terça-feira, 26 de agosto de 2014

A entrevista

#Benfica #lampiões #Porto #FCPorto #Joker 



A entrevista era séria
Conduzida p’lo Conduto
Na Btv, não há léria…
Só a verdade, como atributo!
Pois falav’o presidente
Da única instituição
Com crédito recorrente
Para pagar a “tradição”:

Qu’a realidade é outra
Avis’o timoneiro à “maralha”
E qu’o dinheiro não sobra…
Há que poupar na “tralha”!?
E que contratar por milhões
Seria coisa do passado
Por essas tais mil razões
Com c’o dinheiro é usado!

Mas a verdade ecoa
Como ressonância magnética
Por tod’a Lisboa…
Como mensagem sintética:
Não há dinheiro dos bancos!
Não há dinheiro dos fundos!
Só podemos comprar “mancos”
Mas podemos comprar muitos!

Mas a pré-época
Deixa muitas marcas
Uma equipa anémica
Em transições anárquicas!
Por isso o discurso
É pr’a boi ouvir
E manter o uso
De mais s’investir!

São só mais dez
Coisa pouca!…
Qu’empresta o BES!?
Pr’a juntar à outra
Que está pr’a vencer
No final do ano
Ou o Enzo vender
Até ao descerrar do pano…

E que preocupados
Andavam os “jornais”
C’os passes comprados
C’os empréstimos a mais!
C’o nosso défice
E c’o nosso risco
Quando eis, que num ápice
O benfica está “rico”!

Que descobriu petróleo
Com’o Pinto da Costa
Por investir no espólio
Sem mouro na costa?
Donde vem o “guito”
Donde vem a “massa”
Se no vídeo é dito
Que não sobra “pasta”?

E as outras promessas
Que nunca cumpriu?
Vendendo as réstias
Qu’a formação lá viu?
Os milhares de sócios
Ou a demissão?
Promessas de negócios
P’la clausula de rescisão!?

Ser o maior da Europa
Maior qu’o Real Madrid!
Vencer sem ser por batota
No túnel que sai dali!
Ganhar com hegemonia
Vencer campeonatos a eito!
Vencer na Europa, um dia…
Sem ser a final, um feito!

Investir mundos e fundos
Porqu’o passivo aguenta
Fazer do benfica, muitos
Qu’um só, não sei s’arrebenta!…
Criar como qu’um franchising
Dessa grande marca benfica!
E nisto fazer um downsizing
Do clube, e qu’a SAD s’extinga!

E dividir o clube em dois
O Bom pr’a gerir o Bento!
O Mau pr’o Orelhas, pois…
Qu’ele sabe o que vai lá dentro….
E nisto incluir o Conduto
No Conselho d’Administração
E levar o Valdemar por usufruto
Pr’a criar nova recreação!

O Novo benfica nasce
Só com activos tóxicos!
O Orelhas pede nova taxa
Pr’a novos empréstimos módicos…
E tudo fica a preceito
No país dos lampiões
C’o Bento ainda paga o jeito
Criando o clube dos milhões!

E tudo volt’a florescer
No país das vacas gordas
O benfica tarda em fenecer
Pois ainda tem crédito pr’a “obras”!
E tudo fica como antes
Pois vem lá nova OPA chinesa!
E o Comendador vend’os diamantes
Pr’a comprar acções à Baronesa!

E nisto a entrevista acaba…
O Conduto está pois, satisfeito!
O Orelhas vence nova etapa!
Qu’a entrevista serviu o jeito
É para isso que ele é pago
Como antes na televisão pública!?
Servir como “jornalista”, é magro…
É um gestor da causa lúdica!

E o benfica segue adiante
Investindo novos milhões!
Que pague quem vier avante
As contas com novas acções!
Qu’Orelhas tem nova promessa
Agendada em novo programa
Depois de perder no Bessa…
Marcada já pr’a semana!


Por: Joker

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Será que Quaresma tem emenda?

#FCPorto #Lopetegui #Quaresma



Penso que será perfeitamente pacífico para a maioria das pessoas ligadas ao futebol, concordarem e afirmarem comigo que Quaresma tem uma personalidade muito forte e vincada em parâmetros psicológicos muito complicados que lhe têm trazido muitos problemas na sua já longa carreira, sendo quanto a mim, demasiado débil em termos mentais e comportamentais, o que lhe tem tirado a possibilidade de estar ao mesmo nível futebolístico de CR7, pois em termos técnicos até estará eventualmente a um nível superior, só que a sua contínua teimosia em não querer trabalhar em equipa e optar por um excessivo individualismo, associado a um temperamento intempestivo têm-lhe limitado outros voos.

Quando este ano Lopetegui chegou ao FCP, logo nas primeiras intervenções que proferiu aos órgãos de comunicação social, deu para perceber que estava em marcha uma nova filosofia na gestão e formação do plantel, na aposta num novo modelo ou figurino de jogo bem definido e distribuído por toda a equipa, onde não há lugar a titulares indiscutíveis como acontecia antigamente com algumas individualidades no FCP, e que Quaresma era um dos protagonistas.

Confesso que quando comecei a ver o FCP este ano a jogar, e nomeadamente o próprio Quaresma, fiquei com a nítida sensação de que poderia estar em marcha uma nova etapa para o referido jogador, só que para mal dos seus pecados e muitos dos seus fãs, bastou um único episódio para tudo voltar à estaca zero.

Quando tive conhecimento de que Quaresma tinha sido nomeado capitão de equipa, ainda mais me convenci que tudo estava e correr bem sobre os carris de uma nova etapa positiva na carreira do jogador,  apesar de por outro lado,  tendo em conta o passado do jogador em termos disciplinares e comportamentais, seria sempre um risco esta nova função na sua carreira, pois obriga sempre por parte deste protagonismo uma ação de liderança e de exemplo contínuo perante os seus colegas, que Quaresma sempre teve dificuldade em colocar em prática.

Ao ter conhecimento de que Quaresma não fazia parte da equipa inicial no jogo contra o Lille, confesso que fiquei um pouco surpreendido no início, para depois ainda mais me surpreender a entrada do mesmo a cerca de 5 minutos do fim do jogo, podendo até ser que esta decisão de Lopetegui tivesse como principal objetivo testar o próprio jogador, e ao mesmo tempo dar para dentro do grupo um sinal forte de que as suas palavras em termos de não haver titulares indiscutíveis eram verdadeiras e não havia exceções à regra, começando a dar o exemplo por cima e não pelos elementos da equipa com menos hipóteses de jogar que seria sempre mais fácil de concretizar, o que eu compreendo e até acho uma decisão bem pensada para conquistar uma equipa, que deve ter sempre em mente a preservação do coletivo em detrimento do individual.  

