domingo, 8 de março de 2015

POR CADA DRAGÃO QUE CAI..........

A frase é de um ex-jogador e ex-treinador famoso. Não nos era dirigida, mas dadas as circunstâncias do ano de 2015 penso que a posso roubar.

Acabamos 2014 com o craque Indi na defesa ,o mágico Tsubasa no meio-campo, o mago Brahimi no ataque e o grande Jackson no ataque.

Maicon estava caído em desgraça, Marcano era apenas jeitoso, Casemiro era para devolver à procedência o mais rápido possível, Evandro estava no fundo do banco e Tello era o novo barrete (estilo Jeffren) que o Barça nos tinha enfiado.

Indi caiu da titularidade nos Barreiros, Oliver voltou a deslocar o ombro em Basileia, Brahimi anda fora de órbita desde que voltou da CAN e o grande Jackson acaba de cair em Braga.

Se em Dezembro de 2014 soubéssemos que isto ia ocorrer, o normal é que se pensasse que o arranque de 2015 de Lopetegui estaria na mesma bitola do arranque de 2014 de Paulo Fonseca.
Não.

Lopetegui aprimorou a máquina de pressão alta do Porto.

Maicon está-se a levantar. Primeiro gatinhou, depois cambaleou e parece que voltou a andar.
Marcano está firme e hirto como uma barra de ferro. De pé.
Casemiro está um monstro das bolas divididas e tem começado nele a asfixia de pressão alta que o Porto tem revelado desde Fevereiro.
Evandro é o porto seguro. O Médio essencial para todas as equipas modernas. Arranca, passa, fica, dá linha de passe e pressiona sempre com serenidade.

Jogadores como Maicon, Casemiro e Herrera precisam de ter ao seu lado homens adultos e jogadores feitos como Marcano e Evandro.
E Tello? O jogador que em cada 100 remates não marcava 4. Esse não está de pé.

Levantou voo e lá vamos nós pendurados nas suas asas.

Chegou a tua hora Aboubakar. Tu, que tens passado o tempo sentado no banco estilo guarda-redes suplente tens que te levantar para que este Porto não caia.

Hoje, foi preciso que outro Dragão se levantasse para que o Dragão com tatuagem de leão continuasse a planar bem perto da águia.
Estamos quase a sair vivos deste ciclo infernal. Cheios de baixas, com a enfermaria mais preenchida mas com a confiança que a frase de António Oliveira se aplica a este plantel e a este treinador.

O jogo de Braga estava na lista negra da dificil 2ª volta que tinhamos pela frente.
O último onze que tão boa resposta tinha dado contra o Sporting é repetido com lógica.
A partida começa como é costume. Nota-se que a equipa do Porto está cada vez melhor trabalhada a nível de posicionamento defensivo e na forma como pressiona mas há sempre um período inicial nas partidas onde as agulhas demoram a acertar.

Foi assim em Basileia, foi assim contra o Sporting, não foi tanto assim no Bessa (as agulhas demoraram muito mais tempo a acertar) e voltou a ser assim em Braga.

A intranquilidade de Fabiano deu a única oportunidade de golo ao Braga desperdiçada por Zé Luis. Algumas perdas de bola de Brahimi e Herrera deram espaço a que se pensasse que o ponto forte do Braga ganharia supremacia ao ponto forte do Porto.

Durou pouco essa imagem. As agulhas acertaram mesmo e quando Brahimi começou a vir da esquerda para o meio em movimentos diagonais a máquina ofensiva do Porto começou a carburar ao nivel da segurança defensiva que Casemiro  e a linha recuada do Porto davam.

O Porto empurrou definitivamente o jogo para o último terço do relvado, a linha defensiva acampou no centro do relvado e o Braga foi obrigado a fazer desaparecer do jogo Zé Luis, Rafa e Pedro Santos.

Não foi uma questão de querer defender mais ou menos ou de gostar de implementar a táctica do autocarro. Discordo de Lopetegui quando parece que põe as culpas da pouca ambição ofensiva bracarense a uma questão estratégica.

Quando o Porto acerta agulhas, o adversário fica sem opção estratégica. Não sai da toca porque não consegue sair mesmo que queira. Já são exemplos demais para perceber.

A partir da meia hora da 1ª parte o Porto arranca para um segundo terço do jogo em que asfixia o Braga e coloca fora de jogo os avançados adversários sem que o arbitro auxiliar precisasse de levantar o braço.

Aparece Brahimi, continua Evandro, mantem o nivel Tello e Herrera vai-se libertando de Casemiro para se chegar perto de Jackson.

No final da 1ª parte a cara de Sérgio Conceição é um poema. Grita baixinho para a 1º parte acabar depressa e mostra que tem razão quando Tello pela direita em escassos 2 minutos tem 2 oportunidades de golo.

A cara da 2ª parte é a mesma. O Braga a querer que ela nunca mais comece com esperança que a equipa do Porto tivesse desligado o chip e o Porto agarrado aos tornozelos com os dentes bem cravados.

Nada muda. Evandro esperto aproveita que o mundo está a dormir e lança Alex para mais uma jogada de perigo que Aderlan resolve in extremis.

O primeiro a desesperar é Sérgio Conceição. Se os seus avançados estavam fora de jogo o que um treinador tem que fazer é procurar devolver-lhes o jogo. O problema estava no meio-campo que estava encostado às cordas (leia-se centrais).

O facto de entre a dupla Aderlan/Pinto e a dupla Tiba/Danilo não existir nada obriga os médios a encostarem-se demasiado atrás sempre que uma equipa que lhes é superior toma conta da partida.

Substituir Zé Luis por Eder ou Rafa por Agra é pedir à sorte que resolva um problema que requeria trabalho.

