quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Secretaria!

#FCPorto #Sporting #Calimeros #BrunodeCarvalho #TaçadaLiga


Vamos ganhar na secretaria!
A meia final da Taça da Liga!
A razão é antiga…
E só assim seria!
 
Pois nada ganhamos!
Que não seja do banco!
E qual é o espanto
S’agora passamos?
 
A decisão é justa!
Com’aquele perdão
Do “Borges & Irmão”!
Pois pagar bem custa!
 
E se merecemos
Por depauperados!
Somos qualificados
Por razões de somenos!
 
Pois temos linhagem
Que não têm atrasos!
Que vistos os casos
De razões d’arbitragem
 
Ficamos convencidos
Que fomos roubados!
Em penaltis “marcados”
E golos sofridos!
 
Qu’o dig’o Marítimo
No jogo d’Alvalade!
Qu’a bem da verdade
Lhe cortaram o ritmo!
 
E se bem jogámos
Merecendo este título!
Seria bonito
Qualificar-mo-nos!!!
 
Mesmo na secretaria
Pois aquele atraso!
Qualificou o caso
Com dolo e apatia!
 
Por três minutos
Perdemos o jogo!
É caso de dolo…
Perdem e por muitos!
 
E vai o sporting
À meia-final!
O acórdão doutoral
Invocou o doping!
 
Como medida próxima
Àquela sanção
A multa é que não!
Só a derrota lógica!
 
Pois é criminoso
O atraso pequeno!
Que noutro caso extremo
Não foi tão doloso!
 
Só toca ao Porto
Estas novidades
O ano passado, as idades
Este ano, o dolo!
 
Por mim é decreto
Certo e forjado
Que bem seja acordado
Este novo método:
 
O sorteio puro
Nos clubes da Associação
De Lisboa, então!?
Em medida de futuro!
 
Vencendo o melhor
Clube do concílio!
A Taça do Lucílio

Serve como andor!


Por: Joker

Taça de Portugal 1/4 Final: FC Porto 2 - 1 Estoril

Passou-se.

foto1





Sim, é isso mesmo. Passou-se por um susto, passou-se por uma primeira parte medonha. Passou-se por um milagre no final dessa parte. Passou-se por uma segunda parte bem melhor e passou-se à próxima eliminatória.






Continuamos sobre tensão. Continuamos sobre uma paz podre. Continuamos a adiar um problema até ele já não ter adiamento.


  
foto1





A primeira parte é um buraco negro. Nem vale a pena alongar muito sobre este período de jogo. As suas causas são evidentes. Para além desta equipa ter uma atitude competitiva digna de uma lesma, há dedo de Paulo Fonseca.






Mais uma vez, a forçar Herrera a jogar demasiado recuado (o meio campo do Estoril punha e dispunha de espaço) e, mais uma vez, Licá titular porque sim. 

Jackson nem se viu e o FC Porto só remata pela primeira vez quase a chegar ao minuto 40! Até lá, já havia um golo na baliza de Fabiano e outro passou ao lado. Salvou-nos Vítor Pereira. Quem? Esse mesmo. Não tivesse vindo buscar o avançado do Estoril, perante tanta macieza de Reyes e companhia, não sei com que números teríamos chegado ao intervalo.



O intervalo que chega pouco depois de um milagre. Herrera vai lá frente, fura o plano táctico e por entre uma boa tabela, ressalto e fífia de Vagner, Quaresma leva um empate para o descanso. Um santo empate.

A segunda parte é outra música. Embora a entrada do Estoril tivesse sido boa, o FC Porto cresceu.

Primeiro, a meio campo. Ou encantado com o que Herrera havia feito antes do intervalo, ou meramente assistindo ao seu plano táctico a ser ultrapassado, o que é certo é que o Mexicano fura o plano inicial de Paulo Fonseca e assume o ataque à área contrária, ao invés de defender a sua.

O FC Porto ganha a maior parte das segundas bolas e o ataque do Estoril deixa de conseguir manter o esférico. O FC Porto sobe no terreno e o Estoril vai encostando atrás. Bastou Herrera jogar três passos à frente, incrível.