Num momento em que já se fala por aí na hipótese de Quaresma sair do FCP, por não se enquadrar no esquema e filosofia de jogo do seu treinador, tendo em conta mais uma vez a sua forma errática de atuar em equipa, e na forma repentina como se dirigiu para o balneário após o apito final do árbitro em Lille sem cumprimentar o treinador, quando como capitão tinha obrigação de se juntar aos seus colegas, agradecendo a presença dos muitos adeptos presentes no estádio, este episódio não é certamente um bom pronuncio e um bom exemplo seguir, e se for para o bem do grupo de trabalho,  decerto que a eventual possibilidade de saída do clube pode até estar em equação por parte de PC e dos seus pares, podendo até com esta decisão voltar o clube a fazer mais um bom encaixe financeiro com a sua venda, pois valor futebolístico não lhe falta e interessados também não, e quem sabe promover à equipa principal mais uma pérola da equipa B em ascensão, Ivo, que já provou que tem uma qualidade acima da média.


Por: Natachas.




O ARTISTA

#FCPorto #benfica #jesus #joker


Que nunca faz nada
Nunca agrediu!
Qu’o Polícia não viu
Quando deu pancada!?

E agora no Bessa
Nem falou c’o árbitro
Qu’ele é catedrático
E nem dá conversa!

E se foi expulso
Foi por erro de facto
Ond’o bom do Marco
Presumiu o abuso!

Pois a interpelação
Do Jesus ao juiz
Só tinh’o cariz
De boa educação!

Pois queria agraciar
O seu bom trabalho
No momento falho…
Em qu’estav’a apitar!

Pois não vir’a jogada
Ond’o Jara caíra
E por tal não vira
Essa cacetada!

E fôra tão óbvio
De bradar aos céus!
Que Jesus c’os seus
Toma por seu opróbio!

E c’a maior lisura
Só lhe chamou “ladrão”
Sem esconder a mão
Nessa compostura!

Não s’entend’a razão
O juízo do árbitro
Ao ouvir “larápio”
Nessa confusão…

Nada que se conheça
No agir do “Mestre”
Sem acção agreste
Sobre tud’o que mexa!

Tem total presunção
Da maior inocência
Essa “Eminência”
Da boa criação!

E o ónus da prova
É pois invertido
Sobr’o sucedido…
Que é coisa nova!!

“In dubio pro reo”
Diz o Direito Romano
No céu ou neste plano
Em que Jesus nasceu!

Pois o desenlace
Dum novo processo
É o erro confesso
De não dar a outra face!


Por: Joker

domingo, 24 de agosto de 2014

O Calimero

#Sporting #lagartos #Nani #Joker


O Calimero chegou
Vindo d’Inglaterra
E até jogou…
Pois chegou de véspera!

Como s’adivinha
É um craque feito!
E na equipa alinha
Sem treinar o jeito…

E joga pr’a gáudio
Dessa multidão!
Que lá ench’o estádio
Numa ocasião!?

É o Calimero
Vindo dos “Diabos”
Em negócio sincero
Por passes trocados!

E é nessa premissa
Que s’estrei’o craque
E lá se fez justiça
Pois foi o destaque!

Da mentalidade
Dos grandes chorões
Ond’a antiguidade
Não vale os galões!

Basta, pois chegar
Um qualquer Nani!?
Pr’a logo calçar
Jogando pr’a si?

Como querem respeito
Ao não respeitar
Quem lá está de peito
Para s’encostar?

E nesses perdões
lavrados em processos
Julgam ter soluções
Pr’os casos complexos?

Duplo tratamento
Pr’a quem chega e sai
Sem o devido aumento
Qu’o jogador distrai?

Pura demagogia
De quem rasga contratos
Pr’a lavrar a alegria
A milhares de lagartos!?

É deixá-los sorrir
Antes da factura…
E o Nani cobrir
O valor da falcatrua!

Pois quem vai pedir
A devolução
Não vai exigir
Só o valor da sanção!

Vai, pois englobar
Aquele ordenado!
Na vez de cobrar
O passe “roubado”!

Mas o Calimero
Não pensa no futuro
E presume qu’o “erro”
Justific’o “furto”!

Como s’a resolução
Dum contrato do género
Servisse a “coação”
No seu valor efémero…

Mas no momento
Serv’a boa causa
Nesse sofrimento
P’la vitória em casa!

Que s’esse pénalti
Serviss’o empate
O negócio Nani
Já se tinh’a saque!

Por subverter
A anterior relação
Nessa marcação…
C’o Adrien a ver!?

Marca quem está bem
Diz o bom do Marco…
Se estiver ninguém
Marc’o Rei-Lagarto!

Qu’ele é qu’escala
A equipa de verde!
Nessa voz de “Scala”
Qualquer cantiga serve…


Por: Joker

Primeira Liga, 3ª Jorn - P. Ferreira 0 - 1 FC Porto - A VOZ É QUE PAGA!

#FCPorto #PrimeiraLiga

Este jogo era um ponto de orgulho para os sócios e adeptos portistas. Ganhá-lo de forma clara e por KO ao 1.º assalto daria razão a quem pensa que foi só Paulo Fonseca a travar o caminho para o tetra e que caso outro cá estivesse o destino seria o do costume.

A realidade do jogo mostrou-nos que não há destinos traçados. Para se ganhar é sempre preciso muita inteligência e trabalho, algum talento e uma pitada de sorte.

Lopetegui entra para o jogo fazendo prevalecer o espirito de plantel. 4 jogadores que ainda não tinham sido titulares em jogos oficiais fazem a sua estreia: Ricardo na defesa, Evandro no meio e Adrian e Tello no ataque.

Na 1ª parte o Porto joga de uma forma estranha.
No 1.º terço do relvado é passe, passe, passe, passe. Repetem-se as jogadas em que a bola vai do defesa esquerdo, ao defesa direito sem que nenhum jogador dê um passo em frente e tente progredir com bola mesmo com espaço.

É estranha esta unitilidade de passes porque nesta altura o Paços nem pressiona muito à frente.