Casemiro, Evandro, Herrera e até Brahimi, Alex e Jackson eram força a mais para 2 homens. Era essa a força que subjugava o Braga.
Em vez de passar a ter 2 avançados em jogo, Conceição teimou em manter 3 de fora.

Lopetegui responde mal. A equipa estava colectivamente bem, a apertar o Braga e o curso do jogo fazia crer que Fabiano continuaria a olhar para as pedras do Estádio enquanto o Braga ia sendo empurrado para cada vez mais perto de Matheus.

Lopetegui pensou que compensava perder o controle se com isso ganhassemos uma pitada de criatividade.

Eu não penso assim. Se pensasse quem iria para ali era Quintero e não Brahimi.

Quintero é melhor 10 que Brahimi especialmente se estivermos no minuto 60 de jogo.

Perde menos bolas e é mais maestro do que interprete a solo.

A partir desse momento o jogo fica estranho e salpicado por uma série de acontecimentos em que se destaca a lesão do melhor jogador do Porto e do campeonato.

Quaresma não consegue entrar bem no jogo mas o Braga não consegue aproveitar a abébia do Porto que dá uma ligeira folga ao nó que lhes apertava o pescoço.

O jogo sai do último terço do meio-campo do Braga mas não entra no nosso.

Até que numa reposição de bola de Matheus, Alex Sandro ganha o lance áereo e Tello imediatamente liga o chip baliza que tem no cerebro. Na recepção, no passe a Aboubakar e na aceleração.

Aboubakar responde mobilizando Aderlan e soltando o passe na hora certa para que o Bolt Tello ajeitasse o corpo à batedor de raguebi para se enquadrar com a baliza e finalizar com suavidade e classe.

Conceição é mais rápido a responder ao 0-1 e planta Pardo em cima do amarelado Alex Sandro. Lopetegui vacila uns minutos mas é obrigado a dar mais um médio à equipa para que o previsivel caudal ofensivo bracarense não deitasse por terra aquilo que os Dragões que se teimam a levantar tinham conquistado.

Como Rúben Neves tem um perfil diferente do de Herrera, Oliver ou Evandro naqueles últimos momentos acontece à dupla Neves/Casemiro o que tinha acontecido à dupla Tiba/Danilo.

O Porto é encostado atrás mas a linha defensiva responde bem às ténues tentativas dos 9 arsenalistas e do Joaquin Cortés que procurou fazer um espectáculo de bailado nos minutos finais.

Esta vitória saiu-nos das entranhas.

O mês de Março vai-nos dizer se conseguimos sobreviver à queda do nosso melhor Dragão.
So far so good!
 

Análises Individuais:

Fabiano – Uma equipa que está encostada às cordas e não pode sequer empatar jogos com equipas com o poderio do Braga não se pode dar ao luxo de ter um redes que tem saídas extemporâneas daquelas.
Uns 10 cm ao lado e o título seria visto por um canudo devido à encarnação de Krajl em Fabiano.

Danilo – Um jogo certinho. Duro Q.B na pressão, deu profundidade Q.B pela ala e soube defender com a limitação do amarelo da 1ª parte.
É um orgulho vê-lo com a braçadeira.

Alex Sandro – Mais em jogo que Danilo. Com mais trabalho defensivo e com mais responsabilidades no transporte e no desenvolvimento do jogo ofensivo.
Só é possível jogar e amarrar os jogos como o Porto  faz com laterais como estes. São médios, são alas, são defesas. São tudo.

Maicon – Foi o mestre a interromper as transições mais perigosas do Braga na 1ª parte. Está a subir de rendimento de jogo para jogo roçando o nivel do inicio da época quando parecia que era ele que protegia Indi.

Marcano – Perfeito. É o mais calmo, o mais reservado e o mais seguro mas isso conta pouco quando a bola vai no ar. É o 1.º a atacar a bola, o espaço, o adversário. Na disputa desses lances temos o vigor de Fernando Couto na cabeça de Aloisio.
Depois do golo de Tello foi o lider da defesa e o chefe que agarrou a equipa e ajudou Alex Sandro.

Casemiro –  Foi o MVP daquela primeira meia hora enquanto o Porto não acertava agulhas com carrinhos e cortes providenciais.
A sua importância relativa foi diminuindo à medida que a equipa foi crescendo. Esse é o espirito de um 6. Estar lá quando é preciso, saber apagar-se estando lá quando não é tão preciso e ressurgir quando é obrigatório.
Casemiro foi isso na pedreira. Responsável e intransponivel. 

Evandro – O primeiro passe que Evandro falha é aos 55 minutos e na meia-lua adversária. É o melhor a tirar a bola da zona de pressão. É rápido a perceber o que tem que fazer e a 1ª opção é sempre a entrega da bola redondinha a um parceiro livre.
Nesse aspecto tem caracteristicas similares às de Rúben Neves e Oliver.
Quando não há parceiro livre Evandro vai à sua mochila de Sport Billy e arranca com bola de forma vertical (à Herrera) dando origem a livres ou oportunidades de golo (como a do Tello no final da 2ª parte).
Quando o jogo parece que está morto a sua cabeça está bem viva. Baiano ajoelhado a pedir desculpa a Brahimi, metade da equipa do Porto a espreguiçar-se à espera que o jogo retomasse e a equipa toda do Braga com vontade que a 2ª parte ainda não tivesse começado.
Na cabeça de Evandro o jogo não para. Corre Alex.
Isto não é falta de fairplay como acusou Sérgio Conceição. É foco. É a mentalidade de um jogador que nunca hiberna e percebe que em cada segundo há uma oportunidade.
Eu tinha saudades de ver um cheirinho de Lucho na equipa.
Precisa que percebam a importância que tem. Precisa de se achar mais para que jogos como o que ele fez contra o Braga tenham o reconhecimento devido.
Foi mal substituído. Titular de caras na 3ª feira.