Depois foi dar mais um cheirinho de talento nos flancos. Primeiro, com Varela, retirando Licá. Depois com Ghilas e colocando um jogador fresco sobre um Emídio ainda sem andamento.

O FC Porto faz uma segunda parte em crescendo, chegando a encostar o Estoril às cordas.

A três minutos do fim, a eliminatória resolve-se. Alex Sandro mostra o que sabe, quando já praticamente nos havíamos esquecido, e Ghilas, oportuníssimo, factura no segundo poste. Jogo flanqueado a resolver.


FC Porto vs Estoril Praia (LUSA)





Já não havia tempo para mais, nem o Estoril teria capacidade para reagir. Já com a equipa da linha espremida ao máximo, restava aguardar o escoar dos minutos finais.







Boa vitória, que nos abre uma meia-final disputada a duas mãos. Mais dois clássicos.


Ainda assim, pouco mais é que um paliativo.






Análises Individuais:

Fabiano – Uma primeira parte algo trabalhosa. A segunda foi bem mais descansada.

Danilo – Luta árdua frente a Carlitos, nunca deixou que lhe ganhasse vantagem. No ataque, anda francamente desinspirado.

Alex Sandro – Finalmente encontrou-se no ataque. Algo frágil a defender, mas no ataque fez a diferença que levou de vencida a eliminatória.

Reyes – Um jogo para ver e rever. Sebá nem é avançado centro. Nem tem a ratice, nem sabe usar o corpo. Fosse um Luís Leal e era um 31 dos diabos! Tem que largar o cadeirão. Deste lado do Atlântico, um espaço é um latifúndio para o avançado. Péssima primeira parte.

Mangala – Acabou sendo o amparo de Reyes, embora aqui e ali tenha feito asneira. Forte nos lances aéreos ofensivos, incomodou o Estoril.

Defour – Mais um jogo de risco zero. Não assumiu o risco. Nem jogou bem, nem mal. Ainda assim, subiu de rendimento com a segunda parte de Herrera.

Herrera – Acaba por ser a boa nova do jogo. A primeira parte é muito má. Até que surge o minuto 43. Vai para a sua posição e força um golo. Na segunda parte, é muito por ele que o FC Porto ganha a luta a meio campo. Que fique claro. Herrera melhora à medida de que se aproxima da área contrária e piora quando se aproxima da nossa. Continuar a fazer dele um “segundo trinco” é assassinar o seu potencial. O melhor em campo.

Carlos Eduardo – Ainda foi o único que tentou meter alguma lógica naquele meio campo inicial. Saiu lesionado.

Licá – Mais uma vez, incapaz de fazer a diferença. Nem as diagonais, o seu ponto forte, já lhe saem bem. Duas bolas açucaradas desperdiçadas pela linha de fundo. Por onde andas Kelvin? Que mal fizeste tu?

Quaresma – Marcou um golo, aproveitando o ressalto em Vagner. Teve alguns lances de génio, desaproveitados, e muito vácuo pelo meio. Já sabíamos o que ia ser Quaresma. Com outra liderança, poderia ser mais espremido.

Jackson – Mais um jogo onde a equipa andou muito longe de si. E se mais fosse preciso para revelar as nossas dificuldades ofensivas, basta dizer que Jackson passou mais tempo fora da área do Estoril, que dentro dela.


Josué – Não fez um bom jogo, embora tenha deixado bons momentos. Mais uma vez, mostra que só sabe jogar naquela posição. Precisa de ser muito mais intenso, constante e produtivo para ser titular.

Varela – Entrou para o lugar de Licá e a equipa ganhou o flanco esquerdo. Mano passou a ter mais que fazer e o FC Porto passou a atacar por esse flanco.

Ghilas – Estreia a marcar. Um golo oportuno. Mostrou que é melhor solução partindo de um flanco que fazendo monte com Jackson.



