quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Segunda Liga, 14.ª jornada; FC Porto B 1 - 1 Tondela: O Regressado

#SegundaLiga #FCPortoB

O Porto B recebeu, nesta quarta feira, o Tondela, tendo as equipas empatado a uma bola.


O Porto B apresentou um onze com várias novidades. Desde logo, quatro jogadores do plantel principal à procura de rodagem: Reys no centro da defesa, Otávio no meio campo, Kelvin e Ricardo nas alas. Também novidade absoluta foi a estreia do brasileiro Diego Carlos no centro da defesa.

A primeira parte pautou-se pelo equilíbrio, embora com algum ascendente do Porto B. A equipa portista tinha mais posse de bola, conseguia explorar bem as alas e até conseguia chegar perto da área do Tondela, mas falhou quase sempre o último passe ou remate.

Otávio tinha o monopólio do meio campo, aparecendo literalmente em todo o lado e lançando um endiabrado Kelvin para jogadas de recorte técnico impressionante.

No entanto, acabaram por ser raras as ocasiões flagrantes de golo.

Já a acabar o primeiro tempo, surgiu o golo portista. Otávio solta Kelvin pela esquerda que cruza com peso, conta e medida para Ivo, que só tem de encostar. A vantagem ajustava-se.

Na segunda parte, o jogo continuou equilibrado, mas desta feita o ascendente foi mesmo do Tondela que entrou forte e conseguiu transportar o jogo para um patamar muito mais físico.

O Tondela chegou mesmo ao golo do empate, na sequência de um canto, já depois de alguns lances de relativo perigo.

O jogo torna-se cada vez mais partido à medida que se aproxima o seu final. As alterações feitas por Luis Castro trazem mais agressividade ao meio campo portista, mas não são suficientes para conseguir a vitória.

Assim, aceita-se o empate como o resultado mais justo.

 

Análise individual:

Kadu: Na primeira parte tem um erro grave numa saída dos postes, mas no segundo tempo redime-se com 2 grandes intervenções a negar o golo ao Tondela.

David Bruno: Certinho, não teve grande trabalho na defesa e tentou apoiar o ataque.

Diego Carlos: Um erro de avaliação na primeira parte acabou por não manchar uma exibição de bom nível. É um central forte que parece ter margem para crescer.

Reys: Sem grande trabalho. Exibição segura.

Kayembe: Exibição algo apagada sobretudo no aspecto ofensivo, mas sem comprometer.

Tomás: Tentou jogar simples e foi regra geral eficaz.

Francisco: Passou ao lado do jogo numa posição que exige muito mais.
Esteve complicativo e sem a intensidade necessária.

Otávio: Melhor em campo. Na primeira parte foi quase impossível tirar os olhos deste menino. Esteve em todo o lado e fez tudo bem. Mostrou intensidade, visão de jogo, velocidade e capacidade de passe. No segundo tempo caiu ligeiramente de rendimento, sendo ainda assim um dos melhores.

Kelvin: Endiabrado. O lateral direito do Tondela deverá por esta altura precisar de um novo conjunto de rins. Foi exuberante a exibição de Kelvin, embora a definição de alguns lances pudesse ter sido outra.

Ricardo: Um dia para esquecer.

Ivo: Algo apagado, mas a aparecer no momento certo para marcar o único golo da equipa.


André Silva: Depois de um longo afastamento, foi um dos momentos altos o regresso do ponta de lança portista.

Leandro: Deu mais músculo ao meio campo, mas não mais clarividência.

Fred: Não conseguiu ser protagonista


FICHA DE JOGO
FC Porto B-Tondela, 1-1
Segunda Liga, 14.ª jornada
5 de Novembro de 2014
Estádio de Pedroso, em Vila Nova de Gaia

Árbitro: Manuel Oliveira (Porto)
Assistentes: Alexandre Freitas e Bruno Rodrigues
Quarto árbitro: Hélder Lamas

FC PORTO B: Kadú; David Bruno, Diego Reyes, Diego Carlos e Kayembe; Tomás Podstawski (cap.), Francisco Ramos e Otávio; Ricardo, Ivo e Kelvin
Substituições: Francisco Ramos por André Silva (61m), Ivo Rodrigues por Frédéric (71m) e Kayembe por Leandro (71m)
Não utilizados: Caio, Rafa, Leander Siemann e Pité
Treinador: Luís Castro

TONDELA: Cláudio Ramos; Edu Machado, João Pica, Deyvison e Pedro Araújo; Luís Machado (cap.), Bruno Monteiro, Tiago Barros e Nuno Santos; Tozé Marreco e Piojo
Substituições: Tiago Barros por Rúben Saldanha (46m), Luís Machado por Marco Aurélio (56m) e Piojo por Carraça (86m)
Não utilizados: Rui Nereu, Ricardo Rocha, Joel Silva e Rafael Batatinha
Treinador: Quim Machado

Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Ivo Rodrigues (45m) e Deyvison (58m)
Disciplina: cartão amarelo a Otávio (43m), Bruno Monteiro (64m), Ricardo (69m), Edu Machado (73m) e Diego Carlos (90m+1)


Por: Prodígio


Juntos contra tudo e contra todos!

#FCPorto #Adeptos #Slogan #BluePunisher


“Juntos contra tudo e contra todos” foram mais ou menos as palavras proferidas por Julen Lopetegui numa conferência de imprensa que antecedeu o jogo ante o Nacional. Tem de ser com esta mentalidade e espírito de união que devemos encarar o que resta desta época. É evidente que o clube do regime controla a seu belo prazer as arbitragens e organismos desportivos (até políticos!). Ou estamos fortes e unidos e damos tudo em campo até à última gota de suor, ou então o destino deste campeonato está traçado.

E não é um destino que nos agrade, se por acaso o clube do regime conseguisse sagrar-se bicampeão, para além da bazófia habitual que é difícil de “aturar”, teria também consequências do foro psicológico, poderia dar origem ao tal “novo ciclo” que sonham na capital há muito.

