF Porto, onde seguem em segundo, atrás do FC Lixa.
Mais um clube que trabalha com
afinco o futebol de formação, com especial realce para a organização de
torneios jovens.
Jogo da liga europa entre o benfica e o Bayer, domina as manchetes
O desafio desta noite entre o benfica e o Bayer Leverkusen,
a contar para a segunda mão dos 16 avos de final da Liga Europa, é o grande
destaque da imprensa desportiva nacional de quinta-feira.
Os encarnados venceram por 1-0 o jogo na Alemanha e estão em
boa posição para seguir em frente, o que dá azo ao sonho de Jorge Jesus em
chegar a uma final europeia e à vontade de poupar jogadores para o embate com o
Paços de Ferreira.
Paralelamente é igualmente destacado o ataque de Bruno de
Carvalho à direção de Godinho Lopes, em mais um dia de movimentações rumo às
eleições do Sporting, agendadas para 23 de março.
O Jogo:
- FC Porto «Moutinho é tremendo, só Xavi faz mais passes do que o médio dos portistas na Champions; Diego Reyes, futuro reforço portista mal pode esperar para jogar ao lado do internacional português»
- “’Só um milagre salvará o Bayer’, Schuster, que marcou no
jogo de 1994”
- “Sporting: Bruno de Carvalho começa ao ataque”
- “Couceiro abdica de lista para o Conselho leonino”
Record:
- FC Porto «Quinones é poção em defesa inédita»
- “Acabar com esta dor de cabeça: benfica quer despachar
Bayer e concentrar-se no campeonato”
- “Sporting: Bruno de Carvalho ameaça processar Godinho
Lopes”
A Bola:
- FC Porto «Vitor Pereira, jogo 50 na Liga»
- “Sonho com uma final europeia", diz Jorge Jesus
- “Sporting: Atual direção responsabilizada se sair com
salários em atraso”
Notícias sobre o FC Porto:
Danilo: «FC Porto tem todas as condições para ser campeão»
Danilo, jogador do FC Porto, assume que esteve a ver o benfica x Académica e já fazia contas ao empate das águias. O lateral destaca
ser «natural dar uma espiada [nos jogos do benfica] e torcer contra».
O atleta «canarinho» entende que a luta está em marcha rumo
ao título mas crê que os portistas têm «todas as condições» para o emblema ser
campeão.
«O Porto tem todas as condições para ser campeão», explicou
o jogador brasileiro do FC Porto, em declarações citadas pela Renascença.
Danilo: «Mais feliz e mais solto», processo de adaptação à
lateral direita
É no meio-campo que Danilo gosta de jogar, mas Vítor Pereira
reservou-lhe um lugar na lateral direita e “obrigou-o” a adaptar o seu jogo. O
brasileiro, de 21 anos, aceitou o desafio e confessa que se sente “mais feliz e
mais solto” como defesa: “Isso está a sentir-se no campo. Agora é ter
tranquilidade e descansar para depois voltar ao trabalho, já que a evolução não
pode parar.”
No final do jogo com o Málaga, Danilo também abordou
questões coletivas, justificando o facto de os espanhóis não terem conseguido
criar perigo. “Treinámos muito as perdas de bola, temos de marcar logo os
adversários, ter uma reação rápida. Os avançados, os extremos, todos ajudam a
defender e isso deixa-nos muito tranquilos lá atrás”, explicou, virando-se
depois para a Liga e para o último jogo do Benfica: “Observar o jogo do rival é
algo natural e cheguei a acreditar que a Académica ia empatar. Ganhou o
Benfica, mas temos tudo para sermos campeões.”
Iturbe admite ficar no River para lá de junho
Iturbe, que se estreou no último fim de semana com a
camisola do River Plate, admite a possibilidade de permanecer no emblema
argentino para lá de junho, altura em que termina o empréstimo por parte do FC
Porto.
«Estou tranquilo e em todas as partidas vou dar o meu
máximo. Seis meses é pouco, mas depois os dirigentes do River Plate vão
negociar, ou não, por mais tempo», afirmou o jogador, em declarações ao Olé.
O avançado de 19 anos foi emprestado pelos azuis e brancos
até ao final de junho, depois de apenas ter sido opção para Vítor Pereira em
três partidas esta temporada.
Liedson: «Banco? Tenho 35 anos, só posso agradecer ao Porto»
Levezinho tem jogado pouco, mas sente-se com «força e
vontade»
Foi a partir do banco de suplentes que Liedson viu o F.C.
Porto derrotar o Málaga. Pela segunda vez consecutiva, Vítor Pereira não lançou
o avançado no jogo, à semelhança do que sucedera em Aveiro. Nada que preocupe o
internacional português, pois Liedon está consciente do seu papel no Dragão.
«Eu tenho 35 anos e só posso agradecer ao Porto a
oportunidade que me deu. Sinto-me com força e vontade de ajudar, mas a equipa
estava feita e está a dar uma resposta excelente», referiu o atacante resgatado
ao Flamengo.