Herrera – O acertar de agulhas de que falei na crónica passa muito por Herrera. Quando o mexicano percebe que terrenos deve pisar, quem pressionar e entende o cariz do jogo o Porto instala-se e começa a apertar o nó.
Este perfil selvagem de Herrera precisa de companhia responsável ao lado que lhe dê o tempo que ele precisa para se adaptar ao jogo.
O melhor Herrera foi o do melhor período do Porto (entre os 30-60 minutos). Fica por perceber quem é que puxa por quem.

Brahimi – Um inicio de jogo ao nível do pior Brahimi que vimos. Perdas de bola em zonas perigosas e fintas inconsequentes.
Quando Lopetegui dá Alex e Evandro a Brahimi o argelino pega na equipa e começa a criar perigo mais para o adversário do que para o Porto.
O melhor Brahimi também coincidiu com o melhor período do Porto. Neste caso não tenho dúvidas que o argelino puxa pela equipa, sobe-lhe 2 ou 3 niveis e faz com que a habitualmente inofensiva construção ofensiva se torne potencialmente perigosa.
Eu tinha saudades desse Brahimi. Não precisa de fazer slaloms à Messi. Basta que cumpra o papel de 4.º médio, que seja um foco de perigo que obriga a que 2 ou 3 defesas se juntem à sua volta.
No meio? Não, obrigado. Ele é pior ali, há jogadores melhores que ele ali e quem for fazer o seu papel na ala é pior do que ele. A equipa fica pior.

Tello – Se Tello se lesionar amanhã por 4 meses e o Porto for campeão todas as resenhas que se façam em Junho devem colocar o espanhol como um dos obreiros do título.
Bessa, Dragão, Braga. Se estamos na luta depois deste ciclo infernal a ele o devemos.
Tem sido letal na cara do redes. A jogar assim valeria 50 milhões porque só lá para os 30´s é que vai perder esta aceleração que mata qualquer defesa que não jogue montado numa mota.
A forma como ele se posicionou para bater Matheus foi à Johnny Wilkinson. Espectáculo!

Jackson – Que desgraça, Meu Deus! O pior que nos podia acontecer. Quando Jackson caiu no terreno todo o mundo portista sentiu uma tristeza superior à do golo do Basileia por exemplo.
Vai ser muito dificil que a equipa sobreviva à forma como Jackson joga. Aboubakar é bom mas é muito diferente e não é certo que a equipa perceba e saiba conviver com essa diferença.
Não podemos jogar da mesma forma. Isso é certo.


Quaresma – Entrou mal no jogo. Perdeu-se em alguns individualismos desnecessários mas fico sem perceber se o menor rendimento de Quaresma face aos últimos jogos se deve apenas a ele ou ao facto de ter sido enquadrado num esquema menos propicio (meio-campo partido) ao seu potencial.

Aboubakar – Fundamental nesta vitória. Foi de tal forma perfeito no lance do golo que nem Jackson faria melhor.
No resto da partida tem pormenores que mostram que há ali diamante e movimentações sem bola capazes de levantar os cabelos a um treinador dos juniores.
Aquele lance em que Tello dispara verticalmente em direcção à baliza e Aboubakar responde lá na frente disparando, à defesa central, em direcção a Tello é assustador.

Rúben Neves – Não há jogo em que o portismo não implore pela sua entrada. E o que é engraçado perceber é que não é por portismo que o portismo o pede. São as suas qualidades futebolisticas que a equipa precisa a gritos no decorrer das partidas.
Nessa altura eu não penso na nacionalidade, na idade ou na formação. Quero aquele n.º 36 lá dentro.

 
Ficha de jogo

SC Braga - FC Porto, 0-1
Primeira Liga, 24ª jornada
Sexta-feira, 6 Março 2015 - 20:30
Estádio: Municipal de Braga

Árbitro: Jorge Sousa (Porto).
Assistentes: Álvaro Mesquita e Bruno Trindade.
4º Árbitro: Manuel Oliveira.

SC Braga: Matheus, Baiano, Aderlan Santos, André Pinto, Tiago Gomes, Danilo, Pedro Tiba, Rúben Micael, Pedro Santos, Zé Luís, Rafa.
Suplentes: Kritciuk, Sasso, Salvador Agra (67' Rafa), Éder (59' Zé Luís), Alan, Mauro, Pardo (75' Pedro Santos).
Treinador: Sérgio Conceição.

FC Porto: Fabiano, Danilo, Maicon, Marcano, Alex Sandro, Casemiro, Herrera, Evandro, Tello, Jackson Martínez, Brahimi.
Suplentes: Helton, Martins Indi, Quaresma (61' Evandro), Quintero, Hernâni, Rúben Neves (78' Brahimi), Aboubakar (65' Jackson Martínez).
Treinador: Julen Lopetegui.

Ao intervalo: 0-0.
Marcadores: Tello (73').
Disciplina: cartão amarelo a Danilo (38'), Rúben Micael (60'), Alex Sandro (61'), Fabiano (89'), Danilo (90+4').


Por: Walter Casagrande
 

sábado, 7 de março de 2015

Poema da Auto-Estrada II

#benfica #Joker #FC Porto



E pois em nova arrancada
Pôs-se Tello na Pedreira
Qu’é um estádio de primeira
Cuja estrada está fechada!?

E para lá ter passado
Tev’o Tello qu’assapar!
Qu’ela não queria entrar
Nesse jogo atropelado!!

Mas por força da tracção
Nessa moto equipada
Foi a estrada, contornada
Num arranque e torção…

Estava o caminho já limpo
Desses pinos d’encarnado
Que barravam o traçado
Nessa estrada, em labirinto!

E o Tello não rogado
Lá passou bem junt’a Braga
Para mais uma jornada
Qu’o levará a outro lado…

E ainda qu’a polícia
Esteja em estado d’alerta
Essa via foi aberta!
É o título da notícia!!

