domingo, 24 de fevereiro de 2013

Juniores A: FC Porto 1 - 1 Rio Ave


Na 2ª jornada da fase final do campeonato nacional de Juniores A, a equipa do F.C. Porto voltou a ceder pontos, depois da derrota na 1ª jornada. Desta vez o resultado foi um empate a um golo em casa contra o Rio Ave.

A equipa portista apresentou-se com um sistema entre o 4-4-2 e o 4-3-3 onde Francisco Ramos derivava entre o meio campo e a ala esquerda. O Rio Ave apresentou-se no seu 4-4-2 losango habitual, com destaque para a dupla avançada Nuno Santos e o estreante Lord.








O jogo começou com a habitual troca de bola portista, sempre a assumir o jogo mas sem impor um elevado ritmo ao jogo. O Rio Ave assumia-se como um equipa expectante, mas sem nunca abdicar de tentar lançar o ataque rápido sempre que tinha oportunidade, tendo em Lord uma referência em velocidade na frente de ataque.









A equipa portista apresentou sempre problemas em flanquear o jogo, devido à falta de um extremo esquerdo de raiz, sendo que quem conduzia o ataque pelo lado esquerdo era o lateral Rafa. Na direita Fred assumia as despesas, saindo do centro do ataque para a ala, onde se sente mais à vontade.

Aos 20 minutos de jogo nasceu a primeira jogada de grande perigo, com Francisco a falhar um golo feito, já na pequena área, depois de boa jogada envolvente da equipa portista, concluída com um bom cruzamento de Marcelo. Aos 33 foi a vez de Rafa ter um excelente remate à entrada da área, que embateu na trave. Aos 38 minutos, nova bola no ferro, desta vez por intermédio de Fred, num bom cabeceamento na sequência de um cruzamento de Graça. Contudo, no fim da primeira parte a equipa do Rio Ave adiantou-se no marcador, por intermédio de Lord. Tomás perdeu a bola numa reposição à entrada da área e em 3 momentos o Rio Ave fez a diferença: excelente passe de Ruben para Nuno Santos, a romper a defesa portista, e este assiste com muita classe Lord, que só tem de encostar. O intervalo chega logo de seguida, com algum sentimento de injustiça pelo maior caudal ofensivo dos dragões, mas  a verdade é que faltava velocidade e largura ao jogo portista.

A 2ª parte iniciou quase com o golo do empate, uma verdadeira obra prima por parte de Fred. Depois de uma jogada pela esquerda conduzida por Rafa (quem mais?), a bola sobra para Graça que remata contra a oposição vila-condense mas quando ninguém esperava Fred faz o golo numa acrobacia brilhante.
O 2º tempo seguiu a toada do 1º, mas o domínio portista foi mais evidente e o seu jogo um pouco mais rápido. Capucho tentou mexer com o jogo mas a única alteração que mudou o figurino da equipa foi efectuada apenas aos 73 minutos, quando Ivo entrou para o lugar de Vitor Andrade, fazendo a equipa jogar, finalmente, num 4-3-3 declarado.

Durante este período viu-se uma equipa algo partida, apresentando algumas dificuldades na transição defensiva. O estilo de posse é evidente, assim como na equipa senior, com o jogo a ser construído desde trás com muito critério, devido a 2 centrais com grande capacidade técnica e a um trinco que é mais 8 que 6. Este último ponto também justifica alguma dificuldade nas transições defensivas, pois Vitor Andrade sai muito de posição e não tem características físicas para ser um 6 no futuro.

Uma palavra também para a equipa do Rio Ave, que apesar do domínio total da equipa portista, consentiu poucas oportunidades de golo e tentou sempre sair à procura do segundo golo, pensando apenas no empate nos últimos 10 minutos de jogo.

Com este empate a equipa portista soma 1 ponto em 2 jornadas, vendo ainda mais dificultada a luta pelo título nacional, que ainda vai no início. No entanto, convém lembrar que estamos perante uma equipa jovem, com grande parte dos jogadores a serem juniores de 1º ano, e como tal ainda haver muita margem de progressão.


Análises individuais:

Kadu: sofreu um golo no qual nada podia fazer e pouco mais trabalho teve, limitando-se a controlar os contra ataques do Rio Ave.

Marcelo: não comprometeu a defender, sendo algo irregular no apoio ao ataque. Destaque para o cruzamento aos 20 minutos, onde ofereceu o golo a Francisco.

Rafa: excelente jogo a defender e a atacar. O jogo passou todo por ele na primeira parte, tendo criado vários lances de perigo, quer através de remates de média distância, quer através dos seus cruzamentos milimétricos.

Bruno Silva: controlou bem a dupla ofensiva do Rio Ave e deu qualidade à posse de bola da equipa, devido à boa capacidade técnica que possui.

Tomás: tal como o seu colega de sector, tem excelente capacidade técnica, mas foi num lance de saída de bola que borrou a pintura, oferecendo o golo aos visitantes. O resto da partida correu-lhe sem problemas, apoiando diversas vezes o meio campo, como já é seu timbre.

Vitor Andrade: excelente com a bola nos pés, por vezes desposiciona-se nos momentos de transição defensiva, algo que não pode acontecer num trinco. Continua a dar claramente a ideia que renderia mais a jogar na posição 8. Acabou sacrificado no assalto final à baliza do Rio Ave.

Belinha: jogo de muito esforço defensivo, tendo sido muito importante na pressão da equipa. Em termos ofensivos não foi decisivo.

Graça: mostrou bons pormenores técnicos, é um jogador muito rotativo, mas nunca conseguiu dar sequência a esses lances. Foi o primeiro a ser substituído.

Francisco Ramos: não tem as características de ala, mas tem de cair na posição muitas vezes. Quando jogou em zonas interiores, deu qualidade na posse de bola da equipa. Falhou um golo feito aos 20 minutos e acabou o encontro a trinco.

Fred: o mais inspirado e irrequieto da frente, marcou um grande golo e agitou o jogo portista. Na ala ou no meio, foi sempre um quebra-cabeças para a defesa do Rio Ave. Pecou apenas por se prender demasiado à bola em alguns lances.

André Silva: esteve desinspirado, não conseguindo nenhum lance claro de golo. Nota-se a sua qualidade física e ténica, mas não era a sua tarde.


Leandro: entrou para o lugar de Graça, talvez com a ideia de dar mais poder físico ao meio campo. Se é verdade que a equipa foi mais pressionante consigo em campo, também é verdade que pouco se viu no jogo.

Ivo: foi opção para abrir o jogo nas alas, mas não foi factor no jogo, perdendo muitas bolas e não ganhando a linha uma única vez.

Gonçalo Paciência: último a entrar, teve apenas tempo para marcar um livre que não passou da barreira.



Por: Eddie the Head

sábado, 23 de fevereiro de 2013

FC Porto 13 - 2 Limianos - Nova goleada



O FC Porto recebeu e venceu confortavelmente o Limianos e continua a sua luta na conquista do ceptro de campeão.





Com uma boa casa no Dragão Caixa, o FC Porto entrou praticamente a ganhar. Aos 4 minutos Ricardo Barreiros numa stickada de muito longe inaugurou o marcador. No entanto foi curta esta vantagem, já que uns momentos depois concedemos a igualdade, numa situação em que permitimos uma jogada de 2 para 1.





Voltávamos assim à estaca zero. O FC Porto jogava em ataque continuado, a tentar rodar a bola e o Limianos a tentar lançar contra-ataques rápidos em que intervinham 1 ou no máximo um 2º jogador que tentava aproveitar um ressalto à boca da baliza. Não o conseguiram muitas vezes devido à pressão intensa que exercíamos logo na saída da defesa adversária. Mas, se defensivamente conseguíamos nesta fase anular o perigo, no ataque estávamos a ter dificuldades em romper a defesa compacta do Limianos. Eles apresentaram uma defesa muito fechada e descida em que normalmente 3 jogadores defendiam já dentro da área.

O perigo que conseguíamos era sobretudo de remates de longe. Parecia tiro ao boneco, eram remates atrás de remates. Umas vezes o guarda redes limiano defendia como podia (teve defesas com a máscara, com o patim, com o stick, enfim, como desse), outras o azar (perdemos a conta às bolas ao poste, talvez uma dúzia). Era uma questão de tempo até entrar uma.