Liedson soma duas presenças (V. Guimarães e Olhanense) e 28
minutos de jogo. Para já elogia os golos dos colegas. Os seus ficam para mais
tarde. «O João Moutinho fez um excelente golo. Ele atravessa uma fase
excelente», referiu sobre o médio que conheceu em Alvalade.
Relativamente ao duelo contra o Málaga, Liedson considera
que «o volume do jogo» portista justificava outra diferença na eliminatória,
mas acredita que «a qualidade e a força de vontade» dos azuis e brancos será
suficiente para chegar aos quartos-de-final da Liga dos Campeões.
Chegou a vez de outro colombiano no Dragão: Quiñones, castigos
de Alex Sandro e Mangala abrem caminho para a titularidade frente ao Rio Ave
Héctor Quiñones chegou a Portugal no dia 31 de agosto de
2012. Apresentado como nome para o plantel principal e alternativa a Alex
Sandro, o jovem colombiano teve ainda assim de esperar largos meses por uma
oportunidade da Liga portuguesa. Ela aí está.
Vítor Pereira testou Mangala no lado esquerdo da defesa e o
francês correspondeu. Quiñones passou a ter mais um concorrente para a posição.
Alex Sandro, entretanto, agarrou o lugar com qualidade tremenda.
A equipa B acabou por assumir-se como espaço de eleição para
o reforço colombiano. Contudo, neste sábado, face aos castigos de Mangala e
Alex Sandro, o flanco deverá ser entregue ao jovem de 20 anos. Rio Ave pela
frente.
Hector Quiñones adaptou-se progressivamente à sua posição e
às exigências defensivas no futebol europeu. Ao longo dos últimos meses,
cresceu na equipa secundária e comprovou as credenciais.
O colombiano espera conquistar os adeptos como têm feito os
compatriotas James Rodriguez e Jackson Martínez. O jogo da Taça de Portugal
frente ao Santa Eulália não serviu para tal.
Aos 20 anos, é visto como uma aposta de médio prazo. A sua
qualidade em termos ofensivos impressiona mas justifica-se pelas funções
desempenhadas nas camadas jovens.
Em 2010, após a estreia pela equipa principal do Deportivo
Cali, Héctor Quiñones revelou o seu passado. «O meu papel nas divisões menores
era de avançado e passei por uma má fase, mas agora jogo a lateral ou médio e
descobri outra faceta. Converti-me num jogador polivalente e identifico-me com
as posições.»
Internacional pelas camadas jovens da Colômbia, o jovem do
F.C. Porto esteve no Mundial sub-20 onde Portugal foi finalista vencido. Pelo
meio, passou pela formação da Udinese e seguiu para o Junior Barranquilla, de
onde se transferiu para a equipa portista.
O jogo contra o Santa Eulália (0-1) para a Taça de Portugal
foi o primeiro teste na equipa principal, sem retorno plenamente satisfatório.
Surgiu então a equipa B como etapa para a progressão. 16
jogos para Quiñones na II Liga, três amarelos e um cartão vermelho. Para além
disso, boas indicações no plano ofensivo. Agora, a oportunidade a doer.
Sporting-FC Porto: clássico é sábado, 2 de março, partida da
21ª jornada da Liga
O Sporting recebe o FC Porto para a 21ª jornada da Liga no
sábado 2 de março, pelas 19h45. A data e hora do clássico de Alvalade foi
divulgada pelos leões.
A informação do Sporting salienta ainda a curiosidade de
estar marcado para o mesmo dia, pelas 16h, o FC Porto B-Sporting B, da II Liga,
em Gaia.
O FC Porto visitou e derrotou o Espinho por larga margem
continuando assim a 1 ponto do líder e a depender exclusivamente de si para ser
campeão.
Com o jogo do ano passado bem presente na memória, pese
embora a certeza que tal não voltaria a suceder (o Espinho este ano é das
piores equipas do campeonato e deve descer), os nossos atletas entraram em
campo dispostos a resolver cedo. Conseguiram-no e de que maneira!!
Perante um pavilhão muito bem composto o FC Porto dominou em
toda a linha. Golos nesta 1ª parte foram 7, podiam ter sido mais, tamanha é a
diferença de ritmo, qualidade técnica e até de patinagem. Perigo para a nossa
baliza, só em jogadas rápidas e individuais, o que num piso duro como aquele
não é fácil resultar. Quase desde o início em vantagem a história desta etapa
inicial resume-se ao avolumar de golos portistas. E marcaram Pedro Moreira,
Jorge Silva por duas vezes e o inevitável Reinaldo Ventura seguidos por Hélder
Nunes e Vitor Hugo (este com 2 golos). Toda a equipa rodou tal como tinha
acontecido no último jogo.