E até nos ecos d’Espanha
Já se escuta o aviso!!
Qu’o Tello rasg’o piso
Nas estradas de montanha!!

É qu’a polícia atenta
Já anda à caça da multa!!
E s’o Tello catapulta…
Já lhe caçam a licença!!

Qu’à entrada de Lisboa
Já se monta a barreira!!
Pois é grand’a ribanceira
E se por lá a moto, voa?



Vai o Tello n’auto-estrada
No picanço ao papagaio…
O qu’ele grasna até Maio:
“Esta moto foi roubada!!”

 Por: Joker

sexta-feira, 6 de março de 2015

Evangelizar os arcebispos!



A caminhada continua e depois de um clássico, mais um jogo extremamente exigente para o FC Porto, que defronta nesta sexta-feira o Sp. Braga, formação que ocupa a quarta posição e que tem como objectivo atingir o terceiro lugar, de forma a disputar o playoff da Liga dos Campeões. 

Tal como o FC Porto, o Sp. Braga atravessa um excelente período, quer a nível de resultados como também em termos de exibições propriamente ditas, registando de momento cinco vitórias consecutivas na Liga, a última das quais frente ao Rio Ave por 2-0 (golos apontados por Zé Luís e Salvador Agra), permitindo com isto estar apenas a um ponto do actual terceiro classificado. Atendendo ao que o conjunto bracarense vem fazendo nesta segunda volta, o técnico Sérgio Conceição não deverá mexer na estrutura da equipa, não abdicando do seu 4-2-3-1, destacando-se a nível ofensivo sobretudo no momento defesa-ataque, onde conta com atletas que apresentam excelente mobilidade e competências nesse momento do jogo, sem esquecer a excelente organização defensiva.

No quarteto defensivo, o brasileiro Aderlan Santos surge como indiscutível no centro da defesa, surgindo ao seu lado o André Pinto, ele que durante a pré-época chegou a ser fortemente equacionada a sua dispensa. Nos corredores laterais, Baiano e Djavan – é certo que o Tiago Gomes foi opção inicial no último encontro, mas acreditamos no regresso do brasileiro às escolhas iniciais – serão os eleitos, eles que possuem características algo semelhantes, isto é, são dois jogadores que gostam de progredir pelo terreno, revelando algumas dificuldades no processo defensivo, se bem que devidamente apoiados nesse momento, garantem igualmente competência. Entre os postes, o brasileiro Matheus é dono e senhor das redes.

O meio-campo não apresentará propriamente novidades, sendo composto pelo Danilo (saiu tocado no jogo com o Rio Ave mas é recuperável), Pedro Tiba e Rúben Micael. Numa fase de organização defensiva será normal vermos o baixar de Tiba juntando ao jovem médio brasileiro, contudo, no momento de construção ofensiva, o ex-Vitória de Setúbal irá servir como médio de transição, conduzindo a bola até zonas mais adiantadas, juntando-se de forma clara ao médio ofensivo (Rúben Micael) para desta feita tentar criar o maior número de desequilíbrios no seu meio-campo ofensivo e o normal será nos últimos 25/30 metros apresentarem seis/sete elementos, funcionando claro está como equilíbrio o Danilo.

No sector ofensivo, Sérgio Conceição numa fase inicial vinha implementado alguma rotatividade, mas ultimamente a aposta vai recaindo no trio formado pelo Rafa, Pedro Santos e Zé Luís. O jovem Rafa surge sobre a esquerda, aparecendo no lado direito o canhoto Pedro Santos, que aproveitou a lesão do colombiano Pardo – regressou às convocatórias da equipa principal na ronda anterior em Vila do Conde – para se afirmar no onze, registando boas exibições. Com isto, o Braga procura nos seus corredores laterais uma dinâmica que lhe permite explorar constantemente diagonais para a zona central, de forma a proporcionar desequilíbrios. 
Como elemento mais adiantado vai surgir o cabo-verdiano Zé Luís, ele que tal como o central André Pinto “fintou” a dispensa durante a pré-temporada e tem estado em excelente plano ao longo da época, só interrompendo essa performance quando esteve três meses ausente devido a lesão, relegando nesta altura o internacional português Éder para o banco de suplentes.

Nos dragões, a ordem é para continuar essa senda de triunfos, de forma a acalentar esperanças no que ao título diz respeito. Comparativamente ao onze que iniciou a partida frente ao Sporting não é expectável a existência de mudanças, exceptuando numa das alas, uma vez que Quaresma poderá substituir numa fase inicial o argelino Brahimi, jogador que não atravessa particularmente um bom momento, mas atendendo à sua capacidade técnica e criatividade que coloca no seu jogo, pode a qualquer momento resolver uma partida.
O espanhol Óliver continua a recuperar da lesão no ombro e assim sendo, o brasileiro Evandro continuará no meio-campo, isto depois de ter estado em bom plano na última jornada.

FC Porto e Sp. Braga já se defrontaram para o campeonato esta temporada, onde na altura num jogo realizado no Estádio do Dragão os comandados de Julen Lopetegui levaram a melhor, vencendo o conjunto bracarense por 2-1, com Martins Indi e Quintero a serem os autores dos golos da turma azul e branca, cabendo ao jovem Zé Luís o golo do Sp. Braga. 

Por: Dragão Orgulhoso

quinta-feira, 5 de março de 2015

Poema da auto-estrada

#Joker #FCPorto #Tello

 
Nada o iria parar…
Ao espanhol na sua moto!
Er’o Tello, pela foto
Recolhida no radar!!

Ia de cabelos ao vento
O espanhol, n’auto-estrada
Qu’ele veloz, ela parada
Se perdia a vez do tempo…

E os polícias de serviço
(não os amigos do Inspector)
Avançaram ao infractor…
Pr’a registar o seu sumiço!