Ficha de jogo:

Competição: Taça de Portugal
Estádio: Dragão, Porto
Assistência: 10.507 espectadores
Árbitro: Rui Costa (Porto)
Assistentes: Bruno Rodrigues e Miguel Aguilar
4º Árbitro: Pedro Miguel Campos

FC PORTO: Fabiano; Danilo, Reyes, Mangala e Alex Sandro; Defour e Herrera; Ricardo Quaresma (Ghilas, 83), Carlos Eduardo (Josué, 21) e Licá (Varela, 58); Jackson.

Suplentes: Helton, Maicon, Josue, Quintero, Ghilas, Varela e Mikel
Treinador: Paulo Fonseca

ESTORIL: Vagner; Mano, Yohan Tavares, Ruben Fernandes e Tiago Gomes (Emídio Rafael, 52); Gonçalo e Diogo Amado; Carlitos, Balboa (Gerso Fernandes, 65) e Babanco (João Pedro Fernandes, 89); Sebá.

Suplentes: Ricardo Ribeiro, Bruno Miguel, Filipe Gonçalves, Gerso, João Pedro Galvão, Emídio Rafael e Ricardo Vaz
Treinador: Marco Silva


Por: Breogán

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Taça!

#TaçadePortugal #Futebol #FCPorto #Regime

Espera-nos Oeiras, por certo
Esse Estádio “Nacional”
Que lá jogar, seja igual
A descobrir o “encoberto”!

Pois a memória perdida
Desta nação atlântica
Tem-se em prova titânica
Numa batalha esquecida…

Por terras do norte d’África
Onde pereceu esse Rei
Em Álcácer-Quibir, bem sei
Numa batalha trágica!

E como que perdidos
Nessas nossas referências
Nestes séculos de urgências
Temos vivido “esquecidos”

Do nosso valor ancestral
Que nos lega por mil anos!
As fronteiras que formamos
Em prol duma só capital!

E num saudar “sebastianista”
Revitalizámos o Estado!
Novo e revigorado!
E um homem por “estadista”!

E nisso fizeram-se obras
Que alicerçassem a nação!
Estradas, pontes, construção
E um estádio pr’as manobras!

Que amiúde saudavam
O refulgir deste povo!
Que encantados c’o “novo”
Na “mocidade” entravam…

E depois de tanto tempo
Tanta prova libertária
Esse símbolo dessa era
Ainda promove o evento!

A Taça de Portugal
É pois jogada em Oeiras!
E lá só se calçam chuteiras
Pr’a se jogar a final!

E a nossa selecção?
Nos dirão os mais astutos!
Não embarca em tais condutos
Pois não é disso tradição!

Ah, está bem, eu compreendo
Esse estádio serve a Taça!
Com’o apuramento da raça
Qu’o regime foi tendo!

E só nos símbolos das colónias
Que serviam os propósitos
Não se submetiam, por lógicos
A essas leis das tiranias!

Pois aí a pátria unia-se!
Ao redor das instituições!
Os três efes – multidões!
A qu’a política servia-se!

E ficando como símbolo
Dessa era de milagres!
Ainda por lá s’aspiram os ares
Do regime, como sândalo!

Por isso lá temos que ir
Como política presente!
Pr’a mostrar qu’o antigamente
Tem vontade de ressurgir!

E só um clube do norte
Dessa cidade liberal!
Pode mostrar, na capital
Qu’o país é todo forte!

E não se pense qu’a política
Só se joga no executivo!
Pois qualquer jogo recreativo 
Tem o peso da apologética!

E disso sabia o regime
Que servindo-se da religião
Fez do futebol e da canção
O seu sustentáculo mais firme!

“A contrario” vamos vencer
Essa prova do calendário
Nesse estádio, corolário
Do centralismo e poder!

É só passar o Estoril…
E caminhar a Oeiras!
P’la marginal, pelas eiras
Até à conquista “d’Abril”!


   

Por: Joker

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Jackpot!