Julen Lopetegui foi até mais longe e resolveu dar o “peito às balas”, chamou a si o centro das atenções, e pediu que a assobiar alguém que seja ele o alvo, deixem os jogadores em paz, libertem-nos dessa pressão. Coincidência ou não após esta atitude, o futebol praticado pelo FC Porto embora não se tenha transfigurado do dia para a noite e atingido patamares de perfeição, melhorou e obtivemos uma sequência de importantes vitórias que nos permitiram encurtar a desvantagem para o clube do regime, e colocar-nos a um escasso ponto da liderança. Os assobios continuaram mas se calhar os jogadores sentiram-se mais confiantes e protegidos por este gesto do seu treinador.

Nas competições europeias, nomeadamente na Liga dos Campeões temos em geral correspondido ao esperado e dependemos apenas de nós para passar a fase de grupos. Não fosse o percalço na Taça de Portugal e a época estaria a correr em beleza. Mas o futebol tem destas coisas e destas vicissitudes, não é uma ciência exata e é essa a sua beleza e a razão pela qual alimenta tantas paixões.

Pelo que vamos observando o “andor”, “muleta”, “colinho” marca sempre presença nos jogos do clube do regime, tentando ao máximo minimizar riscos e danos. Bem se vê como eles estão cheios de medo do que este FC Porto 2014/2015 pode fazer mal os nossos jogadores “engrenem” e passe a uma “rotação mais alta”, daí tudo ser feito para evitar que percam pontos, tudo é feito às claras sem qualquer pudor.

O apito dourado comparado com o que se tem visto nos últimos três anos é uma brincadeira de crianças. Como é para benefício e proveito do clube do regime está tudo bem, há verdade desportiva sempre que eles vão à frente! Quando é difícil explicar ”certas arbitragens” eles justificam-se com o “disco riscado” (e descredibilizado) do apito dourado, apontando o dedo em tom inquisidor e moralista a um passado negro do FC Porto que na ótica deles, dá todo o desconto mesmo quando são “um bocadinho beneficiados”.

Mas só um bocadinho nada de exageros! Se não existisse televisão na atualidade e estivéssemos dependentes apenas da “verdade dos fatos” relatados via emissões de rádio, era muito mais fácil levar a cabo o branqueamento que o clube do regime consegue de forma bem estruturada na comunicação social escrita em geral.

Até de certa forma nas televisões esse branqueamento é bem conseguido. Exceto quando aqueles que representam o FC Porto em painéis de comentadores alertam, apontam e denunciam certas situações e ocorrências graves.

Pasmem-se, até os colunistas do jornal O Jogo que analisam os lances polémicos de cada jornada já venderam a alma “ao Diabo”, reparem bem os critérios na escolha dos lances polémicos a analisar e na postura perante os mesmos por parte desses colunistas.

O jornal “O Jogo” era o nosso “último bastião”, não porque fosse um veículo de propaganda e de branqueamento ao serviço do FC Porto (tal como o jornal A Bola o é para o clube do regime), mas porque era o único que era isento e onde o clube do regime não tinha conseguido estender os “seus tentáculos de influência”. Agora até este jornal perdeu a credibilidade e isenção.

Temos um canal de televisão, mas fica a impressão que os dirigentes do FC Porto SAD não têm sabido capitalizar este importante veículo de comunicação, a política editorial do canal é ponderada, e mantém um “low profile” que por vezes nos custa a entender e aceitar, especialmente quando temos sido tão prejudicados e espoliados.

Não me agradaria que o Porto Canal fosse uma réplica do “tóxico” benfica tv ou do anedótico sporting tv (bem à imagem do cómico balofo que dizem ser presidente do clube), no entanto um melhor aproveitamento deste instrumento em prol dos interesses do Clube impõe-se.

Cabe aos senhores da FC Porto SAD pagos a peso de ouro, colocarem a “massa cinzenta” a funcionar e engendrarem um plano, uma estratégia de comunicação de defesa do Clube eficaz, que com racionalidade e objetividade aponte e denuncie o que houver a abordar jornada após jornada.

O FC Porto lançou um slogan curioso e na minha opinião bem conseguido destinado aos “assobiadores profissionais” que tomaram de assalto o Estádio do Dragão: “Enquanto se canta não se assobia”.

Os adeptos do FC Porto têm de perceber de uma vez por todas que não é assim que vão mudar algo e muito menos ajudar a equipa. Na realidade, estão a fazer “o jogo do inimigo”, enervando ainda mais os jogadores do FC Porto que tremem que nem “varas verdes” e acusam em demasia a pressão.

Às vezes a bola parece que “queima os pés” da maioria dos jogadores, sentem-se pouco à vontade sempre que a recebem e a tendência é despachá-la ao colega mais próximo como que para aliviar “o fardo”, a responsabilidade, espantar o medo de falhar.

Tudo estaria bem não fosse a elevada quantidade de passes falhados que colocam em perigo a baliza do FC Porto e infelizmente têm resultado em algumas situações em golos sofridos que poderiam perfeitamente ter sido evitados.

Não sei se haverá alguém que faça um acompanhamento e preparação psicológica dos atletas do futebol sénior do FC Porto, se calhar é algo que está a faltar, pois vemos como os nossos atletas acusam a pressão em demasia e vão-se abaixo com facilidade. Há algo que está a falhar.

Outra situação que acho espantosa é o fato de fiscais de linha e árbitros manifestem simpatia nas redes sociais pelo clube do regime (por exemplo colocando um “like” em páginas do Facebook relacionadas com este clube), após arbitragens extremamente lesivas para as equipas adversárias e ainda tenham a distinta lata de revelar que estão de “consciência tranquila”. Devem estar! E com a conta bancária “mais tranquila” também!

É o cúmulo da falta de vergonha e de bom senso, erram, e exibem-se em redes sociais associando-se ao clube que beneficiam de alguma forma! Isto não deveria dar direito por que gere os “profissionais de arbitragem” a processos disciplinares?

Todos sabemos que eles têm os seus clubes e têm direito a ter os seus clubes de preferência, mas ao assumir as suas preferências em público da forma que alguns fazem em tom de provocação e confronto, ainda têm condições para continuar a arbitrar? Como é que podem ser considerados aptos para arbitrar após incidentes destes? Muita coisa vai mal na arbitragem portuguesa. Naturalmente a causa está identificada, já o apontei no passado, relembro-o no presente: A vontade fanática de ajudar o clube do regime valendo tudo! Algo tem de mudar custe o que custar.