Er’o Jonathan e o Tobias
Que galgavam já a estrada!
Qu’eles lentos, ela parada
Era um ver-se-te-avias!!?

E a viagem tomou léguas
Na singela perseguição
C’os polícias, o “ladrão”
A rodar sem grandes tréguas…

Em arranques, em gincanas
Lá entraram na cidade…
Qu’aos polícias, a velocidade
Já os deixara de pantanas…

E entrado n’Alameda
Sem os polícias de serviço
O espanhol deu ao Patrício
Três fogachos de labareda!!

Já chegados ao destino
Nessa praça do Dragão
Deram assim voz de prisão!?
C’o espanhol fazia o pino!!

E em novo arranque partiu
O espanhol sem se quedar
Nessa moto, a qu’o radar
Pensa um dia qu’o lá viu….

Pois a foto desfocada
Nunca provou o delito!!
(Er’o Tello, estava escrito…
Nessa prova acelerada!!)

Com’um rasgão na paisagem
Corta essa moto, afiada
Em plena auto-estrada…
Pronta pr’a nova viagem!

É um saltinh’a Braga
Como seguinte trajecto
E Lisboa estará (mais) perto
Pois é tud’a mesma estrada!…
Por: Joker

quarta-feira, 4 de março de 2015

Nobre ca(u)sa

#Joker #Sporting #Cristovão #FCPorto

Só há uma lógica
Pr’a esta inversão
De polícia a ladrão
Medeia a cobiça!!

Ter-se um Visconde
A roubar a eito?
Um polícia eleito
Num clube qu’o esconde?

Por delito comum
Tem-se já detido?
O outrora investido
Noutro trinta-e-um?

Colarinho branco
É crime com status!
Deste rezam factos
Que não valem tanto…

Era informador
De outros polícias
E dessas “notícias”
Vivi’o “Inspector”!

Pois que lá munidos
De outros “mandatos”
Elaboravam “autos”
Já absolvidos!!

Mexiam c’a prova
Como uma brigada
Que por estar armada
Roubava na folga!!

Gente da “justiça”
E de nobre cepa
Que d’obsoleta
Clama da denúncia…

Que do peculato
Até ao sequestro
Tem-se por honesto
Só por ser lagarto!

Se fosse do Porto
O nosso “inspector”
Como corruptor…
Não se tinha solto!!

Mas n’associação
Tem-se o “Mustafa”
Do melhor que há
Pr’a “informação”!

Eram ricas casas
De nobres pessoas
Quase todas boas
Pr’a ficarem rasas…

Qu’o ser polícia
E mesmo inspetor
Só lhes dá labor
Pr’a montar milícia!

E do candidato
A ser presidente
Tem-se por coerente
A cumprir mandato!

Mesmo no xadrez
Qu’o clube é eclético
E vencer com mérito
Só de quando em vez!

Por: Joker

segunda-feira, 2 de março de 2015

Presunção

#Joker #benfica


Não há culpa sem presunção
Qu’os factos descortinam…
E s’isso alguns afirmam
A prova sai por confissão!!

Porqu’o culpado se sente
Visado pelo genérico
E d’abstração, o hipotético
Ger’a certeza ausente!

Qu’a desculpa s’esvai
Na boca do culpado
Que não visado!?
Já se descai…

Pois que lançada
A pública suspeita…
A verdade espreita
Por tão desbocada!!

Queri’o confesso
Dizer-se inocente!?
E nisso já mente
Pois não há processo!!

E quem se desculpa
Do que não pratica
Para si, reivindica
A matéria da culpa!!

Como se na multidão
Onde se lanç’o aviso
Viesse d’improviso
O culpado dizer não!!

Sobressair da turba
O próprio ladrão!!
Dizendo que não!?
Não roubou a verba!!

Quem falou em verba?
Diz a inquirição..
E nova negação
A culpa exacerba!!

Tem-se muito esperto
O ladrão da vila
E se disto refila…
Sente-se encoberto!!

É qu’a confissão
Não vale a pena!!
C’a culpa é pequena
E há outro…ladrão!

É em concomitância
Qu’a culpa é formada
Jornada após jornada
Em franca alternância…

Rouba-s’à vez
Um ladrão e outro!
C’o crime está morto
No futebol português!

Desde qu’o processo
Se arquivou na escuta!
Não há árbitro ou puta
Que se tenha confesso!

“Tempos dourados”
Que não voltam mais…
“Todos são iguais”
Mesmo desbocados!!?

Por: Joker

FC Porto 3 - 0 Sporting - Muita qualidade


Era (mais) um jogo decisivo. Como serão todos até ao final. As circunstâncias assim o obrigam. Cada teste que surge está a ser superado.

O de ontem não era fácil. Não é uma equipa candidata ao título a que visitou o Dragão. Mas é uma equipa que ainda não tinha perdido nos 4 jogos que fizeram com o top-4 do campeonato. Contavam duas vitórias e 2 empates.

O Dragão encheu. Os adeptos acreditam e ontem mostraram-no. Sabem das dificuldades e contra o quê e contra quem lutamos. Mas a vontade de ganhar é cada vez maior. O Dragão é sempre um estádio lindo. Quando está repleto mais ainda.

Não houve grandes surpresas no onze de Lopetegui. Evandro, na ausência de Oliver é o substituto natural. O jogador com o perfil mais aproximado do menino que tem encantado. Podemos jogar como sempre jogamos.

Há sempre a dúvida dos extremos. Quem entrará de inicio? Também aqui Lopetegui acertou em cheio na escolha. Um hábito. No Bessa Hernâni e Quaresma. Ambos mostraram que foi uma escolha acertada. Ontem quem acompanharia Brahimi? Tello obviamente...

Todas as galas têm o seu ritmo próprio. Muitas vezes o início é o mais dificil.