Quando a bola chega aos pés de Casemiro após o minuto de passes da ordem o jogo vira NFL.

O Quarter Back Casemiro despeja, com critério e alguma precisão, bolas para o último terço do relvado. De muito engonhar atrás, vai-se directo para a frente. Tello que corra, Jackson que aguente e Adrian.....Adrian que assista.

Esta estranha forma de jogo faz com que Rúben Neves e Evandro pareçam corpos estranhos. Só não o são na sua totalidade porqueparticipam no único factor que considero positivo na 1ª parte: A pressão alta.

A inoperância do Paços faz parecer que jogando assim estamos perto do 1-0. A defesa pacense demora a adaptar-se ao jogo NFL de Casemiro e deixa espaço nas costas que Tello poderia ter aproveitado se não se tivesse lesionado.

Aí a coisa complica. Com Rúben Neves e Evandro voluntariamente atirados para fora do jogo de construção, sem velocista para aproveitar a profundidade, sem Adrian que voluntariamente assiste ao jogo, não se perspectivava nada de bom. Valia-nos o Paços que com 0-0 desliga os motores cerebrais e assiste ao que (não) se passa de forma confortável e estática.

Evandro ajuda a descomplicar. Faz o que um jogador de equipa grande deve fazer quando o jogo não lhe corre de feição. Procura-o. Dá 3 passos atrás, vem buscar jogo, deixa de jogar demasiado pelo centro-esquerda e participa em toda a fase de construção seja ao lado de Casemiro como em triangulações com Ricardo e Quintero.

A entrada de Quintero acaba por constituir outro importante contributo porque o perfil de ala direito muda. Se antes tinhamos que jogar com o espaço agora seria obrigatório fazê-lo com bola. Esse factor empurra Ricardo e Ruben Neves a participarem mais no jogo de construção e Casemiro a meter folga na sua função de quarter back.

Se a qualidade de jogo melhora a criação de oportunidades nem por isso. Sucedem-se cantos atrás de cantos e só mesmo por essa estatistica se poderá dizer que o Porto merece ganhar ao intervalo.

Num deles a bola é despachada e Alex toma o lugar de Casemiro e sai bilhete preciso para Quintero. O colombiano mostra a qualidade de mira do seu pé esquerdo e Jackson tira muita uva de quase nenhuma parra. 1-0 e tudo parece estar bem demais ao intervalo.



Saímos do Intervalo e tudo muda. O Porto entra mais activo no jogo e o Paços também. Com os 2 lados a se quererem mexer a minha perspectiva é a de que o Porto tenha mais espaços para mostrar criação ofensiva.

Acontece que Paulo Fonseca estuda bem a lição e percebe que pode pressionar um bocadinho mais alto. Pode subir mais a defesa que não há quem no Porto possa ou queira ir buscar este espaço. Mesmo sem Hurtado e só com Minhoca é possível tentar, com bola, encostar o Porto atrás.

As alas defensivas da sua ex-equipa são vulneráveis. Uma delas está a ser guardada pelo seu ex-extremo e o seu ex-número 10.

Lopetegui responde mal a essa alteração de perfil do jogo. Se diz que a equipa estava cansada pelos jogos de 3 em 3 dias não podia ser Evandro a sair.

Se ficou sem voz no final do jogo por tanto gritar “JUNTOS”, “JUNTOS” não podia ser Herrera a entrar. É a cerebro que pode juntar a equipa e não o galope de transição.

Há 2 jogadores que estavam claramente a mais aos 45 minutos. Adrian e Ruben Neves.

Ruben diferenciava-se do espanhol pelo facto de mostrar qualidade sempre que a bola lhe chegava aos pés. O problema é que chegava pouco e ele também se chegava pouco até ela.

Escolhe o médio que estava a ser mais associativo para sair. E faz entrar o médio do plantel que mais rasga e menos associa.

O jogo duma fase entretida passa para uma fase descontrolada. Descontrole com o Paços a ser a única equipa a criar perigo real.

Depois de substituir mal, Lopetegui lê bem o jogo do banco. Tanto que grita com a voz para ver se junta aquilo que tinha ajudado a separar com a substituição.

Vendo a casa próximo de arder Lopetegui faz na 3ª substituição o que devia ter feito na 2ª.

Ruben era quem estava mais cansado e era Oliver que tinha que entrar. Acontece que na altura da 3ª substituição o jogo tinha adquirido um cariz diferente do da 2ª substituição.

Com o jogo descontrolado daquela forma e com uma alma perdida em campo já não era Rúben que devia sair. Justificava-se, no meu entendimento, regressar aos 4 médios para estancar o entusiasmo do Paços sem que com isso se retirasse poder ofensivo ao Porto porque Adrian pouco ou nada fazia.

Rúben, mesmo desgastado para o pressing, estava melhor na 2º parte do que na 1ª e poderia com a qualidade de teleguia que tem fazer descansar a equipa com bola.

Outro erro que aponto a Lopetegui foi o timing da substituição. Sou dos que pensa que em jogos apertados, finais e partidas do género o que desequilibra muitas vezes a balança é a inferioridade numérica seja por motivos fisicos ou disciplinares.

Se me disserem que Evandro saiu porque estava em risco do 2.º amarelo eu entenderia e defenderia a substituição mesmo pensando que, naquela altura, era o melhor médio do Porto.

Por maioria de razão acho um risco excessivo esgotar as substituições ao minuto 65. Se a equipa está cansada a probabilidade de acontecer a um dos dez o que sucedeu a Tello no início do jogo é muito maior.

Com a entrada de Oliver o fogo ficou mais controlado. Nunca deu a sensação de estar extinto mas devolveu o fôlego que a equipa precisava.

Lembro que nessa fase da partida Quintero já estava morto defensivamente e Adrian ainda permanecia no ventre da mãe. Era Jackson o avançado que mais ajudava a defender.

O jogo termina e a alegria pelo apito do árbitro é maior do que tudo. Dá para esquecer tudo porque temos 6 pontos, porque ganhamos em Lille e porque temos ainda em Agosto um dos três jogos mais importantes da época.

Neste contexto tudo se aceita e tudo se compreende. Foi assim o ano passado quando ganhamos também por 1-0 ao Paços fora de casa, também no inicio da época e também jogando aquém do que temos que fazer.