Quem não é ingénuo percebe perfeitamente o que os parágrafos anteriores relativos à temática da arbitragem envolvem e o que está em jogo. Como num futuro próximo é altamente improvável que algo mude realmente no futebol português, uma vez que o clube do regime controla tudo e todos, e não prescindirá desse poder, é dentro de campo que temos de combatê-los sabendo ser mais fortes e mais audazes.

O FC Porto dos tempos áureos de Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa transformava os obstáculos em motivação e energia extra, fazia das dificuldades as “suas aliadas” e trampolins para as grandes conquistas. Não havia medo de jogar fosse em que campo fosse, os atletas pareciam “blocos de gelo”, tinham nervos de aço, não eram impressionáveis nem permeáveis a pressões, ameaças ou tentativas de intimidação. Raramente perdiam as estribeiras e sabiam ser comedidos nos protestos perante equipas de arbitragem. Para além disso tínhamos defesas que pareciam funcionar como “peças de alta relojoaria suíça” constantes, fiáveis, consistentes, sem dar os “brindes e ofertas” que vemos hoje e dia e tantos nos desgostam.

De certa forma teremos de fazer uma “viagem no tempo” e recuperar este ADN do FC Porto, um FC Porto Vintage da melhor colheita que se viu, que jogando ao sol ou à chuva, até sobre “mantos brancos de neve” fez história no futebol mundial, impunha respeito e era respeitado em todos os lados. Acumulou também inúmeros troféus de elevado prestígio, vergou gigantes do futebol mundial, e sempre procurou atingir o patamar seguinte ainda mais elevado, o vício de ganhar era uma constante do Clube, acomodarmo-nos era impossível.

Infelizmente houve um certo “aburguesamento” do FC Porto após a demolição do saudoso e mítico Estádio das Antas, e a “culpa” deve ser repartida, aburguesaram-se os dirigentes, os atletas, os treinadores e até os adeptos.

É necessário ressuscitar este gigantesco FC Porto que anda adormecido, e recriar no Estádio do Dragão a ambiente mágico que existia no saudoso Estádio das Antas.
Lembro-me de um grande Portista (que infelizmente partiu e já não está neste mundo) que me confidenciou ao ver imagens da demolição do Estádio das Antas, sem conseguir conter algumas lágrimas, “Naquele estádio éramos pobres mas felizes e honrados, eramos uma família, ralhávamos com os jogadores e eles davam-nos ouvidos, eles acusavam as derrotas tal como nós adeptos”.

“Hoje em dia”, continuou este indefetível Portista “tudo é fácil, o clube tem muitos milhões para gastar, os jogadores têm todas as condições e mais algumas, perdemos a alma que tínhamos e o pior é que já nem sabemos o significado do que é o FC Porto”.

Os jogadores de hoje em dia não têm a mentalidade, amor, lealdade, dedicação e devoção a um clube como acontecia no passado, pelo que também é mais difícil e complexo formar grupos como FC Porto teve nos anos 80 e 90, a “invasão dos plantéis por legiões de estrangeiros” veio desvirtuar por completo a alma e essência de muitos clubes históricos. Este é um problema vivido à escala do futebol mundial, não é só o nosso Clube que tem de “reinventar-se” perante esta nova realidade.

Os adeptos parecem esquecer-se que não são adeptos do FC Julen Lopetegui mas sim do FC Porto, isto quer dizer que muitos querem que propositadamente o Clube faça maus resultados para ficar provado que o treinador não tinha razão, ou até para ser mandado embora. Antes de mais o que realmente está em causa é o sucesso do FC Porto e não sucessos individuais.

Pouco interessa quem treina o FC Porto, quem joga no FC Porto e quem dirige o FC Porto, pois o objetivo é vencer com quem temos, com as nossas armas, unidos como uma família, sem vacilar, sabendo fazer das nossas fraquezas as nossas forças, não permitindo que fatores externos nos dividam ou destruam o que levou décadas a construir.

Deixo a pergunta no ar, qual é a vossa escolha, assobiar ou cantar? Assobiem e estarão a apoiar os clubes rivais, cantem e estarão a apoiar o FC Porto, a elevar o ânimo aos jogadores, a ajudá-los a vencer. Para quê darmos tiros nos pés, trunfos aos adversários? Vocês gostam de ver os nossos rivais a ganhar? É isso que querem? Coloquem-se na pele dos jogadores lá no relvado o que sentiriam perante uma chuva de assobios?

 Eu não acho que os jogadores não queiram fazer o melhor que podem e sabem e não queriam vencer. Eles não são máquinas, são humanos, erram como todos nós. Voltemos a ser uma família, no sentido verdadeiramente abrangente da palavra. Temos a palavra, o futuro será risonho se todos cooperarmos nesse sentido, adornado de tons Azuis e Brancos e muitas letras douradas relativas às façanhas do FC Porto!

A Chama do Dragão é Eterna!
FC Porto Sempre!





Por: BluePunisher










segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Uma moda antiga

#Politica #Benfica #FCPorto #Joker #Salazar
 

Vejam como eles se calam
Como que envergonhados!
Mas tão só acostumados…
Pois da vergonha, se ralam?

Semana após semana
De tão evidente abuso
Torna-se prática, uso…
E nisto ninguém reclama!?

A não ser os do costume
Ao verem-se espoliados…
Em tais costumes trocados
Pois no roubar, está a virtude?

Nem os preclaros moralistas
Sempre prontos a pender
Para esse lado do Ser
Encontram provas, tão vistas?

Tudo se passa às claras
Nem é preciso esconder…
O qu’é preciso é vencer
Com duas caras!

Pois se se perder
Se mostr’o hábito
Dum povo estrábico
Por tão mal ver…

Como acreditar
Neste país
De tal cariz
Pr’o elogiar?

Como podemos estranhar
Os nossos governantes
Se somos emigrantes
Pr’a se nos respeitar?

Como podemos querer
Um mundo mais justo
Se é neste custo
Que sabemos vencer?

A prova evidente
À mão ou ao pé!
E juramos que não é
Por ser à tangente?

Se não aceitamos
os nossos erros
Tomados por esmeros…
Nisso nos tornamos!

Um mundo “benfiquista”
feito de impunidade
Em prol dessa realidade
A parecer bem vista?

Se aceitamos que errar
Sempre pr’o mesmo lado
É um estilo adequado
Pr’a assim se governar?

Pois bem merecemos
Esta alienação
Em máscara de nação…
Pois somos pequenos!