Ontem era noite de gala e aconteceu o mesmo. Os primeiros minutos foram os mais complicados.

Talvez complicado não seja o adjectivo adequado. Porque o adversário nunca foi complicado. Mérito nosso. Foram sim os mais equilibrados. Nunca deixamos de estar com o jogo controlado. Mas ainda havia aquele nervoso miudinho que nos levou a falhar alguns passes. No inicio das jogadas pode ser perigoso. Maicon fez um assim, Marcano e Alex Sandro igual.

Calma! Não há porque haver nervosismo. Somos melhores, preparámo-nos melhor e queremos mais vencer.

Paulatinamente o nervosismo inicial foi passando.

O Porto começava a jogar onde queria, no meio campo ofensivo. Não surgiu uma placa de aluga-se ou vende-se no nosso meio campo. Se surgisse também ninguém notaria...

Herrera deu o primeiro aviso. Se entrasse era um golaço.

Já falamos aqui em galas. Esta semana aconteceu a gala dos Óscares. Tello e Jackson devem ser apreciadores da 7ª arte e resolveram homenagear movimentos do cinema.

Jackson dá numa mistura de Bruce Lee e da Academia de ballet Bolshoi. Tudo perfeito. Dominio de peito e, sempre equilibrado calcanhar elevado para Tello que ficou isolado. "Run Tello, run". O espanhol correu tanto como a personagem de Tom Hanks. As semelhanças ficam por aí. O nosso jogador não precisa que o mandem parar e largar a bola. Ele sabe quando e como o fazer. Correu à Speddy Gonzalez e soube ser mortífero como um sniper.

Golo!

Até ao intervalo mais do mesmo. Porto por cima e leão a parecer um gatinho inofensivo e tímido.

Recomeça o jogo e a nossa equipa melhor ainda. Pressão alta com o adversário a perder a bola logo na primeira fase de construção com os defesas. Jogo a toda a largura e a fazer movimentar o adversário. Muita posse mas sem descurar a profundidade.

Tello estava endiabrado e logo no recomeço assiste Jackson em zona frontal da área. Grande oportunidade. Jackson ainda rematou mas um defesa cortou para canto.

Jackson agradeceu o passe da melhor forma. Tello deixou-o isolado, Jackson ia deixar o nosso extremo isolado pela segunda vez. Bola nas costas de novo e Tello arranca de novo a toda a velocidade. Deve haver gente que foi multada que ia mais devagar...

Take 2 desta luta particular Tello / Rui Patricio. Novamente o nosso jogador saiu vitorioso. Golo!

Pelo que se via no relvado apenas uma dúvida resistia. Quantos seriam?

Lopetegui não baixa a guarda nem deixa que os jogadores o façam. sai Brahimi em noite desinspirada e entra Quaresma. Cédric, já amarelado, pensa que terá o nosso treinador contra ele. Nada, respondo eu. Apenas quer vencer e tu podias ser um dos elos mais fracos... Só não terminou em adeus porque o árbitro não quis...

Não foi só em termos ofensivos que o nosso técnico estava atento. Evandro, grande exibição mas a começar a mostrar um ou outro sinal de fadiga saiu. Entra Ruben Neves. Manter a consistência defensiva também era fundamental.

Já perto do final a cereja em cima do bolo. Herrera lança Tello para mais um sprint. Exactamente o mesmo estilo de jogada. Bola nas costas da defensiva contrária entre o defesa e o lateral para a entrada de Tello.

Take 3 da disputa particular entre Tello e Rui Patricio. 3ª vez que Tello batia o guardião contrário. KO.

Referimos que os 3 golos surgem de forma similar. Uma palavra para Bruno de Carvalho. Foi importante no jogo de ontem. O presidente que na época passada disse que os adversários tinham de dar mais luta. Obrigado pelo aviso. O presidente que quando lhe falaram de reforçar o sector defensivo da sua equipa falou em Tobias (e foi buscar Everton que não jogava há meses). Obrigado pelo Tobias. O presidente que no inicio da semana castigou Jefferson. Obrigado pelo Jonathan. Um visionário este homem.

Segue-se nova dura batalha. Sexta-feira um jogo muito complicado em Braga. Temos de continuar a vencer.

Análise individual:

Fabiano: Noite muito tranquila. Não efectuou uma defesa. Não teve de o fazer. Cruzamentos para a sua área também quase não aconteceram. Apenas podemos falar da forma como saiu a jogar. Preferencialmente curto como queremos. Se não dá, pontapé longo. É mais fácil dizer que avaliar correctamente. Fabiano esteve sempre correcto.

Danilo: Diz-se que estava limitado. Acredito. Mas acrescento que mesmo limitado fisicamente é de uma segurança extrema. Nani não se viu, Capel igual. Um luxo este lateral. Sem estar a 100% mete no bolso o jogador adversário mais perigoso. Voltou a sair tocado, agora com uma contusão na coxa.

Maicon: Falhou um passe no inicio. Esta é toda a critica que Maicon tem. Elogios são bastantes mais. Cortes in-extremis de categoria e com atenção. Pelo ar imbativel, mesmo com Slimani. Nada passou. Tem a confiança do técnico e a jogar assim terá sempre.

Marcano: Forma uma boa dupla com Maicon. Jogadores diferentes que se complementam bem. Tal como o companheiro de sector falhou um passe no inicio. Tal como o companheiro secou todo e qualquer perigo depois disso. Quase marcava de cabeça no final do jogo.

Alex Sandro: Fez uma das suas melhores exibições esta época. Também errou o seu passe. Mas esteve seguro defensivamente, nunca deixando Carrillo embalar nem receber a bola em condições. Nunca descurou o ataque e quer Brahimi quer Quaresma foram sempre bem apoiados. Parece estar a subir de forma e essa é uma excelente notícia.