Cabe a Lopetegui esquecer-se do contexto, esquecer-se de compreensão e perceber o que o levou a ficar sem voz.
Lá diz o ditado: Quando a cabeça não tem juízo a voz é que paga!

Como o basco é vivo e esperto confio que vamos ter conferência de imprensa na 3ª feira sem rebuçados e com as cordas vocais em pleno.


Análises Individuais

Fabiano:  Teve pouco trabalho mas continua a dar sinais de insegurança. Aquela pseudo-intervenção na 2ª parte após cruzamento vindo da direita podia trazer-lhe(nos) problemas.

Ricardo: Empenhado, lutador mas sem a qualidade defensiva de Danilo. Tem como atenuante ter levado com Tello e Quintero como parceiros de sector. Na 1ª parte Ruben ainda ajudou mas na 2ª parte foi duro levar com  Minhoca.

Maicon:  O mais seguro e interventivo do sector. Patrão por estatuto e por rendimento. Muito bem.

Martins Indi: A bitola geral é boa e nada que ponha em causa a contratação e a titularidade mas desta vez somou ao menor brilhantismo alguma tremideira. Lances de cabeça em que sai e não ganha e alivios que vão para o lado errado.

Alex Sandro:  Voltou ao velho Alex. Sabe jogar, tem qualidade em tudo o que faz mas é sobranceiro. Na 2ª parte perde (ou dá!) duas bolas ao adversário por categoria a mais.
Pede-se que não tenha vergonha de mandar a bola para o mato quando é preciso. Quando adquirir essa competência e a souber utilizar ficará melhor jogador.

Casemiro:  Quarter Back. Não sei se por opção ou por irritação ao ver os seus companheiros da defesa a jogarem ao meinho imaginário durante 2 minutos resolvia atalhar logo que a bola lhe chegava. Chega, olha e dispara. Corre Tello, Segura Jackson, Acorda Adrian.
Discuta-se a estratégia mas o que é certo é que foi o jogador do Porto sempre presente. O médio mais agressivo na luta pela bola e o médio que mais lutou por fazer algo que fizesse perigar a baliza de Defendi.
Com o recuo de Evandro e a saída de Tello o Quarter Back foi posto a dormir e Casemiro soube integrar-se noutro perfil de jogo.
Na 2ª parte não conseguiu juntar a equipa quando o meio-campo se partiu.

Rocket Neves:  Jogo dificil para ele. Na 1ª parte ficou entalado numa parcela de relvado em que a bola não chegava. Conseguiu ter alguma utilidade apenas na pressão e no auxilio defensivo a Ricardo.
Depois enfrentou médios adversários que devem ter algum ressabiamento por estar a ver no Ruben o que podia ter sido o seu futuro. Levou com essa agressividade em cima e não conseguiu ultrapassá-la.
O talento está lá e isso vê-se quando a bola lhe cai nos pés (o lance que dá origem ao canto em que nasce o golo é um exemplo) mas será necessário aprender a fugir à adversidade do jogo. Evandro soube fazê-lo ainda na 1ª parte. Quando Rúben estava a tentar ir pelo mesmo caminho na 2ª já não tinha pulmão.

Evandro:  Intermitente. Fora do jogo por culpa alheia nos primeiros 20 minutos da partida mas completamente dentro a partir daí. Sabe dar ao jogo aquilo que ele lhe pede e sabe procurar aquilo que lhe parece passar ao lado.
Com 3 passos atrás mexeu os cordelinhos na primeira parte.
Foi mal substituido porque quando sai a equipa parte-se. É por culpa da sua saída do relvado que Lopetegui ficou sem voz.

Tello:  O jogo estava para ele. Paços adormecido e Quarter Back Casemiro com olhos no flanco direito. A saída prematura roubou o foco de perigo do início de jogo e obrigou o Porto a reformular a estratégia.

Adrian: Parece que o jogo nunca estará para ele. Não pode jogar a 9. Não pode jogar preso à ala. Não pode......
São demasiados “não podes”. Vejo em Adrian a capacidade de ser um 2.º avançado. Não quero que ele faça jogadas à Tello como em Paris nem danças à Brahimi como no Dragão.
Há um bom lance na 2ª parte que me exaspera. Quintero e Ricardo combinam bem e cruzam para a zona de perigo. Jackson ataca o primeiro poste a a bola atravessa toda a área. Nessa alturo procuro com sofregamente Adrian com os olhos. Aparece!
Adrian fica colado à linha lateral esquerda e o que faz é pressionar o defesa que, já fora da grande área, intercepta a bola.
Se Adrian for capaz de encher a área neste tipo de lances todos os outros “não pode..” conseguirão ser esquecidos.
Enquanto a exibição de ontem for a regra o “Não pode” passar a ser utilizado ao lado de outras duas palavrinhas: “ser titular”

Jackson:  Craque. Jackson já provou e continua a provar que é ponta de lança para equipa grande que cria poucas oportunidades.
É capaz de estar fora do jogo porque a equipa não se estica e não lhe chega mas jamais desliga. Está sempre atento, sempre focalizado e consciente do que tem que fazer.
É  a estrela da equipa. Indiscutível e indispensável.

Quintero: Entrou bem. Dá a equipa o que todos sabemos que é capaz. Passe, toque, visão de jogo. Todo o ataque funciona melhor quando há jogadores com o talento e o olhómetro Quintero.
Soube incorporar o seu novo papel no Porto de Lopetegui. Parte da ala direita para o meio o que lhe rouba espaço para ir à linha a cruzar mas dá o mundo de oportunidades de remate, cruzamentos ou assistências com o seu brilhante pé esquerdo.
Defeitos: defende mal e ofensivamente não dura muito tempo.

Herrera: Entra quando o Porto está a ganhar 1-0 mas ainda está no controle. As suas arrancadas desestabilizam o jogo que passa a estar totalmente descontrolado. Há mais buracos a meio-campo e uma cratera entre os sectores médio e defensivo.
Foi participativo e empenhado mas a equipa piorou.

Oliver: Entrou para ser bombeiro. Para tentar juntar o que tinha sido separado com a saída de Evandro. Foi competente nessa tarefa e mostrou a sua melhor faceta. Procura o jogo e quer participar nunca se escondendo.
Ainda assim o Porto não voltou a transmitir a sensação de que tudo estava controlado. Quando se dá a oportunidade de o adversário perder o medo e se sentir capaz fica muito mais dificil voltar a metê-lo na toca.