Tó Neves começou entretanto a fazer uma alterações que se revelaram acertadas. Entraram quase em simultâneo Vitor Hugo e Hélder Nunes. Fazia sentido. A pressão que exercíamos precisava de continuar, Hélder Nunes defende bem e tem uma técnica soberba que podíamos aproveitar. Vitor Hugo porque é exímio a jogar perto da baliza, podia aproveitar um dos muitos remates que fazíamos para um desvio com sucesso. Acabou por resultar, mas antes um 3º ejogador entrado ia brilhar. A 8 minutos do intervalo, Caio, novamente num remate de longe deu uma já muito merecida vantagem. 

Estava finalmente desbloqueado o marcador. Mais um par de minutos e novo golo. Vitor Hugo num desvio a centimetros da baliza dava ainda mais tranquilidade. Estávamos perto do intervalo e já não conseguiríamos outro golo até ao fim desta parte.

Nota para as faltas ao intervalo. 3 faltas contra uma. Deviam ter sido mais, na dúvida não marcavam. E, como o ataque foi quase sempre nosso, é fácil perceber quem mais teve motivos para protestar.

Se na 1ª parte o critério tinha sido demasiado largo, no inicio do 2º tempo mudou. Em menos de 5 minutos um cartão azul para cada lado (o azul para o Jorge Silva não se percebeu a razão). E foi assim, com 3 jogadores de campo que marcámos novamente, bis de Ricardo Barreiros numa bonita jogada. A vantagem de 3 golos não mudou o cariz do jogo, foi aliás uma cópia. Foi assim até meio desta etapa complementar.

O melhor estava guardado para os mintuos finais. A nossa equipa com o tempo começou a conseguir abrir a defesa contrária e assistiu-se a um festival de golos. O 5º foi marcado novamente por Ricardo Barreiros em jogada rápida após recuperação de Reinaldo Ventura.

O 6º (depois de um golo estranho do adversário), Vitor Hugo em nova jogada rápida marcou. O 7º De Tiago Losna num remate de longe em que fintou o adversário duma forma espetacular.

O jogo era agora um passeio e como não baixávamos o ritmo aconteceu um triplo festejo no espaço dum minuto. Sim, 3 golos em um minuto. Fantástico!!! Vamos aos marcadores: Jorge Silva a finalizar um contra-ataque, Losna num novo remate de longe e o benjamim Hélder Nunes num ataque rápido. Faltavam 5 minutos e aproveitou-se o golo para se desejar feliz aniversário a Hélder Nunes através da já mitica trompete do sr. Lourenço.

Ainda marcaríamos mais 3, através de Jorge Silva (por duas vezes) e por Hélder Nunes. Uff... Parabéns equipa pela veia goleadora na 4ª feira e hoje.

Segue-se a deslocação a Valongo, um campo por norma dificil e com uma grande massa adepta. Vamos a eles, temos de ganhar...


Equipa e marcadores:

Treinador: Tó Neves
Titulares: Nélson Filipe (gr), Pedro Moreira, Reinaldo Ventura, Ricardo Barreiros (3) e Jorge Silva (3) 
Jogaram ainda: Caio (1), Tiago Losna (2), Vítor Hugo (2) e Hélder Nunes (2)




Por: Paulinho Santos

FC Porto - Rio Ave (Antevisão)


Depois de mais uma noite europeia recheada de êxito segue-se o Rio Ave, este sábado no Estádio do Dragão a contar para a 20ªjornada da Liga Sagres, com o FC Porto a defrontar uma das sensações da prova onde ocupa nesta altura o quinto lugar que dá acesso à participação na Liga Europa.




O Rio Ave viveu uma situação complicada na época passada discutindo praticamente até à última a permanência na Primeira Liga, no entanto, conseguiu atingir o objetivo traçado pelos seus responsáveis. Esta temporada houve um “corte” radical com o passado, vendo sair o técnico Carlos Brito e entrando para o seu lugar o ex-guarda-redes Nuno Espírito Santo que terminou a sua carreira em 2010 ingressando nas equipas técnicas do prof. Jesualdo Ferreira, tanto no Málaga, como no Panathinaikos, estando a realizar até ao momento uma temporada fantástica.




Comparativamente ao ano anterior o Rio Ave sofreu uma grande remodelação no seu plantel saindo da equipa nove titulares, mantendo apenas no onze, o médio Tarantini. 

Tacticamente a equipa manteve os seus princípios mudando os intervenientes. O treinador Nuno Espírito Santo coloca a equipa distribuída num 4-2-3-1, com um quarteto defensivo formado pelo Lionn, Marcelo, Nivaldo e Edimar, estando entre os postes, o guardião Oblak.

Defensivamente existe segurança e apesar de não ser o sector mais forte da turma vila-condense ao longo da temporada é visível uma franca melhoria da defesa, quer nas laterais, quer no centro do sector defensivo. Sobre o meio-campo, Wires e Tarantini tem tido uma missão defensiva bem interessante, com Wires mais "amarrado" às tarefas defensivas (ficando para as sobras e dobra a qualquer elemento que possa avançar no terreno) e Tarantini com capacidade para criar desequilíbrios nos últimos metros. 

Posto isto, antes de Janeiro o triângulo de meio-campo estava invertido, uma vez que Filipe Augusto (possui muita qualidade) era titular, desempenhando as funções de médio interior esquerdo e assim Tarantini ficava na direita e apenas um médio na zona central (Wires). Depois de ter estado ao serviço da selecção brasileira não tem feito parte das escolhas iniciais do treinador, que desta feita mudou o triângulo e ultimamente tem apostado no duplo-pivot e um médio mais solto e com pouca missão defensiva (Diego Lopes).

No ataque, os irrequietos Ukra e Bebé (emprestado pelo Manchester United) têm lugar garantido no onze, dois jogadores fortes no 1x1, um dos focos principais deste Rio Ave baseia-se na sua transição ofensiva, serão certamente dois elementos a ter em conta. Com a expulsão do jovem ponta de lança Hassan no jogo contra o Braga, vai abrir vaga a um jogador, existindo alternativas com Del Valle a figurar-se como principal candidato até porque  Tope é um jogador que rende mais descaído sobre uma das faixas.

Quanto ao FC Porto, sem puder contar com Alex Sandro e Mangala (castigados) e Atsu lesionado, garantidamente a defesa irá apresentar novidades, Maicon deverá jogar lado a lado com o argentino Otamendi. Sobre o lado esquerdo da defesa reside a maior dúvida, o colombiano Quiño poderá ter a sua oportunidade ou em último caso haver uma adaptação.

A equipa do Rio Ave foi uma das equipas que "roubou" pontos até ao momento no campeonato aos dragões, empatando na altura a dois golos, graças a um bis do médio Tarantini, sendo que no FC Porto, Miguel Lopes e o inevitável Jackson Martínez foram os marcadores de serviço.


Lista de convocados:

FC Porto:

Guarda-redes: Helton e Fabiano;

Defesas: Danilo, Maicon, Abdoulaye, Quiñónez e Otamendi;

Médios: Lucho, Defour, Castro, João Moutinho, Fernando e Izmailov;

Avançados: Kelvin, Jackson Martinez, James, Liedson e Varela.


Rio Ave:

Guarda-redes: Rafa e Oblak

Defesas: Nivaldo, Edimar, André Dias, Lionn, André Costa e Marcelo.

Médios: Tarantini, Braga, André Vilas Boas, Filipe Augusto, Diego Lopes, Kiki e Wires

Avançados: Ukra, Hassan, Del Valle, Tope e Bebé 


Por: Dragão Orgulhoso

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

O teorema do Regime. (Por Joker)




O Regime chegou ao fim
Nessa prova d’endurance
Aguenta-se c’o pasquim
A não revelar a nuance

Do penalti no final
Daquele preciso minuto
Perdiam o doutrinal
Pra continuar o tumulto

Vitimizando-se a rodos
Uma equipa perseguida
Por um árbitro sem modos
Qu’insiste em julgar com medida

A história do fora-de-jogo
Esquecidos os demais confrontos
Dos duplos penaltis do Cagoso
E do avanço de cinco pontos…

A equipa avassaladora
Imparável do Jesus
Acabou na centrifugadora
Sêca, sêca no quebra-luz!