Na 2ª parte já sabíamos que o jogo estava ganho e colocámos
em ringue o ritmo que mais nos interessava. Mas a diferença de qualidade é
tanta que em pouco mais de 5 minutos fizemos mais 3 golos. Tiago Losna bisou, o
primeiro num remate cruzado e segundo num desvio oportuno à boca da baliza. O
outro foi marcado por Caio (de regresso ao campeonato e aos golos) numa jogada
sua de contra-ataque.
Na altura a vantagem era de 10 golos e não surpreendia. Se
já jogávamos sem pressão, ainda mais abrandamos. O Espinho tinha aí a sua
oportunidade de se estrear no marcador. Aproveitou e fez os seus 2 golos num
curto espaço de tempo. Era altura de Tó Neves mexer e fê-lo quase totalmente,
só o guarda-redes se manteve. Reinaldo foi um dos que entrou e marcou logo a
seguir.
Permitam-me agora descrever o lance que se seguiu à nossa 9ª
falta como reconhecimento do talento do Nélson Filipe que alinhou na 2ª parte.
É apenas um exemplo, já tivemos vários... Tem como concorrente/colega de posto
um dos melhores do mundo por isso nem sempre tem muitos minutos de jogo. Mas
tem uma qualidade indesmentivel, estamos sempre bem servidos e chegou a altura
de o destacar. Vamos então ao lance: Vitor Hugo faz falta e leva azul
(exagerado). Na marcação do livre o jogador do Espinho tenta fintar o Nelson.
Não consegue sequer rematar, foi desarmado. Recupera a bola e volta a tentar
passar pelo nosso guardião. E de novo, nem rematar consegue, é novamente
desarmado... Isto é classe...
E para terminar a goleada, Ricardo Barreiros marcou, numa
altura em que ambos os conjuntos estavam com menos um jogador.
Foi um grande jogo da nossa equipa, sem qualquer dificuldade.Segue-se
a recepção ao Limianos e espera-se nova vitória.
Arbitragem a complicar um dos jogos mais fáceis que podiam
ter. Dificuldade em perceber o critério. O Espinho terminou a 1ª parte com duas
faltas, quase inédito com estas regras e injusto diga-se. Na 2ª parte um
penalti para o nosso adversário a 3 minutos do fim só foi marcado à 3ª
tentativa.
Equipa e marcadores:
Equipa inicial: Edo Bosch (gr), Pedro Moreira (1), Reinaldo Ventura
(2), Ricardo Barreiros (1) e Jorge Silva (2)
Jogaram ainda: Nélson Filipe (gr), Caio (1), Tiago Santos (2), Vítor
Hugo (2) e Hélder Nunes (1)
A imprensa desportiva portuguesa desta quarta-feira reparte
as suas atenções nas primeiras páginas com dois grandes temas: a vitória do FC
Porto sobre o Málaga, com um golo solitário de João Moutinho, e a confirmação
da candidatura de José Couceiro à presidência do Sporting.
O médio portista domina as manchetes dos jornais O Jogo e A
Bola, enquanto o Record prefere dar maior destaque aos desenvolvimentos nas
eleições do Sporting, agendadas para 23 de março.
O Jogo:
- FC Porto «Goleada de um golo só, vantagem garantida por Moutinho é curta para traduzir a forma como os Dragões asfixiaram os espanhóis»
- “Sporting: Couceiro e Carvalho com duelo marcado”
- “benfica: Passar o Bayer vale sete jogos em 22 dias”
Record:
- FC Porto «Grande Moutinho, Dragões à frente na eliminatória, com golo do inesgotável João»
- “’Vou Avançar!’ José Couceiro confirma que é candidato”
- “Godinho Lopes fora da corrida”
A Bola:
- FC Porto «Gigante do costume: Moutinho juntou gola a outra grande exibição»
- “José Couceiro: ‘Sou candidato’”
- “Jorge Jesus: Jogo 50 na Europa pelas águias”
- “Taça da Liga: Recursos confirmados”
Notícias sobre o FC Porto:
LC: F.C.Porto-Málaga, 1-0
A fábula do gigante. Mágica, enternecedora, conciliadora de
desejos e aspirações ao altar europeu. O gigante esmaga, o gigante arrasta e
marca. Impressiona pela inteligência, diligencia com urgência, rodeia-se de uma
plêiade sabedora e de confiança: João Moutinho, o gigante, faz deste F.C. Porto
cada vez mais maior.
O golo, prémio justo ao autor, sabe a pouco. A diferença
entre dragões e andaluzes foi bem superior a esse detalhe. No Dragão, os dois
mundos raramente se tocaram. O Porto é maior, é melhor, tem a obrigação de se
fazer ouvir no La Rosaleda e seguir em frente.
Sem ser oficial, o documento é reconhecido por todos. Neste
relvado, os resultados indicam que o predador é o que lá vive e as presas são o
que o visitam. É a lei dura de uma selva azul e branca e raramente a lógica
deixa de prevalecer.