Ficha do Jogo:

FC Paços Ferreira 0 - 1 FC Porto
Primeira Liga, 2ª jornada
Sábado, 23 Agosto 2014, 18:00
Estádio: Capital do Móvel, Paços de Ferreira
Árbitro: Manuel Mota (Braga)
Assistentes: Paulo Vieira e Jorge Oliveira
Quarto Árbitro: Cosme Machado

PAÇOS FERREIRA: Rafael Defendi, Jailson, Ricardo Ferreira, Ricardo, Hélder Lopes, Seri, Sérgio Oliveira, Minhoca, Manuel José, Cícero, Hurtado.
Suplentes: António Filipe, Flávio Boaventura, Valkenedy, Nélson Pedroso, Vasco Rocha (72' Manuel José), Barnes Osei (30' Hurtado), Rúben Ribeiro (80' Minhoca).
Treinador: Paulo Fonseca.

FC PORTO: Fabiano, Ricardo, Maicon, Martins Indi, Alex Sandro, Casemiro, Rúben Neves, Evandro, Cristian Tello, Jackson Martínez, Adrián López.
Suplentes: Andrés Fernández, Marcano, Brahimi, Quintero (18' Cristian Tello), José Ángel, Herrera (57' Evandro), Óliver Torres (65' Rúben Neves).
Treinador: Julen Lopetegui.

Ao intervalo: 0-1.
Marcadores: Jackson Martínez (40').
Disciplina: Seri (5'), Hélder Lopes (15'), Evandro (23'), Manuel José (36'), Alex Sandro (53'), Ricardo Ferreira (56'), Minhoca (61'), Maicon (64'), Óliver Torres (79'), Sérgio Oliveira (88').



Por: Walter Casagrande

sábado, 23 de agosto de 2014

Segunda Liga, 3ª Jorn.: FC Porto B 1 - 1 União da Madeira

#FCPortoB #SegundaLiga #GonçaloPaciencia #UniãodaMadeira #Porto #Funchal


O Porto B recebeu na tarde deste Domingo a União da Madeira, tendo empatado a uma bola.



No onze portista várias novidades, com o experiente Zé António a voltar ao centro da defesa, no meio campo Francisco Ramos e Pavlovski jogaram à frente do trinco Tomás. No ataque novidade foi a titularidade do extremo Fred.

O Porto B entrou no jogo forte logo com uma oportunidade a abrir por Gonçalo Paciência. Pouco depois Pavlovski isola de forma brilhante o mesmo Gonçalo que acaba por marcar. Um golo que é anulado por fora de jogo inexistente. Erro grave de arbitragem.

A União começa a equilibrar o jogo depois dos 10 minutos iniciais e o jogo torna-se mais partido. Já a acabar a primeira parte, Kadu ainda salva uma primeira jogada de muito perigo da União, mas nada pode fazer aos 44 minutos. Golo de Élio que surge solto de marcação na área portista e cabeceia para o 0-1.

O Porto B inicia a segunda parte com grande personalidade e logo aos 46 minutos Gonçalo falha um golo certo.

Aos 56 minutos, Ivo sofre falta dentro da área. Penalti para o Porto. Gonçalo concretiza. 1-1 no marcador.

A segunda metade pertenceu por completo ao Porto B, que desperdiça inúmeras ocasiões de golo por Gonçalo Paciência, Ivo e Fred.

As substituições ajudam a subir a performance da equipa. Graça, André Silva e sobretudo o extremo Roniel mexem com o jogo.

A equipa portista acaba por não conseguir a vitória e só pode queixar-se da sua pobre finalização, porque foram criadas muitas oportunidades de golo.

Acaba por ser uma exibição positiva, tendo a equipa apresentado os sectores mais ligados.



Análise individual:

Kadu: Muito bem. Sem erros, muito seguro e a negar o golo por duas ocasiões.

David Bruno: Fez um jogo sem chama, mas também sem comprometer na defesa.

Lichnovsky: Alternou bons cortes e compensações com erros de passe e marcação.

Zé António: A sua titularidade estabilizou a defesa. Mas também ele errou numa jogada, sendo bem compensado por Lichnovsky.

Kayembe: Jogou como lateral esquerdo, mas foi sempre extremo esquerdo. No ataque esteve muito bem, na defesa foi o buraco que a União não se cansou de aproveitar. De realçar que Kayembe é extremo de raiz.

Tomás: Muito certinho, mas com pouco alcance. Parece demasiado preso de movimentos.

Francisco Ramos: Melhor em campo. Não só pelo que trabalhou, mas pelo equilíbrio que deu à equipa. Foi o pêndulo.

Pavlovski: Não foi consistente no jogo, mas quando teve a bola nos pés foi sublime. 2 jogadas em que isola colegas e sempre com discernimento no passe.

Ivo: Não se viu na primeira parte, mas foi dos mais activos na segunda. Ganhou o penalti e falhou alguns golos.

Fred: Esteve sempre muito activo, mas falhou quase sempre a definição.

Gonçalo: Pormenores técnicos deliciosos, mas continua a falhar na finalização. Marcou de penalti.


Graça: Entrou bem no jogo. Sempre muito activo. Foi importante no assalto final.

Roniel: Entrada de grande fulgor a mexer com o jogo. É um extremo muito rápido e que tem definição no último passe.

André Silva: Sem grandes oportunidades para aparecer.




Ficha de Jogo: 

FC Porto B-União da Madeira, 1-1

Segunda Liga, 3.ª jornada
23 de Agosto de 2014
Estádio de Pedroso, Vila Nova de Gaia

Árbitro: João Capela (Lisboa)
Assistentes: Paulo Soares e Pedro Felisberto
Quarto árbitro: Sérgio Jesus

FC PORTO B: Kadú; David Bruno, Lichnovsky, Zé António e Kayembe; Tomás Podstawski, Frédéric e Francisco Ramos; Pavlovski, Gonçalo Paciência (cap.) e Ivo
Substituições: Frédéric por Roniel (67m), Pavlovski por Graça (73m) e Gonçalo Paciência por André Silva (82m)
Não utilizados: Caio, Rafa, Siemann, e Célestin
Treinador: Luís Castro

U. MADEIRA: Pedro Trigueira; Carlos Manuel, Zarabi (cap.), Diogo Coelho e Dasse; Soares, Zé Luís e Roberto; Élio, Fidalgo e Calé
Substituições: Diogo Coelho por Frédéric Mendy (62m), Calé por Kisley (62m), Hélio por Ayerton (75m)
Não utilizados: Ricardo Campos, Michel Babo, Edson Almeida e André Vinícius
Treinador: Vitor Oliveira

Ao intervalo: 0-1
Marcadores: Hélio (45m) e Gonçalo Paciência (55m, pen.)