Por isso s’apagaram as luzes
Pois sequinha já estava a louça
Há que poupar para as cruzes
De quatro milhões à queima-roupa!

Nisto o desespero, para mais poupar
Neste seco ano de austeridade
Corta-se a eito, no empatar
Vence-se, com jeito, com autoridade

Naquele apito do Almeida
Salvador, de tão estridente
Um árbitro de boa seiva
O Nuno? Pode ser, certamente!

E como a Europa é um encargo
Neste desígnio nacional
Quer-se começar o embargo
À competição internacional

Pois, apesar das várias frentes
Qu’ostentam com sentido orgulho
Só o Campeão interessa às gentes
Só isso justifica tanto barulho

Apesar da grã-vitória, na Liga Europa
Mijadinha, reza a história
Gloriosa, para a tropa
Triste memória, cantam vitória!!?

E a Liga dos Campeões?…
Em toda’as frentes! Cuspiu o Mestre!
Uma equipa d’alegres fanfarrões
C’os seus repentes, rumo ao desastre…

E esgotado, c’os recursos dos seus pasquins
Vive o Regime, nos cuidados intensivos
Tem-se alegre, na memória dos velhos botequins
Sente-se unânime, nos seus delírios paliativos…





Por: Joker

Revista de Imprensa - 22 de Fevereiro 2013


Vitória dos encarnados para a liga europa, domina manchetes



   O triunfo dos encarnados sobre o Bayer Leverkusen (2-1) nos 16 avos de final da Liga Europa é o tema dominante nas primeiras páginas da imprensa desportiva desta sexta-feira.
Os encarnados, que vão agora defrontar o Bordéus nos oitavos de final, asseguraram a vitória com golos de Ola John e Matic, que repartem o protagonismo nas manchetes.
Todavia, existem outros assuntos em destaque nos três diários desportivos, nomeadamente o anunciado regresso do Boavista à Liga, na sequência da decisão do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol de dar provimento ao recurso dos axadrezados.
Por fim, a oficialização da candidatura de José Couceiro à presidência do Sporting e o regresso em força de James no FC Porto merecem igualmente a atenção da imprensa desportiva.




O Jogo:

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- FC Porto «Vitor Pereira, este é o momento para garantir títulos; James aquece para Sporting e Málaga»



- “benfica: Xeque Matic”
- “CJ da FPF dá razão ao Boavista”




Record:

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- FC Porto «Vitor Pereira, é neste momento que se ganham títulos»


- “Ola La!”
- “Boavista volta a sonhar com a 1ª Liga”
- “José Couceiro: ‘Dívida é responsabilidade da gestão anterior’”





A Bola:

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- FC Porto «Vitor Pereira, é possível ser campeão e ter aspirações na Champions»



- “benfica-Leverkusen (2-1): Olá Europa”
- “Boavista regressa à Liga”
- “Sporting: Couceiro recusa continuidade”






Notícias sobre o FC Porto:


Lucho compara Olympique Marseille e dragões: «O FC Porto é um clube virado para o futuro»


Lucho González, numa entrevista concedida à revista francesa So Foot, fala do FC Porto e da sua passagem pelo Marseille, onde esteve duas épocas e meia mas acabou por não brilhar como o fez, e faz, no Dragão. Diz o argentino que a estrutura dos azuis e brancos, a forma como está «virado para o futuro» faz toda a diferença.

«Não sou um jogador que se imponha pelo porte físico ou pelos dribles. Se faço a diferença é porque sou bom a passar a bola e tenho um jogo muito vertical», começou por dizer o jogador do FC Porto, nessa entrevista concedida à revista So Foot, questionado porque brilha mais em Portugal do que o fez em França, enquanto jogou com a camisola do Marseille.

«A saída de Niang no verão de 2010 prejudicou-me. Quando ele estava na equipa eu sabia onde ele queria a bola e ele sabia onde a receber. Sem ele, deixei de ter um ponto de referência no ataque. Um grande clube não pode permitir-se deixar sair o capitão nos últimos dias do mercado de verão, numa altura em que o campeonato já vai na quarta jornada», explicou, respondendo às questões do jornalista William Pereira que escreve que «a França passou ao lado de Lucho e acabou por despachá-lo para o FC Porto com um pontapé no traseiro».

A saída do argentino para o FC Porto em janeiro do ano passado, diz o referido jornalista, criou em França «um enorme mal-entendido». Lucho González, depois de criticar a ação do Marseille ao permitir a saída de Niang, fez uma comparação com a estrutura dos dragões.

«O FC Porto nunca teria este tipo de mudança. O FC Porto teria encontrado um substituto com antecedência. O FC Porto é um clube virado para o futuro. O Olympique de Marseille, ao contrário, tem um horizonte muito limitado», afirmou o jogador dos azuis e brancos, que o jornalista gaulês considerou «que a Ligue 1 talvez não merecesse».


Levezinho no peso mas não na vontade, Liedson apostado em dificultar escolhas

Quando assinou pelo FC Porto, em janeiro último, Liedson já sabia que a missão de chegar ao onze seria praticamente impossível. Quase um mês depois de ter começado a treinar-se no Olival, o Levezinho – que pesa 63 kg – vai confirmando essa perspetiva inicial, pois soma pouco mais do que meia hora de jogo dividida por duas partidas do campeonato. Pouco habituado a esta condição de suplente, compreende os motivos pelos quais está agora a viver, mas recusa-se a dar a luta por perdida e promete trabalho para corresponder a bom nível quando chamado à ação.



Soares Dias apita FC Porto-Rio Ave

Artur Soares Dias, da Associação de Futebol do Porto, foi esta quinta-feira nomeado pela Comissão de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol para apitar o FC Porto-Rio Ave da 20ª jornada da Liga.





Por: Cubillas

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Izmaylov: Joelhos para que vos quero.




Fevereiro é o mês dedicado por norma ao Amor, é um mês de carinho e de muito futebol com o regresso da Ligas Europeias, juntar Amor a futebol só poderia ser falando de Izmaylov(e)!

Fevereiro o dia do Amor e dos namorados também ficou marcado por um pretenso crime hediondo cometido por um atleta que nos últimos anos granjeou grande capital de simpatia pela luta, pela capacidade de superação que pôs no seu objectivo de enfrentar a dificuldade de nascer sem pernas e de vir a correr como os melhores, de seu nome como se sabe Óscar Pistorius. 




Pistorius o atleta que nasceu sem pernas corria mesmo como um desalmado, ao nível dos melhores do mundo, mesmo os que não tinham tamanha incapacidade  enfrentava nas pistas os melhores de peito feito. Izmaylov que felizmente nunca enfrentou na vida um problema tamanho, infelizmente por azares de carreira viu-se nos últimos anos "acompanhado" pelo infortúnio das lesões e dele se comentava à boca pequena que "não tinha" já joelhos à melhor imagem de Mantorras o lampião, para além de ser um mau profissional.




Ora entre o diz que diz e a realidade vai uma longa distância e o mês de Fevereiro o mês do "Love" trouxe-nos um Izma, agora trajando de Azul e Branco, a uma forma que já poucos acreditavam poder  voltar a ver. De repente o homem sem joelhos estava a jogar pelo melhor clube de Portugal, por um dos melhores clubes do mundo, como se entretanto não tivesse passado por tamanho calvário nos últimos anos, podíamos aqui abrir um parênteses para abordar outros factores extra-futebol (ordenados em atraso, etc.) que levaram também a que tal desiderato tenha durante pelo menos duas ou três épocas acontecido com o atleta trajado de verde, podíamos falar das vicissitudes muito particulares vividas no clube dos viscondes, mas não é esse o propósito desta crónica.

Pretendo apenas com estas linhas saudar o regresso do Czar Russo aos grandes palcos tanto do campeonato como da Liga dos Campeões a correr como poucos, a percorrer km´s ao nível dos melhores do clube, agarrando por força de fragilidades do plantel Azul e Branco (em virtude das ausências de Atsu na CAN, da lesão de Varela para não falar da sua inconstância exibicional e da lenta maturação de kelvin), mais cedo do que se esperava um lugar a titular e a sair-se de uma forma impressionante que parecia que as lesões mais não tinham passado do que um mito urbano, que vestia a camisola Azul e Branca desde sempre, com o afinco que em sete anos de portugal raramente tinha sido visto.