Neste jogo de Champions, o quarto classificado da liga
espanhola não foi exceção. Entregou-se ao papel de expetativa assustada, de
ambição triturada pela posse de bola, de dúvida perturbada perante uma
gentileza que enleia e engana.
Os Destaques: Moutinho e Alex Sandro acima de todos
Helton teve noite descansada, tão poucas foram as bolas que
lhe chegaram. O Porto foi ditador em terreno minado, fez uma pressão alta
asfixiante e justificava, insistimos, muito mais do que um mero golo.
Esse chegou, já com atraso, aos 56 minutos. Nasceu no génio
de um Alex Sandro impressionante (aguentou duas cargas antes de cruzar) e
morreu na baliza do Málaga, empurrado com altivez e cavalheirismo pelo gigante
de nome Moutinho.
Os espanhóis pediram fora-de-jogo. Com razão. No estádio foi
impossível atestar a veracidade dos protestos, mas a televisão anulou a dúvida.
Justiça poética?
Voltemos a Moutinho. O que jogou, o que fez jogar, o que
debruou na noite do Dragão é world class. João Moutinho já é um dos melhores
médios do mundo, um honoris causa na arte do passe, da visão, do futebol
cerebral.
Toda a consciência mágica do F.C. Porto esteve armazenada no
cérebro deste gigante, mas outros houve em grande plano. Alex Sandro, já o
referimos, Fernando, Jackson, Otamendi.
Este Porto cresceu bem. Descobriu a segurança do futebol
horizontal, a coragem da verticalidade e observa como poucos a relevância da
circulação de bola. É como se o sangue do seu organismo circulasse também nesse
ciclo que atrai e encanta.
Pena é, lá está, que tamanha superioridade não permita ir
totalmente tranquilo a Málaga. Apesar de rebaixado ao estatuto de figurante
sorridente, o emblema espanhol sai vivo da refrega e a acreditar que é possível
fugir à eliminação.
Izmaylov esteve a centímetros de marcar, Fernando escorregou
quando podia ter feito golo. Duas ocasiões mais numa noite controlada durante
90 minutos pelos bicampeões de Portugal.
O futebol dispensa certezas e foge de título feitos à
pressa. Os sintomas, porém, apontam num sentido claro: há Porto, há Champions,
há um gigante mandão a querer aparecer na Europa.
Esta fábula merece mais capítulos na Liga dos Campeões.
As reações portistas à vitória sobre o Málaga
Leia as reações do lado portista à vitória por 1x0 sobre o
Málaga, esta terça-feira no Estádio do Dragão, na primeira mão dos oitavos de
final da Liga dos Campeões. João Moutinho fez o único golo da noite.
Vítor Pereira: «O nosso primeiro objetivo era a vitória, o
segundo não sofrer golos, mas depois do jogo que fizemos, com grande qualidade
do primeiro ao último minuto, penso que justificámos o segundo golo. Por isso,
só não estou inteiramente satisfeito por não termos conseguido o 2x0, que
traduziria melhor o que se passou em campo. A diferença entre a Champions e as
outras competições é que um erro, um desequilíbrio, um momento em que não
estamos bem posicionados pode permitir um golo ao adversário. Por isso, era
importantíssimo não sofrer golos. Mas fomos uma equipa dentro da nossa
identidade, é este o FC Porto que eu quero, um FC Porto pressionante, que quer
jogar, que quer marcar golos. Só lamento não termos chegado ao segundo golo.»
João Moutinho: «Conseguimos um bom jogo e um bom resultado.
Controlámos do princípio ao fim, podíamos ter dilatado a vantagem, mas foi uma
boa vitória. O importante era ganhar sem sofrer golos e agora vamos trabalhar
em Málaga para passar a eliminatória.»
Jackson Martínez: «Importante foi termos cumprido o
objetivo, que era ganhar sem sofrer golos. Agora temos de pensar no próximo
jogo, que será muito mais difícil, pois será aí que tudo se definirá. Queremos
fazer o mesmo jogo que fizemos cá. O objetivo era ganhar, independentemente de
quantos golos íamos marcar. Agora queremos ir a Espanha fazer um bom jogo, com
o objetivo de seguir em frente.»
Lucho González: «O importante era ganhar, o segundo objetivo
era não sofrer golos. Sabemos que a segunda mão será difícil, mas estamos
contentes porque fizemos um grande jogo. Mas conseguimos estar em cima dos
homens chave deles, foi uma lástima não fazermos outro golo.»
James Rodríguez: «Penso que jogámos bem, fomos muito bons e
esperamos agora ir a Málaga fazer o mesmo jogo. Vai ser um jogo diferente, onde
o Málaga vai sair para ganhar. Nós temos de continuar assim, pois assim vamos
passar à próxima fase. E por que não sonhar com a conquista da Champions?»