Disciplina: cartão amarelo a Roberto (54m), Soares (57m), Gonçalo Paciência (57m), Kayembe (64m), Zarabi (70m)


Por: Prodígio

Ninguém nos tira o Céu!

#FCPorto #Lille #Ligadoscampeões #Reforços #BluePunisher



Escrevo esta crónica ainda embalado pelo doce sabor da vitória frente ao Lille, num jogo em que o FC Porto controlou as operações desde o início até ao fim, embora, para desgosto de muitos adeptos não tenha praticado um futebol com “nota artística elevada”, nem criado uma “avalanche de oportunidades de golo”.

É bom relembrar a quem quer “nota artística” que o que conta é vencer e conquistar as competições onde entramos, pelo menos numa primeira instância. É evidente que eu também gosto de ver bom futebol, e ainda tenho presente os fantásticos e inesquecíveis jogos do Mundial de Futebol do Brasil 2014, que foram verdadeiros hinos ao desporto rei!

No entanto, não podemos esquecer que o FC Porto está a construir uma equipa, recebeu muitos jogadores novos, e tem uma equipa técnica nova, assim como o peso da responsabilidade do apuramento para a fase de grupos da Liga dos Campeões que é tremendo.

O Lille não é propriamente pera doce, lutou pelo título francês na temporada passada, e denota uma boa organização defensiva, e explora ou tenta explorar o erro do adversário não concedendo grandes espaços, é uma daquelas equipas que é difícil de defrontar e requer um jogo de paciência e muita frieza. 

Com as condicionantes e atenuantes mencionadas anteriormente, foi muito positivo aquilo que o FC Porto demonstrou no estádio Pierre Mauroy, e uma vitória na casa de um adversário com a valia do Lille, mesmo que pela margem mínima, havendo ainda um segundo jogo a disputar no nosso reduto, só nos pode deixar satisfeitos.

Por falar em estádio, o mais correto talvez fosse classificar o recinto desportivo onde o jogo decorreu como “pavilhão” Pierre Mauroy, uma vez que tinha cobertura fechada, com a “cobertura da UEFA”!

É curioso constatar que este jogo foi disputado em pleno mês de Agosto, e não se viu qualquer tipo de intempérie antes, durante e depois da sua realização que justificasse o fecho da cobertura, a temperatura exterior rondava os 12 graus centígrados, que não sendo muito agradável no Verão não é nenhuma calamidade! Também não estava a nevar.

Então o porquê de nos “enfiarem aquele barrete”? O Sr. Platini certamente lá saberá o porquê desta decisão que é muito caricata, haveria alguma motivação oculta como por exemplo intimidar uma equipa jovem (média de idades inferior a 23 anos) criando um ambiente infernal, com o “eco” dos cânticos e vozes dos adeptos franceses?

Agora parece que a UEFA anda preocupada com o estado dos relvados onde há competições que organiza, assim como com o conforto do público. No passado este organismo fechou os olhos a autênticos “batatais” e estádios sem as condições necessárias de conforto para os espectadores, em jogos de qualificação para as competições europeias e até em jogos oficiais da Liga Europa e Liga dos Campeões. Isto para nem mencionar os vergonhosos relvados e estádios que a UEFA aprova em fases de qualificação de jogos de seleções para Campeonatos da Europa de futebol.

Não sendo eu um “especialista em coberturas”, julgava que estas serviam apenas para condições climatéricas extremas, que podem colocar em causa a praticabilidade do relvado ou integridade física dos atletas, como por exemplo nevões, chuvas torrenciais e temperaturas extremas (positivas ou negativas).

Enfim “dois pesos e duas medidas”, como vem sendo habitual nas decisões do organismo presidido pelo “intragável” Michel Platini, devo ser eu novamente com teorias da conspiração, o tal que “não pode ver nem pintado o FC Porto”.

E já agora ainda sobre o ódio de estimação que o Sr. Platini nutre pelo FC Porto, a arbitragem deve ter sido muito do agrado do presidente da UEFA, o holandês Bjorn Kuipers assinou uma péssima arbitragem especialmente em termos disciplinares em prejuízo do FC Porto.


Sobre alguns dos lances onde o “juíz holandês” prejudicou o FC Porto, relembro apenas alguns que ainda tenho frescos na minha memória:


Aos 6 minutos mostra um cartão amarelo ao Danilo, num lance de bola dividida que não colocou nem de perto nem de longe a integridade física do adversário, nem sequer cortou uma jogada de perigo;


Aos 28 minutos Jackson Martinez é abusivamente agarrado e puxado dentro da área do Lille por Basa quando o colombiano tentava cabecear a bola. Grande penalidade que não foi assinalada;


Aos 30 minutos Gueye entra a matar de pé em riste sobre o Maicon, tal poderia ter provocado uma lesão grave e o “artista do apito” nem falta assinala;


Perto do final do jogo Casemiro é agredido por Roux, que vê um “simpático” cartão amarelo.

A título de curiosidade foi este mesmo árbitro holandês que apitou o jogo da Supertaça Europeia entre o FC Porto e FC Barcelona a 26 de Agosto de 2011, em que há uma grande penalidade clara sobre o Guarín que não é assinalada (caso o fosse poderia permitir ao FC Porto empatar o jogo).


O Sr. Kuipers é um árbitro do chamado grupo de elite da UEFA, e arbitrou a final da Liga dos Campeões do ano passado. Provavelmente quererá agradar ao “patrão”, porque não acredito que seja tão mau como tem evidenciado sempre que o FC Porto tem a infelicidade de cruzar-se no seu caminho.

Não resultou taparem-nos o céu. Parece que ainda há quem não tenha aprendido a lição, que sempre que nos espezinham, tentam intimidar ou deitar abaixo, isso só reverte a nosso favor, mas continuem assim com essas táticas “lampiónicas” que estão a ir muito bem!