O templo do Dragão de facto faz milagres, o "dói-dói" como diria o celebre Dr. Barroso por certo depois de um jantar bem degustado e regado, estava definitivamente para trás. O FC Porto ganha com Izmaylov bem mais que uma solução de banco, ganha um jogador de classe indesmentível  com uma técnica individual ao alcance de poucos e ganha sobretudo no flanco contrário um jogador que pode aportar à equipa o que James oferece no flanco oposto,  poder de fogo e criatividade.



A aposta do FC Porto no Csar Russo está aparentemente justificada e ganha.

No mês do Amor a equipa ganhou Izmaylov(e), o manco, aquela espécie de Mantorras verde e branco, o mal amado dos Viscondes tornou-se de novo um atleta no verdadeiro sentido das palavras, passou a disputar 4 anos volvidos o melhor palco da Champions, com os melhores atletas da velha Europa, coisa que à um par de meses atrás se alguém ousasse dizer que viria a acontecer seria no mínimo apelidado de louco, obviamente ainda não estará a 100%, mas para lá caminha, com a ajuda dos profissionais que o tratam com o carinho que qualquer atleta gosta de ser tratado e sobretudo com a capacidade reconhecida por todos ao departamento médico Azul e branco (aqui se começa a distinguir de Mantorras...), hoje já se diz à boca grande que Izmaylov é um grande Profissional!

Ironia das ironias, o herói, o exemplo que um dia nasceu verdadeiramente sem pernas, que por perseverança e pelos vistos por mais alguma coisa que Greg Armstrong  tão bem conhece, corria como um desalmado (o exemplo da força de vontade será sempre louvado e espero que seguido no melhor que pode dar à condição humana), Pistorius esse sim voltou infelizmente por opções erradas da vida, por um crime hediondo à condição de odiado e provavelmente  à condição de simples humano sem idolatria, sem os holofotes da fama, cumprindo o castigo que se espera seja um exemplo para que crimes como esse não mais se repitam, seja com quem for.



Por: Rabah Madjer

Símbolos à Simplício: Futebol Clube Perafita



Nome: Futebol Clube Perafita
Fundação: 1946
Localização: Perafita, Matosinhos
Associação: Associação de Futebol do Porto
Divisão actual: AF Porto, Divisão de Honra





Do Porto a Matosinhos é um salto. Na freguesia de Perafita nasce um clube que começa por chamar-se Alvorada, mas amanhece à Simplício tomando o nome da terra. De olhos postos no mar, o FC Perafita ganha raízes e vai crescendo.

Desportivamente, o FC Perafita vai em grande. Campeões em título da 1ª divisão da AF Porto, ascenderam esta época à Divisão de Honra da AF Porto, onde seguem em segundo, atrás do FC Lixa.
Mais um clube que trabalha com afinco o futebol de formação, com especial realce para a organização de torneios jovens.



Por: Breogán

Revista de Imprensa - 21 de Fevereiro 2013


Jogo da liga europa entre o benfica e o Bayer, domina as manchetes



   O desafio desta noite entre o benfica e o Bayer Leverkusen, a contar para a segunda mão dos 16 avos de final da Liga Europa, é o grande destaque da imprensa desportiva nacional de quinta-feira.
Os encarnados venceram por 1-0 o jogo na Alemanha e estão em boa posição para seguir em frente, o que dá azo ao sonho de Jorge Jesus em chegar a uma final europeia e à vontade de poupar jogadores para o embate com o Paços de Ferreira.
Paralelamente é igualmente destacado o ataque de Bruno de Carvalho à direção de Godinho Lopes, em mais um dia de movimentações rumo às eleições do Sporting, agendadas para 23 de março.







O Jogo:

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- FC Porto «Moutinho é tremendo, só Xavi faz mais passes do que o médio dos portistas na Champions; Diego Reyes, futuro reforço portista mal pode esperar para jogar ao lado do internacional português»


- “’Só um milagre salvará o Bayer’, Schuster, que marcou no jogo de 1994”
- “Sporting: Bruno de Carvalho começa ao ataque”
- “Couceiro abdica de lista para o Conselho leonino”






Record:

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- FC Porto «Quinones é poção em defesa inédita»




- “Acabar com esta dor de cabeça: benfica quer despachar Bayer e concentrar-se no campeonato”
- “Sporting: Bruno de Carvalho ameaça processar Godinho Lopes”




A Bola:

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- FC Porto «Vitor Pereira, jogo 50 na Liga»




- “Sonho com uma final europeia", diz Jorge Jesus
- “Sporting: Atual direção responsabilizada se sair com salários em atraso”





Notícias sobre o FC Porto:




Danilo: «FC Porto tem todas as condições para ser campeão»

Danilo, jogador do FC Porto, assume que esteve a ver o benfica x Académica e já fazia contas ao empate das águias. O lateral destaca ser «natural dar uma espiada [nos jogos do benfica] e torcer contra».

O atleta «canarinho» entende que a luta está em marcha rumo ao título mas crê que os portistas têm «todas as condições» para o emblema ser campeão.

«O Porto tem todas as condições para ser campeão», explicou o jogador brasileiro do FC Porto, em declarações citadas pela Renascença.

Danilo: «Mais feliz e mais solto», processo de adaptação à lateral direita

É no meio-campo que Danilo gosta de jogar, mas Vítor Pereira reservou-lhe um lugar na lateral direita e “obrigou-o” a adaptar o seu jogo. O brasileiro, de 21 anos, aceitou o desafio e confessa que se sente “mais feliz e mais solto” como defesa: “Isso está a sentir-se no campo. Agora é ter tranquilidade e descansar para depois voltar ao trabalho, já que a evolução não pode parar.”

No final do jogo com o Málaga, Danilo também abordou questões coletivas, justificando o facto de os espanhóis não terem conseguido criar perigo. “Treinámos muito as perdas de bola, temos de marcar logo os adversários, ter uma reação rápida. Os avançados, os extremos, todos ajudam a defender e isso deixa-nos muito tranquilos lá atrás”, explicou, virando-se depois para a Liga e para o último jogo do Benfica: “Observar o jogo do rival é algo natural e cheguei a acreditar que a Académica ia empatar. Ganhou o Benfica, mas temos tudo para sermos campeões.”



Iturbe admite ficar no River para lá de junho

Iturbe, que se estreou no último fim de semana com a camisola do River Plate, admite a possibilidade de permanecer no emblema argentino para lá de junho, altura em que termina o empréstimo por parte do FC Porto.

«Estou tranquilo e em todas as partidas vou dar o meu máximo. Seis meses é pouco, mas depois os dirigentes do River Plate vão negociar, ou não, por mais tempo», afirmou o jogador, em declarações ao Olé.

O avançado de 19 anos foi emprestado pelos azuis e brancos até ao final de junho, depois de apenas ter sido opção para Vítor Pereira em três partidas esta temporada.


Liedson: «Banco? Tenho 35 anos, só posso agradecer ao Porto»

Levezinho tem jogado pouco, mas sente-se com «força e vontade»

Foi a partir do banco de suplentes que Liedson viu o F.C. Porto derrotar o Málaga. Pela segunda vez consecutiva, Vítor Pereira não lançou o avançado no jogo, à semelhança do que sucedera em Aveiro. Nada que preocupe o internacional português, pois Liedon está consciente do seu papel no Dragão.

«Eu tenho 35 anos e só posso agradecer ao Porto a oportunidade que me deu. Sinto-me com força e vontade de ajudar, mas a equipa estava feita e está a dar uma resposta excelente», referiu o atacante resgatado ao Flamengo.

Liedson soma duas presenças (V. Guimarães e Olhanense) e 28 minutos de jogo. Para já elogia os golos dos colegas. Os seus ficam para mais tarde. «O João Moutinho fez um excelente golo. Ele atravessa uma fase excelente», referiu sobre o médio que conheceu em Alvalade.