Mas por cá no burgo
O nosso clube vence
Mas em tal não convence…
Pois lá vale tudo!

Se até se aceita
C’um banco falido
Seja constituído
Nessa clube, em receita!?

E que lá ostente
Nesse capital
Prova mais que igual
Dum país emergente?

Como acreditar
Que destruindo vidas
Nesse banco, as feridas
Não se possam sarar?

Pois, por mais vergonha
Que lá se conheça
Não há quem o impeça
De lá dispor da soma?

E de ter investido
Nesse mesmo clube
Um capital de molde
A tal ser conhecido?

São oito por cento
Do capital social
Nessa SAD nacional!?
Pois o regime é do centro!

Como se justificar
Qu’um banco dito BOM
Nessa despesa, dê o tom
Pr’a tudo igual continuar?

Não me surpreende
Estas ocorrências
Pois em tais coincidências
O meu país é o de sempre!

Pois assim siga
Semana após semana
Que ninguém reclama!
Desta moda antiga…

Por: Joker


Mística

#Joker #Porto #RuiMoreira #FCPorto #Joker


Diz qu’a função dum político
A que sobressai por inerência
É servir com coerência!
Fazendo jus ao currículo!

E que chegado ao poder
Não se esqueça do passado
Da campanha, o postulado:
Ter no Porto o seu querer!

Mas no exercício do cargo
O que mostra, por querer?
Se n’A Bola faz saber
Porque lá escreve e bem pago!?

A esse jornal por pasquim
Bem critica a equipa
Que tem falta de mística
E rotatividade sem fim…

E isto depois d’assumir
Que já não é portista!
É portuense e bairrista…
Não vá o clube existir!?

O compromisso c’a cidade
Não integra a agremiação
Pois, além da Circunvalação
Não existe edilidade!

E ainda qu’o passado
No Conselho Consultivo
Ou no registo televisivo…
Fosse o político trocado?

E como nos muda o tempo
Qu’até o estranhou o Lope!
Um político por golpe
Para parecer isento?

Que na resposta foi obra
A responder ao político…
Não tendo sentido crítico
Pr’o apreciar nessa prova!

Pr’a ele é o futebol
Que como técnico avalia
Qu’à política não a sabia
Exigir mais mística, ao espanhol?

Não basta vencer
Para o portuense!?
A qu’um portista pense
Que mística é perder?

Pois que tendo mística
Sem nada ganhar
É como votar
Numa nota artística!

Como lá se votou
Num presidente místico
O Rui é artístico
Ou ainda não jogou?

Se já foi a jogo
Ainda não venceu!
A não ser o seu
Pois também é novo…

E precisa viver
C’os dinheiros d’A Bola
Essa grande escola
Dum místico saber!?

Por isso há congruência
Nessa atitude
Ele não é do clube…
Fala por inerência!

E sendo conhecedor
E independente!
Não lhe é indiferente
O porquê do andor!

Qu’aí como se sabe
Há uma grande mística
Uma probabilística
Ou uma palavra-chave!

Basta ser-se benfiquista
Pr’a se ser sortudo!
E ganhar, pois tudo…
Com essa grande mística!?

Pois não sei s’é essa
A qu’o Rui se refere
O qu’em Portugal afere
O direito a festa!

Venha pois a mística
Como propaganda!
Qu’o Rui dà a varanda
Pr’a lá ajeitar a vista!

E ver passar o cortejo
Dos campeões!?
Mas sem confusões…
Qu’ali não corre o Tejo!

Que no Rio Douro
Se separam as águas!
Místicas mágoas…
Em tanto cloro!


Por: Joker

D. Chaves 0 - 0 FC Porto B - O bom, o mau e os Vilões

#FCPortob #Chaves #SegundaLiga


A nossa equipa secundária deslocou-se esta tarde a Chaves para defrontar a equipa local em jogo a contar para a 13ª jornada da maratona que é esta II Liga. 

Esta visita tinha tudo para ser interessante. Visita a um estádio com um ambiente mais vivo que a maioria, contra um candidato à subida. Sem reforços da equipa principal. Um bom teste aos nossos jovens. Um daqueles jogos que são de facto mais uma etapa na preparação para outros vôos.

Trouxemos 1 ponto ou perdemos 2, depende do período do jogo. Tivemos o bom jogo na primeira parte e um mau período no segundo tempo. O bom e o mau separados por alguns minutos. Este bom/mau é mais importante que o resultado até.

A equipa apresentada por Luís Castro não fugiu ao que temos visto quando os não utilizados da equipa A estão indisponiveis. Victor Garcia está lesionado, David Bruno é a opção. Lich e o xerife Zé António como centrais. A opção Kayembe, o lateral vem alternando com Rafa. Tomas a trinco, Francisco Ramos e Tiago a interiores. No ataque a mobilidade continua a ser a ordem. Três avançados soltos, nenhum verdadeiro 9.

Esta equipa tem algumas semelhanças mas muitas diferenças na forma de abordar o jogo. Se a procura da posse, do futebol mais apoiado e do controlo do jogo se mantêm, a forma de o conseguir é diferente. O bloco defensivo não é tão avançado como na equipa principal, há menos espaço nas costas. É também um jogo menos largo, os extremos não abrem tanto e jogam mais perto do médio interior do seu lado. Mais centro, menos largo. A equipa transmontana montou-se de forma a explorar transições em velocidade.

O jogo começou de acordo com o esperado. Mais bola e mais dominio da nossa equipa. mais velocidade no jogo flaviense.

Apesar desse aparente dominio que as estratégias podiam indiciar, vimos ocasiões equilibradas em número. A primeira real oportunidade até foi da equipa visitada. O Porto respondeu pouco a seguir.

A nossa equipa apresentava duas garantias. Ivo e Tomas.

Ivo era a garantia que criávamos perigo no ataque. Ao primeiro sinal de perigo do Chaves, respondeu com mais perigo ainda uns minutos depois. Uma jogada que nos faz sorrir. Com um toque em habilidade, bola por cima de 2 adversários que ficaram para trás, combinou com o colega e rematou para boa defesa. Ivo foi sempre o mais perigoso, quer no centro onde começou, quer quando trocou com Roniel e foi para a extrema esquerda. 

Tomás a garantia de estabilidade no meio campo, fundamental no nosso jogo. Inteligente a ocupar espaços, bem a destruir. Bola recuperada e entrega simples e com critério. A fazer o jogo rolar.