Otamendi: «O resultado é bom, mas sabe a pouco. Está tudo em
aberto. Era importante termos feito mais golos. Temos de fazer um bom jogo em
Espanha, mantendo a nossa identidade. Vamos ter de respeitar o adversário,
apesar de hoje termos sido melhores».
Fernando: «Pensei que o jogo ia exigir outra preocupação defensiva de
minha parte. A equipa permitiu que eu atacasse mais, fizemos uma pressão muito
alta e um excelente jogo. Podíamos ter obtido ainda um resultado melhor, mas
sabemos que temos equipa para vencer em Málaga. Eles vão tentar inverter o
resultado e estaremos preparados para isso».
O que se diz lá fora da vitória do F.C. Porto?
Imprensa espanhola traz para título golo em fora de jogo de
João Moutinho.
A imprensa espanhola é praticamente unânime em destacar em
título o facto do F.C. Porto ter vencido com um golo em fora de jogo. No
entanto, em nenhum dos grandes sites do país vizinho é referido que o triunfo
azul e branco foi injusto: pelo contrário, os jornais destacam um F.C. Porto
muito forte.
«Falharam o Málaga e o árbitro», titula por exemplo o As, de
Madrid, acrescentando que «o Málaga não foi o Málaga, encolhido, superado,
passou em bicos de pés pelo jogo mais importante da sua história». «O Porto tem
ingredientes de equipa grande. Competitivo até ao fim», pode ler-se.
Já a Marca titula que «um golo em fora de jogo tomba o
Málaga», mas acrescenta que o F.C. Porto deu «uma lição de realidade» e «tirou
da experiência para se impor com clareza». O jornal considera Antunes o melhor
em campo e critica a ausência das estrelas Isco, Joaquin e Santa Cruz.
O Sport titula também que «um golo em fora de jogo tomba o
Málaga» e adiantou que «o Porto foi melhor e pôde sentenciar a eliminatória».
Já o Mundo Deportivo é mais duro e escreve que «o Málaga, roubado, sai vivo do
Porto», para adiantar que a equipa «soube parar o futebol ofensivo» do F.C.
Porto.
Fora de Espanha, no Brasil, por exemplo, o golo em fora de
jogo não ganha honras de manchete. O Globoesportes titula «ficou barato»,
acrescentando que o F.C. Porto criou muitas oportunidades de golo mas só fez um
golo. «O Porto rematou 17 vezes, contra uma do Málaga, e podia ter goleado.»
O que veio fazer o Málaga ao
Dragão? Estacionar o “autobús” em frente da baliza. Não é por ser na Champions
que se passa a chamar futebol táctico à táctica do autocarro. Só Mourinho goza
desse predicado, nem percebo bem porquê.
Este Málaga bem podia ter pedido
emprestado os equipamentos à Olhanense ou ao Beira-Mar. Pelo menos, poupávamos
os olhos àquele verde alface ridículo.
O Málaga jogou em bloco baixo e
sem qualquer autorização para que os laterais subissem. Aliás, Sánchez passou
mais tempo a dobrar os centrais que a tentar vencer a linha de meio campo. Não
satisfeito, à frente desta defesa, Pellegrini estaciona dois trincos, para os
quais a bola é um objecto indesejado e altamente perigoso. Tenho a certeza que
ambos sabem de cor a marca das caneleiras de Moutinho, mas nem imaginam a marca
da bola de jogo.
Perante este cenário, restava ao
FC Porto tentar de todas as maneiras encontrar um caminho para as redes do
Málaga. Quase tudo foi tentado, mas faltou definição no último momento. Muito controlo
de jogo, muita posse, muito remate de longa distância, mas pouca envolvência.
Na verdade, o FC Porto teve dificuldades em penetrar na defesa do Málaga.
Faltou acutilância pelos flancos e maior criatividade na zona 10. O normal e o
recorrente frente aos Beira-Mar e Olhanense desta vida! É claro, o Málaga
defende melhor. Os jogadores têm outra tarimba e outra qualidade. Mas hoje, o
FC Porto entrou muito motivado e com vontade de resolver a eliminatória. Faltou
um pouco mais de sorte e ousadia. E isto já estava resolvido!
Vítor Pereira fez uma única
alteração no onze inicial. Varela entra para o lugar de Atsu, dando maior
experiência à linha ofensiva do FC Porto.
O filme do jogo é um total
massacre ofensivo do FC Porto. A ausência de jogadas do Málaga não é má vontade
para com os do outro lado da fronteira, mas o resultado de um futebol
inteiramente dominador por parte do FC Porto.