Relativamente ao duelo contra o Málaga, Liedson considera que «o volume do jogo» portista justificava outra diferença na eliminatória, mas acredita que «a qualidade e a força de vontade» dos azuis e brancos será suficiente para chegar aos quartos-de-final da Liga dos Campeões.


Chegou a vez de outro colombiano no Dragão: Quiñones, castigos de Alex Sandro e Mangala abrem caminho para a titularidade frente ao Rio Ave

Héctor Quiñones chegou a Portugal no dia 31 de agosto de 2012. Apresentado como nome para o plantel principal e alternativa a Alex Sandro, o jovem colombiano teve ainda assim de esperar largos meses por uma oportunidade da Liga portuguesa. Ela aí está.

Vítor Pereira testou Mangala no lado esquerdo da defesa e o francês correspondeu. Quiñones passou a ter mais um concorrente para a posição. Alex Sandro, entretanto, agarrou o lugar com qualidade tremenda.

A equipa B acabou por assumir-se como espaço de eleição para o reforço colombiano. Contudo, neste sábado, face aos castigos de Mangala e Alex Sandro, o flanco deverá ser entregue ao jovem de 20 anos. Rio Ave pela frente.

Hector Quiñones adaptou-se progressivamente à sua posição e às exigências defensivas no futebol europeu. Ao longo dos últimos meses, cresceu na equipa secundária e comprovou as credenciais.

O colombiano espera conquistar os adeptos como têm feito os compatriotas James Rodriguez e Jackson Martínez. O jogo da Taça de Portugal frente ao Santa Eulália não serviu para tal.

Aos 20 anos, é visto como uma aposta de médio prazo. A sua qualidade em termos ofensivos impressiona mas justifica-se pelas funções desempenhadas nas camadas jovens.

Em 2010, após a estreia pela equipa principal do Deportivo Cali, Héctor Quiñones revelou o seu passado. «O meu papel nas divisões menores era de avançado e passei por uma má fase, mas agora jogo a lateral ou médio e descobri outra faceta. Converti-me num jogador polivalente e identifico-me com as posições.»

Internacional pelas camadas jovens da Colômbia, o jovem do F.C. Porto esteve no Mundial sub-20 onde Portugal foi finalista vencido. Pelo meio, passou pela formação da Udinese e seguiu para o Junior Barranquilla, de onde se transferiu para a equipa portista.

O jogo contra o Santa Eulália (0-1) para a Taça de Portugal foi o primeiro teste na equipa principal, sem retorno plenamente satisfatório.

Surgiu então a equipa B como etapa para a progressão. 16 jogos para Quiñones na II Liga, três amarelos e um cartão vermelho. Para além disso, boas indicações no plano ofensivo. Agora, a oportunidade a doer.


Sporting-FC Porto: clássico é sábado, 2 de março, partida da 21ª jornada da Liga

O Sporting recebe o FC Porto para a 21ª jornada da Liga no sábado 2 de março, pelas 19h45. A data e hora do clássico de Alvalade foi divulgada pelos leões.

A informação do Sporting salienta ainda a curiosidade de estar marcado para o mesmo dia, pelas 16h, o FC Porto B-Sporting B, da II Liga, em Gaia.










Por: Cubillas

AA Espinho 2 - 12 FC Porto - Treino com sabor a vingança.



O FC Porto visitou e derrotou o Espinho por larga margem continuando assim a 1 ponto do líder e a depender exclusivamente de si para ser campeão.

Com o jogo do ano passado bem presente na memória, pese embora a certeza que tal não voltaria a suceder (o Espinho este ano é das piores equipas do campeonato e deve descer), os nossos atletas entraram em campo dispostos a resolver cedo. Conseguiram-no e de que maneira!!




Perante um pavilhão muito bem composto o FC Porto dominou em toda a linha. Golos nesta 1ª parte foram 7, podiam ter sido mais, tamanha é a diferença de ritmo, qualidade técnica e até de patinagem. Perigo para a nossa baliza, só em jogadas rápidas e individuais, o que num piso duro como aquele não é fácil resultar. Quase desde o início em vantagem a história desta etapa inicial resume-se ao avolumar de golos portistas. E marcaram Pedro Moreira, Jorge Silva por duas vezes e o inevitável Reinaldo Ventura seguidos por Hélder Nunes e Vitor Hugo (este com 2 golos). Toda a equipa rodou tal como tinha acontecido no último jogo. 




Na 2ª parte já sabíamos que o jogo estava ganho e colocámos em ringue o ritmo que mais nos interessava. Mas a diferença de qualidade é tanta que em pouco mais de 5 minutos fizemos mais 3 golos. Tiago Losna bisou, o primeiro num remate cruzado e segundo num desvio oportuno à boca da baliza. O outro foi marcado por Caio (de regresso ao campeonato e aos golos) numa jogada sua de contra-ataque.

Na altura a vantagem era de 10 golos e não surpreendia. Se já jogávamos sem pressão, ainda mais abrandamos. O Espinho tinha aí a sua oportunidade de se estrear no marcador. Aproveitou e fez os seus 2 golos num curto espaço de tempo. Era altura de Tó Neves mexer e fê-lo quase totalmente, só o guarda-redes se manteve. Reinaldo foi um dos que entrou e marcou logo a seguir.

Permitam-me agora descrever o lance que se seguiu à nossa 9ª falta como reconhecimento do talento do Nélson Filipe que alinhou na 2ª parte. É apenas um exemplo, já tivemos vários... Tem como concorrente/colega de posto um dos melhores do mundo por isso nem sempre tem muitos minutos de jogo. Mas tem uma qualidade indesmentivel, estamos sempre bem servidos e chegou a altura de o destacar. Vamos então ao lance: Vitor Hugo faz falta e leva azul (exagerado). Na marcação do livre o jogador do Espinho tenta fintar o Nelson. Não consegue sequer rematar, foi desarmado. Recupera a bola e volta a tentar passar pelo nosso guardião. E de novo, nem rematar consegue, é novamente desarmado... Isto é classe... 

E para terminar a goleada, Ricardo Barreiros marcou, numa altura em que ambos os conjuntos estavam com menos um jogador.

Foi um grande jogo da nossa equipa, sem qualquer dificuldade.Segue-se a recepção ao Limianos e espera-se nova vitória.

Arbitragem a complicar um dos jogos mais fáceis que podiam ter. Dificuldade em perceber o critério. O Espinho terminou a 1ª parte com duas faltas, quase inédito com estas regras e injusto diga-se. Na 2ª parte um penalti para o nosso adversário a 3 minutos do fim só foi marcado à 3ª tentativa. 

Equipa e marcadores:

Equipa inicial: Edo Bosch (gr), Pedro Moreira (1), Reinaldo Ventura (2), Ricardo Barreiros (1) e Jorge Silva (2)
Jogaram ainda: Nélson Filipe (gr), Caio (1), Tiago Santos (2), Vítor Hugo (2) e Hélder Nunes (1)


Por: Paulinho Santos

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Revista de Imprensa - 20 de Fevereiro 2013


João gigante nos jornais



   A imprensa desportiva portuguesa desta quarta-feira reparte as suas atenções nas primeiras páginas com dois grandes temas: a vitória do FC Porto sobre o Málaga, com um golo solitário de João Moutinho, e a confirmação da candidatura de José Couceiro à presidência do Sporting.
O médio portista domina as manchetes dos jornais O Jogo e A Bola, enquanto o Record prefere dar maior destaque aos desenvolvimentos nas eleições do Sporting, agendadas para 23 de março.





O Jogo:

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- FC Porto «Goleada de um golo só, vantagem garantida por Moutinho é curta para traduzir a forma como os Dragões asfixiaram os espanhóis»




- “Sporting: Couceiro e Carvalho com duelo marcado”
- “benfica: Passar o Bayer vale sete jogos em 22 dias”






Record:

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- FC Porto «Grande Moutinho, Dragões à frente na eliminatória, com golo do inesgotável João»



- “’Vou Avançar!’ José Couceiro confirma que é candidato”
- “Godinho Lopes fora da corrida”






A Bola:

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- FC Porto «Gigante do costume: Moutinho juntou gola a outra grande exibição»




- “José Couceiro: ‘Sou candidato’”
- “Jorge Jesus: Jogo 50 na Europa pelas águias”
- “Taça da Liga: Recursos confirmados”






Notícias sobre o FC Porto:



LC: F.C.Porto-Málaga, 1-0

A fábula do gigante. Mágica, enternecedora, conciliadora de desejos e aspirações ao altar europeu. O gigante esmaga, o gigante arrasta e marca. Impressiona pela inteligência, diligencia com urgência, rodeia-se de uma plêiade sabedora e de confiança: João Moutinho, o gigante, faz deste F.C. Porto cada vez mais maior.