Foi uma boa primeira parte, com algumas boas indicações e com o jogo dominado. Equipa compacta e jogadores a mostrarem que o futuro também passa por eles.

O regresso dos balneários mostrou o mau. Dominío do jogo? Que é isso? Falhas individuais e colectivas, algumas lacunas já eram conhecidas. O adversário a crescer e a criar situações atrás de situações. Aos 5 minutos e já o Chaves tinha tido melhores oportunidades que nos primeiros 45. Uma perdida perto dos 50 minutos foi escandalosa. Ataque rápido, jogo aéreo a funcionar e o passe a sair perfeito. Também de cabeça, junto à marca de penalti e sem oposição o avançado nem acertou na baliza de Kadu. Foi o mau, o período menos conseguido.

Estávamos a perder o controlo do jogo e Luís Castro teve o seu momento de boa leitura. Arnold estava a colocar Kayembe em apuros, o seu flanco estava a ser aproveitado. Respondeu com a entrada de Rafa e a subida do ex-Standard. Funcionou na perfeição. Na defesa e no ataque.

Ao perigo criado pela equipa da casa respondemos com uma incursão de Rafa pelo flanco, cruzamento rasteiro para novo remate de Ivo.

O golo estava mais perto de acontecer. O jogo estava a partir. A má noticia é que antes, pelo futebol mostrado na 1ª parte, a probabilidade de ser nosso era bem maior. 

Já vimos o bom e o mau. Passemos aos vilões. 

Primeiro Bruno Esteves. É um facto que a bola bateu no braço de Lichnovsky. É também verdade que a bola foi chutada a um metro e o central chileno nem teve tempo de se mexer, não fez qualquer movimento. Típico caso de bola na mão e não o contrário. felizmente para o nosso emblema quem marcou foi displiscente e atirou ao lado.

O segundo vilão terá de ser luís castro. Tal como a equipa mostrou o bom e o mau. Muito bem a fazer entrar rafa. perigo identificado, arma escolhida acertada. mas porquê Pité apenas aos 91 minutos? Que era suposto este talentoso jogador fazer no minuto que faltava? Pela sua valia não tinha sido uma aposta válida bem antes?
  


Análises individuais:

Kadu: Tem uma agilidade tremenda. Vôo felino a agarrar um remate do adversário. Todavia, minutos depois, larga uma bola fácil. Nos cruzamentos continua a ficar muito perto da linha de baliza.

David Bruno: Exibição competente. Não teve grandes falhas. Também não teve grandes rasgos. Cumpriu. 

Lichnovsky: Uma das figuras nas últimas jornadas, uma quebra enorme de rendimento hoje. Nota-se que tem cultura na posição, sabe quando e onde dobrar. Joga bem de cabeça. Teve uma falha enorme no 1º tempo. tentou sair a jogar e atrapalhou-se com a bola. Resultado: maior situação de perigo na 1ª parte. 

Zé António: O caso distinto de todos os outros. A voz de comando que é sempre necessária. Não tem as capacidades do colega mas é imprescindivel para quem joga com ele.

Kayembe: Tem razão de existir a sua adaptação. Parece ser a posição que melhor se enquadram nas suas caracteristicas. Ofensivamente até rende mais se surgir de trás. Notórias e normais dificuldades defensivas quando Arnold o colocou à prova. Melhorará jogando e a rotação com Rafa parece que vai durar.

Tomas: No futuro verá estes jogos como essenciais no seu crescimento. Destruiu e construiu. Meteu o pé quando necessário. Teve de manter sempre a concentração na sua zona. fê-lo com brio e mestria. Se o fizer regularmente está aqui mais uma opção para 6. E que bom será ver Ruben e Tomas a discutir o lugar! Depende dele em primeiro lugar. 

Francisco Ramos: Esforçado e certinho. Cumpriu mas longe de deslumbrar.

Tiago Rodrigues: Tem outro andamento e isso nota-se. Dá a sensação que consegue mais, mesmo quando faz um bom jogo como foi o caso.

Frederic: Duas boas ocasiões. Na primeira atirou ao lado, na segunda permitiu a defesa. 

Roniel: Bons pormenores mas largos períodos de ausência. Ter passado pelo centro do ataque também não o favoreceu. Bem substituido aos 60. Nota-se que sabe tratar bem a bola. A ver como evolui.

Ivo: Este rapaz é um quebra-cabeças para as defesas. Que tinha técnica sempre o mostrou. A objectividade que tem mostrado esta época é também de enaltecer. Sempre muito mexido, a cair entre linhas para se dar ao jogo quando estava no meio e a encarar os adversários quando foi para a ala. O perigo passou sempre pelos seus pés. Uma das figuras a ter em conta para o futuro.


Rafa: Entrou e Arnold desapareceu. Entrou e vimos um cruzamento a ter finalização. Entrou e melhoramos. Simples.

Leandro: Parece ter perdido o lugar para Francisco Ramos. Entrou a 20 minutos do final para o lugar de Tiago Rodrigues.

Pité: O jogo pedia a sua entrada bem mais cedo. Entrou a 1 minuto do fim. Nem foi suficiente para aquecer do frio que se fazia sentir. 
 
FICHA DE JOGO

Desportivo de Chaves-FC Porto B, 0-0
Segunda Liga, 13.ª jornada
2 de Novembro de 2014
Estádio Eng. Manuel Branco Teixeira, Chaves

Árbitro: Bruno Esteves (Setúbal)
Assistentes: Rui Teixeira e Mário Dionísio
Quarto árbitro: Rodrigo Pereira

DESPORTIVO DE CHAVES: Paulo Ribeiro; João Góis, Ícaro, Paulo Monteiro e Miguelito; João Patrão, Guzzo e Tarcísio Silva; Hugo Santos, Luís Barry (cap.) e Luís Pinto
Substituições: Hugo Santos por Arnold (46m) e Luís Pinto por João Mário (81m)
Não utilizados: Stefanovic, Bruno Magalhães, João Vieira, João Vicente e Miguel Ângelo
Treinador: Luís Norton de Matos