Casemiro: Tem melhorado muito. Ontem foi um verdadeiro muro. Sempre bem posicionado, sempre a saber quando ir à bola e quando ficar. Quando vai à bola é para a ganhar. Foi inteligente até nas faltas que fez. Um exemplo disso é uma falta na 1ª parte a travar um raro contra-ataque. Se não a fizesse era uma jogada perigosa. Assim tudo tranquilo.

Herrera: Termina os jogos esgotado. Só isso é motivo de elogios. Um jogador profissional que dá sempre tudo. Antigamente chamava-se a isto um jogador com raça, um jogador à Porto. O mexicano é mais do que isso. Pressionou muito e bem. Recuperou bolas. Teve bons pormenores técnicos, até toques de calcanhar a iludir adversários. Esteve bem a distribuir jogo, procurando sempre dar a largura que queremos. Terminou com mais uma assistência para golo. Fundamental.

Evandro: Uma das maiores ovações da noite foi para ele. Justa diga-se. Formou uma boa dupla com Herrera, nunca deixou o meio campo do Sporting jogar. Foram inúmeras as bolas que Adrien, William carvalho e restantes jogadores recuados perderam. Não foi por acaso. Mesmo no período mais equilibrado da partida esteve bem. Tranquilidade e segurança com bola. Uma boa opção para os futuros embates.

Tello: marcar 3 golos num clássico não é para todos. Tello conseguiu por uma mistura de factores. Porque tem uma velocidade estonteante. Porque é muito bom neste estilo de movimentos e sabe quase sempre arrancar na altura certa. Porque ontem foi certeiro na finalização. Este último critério nem sempre se tem visto. Pessoalmente acho que mais por ansiedade que falta de qualidade.

Ontem Tello foi o finalizador mas não apenas isso. Foi um municiador de ataques. Deu um golo feito a Jackson por exemplo. Cruzou mais que qualquer outro.

Está ambientado à equipa e tem sido fundamental ultimamente. No bessa desbloqueou o jogo com 2 passes para golo. Ontem marcou todos.

Brahimi: Do mago argelino pode esperar-se sempre qualquer coisa. Pode estar apagado e num minuto resolve. Já aconteceu no passado. Ontem não foi o caso. Um par de fintas, um remate fraco e pouca objectividade com bola.

Parece em défice fisico quando comparado com os colegas.

Jackson: Já muitas vezes foi dito mas nunca é demais afirmá-lo. É um craque! O mesmo calcanhar que já serviu para marcar a Patricio, ontem assistiu Tello. Ele marca regularmente (ontem falhou), ele assisté, ele dá jogo aos companheiros, ele pressiona, ele está sempre presente. para ser uma exibição perfeita apenas faltou o golo. Em tudo o resto nota máxima.

A forma como domina uma bola deveria ser caso de estudo dos jovens aspirantes a avançados. Bola que lhe chegue tem sequência.


Quaresma: Tem feito bons jogos o nosso cigano. Ontem foi mais um desses. Entrou e deu profundidade à equipa. Foi no 1*1 quando a situação o pedia, passou quando era a melhor opção. Este Quaresma de ultimamente é o melhor Quaresma que temos oportunidade de ter. É mais importante para a equipa que alguma vez foi. Simplesmente porque o talento está ao serviço da equipa.

Ruben Neves: Entrou para o lugar de Evandro. Tem caracteristicas diferentes, logo o meio campo foi diferente. Joga mais próximo de Casemiro e dá sempre segurança. Tem detalhes deliciosos. Dois ficaram-me na retina. Uma bola no adversário e Ruben sempre à espreita. Na altura certa, carrinho a desarmar. Se tiverem oportunidade revejam o lance com os olhos nele. Segurou, aguentou e no momento certo desarmou. Outra com bola. Pressionado e simulação de corpo. Resultado: caminho livre para dar sequência à jogada.

Indi: Voltou ao relvado. Voltou para um lugar e função diferente, lateral direito. O jogo estava ganho mas Indi entrou como se estivesse 0 - 0. Concentrado, sem dar hipóteses aos extremos e ainda tentou apoiar o ataque.


Ficha de jogo:

FC Porto-sporting, 3-0
Primeira Liga, 23ª jornada
Domingo, 1 Março 2015 - 19:15
Estádio: Dragão, Porto
Assistência: 43.111 espectadores


Árbitro: Artur Soares Dias (Porto).
Assistentes: Bertino Miranda e Rui Licínio.
Quarto Árbitro: Luís Ferreira.

FC Porto: Fabiano, Danilo, Maicon, Marcano, Alex Sandro, Casemiro, Herrera, Evandro, Tello, Jackson Martínez, Brahimi. 
Suplentes: Helton, Martins Indi (84' Danilo), Rúben Neves (71' Evandro), Quintero, Quaresma (58' Brahimi), Hernâni, Gonçalo Paciência.
Treinador: Julen Lopetegui.

Sporting: Rui Patrício, Cédric, Paulo Oliveira, Tobias Figueiredo, Jonathan Silva, William Carvalho, Adrien Silva, João Mário, Carrillo, Montero, Nani.
Suplentes: Marcelo Boeck, André Martins (80' Carrillo), Slimani (61' Montero), Diego Capel (60' Adrien Silva), Miguel Lopes, Tanaka, Rosell.
Treinador: Marco Silva.

Ao intervalo: 1-0.
Marcadores: Tello (31', 58' e 83').
Disciplina: cartão amarelo a Jonathan Silva (54'), Danilo (62'), Nani (62'), Cédric (65'), Alex Sandro (90').




Por: Paulinho Santos










 


domingo, 1 de março de 2015

FC PORTO B-BEIRA-MAR, 3-2

O Porto B recebeu e venceu, na tarde deste Domingo, o Beira Mar por 3-2.