O golo, prémio justo ao autor, sabe a pouco. A diferença entre dragões e andaluzes foi bem superior a esse detalhe. No Dragão, os dois mundos raramente se tocaram. O Porto é maior, é melhor, tem a obrigação de se fazer ouvir no La Rosaleda e seguir em frente.

Sem ser oficial, o documento é reconhecido por todos. Neste relvado, os resultados indicam que o predador é o que lá vive e as presas são o que o visitam. É a lei dura de uma selva azul e branca e raramente a lógica deixa de prevalecer.

Neste jogo de Champions, o quarto classificado da liga espanhola não foi exceção. Entregou-se ao papel de expetativa assustada, de ambição triturada pela posse de bola, de dúvida perturbada perante uma gentileza que enleia e engana.

Os Destaques: Moutinho e Alex Sandro acima de todos

Helton teve noite descansada, tão poucas foram as bolas que lhe chegaram. O Porto foi ditador em terreno minado, fez uma pressão alta asfixiante e justificava, insistimos, muito mais do que um mero golo.

Esse chegou, já com atraso, aos 56 minutos. Nasceu no génio de um Alex Sandro impressionante (aguentou duas cargas antes de cruzar) e morreu na baliza do Málaga, empurrado com altivez e cavalheirismo pelo gigante de nome Moutinho.

Os espanhóis pediram fora-de-jogo. Com razão. No estádio foi impossível atestar a veracidade dos protestos, mas a televisão anulou a dúvida. Justiça poética?

Voltemos a Moutinho. O que jogou, o que fez jogar, o que debruou na noite do Dragão é world class. João Moutinho já é um dos melhores médios do mundo, um honoris causa na arte do passe, da visão, do futebol cerebral.

Toda a consciência mágica do F.C. Porto esteve armazenada no cérebro deste gigante, mas outros houve em grande plano. Alex Sandro, já o referimos, Fernando, Jackson, Otamendi.

Este Porto cresceu bem. Descobriu a segurança do futebol horizontal, a coragem da verticalidade e observa como poucos a relevância da circulação de bola. É como se o sangue do seu organismo circulasse também nesse ciclo que atrai e encanta.

Pena é, lá está, que tamanha superioridade não permita ir totalmente tranquilo a Málaga. Apesar de rebaixado ao estatuto de figurante sorridente, o emblema espanhol sai vivo da refrega e a acreditar que é possível fugir à eliminação.

Izmaylov esteve a centímetros de marcar, Fernando escorregou quando podia ter feito golo. Duas ocasiões mais numa noite controlada durante 90 minutos pelos bicampeões de Portugal.

O futebol dispensa certezas e foge de título feitos à pressa. Os sintomas, porém, apontam num sentido claro: há Porto, há Champions, há um gigante mandão a querer aparecer na Europa.

Esta fábula merece mais capítulos na Liga dos Campeões.




As reações portistas à vitória sobre o Málaga

Leia as reações do lado portista à vitória por 1x0 sobre o Málaga, esta terça-feira no Estádio do Dragão, na primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões. João Moutinho fez o único golo da noite.

Vítor Pereira: «O nosso primeiro objetivo era a vitória, o segundo não sofrer golos, mas depois do jogo que fizemos, com grande qualidade do primeiro ao último minuto, penso que justificámos o segundo golo. Por isso, só não estou inteiramente satisfeito por não termos conseguido o 2x0, que traduziria melhor o que se passou em campo. A diferença entre a Champions e as outras competições é que um erro, um desequilíbrio, um momento em que não estamos bem posicionados pode permitir um golo ao adversário. Por isso, era importantíssimo não sofrer golos. Mas fomos uma equipa dentro da nossa identidade, é este o FC Porto que eu quero, um FC Porto pressionante, que quer jogar, que quer marcar golos. Só lamento não termos chegado ao segundo golo.»

João Moutinho: «Conseguimos um bom jogo e um bom resultado. Controlámos do princípio ao fim, podíamos ter dilatado a vantagem, mas foi uma boa vitória. O importante era ganhar sem sofrer golos e agora vamos trabalhar em Málaga para passar a eliminatória.»

Jackson Martínez: «Importante foi termos cumprido o objetivo, que era ganhar sem sofrer golos. Agora temos de pensar no próximo jogo, que será muito mais difícil, pois será aí que tudo se definirá. Queremos fazer o mesmo jogo que fizemos cá. O objetivo era ganhar, independentemente de quantos golos íamos marcar. Agora queremos ir a Espanha fazer um bom jogo, com o objetivo de seguir em frente.»

Lucho González: «O importante era ganhar, o segundo objetivo era não sofrer golos. Sabemos que a segunda mão será difícil, mas estamos contentes porque fizemos um grande jogo. Mas conseguimos estar em cima dos homens chave deles, foi uma lástima não fazermos outro golo.»

James Rodríguez: «Penso que jogámos bem, fomos muito bons e esperamos agora ir a Málaga fazer o mesmo jogo. Vai ser um jogo diferente, onde o Málaga vai sair para ganhar. Nós temos de continuar assim, pois assim vamos passar à próxima fase. E por que não sonhar com a conquista da Champions?»

Otamendi: «O resultado é bom, mas sabe a pouco. Está tudo em aberto. Era importante termos feito mais golos. Temos de fazer um bom jogo em Espanha, mantendo a nossa identidade. Vamos ter de respeitar o adversário, apesar de hoje termos sido melhores».

Fernando: «Pensei que o jogo ia exigir outra preocupação defensiva de minha parte. A equipa permitiu que eu atacasse mais, fizemos uma pressão muito alta e um excelente jogo. Podíamos ter obtido ainda um resultado melhor, mas sabemos que temos equipa para vencer em Málaga. Eles vão tentar inverter o resultado e estaremos preparados para isso».




O que se diz lá fora da vitória do F.C. Porto?

Imprensa espanhola traz para título golo em fora de jogo de João Moutinho.

A imprensa espanhola é praticamente unânime em destacar em título o facto do F.C. Porto ter vencido com um golo em fora de jogo. No entanto, em nenhum dos grandes sites do país vizinho é referido que o triunfo azul e branco foi injusto: pelo contrário, os jornais destacam um F.C. Porto muito forte.

«Falharam o Málaga e o árbitro», titula por exemplo o As, de Madrid, acrescentando que «o Málaga não foi o Málaga, encolhido, superado, passou em bicos de pés pelo jogo mais importante da sua história». «O Porto tem ingredientes de equipa grande. Competitivo até ao fim», pode ler-se.

Já a Marca titula que «um golo em fora de jogo tomba o Málaga», mas acrescenta que o F.C. Porto deu «uma lição de realidade» e «tirou da experiência para se impor com clareza». O jornal considera Antunes o melhor em campo e critica a ausência das estrelas Isco, Joaquin e Santa Cruz.

O Sport titula também que «um golo em fora de jogo tomba o Málaga» e adiantou que «o Porto foi melhor e pôde sentenciar a eliminatória». Já o Mundo Deportivo é mais duro e escreve que «o Málaga, roubado, sai vivo do Porto», para adiantar que a equipa «soube parar o futebol ofensivo» do F.C. Porto.

Fora de Espanha, no Brasil, por exemplo, o golo em fora de jogo não ganha honras de manchete. O Globoesportes titula «ficou barato», acrescentando que o F.C. Porto criou muitas oportunidades de golo mas só fez um golo. «O Porto rematou 17 vezes, contra uma do Málaga, e podia ter goleado.»








Por: Cubillas

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Liga dos Campeões: FC Porto 1 - 0 Málaga:El autobús.(Por Breogán)


El autobús.