#Benfica #Sporting #FCPorto #Paixão



Saiu-lhes o Jackpot!
Nessas vendas Rodrigais
45 Milhões, valores fiscais!
O clube já está no top!

Venderam o perneta!
O suplente esquecido!
15 milhões, bem escolhido!?
Quanto valerá o Urreta?

Os fundos estão-lhes no goto
No percurso do Roberto!
Ele há tanto chico-esperto
Neste mundo do “desporto”!

É só lucro e a somar!
E só os cedem no final!?
75 milhões no total!
Par’o passivo limpar!?

Coisa utópica, por certo
Pois os milhões são da treta!
Sem o empréstimo, arrebenta!?
Por isso o negócio à “Roberto”!

S’o melhor jogador
Foi vendido por metade!
Quem acredita nesta “verdade”
Dum clube tão bom vendedor?

E é tant’a propaganda
Qu’até o Manha se rende!
O benfica que bem que vende!?
E ainda assim até comanda!

O campeonato atípico
Ond’o um Porto competente
Há muito estaria contente
E o Tetra há muito escrito!

Mas o Paulo insiste
Em inventar algo pior
No seu percurso amador
Num jogo que não existe!

Mas a culpa não é solteira
E a Direcção mostra razões
Nas suas piores decisões
O resultado de tanta asneira!

E aquele meio-campo já era
Na saída do Moutinho!
O James p’lo mesmo caminho…
Sem Lucho, a finisterra!…

Pois só isso atenua
Este percurso ingrato!
A derrota como hiato
Como desculpa tão crua!

E só nos podemos prever
Nesse sucesso por nós!
Outros escudam-se em Ohs!
Por suas paixões, em vencer!

Mas o destino entrecruza-se
Em ritmos de fatalidade!
Por dois minutos, sacralidade!?
E por esse tempo….acusa-se!?

E na resposta do universo
Com todo o tempo do mundo!
O campeonato ao fundo…
Num tempo em retrocesso!

É muito tempo e dinheiro!
Um verdadeiro jackpot!!!
S’até o clube do norte
Se vê, de momento, em terceiro!

E é bom de aproveitar
Este manancial de paixão!
Em tempo, dinheiro, ilusão!?
Ou o apito pronto a’pitar!

Mas o tempo mostra-se irreal
E os fundos proveitos utópicos!
Nos passivos, gigantes psicóticos
Vagueiam em tamanho lodaçal!

Só as brigadas não são especiais
Oriundas do centro da terra!
Em processos d’enorme leva
Qu’em Lisboa os corruptos são residuais!

Por isso assobia-se pr’o lado
As paixões estão auge do tempo!
E o dérbi que se joga, de momento
Justific’o negócio “por outro lado”!

E assim, neste apito final
O dinheiro é a prova de fogo!
Jackpot! Qu’o fundo não é logro!
E o sporting que se tem, por igual!?

Só perderam por azar, por apito!
Os penaltis por intensómetro!
Nesse jogado jogado, o cronómetro
Ditou o vencedor, aflito!..

Só o benfica no último minuto
Ganhou o penalti da ordem!
Tudo normal, é conforme!
A paixão é seu indulto!

Pois, a carga é evidente!
Vê-se o Djuricic no chão!
Rasteirado, pois então…
Na decisão, inteligente!

Só qu’o Cardoso, justiceiro
Vend’a oportunidade perdida
Tenta fazer p’la vida…
E marc’o penati rasteiro!

Destituindo o Lima
Como antes o timoneiro!
“Marco eu, companheiro!
Pr’a me venderem acima!”

Pois vindo de nov’o Turco
Com uma proposta irrisória
Só uma proposta “milionária”
O poderia levar d’usufruto!

Já que de tão endinheirados
Qu’andam lá por benfica!
Só por uma proposta rica
Se sentiriam compensados!

Pois os fundos bem disfarçam
Os desvarios dos empréstimos
Obrigacionistas, polémicos
Que nessas taxas se pagam?

É pois, um Jackpot!!!
Por acumulação do prémio!
No fundo, paga-se o grémio
Nesse empréstimo de capote!