Logo aos 4 minutos, Izmaylov, num
movimento interior, fura por entre a defesa do Málaga e remata para defesa
apertada de Caballero. É um FC Porto a entrar muito forte e decidido a resolver
o jogo rapidamente. Aos 14 minutos, abertura de Otamendi para Jackson, com
Demichelis a cortar no último momento para canto. No canto, Moutinho centra e
Fernando, ao primeiro poste, cabeceia ligeiramente por cima. No minuto
seguinte, novo canto a favor do FC Porto. Moutinho avança, de novo, para a
marcação. O centro sai tenso, Varela desvia ao primeiro poste, mas Fernando,
desta vez no segundo poste, chega ligeiramente atrasado para empurrar a bola para
a baliza.
Aos 18 minutos, Varela ataca a
área do Málaga e é servido primordialmente por Lucho. Ganha a frente a Antunes,
mas finta para dentro e Antunes afasta o perigo. Fica, no entanto a dúvida se o
corte de Antunes é completamente legal ou não.
O jogo cai numa toada mais morna,
com o Málaga a tapar todos os caminhos para a baliza e com o FC Porto incapaz
de jogar em envolvência. Jackson é forçado a jogar muito tempo fora da área e
os extremos não conseguem produzir jogo para o ponta de lança.
Só aos 33 minutos de jogo é que o
FC Porto volta a criar perigo. Grande abertura de Danilo para Jackson, que
ganha na diagonal ao seu marcador. Jackson mata a bola no peito e quando se
preparava para rematar, Sánchez, na dobra, corta para canto.
Aos 37, 38 e 40 minutos, Jackson,
Danilo e Moutinho não conseguem criar perigo em três boas situações, até que,
aos 44 minutos, Izmaylov encerra a primeira parte da mesma forma como a havia
começado. Grande trabalho sobre Iturra e remate forte fora da área, mas ao
lado.
Ficavam para trás 45 minutos de
pleno domínio do FC Porto, com muitas situações de perigo mas sem grandes
situações de golo eminente. Faltava ao FC Porto capacidade inventiva na zona
10, onde Iturra e Toulalan sobreviviam sem situações de grande pânico. Mas
sobretudo, maior capacidade de ataque pelos flancos. O FC Porto era pouco
incisivo nos corredores laterais, o que obrigava Jackson a vir fora da área para
buscar jogo.
A segunda parte é uma cópia da
primeira. A única diferença está no golo atingido pelo FC Porto, que dá alguma
justiça ao marcador, e no desacelerar final do FC Porto. No resto, o mesmo: “el
autobús” e uma certa incapacidade do FC Porto em contornar essa barreira
defensiva.
Aos 53 minutos, surge a primeira
grande oportunidade. Varela, no flanco esquerdo, centra para a entrada de
Izmaylov, no segundo poste. O russo ganha a frente a Antunes e com a baliza à
sua mercê, atira ao lado. Grande perdida!
Mas o golo não tardaria. Aos 55
minutos, grande arrancada de Alex Sandro pelo seu flanco, aguentando todas as
investidas dos jogadores do Málaga. Quando se esperava um cruzamento, Alex
Sandro apercebe-se do movimento de desmarcação de Moutinho e endossa a bola com
precisão. Moutinho, de primeira, mete a bola entre as pernas de Caballero para
o 1-0! É possível que Moutinho tenha beneficiado de um ligeiro fora de jogo, no
entanto, bastou um pouco de criatividade na zona 10 para o FC Porto abrir o
ferrolho. Uma desmarcação mais incisiva, um ataque à área do Málaga e as
marcações falharam.
Vítor Pereira retira Varela e
coloca James, aos 57 minutos. O FC Porto ainda consegue manter o sufoco à saída
de bola do Málaga, mas, aos poucos, vai perdendo fulgor. Aos 59 minutos, bem
servido por Jackson, James remata em arco ao lado. Esta quase a última oportunidade
do FC Porto!
Vítor Pereira ainda tentou
sacudir a equipa, tirando Izmaylov para colocar a velocidade de Atsu em campo,
aos 70 minutos. Mas o Málaga fechava-se mais, confortado em só levar um golo
sofrido de volta para a Andaluzia.
Aos 72 minutos, o árbitro
consegue transformar um agarrão de Wellinton a Jackson na área (logo,
penalti!), numa falta ofensiva do Colombiano! E com este lance, acabam as
incidências de nota do jogo.
Faltou a estocada final. O “descanso” merecido
para a segunda mão. Mas também faltou capacidade para ir buscar esse descanso.
Após o 1-0, o FC Porto não conseguiu ser asfixiante. Temos sempre muitas
dificuldades em contornar equipas que se fechem tão lá atrás. James não entrou
para a posição 10 e Atsu não trouxe envolvência ao flanco. O FC Porto deixou
escoar os minutos onde poderia construir outro resultado. Dominamos totalmente,
mas não conseguimos matar a eliminatória.
Não se enganem com o “el
autobús”. Este Málaga veio cá jogar assim, mas no seu estádio não irá encarar o
encontro da mesma forma. Será determinante o FC Porto mostrar que tem capacidade
de marcar em Málaga. Logo desde o minuto inicial. Até lá, James terá mais
minutos de jogo, assim como Izmaylov e Atsu no pós-CAN. Será um FC Porto mais
entrosado e com maior dinâmica, assim se espera.