FC PORTO B: Kadú; David Bruno, Igor Lichnovsky, Zé António e Kayembe; Tomás Podstawski, Francisco Ramos e Tiago Rodrigues; Roniel, Ivo Rodrigues e Frédéric
Substituições: Roniel por Rafa (59m), Tiago Rodrigues por Leandro Silva (73m) e Frédéric por Pité (90+1m)
Não utilizados: Raul Gudiño, Diego Carlos, Graça e Pavlovski
Treinador: Luís Castro

Ao intervalo: 0-0
Disciplina: cartão amarelo a Luís Santos (21m), João Góis (43m), Tiago Rodrigues (71m), Paulo Monteiro (71m), Guzzo (86m), Lichnovsky (89m) e Paulo Ribeiro (90+3m)

 Por: Paulinho Santos


domingo, 2 de novembro de 2014

Primeira Liga, 9.ª jornada, FC Porto 2- 0 C. D. Nacional: Cobertor

#FCPorto #Nacional #Futebol

Cobertor


Aí está a velha teoria do cobertor. Aquela que me habituei a ouvir em centenas de comentários sobre as equipas que tapavam a cabeça e destapavam os pés.

O jogo com o Nacional fez-me lembrar o jogo com o Guimarães em casa do ano passado.

Uma equipa entusiasmante no ataque com muita gente capaz de desequilibrar e um meio-campo exposto à transição. A teoria do cobertor no seu esplendor.

Naquele jogo fizemos uma primeira parte de luxo e podíamos estar a ganhar por 2 ou 3 ao intervalo. A 2ª parte foi horrivel e totalmente descontrolada e acabamos por ganhar com um pénalti sobre Quintero.

Os dois jogos tiveram Quintero a 10.

Ontem, o período de entusiasmo foi menor. Bons 20 minutos em que a equipa teve gás.

Ontem, o período de descontrole na 2ª parte foi menor porque Lopetegui viu e agiu quando há um ano Paulo Fonseca não tinha conseguido agir independentemente da qualidade de visão.

Este Porto pós-Sporting não tem sofrido tanto na construção porque Bilbao, Arouca e Nacional entraram nos jogos de uma forma expectante. É verdade que ter Quintero a dar linha de passe ajuda porque o colombiano é, a par de Oliver e Rúben Neves, quem vê e passa melhor a bola.

Atenuado o problema da construção mais por inacção externa do que alteração do preconceito o cobertor aparece como o novo perigo.

A parcela de terreno que Quintero consegue proteger defensivamente é do tamanho de uma noz. Ele corre e esforça-se até aos limites da sua escassa capacidade fisica mas quando joga no meio o Porto tem menos um médio a defender.

Vale a pena jogar com -1 a defender e ter +1 jogador de ataque de classe mundial?

Muitos dirão que para o perfil da nossa Liga e tomando como referência o Benfica de Jorge Jesus não são precisos muitos cuidados defensivos.

Não penso assim. O Porto precisa de treinar processos e sedimentar uma equipa para a época. Não faz sentido apresentar 6 atacantes contra o Penafiel e 9 defesas perante o Real Madrid.

E é falso que ser mais ofensivo contra equipas fracas compense a tremideira atrás. É preferivel que um jogo tenha 6 oportunidades de golo e que 5 sejam nossas do que surjam umas 20 com uma divisão de 14 para o Porto e 6 para o adversário.

O que aconteceu ontem foi isso. O Porto comprou com a insegurança defensiva a possibilidade de criar mais perigo à baliza do Nacional.

Enquanto o jogo está entusiasmante e há gás o preço parece barato. Quando tudo estabiliza e os nossos criativos fazem os motores hibernar a cotação do 11 comprado cai como as acções do BES.

Na 1ª parte o Nacional foi a equipa que no Dragão conseguiu chegar mais vezes à cara de Fabiano. Isto sem que tenham ocorrido os harakiris de construção habituais.

A 2ª parte começa com a mesma toada com a agravante dos criativos se terem desligado da partida. Brahimi muito egoista, Quaresma pouco acertado e Quintero a rebentar.

Mesmo com os 2 únicos médios a se apresentarem em bom nivel todos os portistas perceberam que com aquele 11 a vitória ia correr perigo. Lopetegui agiu bem e a equipa acabou por estabilizar com mais um médio e menos um jogador que ataca bem mas só ataca.

Manuel Machado arrisca tudo esventrando o seu miolo e o Porto ganha o controle do jogo apresentando aquele ritmo em que o balanço das oportunidades são mais o 5 para 1 do que o 14 para 6 que estávamos a ver até ali.

Se o Porto controla há mais espaço para que os criativos que sobram tenham  suporte para fazer o que sabem. A equipa aguenta esse peso.

Depois de uma 2ª parte errática Brahimi faz um golo à bola de ouro. Dança para lá, dança para cá e bola no barrrbantchi.

O jogo acaba com o talento mas começa-se a ganhar pela substituição de Lopetegui quando acaba com o cobertor.


Análises Individuais:

Fabiano  - Continua a mostrar que é redes de equipa grande. Em Arouca e contra o Nacional fez defesas que valem pontos.
Na estatistica de jornal não lhe será atribuído esse mérito mas convém não esquecer o resultado do jogo quando Fabiano evita golos certos. Em Arouca 0-0 e ontem 1-0.

Danilo – Parece um queniano a correr pela ala. Vai e vem, vai e volta sempre. Marcou o golo que já merecia há muito mas teve mais dificuldades do que Alex em segurar o seu adversário. Marco Matias causou-lhe problemas.

Alex Sandro – Em crescendo. A defender esteve imperturbável e a atacar começa a mostrar um cheirinho do melhor Alex Sandro.

Maicon – Continua a jogar em modo “Socorro! O que é que eu faço?”. Não está tranquilo, age por instinto puro e sem qualquer recurso ao cerebro e à racionalidade.
Não meteu água mas não transmitiu segurança. Precisa de 2/3 bons jogos para voltar à fase inicial da época onde era patrão e parecia jogar à central 30 milhões.
O problema é que já teve tempo suficiente para deixar de ser um central carrossel.

Bruno Martins Indi – É o contrário de Maicon. Muitas vezes parece que a bola tem de ser dele e Indi não vai. Espera que o adversário venha para se encostar.
É mais paciente sem ser menos agressivo. Para construir é  um seguro de vida se comparado com o parceiro de sector.
Pode melhorar mas é, sem dúvida, o titular indiscutível do eixo da defesa.