Pois não havendo comprador
A quem vender esses pérolas!
Anunciam-se nessas auréolas 
Como o maior vendedor!

E só num país-faz-de-conta
Se vendem, pois, tais dislates!
Por anúncios, em escaparates 
Como vendas d’arromba!

E sei o saldo do balancete
Que levou o ROC a fugir!
Um Jackpot!!! Só rir!!!
E a quem calhou o bilhete?…

Com muita Paixão!!!



Por: Joker

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Meio campo de Lucho?




#FCPorto #LuchoGonzalez #PauloFonseca

El Comandante Lucho Gonzalez deixou o plantel do F.C. Porto no mercado de Inverno, quando poucos o previam. A justificação pública, tanto do clube – pela voz de Paulo Fonseca - como do jogador, apontam no sentido de se ter tratado de uma oportunidade única nesta fase da carreira do jogador, que assim faz um contrato milionário a apenas 6 meses de terminar o vínculo anterior.





Contudo, na opinião de vários adeptos e mesmo comentadores, a facilidade com que o clube deixou sair Lucho deve-se essencialmente ao seu abaixamento de forma nos últimos tempos, abaixamento esse que tem sido associado à sua idade. A perda de influência do antigo capitão no jogo portista era evidente, e muitos associaram esta saída – sem retorno financeiro directo para o clube – como uma boa resolução tanto para o treinador, como para o jogador, evitando-se assim uma situação de banco para um símbolo do clube.

Mas será verdade que Lucho não tinha mais para oferecer ao jogo portista? E será que o seu rendimento estava abaixo da bitola média da equipa?

Facto: tirando breves momentos em alguns jogos (como a 1ª parte no Dragão contra o Guimarães e a 2ª com o Braga), nunca a equipa do Porto este ano jogou com um 8, um jogador com as características de Lucho. O argentino foi sendo encostado ora à frente (jogando entre a posição 10 e 2º avançado, algo que o desgastava muito mais que a qualquer outro elemento em campo) ora atrás (integrando o famoso duplo pivot, ao lado de Fernando). Com isto chega-se ao óbvio: Lucho praticamente nunca jogou na sua posição esta época. Se a número 10 ainda foi disfarçando, devido à grande cultura tática que tem e, ao contrário da opinião generalizada, à frescura física que apresentou nos primeiros meses da época; no duplo pivot jogou sempre abaixo do seu nível. 

Justificações há muitas: a começar pelo seu decréscimo de forma (por se ter andado a desgastar em demasia quando jogava a 10), passando pela anarquia táctica da equipa que se vem acentuando de mês para mês, para terminar no facto de Lucho nunca ter tido as características que este lugar, neste sistema, pede: um jogador rápido, rotativo e intenso, sendo que para este ponto também contribui muito a sua quebra física.

Respondendo à questão em cima: Lucho tinha mais para oferecer à equipa, mas para isso tinha de ser melhor gerido e a equipa necessitava de jogar de outra forma. E aqui vem a 2ª questão. Não faz sentido adaptar a equipa a apenas um jogador como Lucho, mas a verdade é que Lucho não estava abaixo da bitola. Logo, o problema nunca foi Lucho, mas sim todo sistema táctico que, desde início, emperra no meio campo.

Além destes pontos, há a questão do balneário, sendo Lucho unanimemente reconhecido como grande profissional e uma voz ouvida e respeitada no balneário.

Numa época complicada, onde o título está difícil, fará sentido deixar partir o capitão a meio? Ainda para mais com perspectivas de se perder o outro esteio do meio campo (Fernando), por questões extra futebol?
Desde a saída de Lucho já aconteceram 2 jogos, ambos contra o mesmo adversário, o Marítimo, e em ambos o problema do meio campo não só se manteve, como se acentuou.