De volta ao campeonato, com o Rio
Ave “patrocinado” e um problema a resolver à esquerda. Recuperar para ganhar!
Uma vitória importante para conquistar.
Análises Individuais:
Helton – Um espectador. Algum
excesso de confiança na primeira parte, de resto, nem suou.
Danilo – Secou quem apareceu no
seu flanco. Isco e Santa Cruz passaram ao lado do jogo. Continua a apresentar
algumas dificuldades físicas e não consegue ser uma “locomotiva” pelo flanco
abaixo. Mas mais que isso, tanto resolve um lance com classe (como na
assistência para Jackson, na primeira parte), como faz um disparate. Precisa de
ganhar confiança e tranquilidade no momento final. Perdeu dois lances, onde com
um pouco mais de calma e qualidade, daria muitos problemas ao Málaga.
Alex Sandro – Fez um primeira
parte muito sóbria. Joaquín e Júlio Baptista tornaram-se inexistências, muito
pelo seu lavor defensivo. Subiu pela certa e subiu sempre com critério e
qualidade. Ainda não voltou ao seu pico de forma, falta-lhe maior capacidade
para fazer o “vai-vém”, mas já está mais decisivo na hora de atacar. Brilhante
assistência para Moutinho.
Mangala – Entrou nervoso, até
algo disperso, mas cedo encontrou o ritmo. Impressionante como fez “aterrar”
Baptista na primeira parte, ganhando-lhe no corpo a corpo com uma facilidade
tremenda.
Otamendi – Um muro. Por ali não
passou nada.
Fernando – Excelente jogo. Matou
toda a saída de bola do Málaga e empurrou o meio campo do FC Porto para a
frente. Ainda deu uma perninha no ataque, dando fluidez ofensiva. Em Málaga
será fundamental ter um Fernando em grande.
Moutinho – O melhor em campo. Um
médio de mão cheia. No jogo ofensivo e defensivo deu um recital. Prova disso
mesmo é o tratamento violento que mereceu dos médios do Málaga, com beneplácito
do árbitro. Sempre que pôde, deu uma mãozinha no ataque, sendo decisivo na
forma como aparece na zona 10 no lance do golo.
Lucho – Muito trabalho na
primeira parte, onde fez um excelente jogo táctico. A boa pressão alta do FC
Porto deveu-se, em muito, à sua capacidade de cortar linhas de passe. Faltou o
desdobramento ofensivo. Jackson jogou muito só no ataque, sem ninguém próximo
com quem tabelar. Caiu de produção na segunda parte.
Izmaylov – Falta-lhe capacidade
física para aguentar um embate destes. Poderia dar mais trabalho a Sánchez se
tivesse com outro fôlego. Ainda assim, sobretudo nos movimentos interiores,
criou perigo. Tem muita qualidade técnica, mas precisa de potenciar as suas
mudanças de velocidade.
Varela – Neste flanco já havia
capacidade física, mas faltou talento. Foi um bom Varela, mas não um grande
Varela. Antunes merecia uma noite mais sobressaltada, mas nem lançado em
velocidade foi capaz de o vencer. O seu melhor lance, curiosamente, saiu do
flanco esquerdo, na segunda parte. Esteve confiante com bola e acertado no
passe. Aliás, bom jogo até no capítulo defensivo. Faltou virar Antunes do
avesso e dar qualidade ao jogo ofensivo.
Jackson – Forçou o lance
individual, é certo, mas faltou-lhe muito acompanhamento. Tem que sair da sua
posição para dar fluidez e pontos de fixação à circulação de bola. É algo que o
nosso sistema de jogo obriga. Mas passa demasiado tempo fora da sua zona de
acção. Não é culpa dele, mas consequência das dificuldades que o FC Porto tem
em atacar defesas que montam o autocarro.
Não esteve inspirado, mas não
deixa de ser um deleite ver o seu poder de desmarcação e cada recepção
orientada.
James – Nota-se que ainda está a
aquecer motores, mas será um grande trunfo para a segunda mão. Infelizmente,
voltou a entrar para um flanco, onde só num lance é que conseguiu ganhar um
pouco de espaço. Fez falta ao FC Porto um James ameaçador nas costas de Jackson.
Atsu – Entrou com velocidade, mas
sem capacidade de desequilíbrio. Sánchez demorou um pouco a assimilar a sua
velocidade, mas depois lá encaixou. Faltou-lhe mais arte com a bola nos pés
para dominar o flanco.
Castro – Entrou para queimar
tempo, quando poderia ter sido uma aposta válida mais cedo. Lucho já tinha
acabado para o jogo uns bons minutos antes.