O que veio fazer o Málaga ao Dragão? Estacionar o “autobús” em frente da baliza. Não é por ser na Champions que se passa a chamar futebol táctico à táctica do autocarro. Só Mourinho goza desse predicado, nem percebo bem porquê.








Este Málaga bem podia ter pedido emprestado os equipamentos à Olhanense ou ao Beira-Mar. Pelo menos, poupávamos os olhos àquele verde alface ridículo.

O Málaga jogou em bloco baixo e sem qualquer autorização para que os laterais subissem. Aliás, Sánchez passou mais tempo a dobrar os centrais que a tentar vencer a linha de meio campo. Não satisfeito, à frente desta defesa, Pellegrini estaciona dois trincos, para os quais a bola é um objecto indesejado e altamente perigoso. Tenho a certeza que ambos sabem de cor a marca das caneleiras de Moutinho, mas nem imaginam a marca da bola de jogo.

Perante este cenário, restava ao FC Porto tentar de todas as maneiras encontrar um caminho para as redes do Málaga. Quase tudo foi tentado, mas faltou definição no último momento. Muito controlo de jogo, muita posse, muito remate de longa distância, mas pouca envolvência. Na verdade, o FC Porto teve dificuldades em penetrar na defesa do Málaga. Faltou acutilância pelos flancos e maior criatividade na zona 10. O normal e o recorrente frente aos Beira-Mar e Olhanense desta vida! É claro, o Málaga defende melhor. Os jogadores têm outra tarimba e outra qualidade. Mas hoje, o FC Porto entrou muito motivado e com vontade de resolver a eliminatória. Faltou um pouco mais de sorte e ousadia. E isto já estava resolvido!

Vítor Pereira fez uma única alteração no onze inicial. Varela entra para o lugar de Atsu, dando maior experiência à linha ofensiva do FC Porto.

O filme do jogo é um total massacre ofensivo do FC Porto. A ausência de jogadas do Málaga não é má vontade para com os do outro lado da fronteira, mas o resultado de um futebol inteiramente dominador por parte do FC Porto.





Logo aos 4 minutos, Izmaylov, num movimento interior, fura por entre a defesa do Málaga e remata para defesa apertada de Caballero. É um FC Porto a entrar muito forte e decidido a resolver o jogo rapidamente. Aos 14 minutos, abertura de Otamendi para Jackson, com Demichelis a cortar no último momento para canto. No canto, Moutinho centra e Fernando, ao primeiro poste, cabeceia ligeiramente por cima. No minuto seguinte, novo canto a favor do FC Porto. Moutinho avança, de novo, para a marcação. O centro sai tenso, Varela desvia ao primeiro poste, mas Fernando, desta vez no segundo poste, chega ligeiramente atrasado para empurrar a bola para a baliza.



Aos 18 minutos, Varela ataca a área do Málaga e é servido primordialmente por Lucho. Ganha a frente a Antunes, mas finta para dentro e Antunes afasta o perigo. Fica, no entanto a dúvida se o corte de Antunes é completamente legal ou não.

O jogo cai numa toada mais morna, com o Málaga a tapar todos os caminhos para a baliza e com o FC Porto incapaz de jogar em envolvência. Jackson é forçado a jogar muito tempo fora da área e os extremos não conseguem produzir jogo para o ponta de lança.

Só aos 33 minutos de jogo é que o FC Porto volta a criar perigo. Grande abertura de Danilo para Jackson, que ganha na diagonal ao seu marcador. Jackson mata a bola no peito e quando se preparava para rematar, Sánchez, na dobra, corta para canto.

Aos 37, 38 e 40 minutos, Jackson, Danilo e Moutinho não conseguem criar perigo em três boas situações, até que, aos 44 minutos, Izmaylov encerra a primeira parte da mesma forma como a havia começado. Grande trabalho sobre Iturra e remate forte fora da área, mas ao lado.






Ficavam para trás 45 minutos de pleno domínio do FC Porto, com muitas situações de perigo mas sem grandes situações de golo eminente. Faltava ao FC Porto capacidade inventiva na zona 10, onde Iturra e Toulalan sobreviviam sem situações de grande pânico. Mas sobretudo, maior capacidade de ataque pelos flancos. O FC Porto era pouco incisivo nos corredores laterais, o que obrigava Jackson a vir fora da área para buscar jogo.





A segunda parte é uma cópia da primeira. A única diferença está no golo atingido pelo FC Porto, que dá alguma justiça ao marcador, e no desacelerar final do FC Porto. No resto, o mesmo: “el autobús” e uma certa incapacidade do FC Porto em contornar essa barreira defensiva.

Aos 53 minutos, surge a primeira grande oportunidade. Varela, no flanco esquerdo, centra para a entrada de Izmaylov, no segundo poste. O russo ganha a frente a Antunes e com a baliza à sua mercê, atira ao lado. Grande perdida!





Mas o golo não tardaria. Aos 55 minutos, grande arrancada de Alex Sandro pelo seu flanco, aguentando todas as investidas dos jogadores do Málaga. Quando se esperava um cruzamento, Alex Sandro apercebe-se do movimento de desmarcação de Moutinho e endossa a bola com precisão. Moutinho, de primeira, mete a bola entre as pernas de Caballero para o 1-0! É possível que Moutinho tenha beneficiado de um ligeiro fora de jogo, no entanto, bastou um pouco de criatividade na zona 10 para o FC Porto abrir o ferrolho. Uma desmarcação mais incisiva, um ataque à área do Málaga e as marcações falharam.





Vítor Pereira retira Varela e coloca James, aos 57 minutos. O FC Porto ainda consegue manter o sufoco à saída de bola do Málaga, mas, aos poucos, vai perdendo fulgor. Aos 59 minutos, bem servido por Jackson, James remata em arco ao lado. Esta quase a última oportunidade do FC Porto!

Vítor Pereira ainda tentou sacudir a equipa, tirando Izmaylov para colocar a velocidade de Atsu em campo, aos 70 minutos. Mas o Málaga fechava-se mais, confortado em só levar um golo sofrido de volta para a Andaluzia.

Aos 72 minutos, o árbitro consegue transformar um agarrão de Wellinton a Jackson na área (logo, penalti!), numa falta ofensiva do Colombiano! E com este lance, acabam as incidências de nota do jogo.

Faltou a estocada final. O “descanso” merecido para a segunda mão. Mas também faltou capacidade para ir buscar esse descanso. Após o 1-0, o FC Porto não conseguiu ser asfixiante. Temos sempre muitas dificuldades em contornar equipas que se fechem tão lá atrás. James não entrou para a posição 10 e Atsu não trouxe envolvência ao flanco. O FC Porto deixou escoar os minutos onde poderia construir outro resultado. Dominamos totalmente, mas não conseguimos matar a eliminatória.






Não se enganem com o “el autobús”. Este Málaga veio cá jogar assim, mas no seu estádio não irá encarar o encontro da mesma forma. Será determinante o FC Porto mostrar que tem capacidade de marcar em Málaga. Logo desde o minuto inicial. Até lá, James terá mais minutos de jogo, assim como Izmaylov e Atsu no pós-CAN. Será um FC Porto mais entrosado e com maior dinâmica, assim se espera.




De volta ao campeonato, com o Rio Ave “patrocinado” e um problema a resolver à esquerda. Recuperar para ganhar! Uma vitória importante para conquistar.


Análises Individuais:

Helton – Um espectador. Algum excesso de confiança na primeira parte, de resto, nem suou.

Danilo – Secou quem apareceu no seu flanco. Isco e Santa Cruz passaram ao lado do jogo. Continua a apresentar algumas dificuldades físicas e não consegue ser uma “locomotiva” pelo flanco abaixo. Mas mais que isso, tanto resolve um lance com classe (como na assistência para Jackson, na primeira parte), como faz um disparate. Precisa de ganhar confiança e tranquilidade no momento final. Perdeu dois lances, onde com um pouco mais de calma e qualidade, daria muitos problemas ao Málaga.

Alex Sandro – Fez um primeira parte muito sóbria. Joaquín e Júlio Baptista tornaram-se inexistências, muito pelo seu lavor defensivo. Subiu pela certa e subiu sempre com critério e qualidade. Ainda não voltou ao seu pico de forma, falta-lhe maior capacidade para fazer o “vai-vém”, mas já está mais decisivo na hora de atacar. Brilhante assistência para Moutinho.