Casemiro – Não sei se ter 2 pesos pluma como parceiros do meio-campo ajudou mas na minha óptica fez o jogo mais responsável na posição 6 desde que jogou ao Porto.
Menos impulsos agressivos de pressão louca, maior cobertura do centro do terreno sem desposicionamentos nas alas e mais intercepções de bola relevantes.
Um 6 tem que tocar na bola com o seu guarda-redes pelas costas. Ontem Casemiro soube fazê-lo.

Oliver – Muito bom jogo. É peso pluma mas sabe defender e ser intenso. Sabe passar a bola, ajudar na construção e descongestionar o jogo para zonas menos povoadas.
Interpretou bem o facto de estar a jogar num meio-campo com Quintero. Oliver é o jogador que em simultaneo pode ajudar a acabar com o harakiri  - porque sabe construir – e impedir que se aplique a teoria do cobertor porque defende e ataca bem.

Quintero – Jogou equipado à Adrian o que só por si já era um mau prenuncio. Começou bem mas durou pouco tempo a sua influência ofensiva. Quando não está em dia sim no ataque a sua substituição é uma obrigatoriedade porque o dia sim na defesa é raro.
Recordo-me de uma boa falta na 1ª parte quando Danilo e Quaresma estavam para trás o que revela alguma – ténue – melhoria na capacidade tactica.
Na 2ª parte tinha que sair. 10 contra 11 fica dificil.

Quaresma – O melhor da 1ª parte. Jogou com as melhores armas do Quaresma trintão. Passe, cruzamento e finalização.  Quando se limita a fazer o que sabe sem pensar que é Brahimi a equipa agradece e Quaresma ganha pontos.
Na 2ª parte foi dos piores. Voltou a ser o Quaresma que julga que é world classe player. Complicou o que antes era simples e deixou o passe/cruza/decide para o arranca/dribla/perde.

Brahimi – Deverá ser dos jogadores mundiais mais dificeis de travar no um contra um. Na primeira parte teve oportunidade de relembrar a cada defesa que lhe aparecia pela frente do seu talento, da sua dança corporal e da capacidade que tem em rodar o tornozelo 360 graus à Iniesta.
Juntou a isso um egoismo exasperante. Quando recebe a bola mais atrás nunca aproveita uma linha limpa de passe e vai sempre para a finta. Na 2ª parte essa tendência foi-se agravando chegando ao ponto de prejudicar mais do que o seu talento ajudava.
Entretanto...entretanto foi Brahimi, fez aquele golo e lembrou-nos que ele tem direito a ser egoísta de vez em quando. Ele e só ele.

Jackson – Jogo sem golo com um adversário mais fraco e em casa poderia servir para uma avaliação negativa. Não é o caso.
Mesmo parecendo algo limitado fisicamente – o joelho estará bem? – fez o costume. Dar linhas de passe aos médios, segurar a bola e os defesas, tabelar e finalizar. Meio golo do Danilo também é dele.


Herrera – Mostrou porque é que a rotatividade não lhe toca. Enquanto Lopetegui continuar a ver Casemiro a 6 é necessário ter um jogador mais fisico e rotativo à frente.
A equipa pedia a sua entrada e sua entrada descansou a equipa. Não fez mais do que o costume mas mostrou que o costume não pode ser desvalorizado.

Tello – Muito bom na correria e na ultrapassagem ao opositor e mediano no último toque. Não teve tempo para provar o contrário desta análise simplista.


Aboubakar – Uma boa combinação, uma perda de bola, correria, vontade e apito final.


Ficha de Jogo:

FC Porto 2- 0 C. D. Nacional
Sábado, 1 Novembro 2014 - 20:15
Competição: Primeira Liga, 9.ª jornada
Estádio: Dragão, Porto
Assistência: 30.202

Árbitro: Nuno Almeida (Algarve)
Assistentes: Pais António e Luís Ramos
4º Árbitro: Eugénio Arêz

FC Porto: Fabiano, Danilo, Maicon, Martins Indi, Alex Sandro, Casemiro, Óliver Torres, Quintero, Quaresma, Jackson Martínez, Brahimi.
Suplentes: Andrés Fernández, Marcano, Tello (75' Brahimi), Herrera (55' Quintero), Adrián López, Rúben Neves, Aboubakar (82' Jackson Martínez).
Treinador: Julen Lopetegui.

NACIONAL: Rui Silva, João Aurélio, Miguel Rodrigues, Zainadine, Marçal, Boubacar, Aly Ghazal, Gomaa, Mario Rondón, Lucas João, Marco Matias.
Suplentes: Gottardi, Ayala, Camacho (79' Lucas João), Reginaldo, Willyan (55' Miguel Rodrigues), Sequeira, Edgar Abreu (79' Boubacar).
Treinador: Manuel Machado.

Ao intervalo: 1-0.
Marcadores: Danilo (9'), Brahimi (74').
Disciplina: amarelo a Casemiro (19'), Gomaa (45+1'), João Aurélio (57'), Boubacar (63'), Fabiano (82'), Alex Sandro (90').




Por: Walter Casagrande

A medida do sucesso

#Sporting #Guimarães #joker


Foi o leão ao berço
Cheio de garra e soberba
No encalço da sua presa…
Mas foi recebido, coeso!

E depois da garbosa entrada
Saiu de rabo entr’as pernas
Com três no bucho, nas hérnias
E c’a sua juba amainada…

Perdeu o garbo o leão
Saindo do jogo vergado
E o presidente domado
De olhos postos no chão…

É caso para repetição
D’esse assalto prometido?
Dum futebol travestido
Num candidato a campeão?

É este jogo qu’assusta
Sem nem ao Vitória belisca
Este leão ou lagartixa
Um animal posto em fuga?

Que joga bem, diz o médico
E que sozinho se basta?
Na Liga já não tem casta
Virou um bicho anémico…

E que bravata sobeja
Em novo anúncio solene?
Que tem rumo e leme
Com’o de Dona Tareja?

A quem o filho Afonso
Remeteu de volt’a Leão!
E de Guimarães, a nação
S’edificou sem esconso!…

E ainda qu’o leão
Não se queira a miar
Ou de fininho a falar
Quem o teme, Napoleão?

Pois que cá dentro, perdeu
Tod’a celeuma e crédito
Mas na Europa, o mérito
É todo seu!