Dado o conjunto de incidências descritas anteriormente, não podemos achar que já está tudo decidido a favor do FC Porto, e já garantimos o acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões, até porque o adversário também tem valor e pode surpreender. O treinador Julen Lopetegui fez muito bem em manter um discurso realista e com os pés bem assentes no chão, nada está decidido ainda falta um jogo onde tudo pode acontecer e a magra vantagem trazida de França não permite facilitismos.

O segundo jogo da eliminatória a disputar no Estádio do Dragão, garantidamente com o céu bem visível para quem o quiser observar, sem coberturas pois claro, terá de ser preparado e encarado com a máxima cautela e rigor. 

Sabemos que certas “sombras estranhas” na UEFA apenas esperam um deslize da nossa parte para nos colocarem fora de combate. Não facilitemos e não concedamos essa satisfação ao tal personagem que nos guarda um ódio de estimação.

As exibições de “encher o olho” do Rúben Neves já não passam despercebidas pela Europa e até noutros continentes, não é apenas a qualidade deste atleta que impressiona, é também o facto de a ter com tão “tenra idade”, tem apenas 17 anos! Ao vê-lo jogar, diria que joga melhor que muitos veteranos naquela posição! 

Há muitos rumores de mercado a circular no momento em relação ao FC Porto, por exemplo uma possível venda do Quaresma (por mim pode ir), Jackson (há muito tempo acho que deveria ir também), e vindas do Clasie e do Aboubakar. Ainda sobre o Aboubakar há rumores que terá havido problemas com os testes médicos realizados no FC Porto, pelo que a transferência está em risco.



Sabe-se que o Clube está no mercado procurando um médio defensivo e um avançado para dotar o plantel com 2 soluções por posição, conforme o treinador deseja, aguardemos para ver o desfecho quando a janela de transferências de Agosto fechar. Comenta-se que o FC Porto apenas aguarda a confirmação do apuramento para a Liga dos Campeões para confirmar os novos reforços.

Ora seja verdade ou não, venha esse apuramento que começa por reforçar as finanças do clube e venham daí os tais 2 reforços para as posições carenciadas do plantel para a base de trabalho do treinador estar definida e para que o futebol da equipa vá ganhando entrosamento, maturidade, competitividade e solidez.

Segue-se o Paços de Ferreira como adversário na Mata Real, é um jogo sempre difícil, há a curiosidade do reencontro com um dos “nossos coveiros” da época passada, esperemos que o FC Porto consiga trazer mais 3 pontos de preferência jogando bem, mas sabemos que não será fácil, até porque nomearam Manuel Mota um lampião “doente” para arbitrar este jogo.

A Chama do Dragão é Eterna!
FCP Sempre!



Por: BluePunisher






sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Primeira liga: FC Paços Ferreira - FC Porto (Antevisão)

#FCPorto #PaçosFerreira #Quaresma #Lopetegui 



Após triunfo na estreia perante o Marítimo, o FC Porto desloca-se neste sábado à Mata Real, defrontando o Paços de Ferreira (jogo que será transmitido por stream AQUI), equipa agora orientada por Paulo Fonseca, que na temporada anterior não foi feliz na passagem pelo FC Porto e agora regressou ao conjunto pacense, ele que está ligado em termos históricos ao clube, até porque foi com Paulo Fonseca ao leme, que o Paços de Ferreira alcançou a melhor classificação de sempre na Primeira Liga, permitindo inclusive atingir o playoff da Liga dos Campeões.

Contrariamente a 2012/2013, dificilmente este Paços de Ferreira poderá ambicionar mais do que a manutenção no principal escalão do nosso futebol. Em termos de saídas, registar como principais baixas, os abandonos de Tiago Valente, André Leão e Bebé.

No sentido inverso, o médio Vasco Rocha (irmão de Romeu Rocha) acaba por ser nesta altura um dos principais reforços, sem esquecer os jogadores que regressam após empréstimo e serão certamente importantes ao longo da época. 


Na ronda inaugural disputada no Estádio da Luz, diga-se que o Paços de Ferreira montou uma boa estratégia e dificultou muitos dos pontos fortes do adversário com bola, bloqueando espaços na zona interior, sempre com a linha defensiva e intermédia próximas umas das outras, saindo para o ataque pela certa, onde aí faltou provavelmente outro tipo de dinâmica e intensidade.

Uma das novidades promovidas por Paulo Fonseca diz respeitante ao sistema táctico. Tradicionalmente, o Paços de Ferreira ao longo do anos se apresentava num 4-3-3 (alternando o meio-campo com um médio defensivo/dois pivot´s), no entanto, para 2014/2015, o 4-4-2 parece que veio para ficar e foi precisamente esse o sistema lançado no jogo frente ao Benfica. Atendendo à boa resposta dada por quase todos os jogadores que iniciaram a partida, é de prever que Paulo Fonseca mantenha grande parte do onze.

Assim sendo, o quarteto defensivo deverá manter-se com o Jaílson – foi provavelmente o elo mais fraco da defesa na Luz – na direita e o Hélder Lopes sobre a esquerda (se bem que mais cedo ou mais tarde o Nélson Pedroso deverá agarrar o lugar), jogando à frente do guardião Rafael Defendi, os centrais Ricardo Ferreira e Ricardo.

Sobre o meio-campo e ainda sem contar com o médio Romeu Rocha, a dupla Sérgio Oliveira e Seri (curiosamente dois jogadores que jogaram juntos na equipa “B” portista) estão de pedra e cal no onze. Numa primeira fase de construção, o Sérgio Oliveira inicia a sua condução, ele que possui uma boa capacidade de passe e visão de jogo, como tal, o FC Porto terá que ter uma certa atenção, sobretudo nos lançamentos em profundidade para o sector ofensivo e igualmente aos esquemas tácticos ofensivos cobrados pelo jovem médio português. Quanto ao Seri, é essencialmente um atleta de muito trabalho, importante para as coberturas, sendo incansável na luta de meio-campo, procurando igualmente estar sempre bem posicionado, de forma a receber a bola e jogar de pronto para terrenos mais adiantados.

Nos corredores laterais, o açoriano Minhoca não esteve particularmente feliz no primeiro jogo e pela melhoria da equipa após a entrada do tecnicista Rúben Ribeiro, esta poderá ser efectivamente uma das novidades no onze dos Paços. Na outra ala, o experiente Manuel José deverá ser o eleito, ele que está ligado de forma negativa ao desaire na Luz, uma vez que durante o primeiro tempo desperdiçou uma grande penalidade, isto quando o resultava acusava uma igualdade a zero golos.