Mangala – Entrou nervoso, até algo disperso, mas cedo encontrou o ritmo. Impressionante como fez “aterrar” Baptista na primeira parte, ganhando-lhe no corpo a corpo com uma facilidade tremenda.

Otamendi Um muro. Por ali não passou nada.

FernandoExcelente jogo. Matou toda a saída de bola do Málaga e empurrou o meio campo do FC Porto para a frente. Ainda deu uma perninha no ataque, dando fluidez ofensiva. Em Málaga será fundamental ter um Fernando em grande.

Moutinho – O melhor em campo. Um médio de mão cheia. No jogo ofensivo e defensivo deu um recital. Prova disso mesmo é o tratamento violento que mereceu dos médios do Málaga, com beneplácito do árbitro. Sempre que pôde, deu uma mãozinha no ataque, sendo decisivo na forma como aparece na zona 10 no lance do golo.

LuchoMuito trabalho na primeira parte, onde fez um excelente jogo táctico. A boa pressão alta do FC Porto deveu-se, em muito, à sua capacidade de cortar linhas de passe. Faltou o desdobramento ofensivo. Jackson jogou muito só no ataque, sem ninguém próximo com quem tabelar. Caiu de produção na segunda parte.

Izmaylov Falta-lhe capacidade física para aguentar um embate destes. Poderia dar mais trabalho a Sánchez se tivesse com outro fôlego. Ainda assim, sobretudo nos movimentos interiores, criou perigo. Tem muita qualidade técnica, mas precisa de potenciar as suas mudanças de velocidade.

Varela – Neste flanco já havia capacidade física, mas faltou talento. Foi um bom Varela, mas não um grande Varela. Antunes merecia uma noite mais sobressaltada, mas nem lançado em velocidade foi capaz de o vencer. O seu melhor lance, curiosamente, saiu do flanco esquerdo, na segunda parte. Esteve confiante com bola e acertado no passe. Aliás, bom jogo até no capítulo defensivo. Faltou virar Antunes do avesso e dar qualidade ao jogo ofensivo.

Jackson – Forçou o lance individual, é certo, mas faltou-lhe muito acompanhamento. Tem que sair da sua posição para dar fluidez e pontos de fixação à circulação de bola. É algo que o nosso sistema de jogo obriga. Mas passa demasiado tempo fora da sua zona de acção. Não é culpa dele, mas consequência das dificuldades que o FC Porto tem em atacar defesas que montam o autocarro.
Não esteve inspirado, mas não deixa de ser um deleite ver o seu poder de desmarcação e cada recepção orientada.


James – Nota-se que ainda está a aquecer motores, mas será um grande trunfo para a segunda mão. Infelizmente, voltou a entrar para um flanco, onde só num lance é que conseguiu ganhar um pouco de espaço. Fez falta ao FC Porto um James ameaçador nas costas de Jackson.

Atsu – Entrou com velocidade, mas sem capacidade de desequilíbrio. Sánchez demorou um pouco a assimilar a sua velocidade, mas depois lá encaixou. Faltou-lhe mais arte com a bola nos pés para dominar o flanco.

CastroEntrou para queimar tempo, quando poderia ter sido uma aposta válida mais cedo. Lucho já tinha acabado para o jogo uns bons minutos antes.




FICHA DE JOGO

FC Porto-Malaga CF, 1-0
Liga dos Campeões, oitavos-de-final, primeira mão
19 de Fevereiro de 2013
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 42.209 espectadores

Arbitro: Mark Clattenburg (Inglaterra)
Assistentes: Simon Beck e Stuart Burt
Quarto arbitro: Simon Long
Assistentes adicionais: Lee Probert e Mike Dean

FC PORTO: Helton; Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Fernando, Lucho (cap.) e João Moutinho; Varela, Jackson e Izmaylov
Substituições: Varela por James (58m), Izmaylov por Atsu (70m) e Lucho por Castro (90m+1)
Não utilizados: Fabiano, Maicon, Liedson e Sebá
Treinador: Vítor Pereira

MALAGA CF: Willy; Sergio Sanchez, Demichelis, Weligton (cap) e Antunes; Iturra e Toulalan; Joaquin, Júlio Baptista e Isco; Santa Cruz
Substituições: Joaquín por Portillo (63m), Júlio Baptista por Piazon (78m) e Iturra por Camacho (78m)
Não utilizados: Kameni, Lugano, Saviola e Duda
Treinador: Manuel Pellegrini

Ao intervalo: 0-0
Marcador: João Moutinho (56m)
Cartão amarelo: Iturra (75m)




Análise dos Intervenientes:

Vítor Pereira: 

«Vamos para Málaga para fazer um golo»

«Era importante ganhar e não sofrer golos, mas depois do jogo que fizemos, depois de um jogo que de grande qualidade do primeiro ao último minuto, justificámos o segundo e só não estou completamente contente porque merecemos o 2-0 e não o conseguimos.

Sabemos que um desequilíbrio num momento pode permitir ao adversário chegar ao golo. Por isso foi importante não sofrer golos e ser uma equipa consistente e personalizada do primeiro ao último minuto. É um adversário de grande nível, que hoje não conseguiu explanar o seu jogo.

Não permitimos ao Málaga jogar o seu futebol, nos momentos de transição defensiva estivemos muito concentrados, nunca deixámos que o jogo se partisse e tivemos posse de bola. Vamos para Málaga com o objetivo de marcar, porque isso sim poderia sentenciar a eliminatória.»


Lucho: 

«Fizemos um grande jogo»

«É um bom resultado. O primeiro objetivo era ganhar, o segundo objetivo era não sofrer golos, conseguimos as duas coisas. Não foi fácil, mas estamos contentes porque fizemos um grande jogo.

O Málaga está entre as dezasseis melhores equipas da Europa, tem grandes jogadores, está aqui por mérito e dificultou-nos as coisas, mas nós respondemos bem, marcámos um golo e podíamos ter marcado mais. Há que ser inteligente. Era importante não sofrer e por isso procurámos o segundo golo com ordem.»


Jackson: 

«Temos de fazer o mesmo jogo lá»

«Era importante cumprir o objetivo, ganhar sem sofrer golos. Temos de pensar que no próximo jogo vai ser mais difícil. Temos de fazer o mesmo jogo lá, já cumprimos em casa. Esperamos ir a Espanha fazer um bom jogo e passar à fase seguinte. É uma defesa muito forte.»


O que disse a imprensa estrangeira:

Marca - "O único golo do encontro é precedido de um fora de jogo de João Moutinho. Certo é que o FC Porto mereceu a vitória, embora a tenha conseguido de forma ilegal".

As - "A equipa de Pellegrini viu-se superada pelo FC Porto. Apenas rematou uma vez à baliza. Mas o golo de João Moutinho foi em fora de jogo. Tudo será decidido no La Rosaleda".

Sport - "O FC Porto ganhou o primeiro jogo dos oitavos de final graças a um golo solitário de Moutinho na segunda parte. Os portugueses foram melhores em traços gerais e tiveram as melhores oportunidades".

Mundo Deportivo - "O Málaga está a pagar pela histórica estreia na Champions. Pellegrini sabia que o FC Porto, no seu estádio, seria um adversário muito perigoso, mas não contava que a sua equipa caísse com um erro grave do árbitro. O único golo do jogo, obra de Moutinho, foi em claro fora de jogo e agora a equipa andaluz tentará virar no La Rosaleda".

UEFA.com - "Frente a um adversário que não tinha sofrido qualquer derrota na fase de grupos, o FC Porto dominou por completo a primeira parte, mas teve de esperar até ao minuto 56 para ganhar uma vantagem que poderá revelar-se decisiva a 13 de Março, quando visitar o La Rosaleda".

L'Equipe - "Sob o seu domínio, o FC Porto tinha certamente os meios para ficar numa situação mais favorável antes de viajar a Málaga, dia 13 de março. Mas vencendo sem sofrer golos em casa, os jogadores de Vítor Pereira fizeram grande parte do trabalho. Estatisticamente, as chances de passar aos quartos de final sobem para 59,03 por cento".





Por: Breogán


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