A medida do seu sucesso?
Ser campeão?
Ah, leão!!!
Estamos em que século?


Por: Joker

Noite de bruxas

#Benfica #RioAve #Futebol #Joker



Em noite das bruxas
Houve travessuras!
Sem ser nas alturas…
C’as papoilas murchas!

Que por lá se venceu
Por via do Mota
Em jogo de batota
Na noite do breu!

Na foi de vassoura
Por isso foi lento
O fiscal atento!?
Marcando em mora…

Depois de ter visto
A bola na rede!
Um susto lhe cede
Marcando sem risco!

Ao ver-se atrasado
Julgou ver fantasmas
Dois vultos, por almas!
No risco encarnado…

Qu’a Tv benfica
Por ser Halloween
Riscou-o assim
Mudando a Física!

Ali pela luz
É só mortos-vivos
Só se mostram activos…
Pr’a marcar a cruz!

Em oito jornadas
O mesmo disfarce..
Ainda há quem ache
Qu’isto é só mascaradas?

Uma noite de terror
Pr’a nos encher de gáudio?
E no mesmo estádio
Sempre o mesmo andor?

Querem ser campeões?
Só se for da fantasia…
Que do terror à magia
Sobram penáltis, expulsões?

E pr’a completar
O fora-de-jogo!?
Marcado a olho
Sem o acompanhar?

Isto sem o Mota
Não s’a leva bem
Qu’ao talho convém
Manter aberta a porta!

Orgulhoso benfiquista
Confessa no seu mural…
No Halloween ou Carnaval
Mascara-se de Talisca!


Por: Joker

sábado, 1 de novembro de 2014

Futebol: Antevisão do jogo com o Nacional

A bonança parece finalmente ter chegado para os lados do Dragão e a confirmação segue-se neste sábado, com o FC Porto a receber o Nacional da Madeira, num jogo a contar para a 9ªjornada da Liga, numa partida onde os comandados de Julen Lopetegui partem naturalmente com claras ambições na conquista dos três pontos, sendo que este encontro antecede mais um jogo europeu para a turma azul e branca.
O Nacional até ao momento está a ter um início algo irregular, tanto a nível de resultados como de exibições. Actualmente ocupa a 12ªposição com 8 pontos – encontra-se em igualdade pontual com o Vitória de Setúbal. Na qualidade de visitante, a equipa madeirense regista três derrotas em outros tantos jogos, contabilizando um saldo negativo de dois golos marcados contra sete sofridos, apresentando inúmeras dificuldades quando actua fora de portas, obrigando ao técnico Manuel Machado a ter procedido algumas alterações no onze, de forma a quebrar essa “malapata” nos jogos fora de portas.  

Para a oitava jornada, o Nacional regressou às vitórias, derrotando a Académica por uma bola a zero, com tento a ser apontado pelo extremo Marco Matias, um dos reforços para esta temporada. Apesar das dificuldades sentidas, realçar que a equipa madeirense mantém os seus conceitos de jogo que no passado já foram importantes no alcançar dos seus objectivos, procurando apresentar um futebol apoiado, com uma zona intermédia a privilegiar a posse e um ataque muito profundo e vertical, sendo de destacar a capacidade do colectivo no momento de transição ofensiva, contando com dois alas bem abertos, mas com capacidades de juntarem-se ao elemento mais avançado do terreno para desta forma criar superioridade em zona de decisão.

Atendendo ao triunfo e essencialmente à boa resposta dada no embate diante da Académica, dificilmente o Nacional irá apresentar mexidas no que ao onze inicial diz respeito. Na baliza, o jovem internacional português Rui Silva roubou o lugar ao então indiscutível Gottardi, ele que aproveitou um mau momento do brasileiro para se impor na baliza alvinegra. 

O polivalente João Aurélio surge no lado direita da defesa, uma posição que executa com qualidade, apesar de considerarmos que poderia acrescentar algo mais jogadores em terrenos mais adiantados. Sobre a esquerda, o brasileiro Marçal garante profundidade ao corredor esquerdo, ele que continua a ser um dos melhores laterais da competição, surgindo no centro da defesa a dupla constituída pelo Zainadine (pode jogar igualmente como lateral direito) e Miguel Rodrigues, uma dupla que ultimamente se tem mostrado sólida. No meio-campo, Ali Ghazal continua a ser o pêndulo da equipa, funcionando como um autêntico “tampão” nos momentos com e sem bola, fazendo bom uso do físico e ainda mostra serenidade no momento de construção ofensiva. 

Por norma, a zona intermédia do Nacional é composta por um médio defensivo e dois médios interiores e assim sendo, na frente do Ali Ghazal, devem surgir o Boubacar e o talentoso Gomaa. O Boubacar é um jogador de trabalho, que garante competências nas coberturas e no jogo aéreo, ele que pode jogar igualmente na posição “6”. Já o médio egípcio, desequilibra quando tem bola, apresentando uma excelente visão de jogo, criatividade e capacidade de ganhar metros a partir da zona central.

Referir que o Gomaa chegou a estar em dúvida para este desafio devido a lesão, contudo, acabou por recuperar a tempo. No sector ofensivo, Marco Matias garante verticalidade ao ataque, sendo que no lado contrário o irrequieto Rondón é um jogador com tendências naturais de aproximação ao ponta de lança, fazendo com que ao longo de um encontro consiga dispor de algumas situações claras de finalização.
Como elemento mais adiantado, face à lesão do coreano Suk, o jovem Lucas João deverá manter um lugar na equipa inicipal.

Quanto ao FC Porto, é certo que no encontro frente ao Arouca o técnico Lopetegui não fez a habitual rotatividade que nos tem habituado – surpreendeu apenas na troca de centrais – mas desta feita, é provável que possa fazer mais mexidas no onze, atendendo que na próxima quarta-feira haverá jogo a contar para a Liga dos Campeões. Perante esse cenário, jogadores como Maicon e Quaresma poderão regressar às escolhas iniciais.  


Lista de Convocados:

GR: Fabiano e Andrés Fernández 

Defesa: Danilo, Martins Indi, Maicon, Marcano, Alex Sandro

Médios: Casemiro, Quintero, Herrera, Óliver, Rúben Neves 

Avançados: Quaresma, Brahimi, Jackson Martínez, Tello, Adrián López, Aboubakar


Por: Dragão Orgulhoso
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