Enquanto o Minhoca ou mesmo o Rúben Ribeiro, são jogadores com maior propósito ofensivo, já o Manuel José, além da profundidade que coloca no corredor, é um jogador que dá um bom auxílio ao lateral e quando necessário garante competência no fecho do espaço interior. Quanto ao ataque, o regressado Hurtado – recuperado e bem por Paulo Fonseca – fará dupla com o possante Cícero, outro jogador que se encontrava emprestado. É uma dupla que ainda não fez mossa, sendo que o Hurtado serve como um “9,5”, conferindo bastante mobilidade no último terço, enquanto o Cícero faz valer e muito da utilização do seu físico, de forma a ganhar os duelos individuais. 


No FC Porto, este encontro surge no intervalo da eliminatória de possível entrada na fase de grupos da Liga dos Campeões e atendendo ao acumular de jogos num curto espaço de tempo, não seria de estranhar caso o técnico Julen Lopetegui proceda a alterações no onze inicial, isto apesar da saída de Quaresma da convocatória e quiçá do clube, até pela qualidade que o plantel apresenta, não seria algo descabido isso suceder.



Numa fase ainda tão precoce da temporada, acima de tudo é necessário vencer e fazer evoluir os processos que o treinador espanhol pretende implementar na equipa, para no futuro o FC Porto possa estar num nível elevado e que possa atingir os objectivos propostos para a nova época. 



Por: Dragão Orgulhoso

Dia de pagamento

#benfica #bancoBom #BancoMau #Lampiões #FilipeVieira #Joker



Não vi ao vivo o apelo desenfreado, desesperado, do presidente da instituição ao novo BES mas, da leitura evasiva feita sobre o assunto constatei, nas entre-linhas, uma tentativa de fuga-para-a-frente, mais uma! A instituição está mal (o que não é novidade) mas, agora a coisa não pode continuar a ser camuflada na reintegração de novos empréstimos para pagar os antigos. A liquidação do BES trouxe, e continuará a trazer à luz, os desvios comportamentais de muitas instituições deste país, por maior importância presumida que detenham. Sem dinheiro não há palhaço! 

O circo parece ter chegado ao fim, agora que os rigores da nova gestão “estatal” do banco “bom” vai obrigar a novos “cortes”.

Depois de muitos (pequenos e grandes) accionistas queimados nesta privatização encapotada do BES, parece vir a lume outros problemas de raiz do país, a que o futebol não estará, por certo, desvinculado. O benfica, na voz do seu presidente, já veio reclamar novo quinhão, sem garantias óbvias, que o obterá. O apelo público de mais dinheiro, as promessas de bom pagador e melhor contribuinte, só têm uma leitura: o desespero. Parece que novas datas de pagamento se aproximam e sem garantias de reembolso, a instituição já reclama novos empréstimos…

Ao atentar nessas palavras vieram-me à memória as críticas recônditas pelo negócio Mangala, na voz de um dos dois pasquins da capital que, criticamente referiria que a venda do jogador servia, apenas (!?) para se proceder à liquidação de um empréstimo de igual valor ao BES. Como se pagar fosse coisa de somenos! Se a venda cobriu o empréstimo tanto melhor, o que evidencia critérios de boa gestão e melhor cumprimento, certo? Nim, diz o pasquim…

Quem parece vender ao desbarato é a instituição desde que a notícia da morte do BES se perspectivou. O benfica sabia-o e, por isso agiu com tempo. Foi vendendo a bem da solidez da tesouraria porque se sabia de um mais que certo caucionar de contas a descoberto. O presidente bem o pode negar, bem pode fazer um apelo à calma dando garantias de solidez no seu projecto futebolístico mas, aquilo que se constata é uma corrida contra o tempo! O benfica, sem as garantias do passado recente, não pode apenas com o seu projecto Btv, continuar a manter equipas semelhantes à da estrutura 2013/2014.

Agora é que se verá de que Jesus é capaz! Com menos meios, piores jogadores e com uma concorrência bastante mais forte, ver-se-á se o “mestre da táctica” sempre é melhor que o Mourinho!?…

Quanto ao presidente e os seus bons méritos de gestão, aqui D’el Rei que a casa ardeu!… Não auguro nada de bom de futuro nas finanças do benfica. Com o passivo que se conhece e sem novos meios de refinanciamento da dívida, só vejo um perdão capital como o do sporting para resolver as coisas pelo downsizing… Não sei é se essa nova enunciação do benfica resistirá ao seu projecto e presidente!

De fio a pavio


Sem dinheiro não há vício
Diz o Bento ao pregador
O banco não aceito penhor
– Devolve no prazo do exercício!

São só duzentos milhões
A pagar até Dezembro!
E entrar de pleno membro
No clube dos charlatões?

Não há liquidez
Pr’a se pagar o empréstimo?
Vende-s’o Enzo, p’lo décimo
Com’o Garay outra vez!

Ou então vai o Nico
P’lo valor da cláusula!
45 milhões? Até passa…
Qu’este clube é rico!

E se faltar um quinhão
Pr’a perfazer a quantia
Dá-se o Artur de garantia
Ou o penhor do Luisão!

Que tudo somado é obra
Um activo grandioso!
Uma amostra do Glorioso
Que do plantel, até sobra:

O Candeias, o Filipe
Contratações de futuro…
Milhões lhes auguro
No BES ou no BIC!

Há activo para pagar
Qu’o passivo desce…
Qu’o Cardoso merece
Depois de se perdoar!

Por tuta-e-meia
Depois da boa oferta
E a porta aberta
Foi pelo pé-de-meia?

Deixa-me rir, pois
Qu’o Luisão não sai?
E a Juventus vai
Pagar pelos dois?

Não me faças parvo
Qu’o empréstimo avança
E não tenhas esperança
Doutro BES a salvo!?

Novo paradigma
Neste banco BOM
É pagar o “dom”
E lá bem por cima!

Qu’o dinheiro é caro
E faltam garantias
Pra novas tropelias
C’o sabor d’amparo!

Apela à boa-vontade
Ao bom pagamento!
Como bom cliente…
Que não cheg’a metade!

Nem sequer ao terço
Qu’estavas habituado!
Nesse projecto ousado…
Qu’está tudo teso!

Vais perder o pio
E a fanfarronice!
200 milhões, já disse?
De fio a pavio…



Por: Joker
>