Registo para as inúmeras ausências na equipa de Luis Castro, desde logo David Bruno, Pavlovski e Pité por castigo e Gonçalo Paciência convocado para a equipa principal. Também a registar a chamada de 3 juniores para esta partida: o médio Clever e os avançados Ruben Macedo (já habitual) e Tony Djim.

O onze registou assim várias alterações com destaque para a entrada de Diego Reys para o centro da defesa, Tomás e Francisco para o meio campo e Roniel para o ataque.

A equipa portista entrou muito bem no jogo e marcou logo aos 3 minutos. Depois de um belo cruzamento de Rafa, a bola sobra para Roniel que não perdoa. 1-0 para o Porto B.

As oportunidades sucediam-se e aos 10 minutos de jogo o Porto já tinha desperdiçado quatro ocasiões claras de golo, por André Silva, Lichnovsky e Roniel.

O meio campo do Porto, formado pelo trinco Tomás, com Francisco e Leandro à frente, controlava as operações e não deixava o Beira Mar criar perigo. Leandro esteve particularmente activo e fez mais uma excelente exibição.

No ataque, André Silva recuava no terreno e funcionava quase como um médio criativo, enquanto Roniel e Fred disparavam como setas nas alas.

Muito importante foi também o apoio dado pelo lateral Rafa, que desbravou caminho pelo lado esquerdo e esteve em quase todas as jogadas de perigo na 1ª parte.

Não foi assim uma surpresa o 2-0. Mais uma vez Rafa a cruzar de forma perfeita para a cabeça de Lichnovsky, na cobrança de um livre.

O jogo parecia destinado a uma goleada, mas não foi isso que aconteceu. Na primeira vez que chega à baliza de Gudino o Beira Mar marca, num lance onde Victor Garcia e os centrais perecem demasiado passivos. 2-1.

Este golo muda o rumo da partida, o Porto retrai-se e adormece, o Beira Mar cresce e começa a ter o ascendente na partida.

Na segunda parte, a partida é mais equilibrada e disputada a meio campo. Menos oportunidades de golo e mais luta.

O Porto acaba por chegar ao terceiro golo numa jogada individual de Fred pela direita, mas logo de seguida Billal empata na sequência de um livre muito bem marcado.

Até final, é o Beira Mar que assume o controlo da posse de bola e que está mais perto do golo, apesar de o perigo criado ser relativo.

O Porto B acaba assim por conseguir os 3 pontos, numa vitória justa.


Análise individual:


Gudino: Ficam dúvidas se não podia ter feito mais no 1º golo sofrido.

Victor Garcia: Algumas dificuldades defensivas, muitas vezes criadas pela circunstância de o lateral ter compensado ausências dos centrais.

Lichnovsky: Melhor a atacar do que a defender, o que não é um bom elogio para um central. Marca o 2º golo da equipa, mas a sua dupla com Reys não funcionou.

Reys: Nunca se entendeu bem com Lichnovsky. Os avançados do Beira Mar surgiram muitas vezes no espaço entre os 2.

Rafa: Melhor em campo. Foi o melhor da linha defensiva e ainda apoiou de forma incansável o ataque, com vários cruzamentos venenosos e combinações bem efectuadas.

Tomás: Certinho no seu trabalho defensivo.

Francisco: Algo tímido na primeira parte, melhorou na 2ª quando recuou no terreno.

Leandro: Um dos melhores na 1ª parte. Um verdadeiro box to box.

Fred: Teve espaço, mas pouco aproveitou. Algo trapalhão. Marcou no entanto o terceiro golo numa boa jogada individual.

Roniel: Bom jogo do extremo. Rápido e sempre bem na condução de bola. Marcou o primeiro e esteve em várias jogadas de perigo na 1ª parte.

André Silva: Jogou sempre melhor longe da baliza que perto dela. Falta-lhe aquele faro de golo...

 
Ruben Macedo: Entrou na fase em que a equipa se retraiu.

Graça: Uma entrada entusiasmada que teve momentos positivos, mas também algumas precipitações.

Anderson: Pouco tempo.


FICHA DE JOGO

FC PORTO B-BEIRA-MAR, 3-2

Segunda Liga, 31.ª jornada
1 de Março de 2015
Estádio Luís Filipe Menezes, no Olival

Árbitro: Sérgio Piscarreta (Algarve)
Assistentes: João Ribeiro e Filipe Pereira
Quarto árbitro: Pedro Ribeiro

FC PORTO B: Raul Gudiño; Víctor García, Diego Reyes, Igor Lichnovsky e Rafa; Tomás Podstawski, Leandro Silva (cap.) e Francisco Ramos; Roniel, André Silva e Frédéric
Substituições: Roniel por Ruben Macedo (67m), Leandro Silva por Graça (78m) e Frédéric por Anderson (90+2m)
Não utilizados: Kadú, Diego Carlos, Clever, Anderson e Tony Ddjim
Treinador: Luís Castro

BEIRA-MAR: Rui Rego; Pedro Moreira (cap.), Giordano, Fábio Santos e André Nogueira; Anderson Melo e Edu; Chaparro, Paulinho e Manafra; Edema
Substituições: Pedro Moreira por Bilal (46m), Edema por Nádson (65m) e Manafra por Edivândio (80m)
Não utilizados: Márcio Santos, Vitor Vinha, Kinglsey e Juliano
Treinador: Paulo Alves

Ao intervalo: 2-1
Marcadores: Roniel (3m), Lichnovsky (17m), Edema (33m), Frédéric (69m) e Bilal (77m)
Disciplina: cartão amarelo a Tomás Podstawski (19m), Frédéric (30m), Pedro Moreira (44m), Anderson Melo (72m), Francisco Ramos (82m), Graça (87m), Bilal (88m) e Raul Gudiño (90m)


Por: Prodigio
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