FICHA DE JOGO
FC Porto-Malaga CF, 1-0 Liga dos Campeões, oitavos-de-final, primeira mão 19 de Fevereiro de 2013 Estádio do Dragão, no Porto Assistência: 42.209 espectadores Arbitro:Mark Clattenburg (Inglaterra) Assistentes: Simon Beck e Stuart Burt Quarto arbitro: Simon Long Assistentes adicionais: Lee Probert e Mike Dean FC PORTO: Helton; Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Fernando, Lucho (cap.) e João Moutinho; Varela, Jackson e Izmaylov Substituições: Varela por James (58m), Izmaylov por Atsu (70m) e Lucho por Castro (90m+1) Não utilizados: Fabiano, Maicon, Liedson e Sebá Treinador: Vítor Pereira MALAGA CF:Willy; Sergio Sanchez, Demichelis, Weligton (cap) e Antunes; Iturra e Toulalan; Joaquin, Júlio Baptista e Isco; Santa Cruz Substituições: Joaquín por Portillo (63m), Júlio Baptista por Piazon (78m) e Iturra por Camacho (78m) Não utilizados: Kameni, Lugano, Saviola e Duda Treinador: Manuel Pellegrini Ao intervalo: 0-0 Marcador: João Moutinho (56m) Cartão amarelo: Iturra (75m)
Análise dos Intervenientes:
Vítor Pereira:
«Vamos para Málaga para fazer um golo»
«Era importante ganhar e não sofrer golos, mas depois do jogo que fizemos, depois de um jogo que de grande qualidade do primeiro ao último minuto, justificámos o segundo e só não estou completamente contente porque merecemos o 2-0 e não o conseguimos.
Sabemos que um desequilíbrio num momento pode permitir ao adversário chegar ao golo. Por isso foi importante não sofrer golos e ser uma equipa consistente e personalizada do primeiro ao último minuto. É um adversário de grande nível, que hoje não conseguiu explanar o seu jogo.
Não permitimos ao Málaga jogar o seu futebol, nos momentos de transição defensiva estivemos muito concentrados, nunca deixámos que o jogo se partisse e tivemos posse de bola. Vamos para Málaga com o objetivo de marcar, porque isso sim poderia sentenciar a eliminatória.»
Lucho:
«Fizemos um grande jogo»
«É um bom resultado. O primeiro objetivo era ganhar, o segundo objetivo era não sofrer golos, conseguimos as duas coisas. Não foi fácil, mas estamos contentes porque fizemos um grande jogo.
O Málaga está entre as dezasseis melhores equipas da Europa, tem grandes jogadores, está aqui por mérito e dificultou-nos as coisas, mas nós respondemos bem, marcámos um golo e podíamos ter marcado mais. Há que ser inteligente. Era importante não sofrer e por isso procurámos o segundo golo com ordem.»
Jackson:
«Temos de fazer o mesmo jogo lá»
«Era importante cumprir o objetivo, ganhar sem sofrer golos. Temos de pensar que no próximo jogo vai ser mais difícil. Temos de fazer o mesmo jogo lá, já cumprimos em casa. Esperamos ir a Espanha fazer um bom jogo e passar à fase seguinte. É uma defesa muito forte.»
O que disse a imprensa estrangeira:
Marca - "O único golo do encontro
é precedido de um fora de jogo de João Moutinho. Certo é que o FC Porto
mereceu a vitória, embora a tenha conseguido de forma ilegal".
As
- "A equipa de Pellegrini viu-se superada pelo FC Porto. Apenas rematou
uma vez à baliza. Mas o golo de João Moutinho foi em fora de jogo. Tudo
será decidido no La Rosaleda".
Sport
- "O FC Porto ganhou o primeiro jogo dos oitavos de final graças a um
golo solitário de Moutinho na segunda parte. Os portugueses foram
melhores em traços gerais e tiveram as melhores oportunidades".
Mundo Deportivo
- "O Málaga está a pagar pela histórica estreia na Champions.
Pellegrini sabia que o FC Porto, no seu estádio, seria um adversário
muito perigoso, mas não contava que a sua equipa caísse com um erro
grave do árbitro. O único golo do jogo, obra de Moutinho, foi em claro
fora de jogo e agora a equipa andaluz tentará virar no La Rosaleda".
UEFA.com
- "Frente a um adversário que não tinha sofrido qualquer derrota na
fase de grupos, o FC Porto dominou por completo a primeira parte, mas
teve de esperar até ao minuto 56 para ganhar uma vantagem que poderá
revelar-se decisiva a 13 de Março, quando visitar o La Rosaleda".
L'Equipe
- "Sob o seu domínio, o FC Porto tinha certamente os meios para ficar
numa situação mais favorável antes de viajar a Málaga, dia 13 de março.
Mas vencendo sem sofrer golos em casa, os jogadores de Vítor Pereira
fizeram grande parte do trabalho. Estatisticamente, as chances de passar
aos quartos de final sobem para 59,03 por cento".