No jogo do Dragão, a equipa começou com Fernando, Defour e Carlos Eduardo, solução lógica no momento. Mas os problemas eram os mesmos, sendo que foram claramente acentuados quando, cedo na partida, Fernando se lesionou e deu lugar a Josué, que partilhou o duplo pivot com Defour. O que se viu? Uma equipa sem capacidade de pressionar no meio campo, com saída de bola ainda mais deficiente que o comum e com os 2 médios mais defensivos bem longe de Carlos Eduardo e sem capacidade de chegada à frente.

A solução seguinte nesse encontro foi a entrada de Quintero para o lugar de Defour, recuando Carlos Eduardo. A equipa acabou por vencer, mas mais por sorte e querer dos jogadores, do que por engenho táctico. O “buraco” do meio campo era evidente, a incapacidade de recuperar bolas gritante. Mas a vitória surgiu, num jogo onde a equipa teve de dar a volta.

O que faz Paulo Fonseca no jogo seguinte? Começa com Defour, Josué e Carlos Eduardo, devido à “lesão” de Fernando e , quando se vê a perder, não perde muito tempo e troca Defour por Quintero, ignorando todos os sinais de alerta do jogo anterior, olhando apenas para o resultado.

Desta vez a vitória não surgiu, nem sequer o empate. Os problemas foram os mesmos, problemas esses que não afectam apenas a defesa, mas também o ataque, porque a capacidade desta equipa recuperar bolas no meio campo é perto de nula.

Portanto, o problema não era seguramente Lucho, sendo que a saída do Capitão agrava ainda mais o estado do meio campo se não houver Fernando, dificultando a transição.

Contudo, não é por ter Lucho que estes problemas estariam resolvidos.

O problema é o treinador, e a solução só pode ser uma: mudança!

Todas estas questões já foram analisadas e discutidas e Paulo Fonseca teve tempo suficiente para repensar a sua ideia de jogo e aplicar as mudanças. Nunca o fez, nem deu sinais de o pretender. O ciclo terminou, apenas se espera a demissão. E num curto espaço de tempo, sob pena de hipotecar o resto da época.

Por último devo referir outro dos aspectos apontados por alguns adeptos para a forma como a saída de Lucho foi facilitada: o facto de a SAD já dar esta época como perdida.

Refiro este ponto, mas não dou grande importância porque me recuso a acreditar que numa época que vai a meio, e com tanto para ganhar, alguém da direcção desista.


Por: Eddie the Head

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Andebol: FC Porto 33 - 24 Passos Manuel - Ganhar rodando

#andebol #FCPorto #Wilson




O FC Porto recebeu esta tarde o Passos Manuel para o campeonato Nacional e ganhou com facilidade. Com este resultado manté-se na liderança com 4 pontos de vantagem sobre o clube do menino da lágrima. Convém no entanto lembrar que temos 2 jogos a mais (este e o realizado esta semana em Fafe). 





Este jogo foi o 2º entra ambas as equipas este fim-de-semana. Ontem foi a nossa vez de os visitarmos. O jogo foi para a Taça e ganhamos por 34 - 27 passando assim aos quartos.

Como sabemos esta equipa tem sido assolada por lesões. Hoje não fugiu à regra. Tiago, Daymaro e Hugo Rosário estão ainda indisponiveis.

Previa-se um jogo tranquilo. Talvez por isso o ritmo que os nossos atletas deram ao jogo no seu início não foi elevado. Sabíamos que era uma questão de tempo. Assim o jogo teve uns primeiros minutos de equilibrio.

O Passos Manuel optou por uma defesa 3*2*1. No ataque procuravam ataques longos de forma a manteram o ritmo em padrões que conseguissem acompanhar. A nossa equipa, ao contrário do que tem sido habitual, também optou por uma defesa mais subida. Chegamos inclusivé a fazer marcação individual na 1ª linha do ataque adversário. Uma forma de testar outras soluções certamente...

Gilberto entrou com a mira afinada, foram dele os nossos primeiros golos. Schubert acompanhou-o logo a seguir e começava a abrir o livro com as suas já famosas roscas. Contudo não descolávamos no marcador. Ao fim dos primeiros 10 minutos o marcador mostrava um empate a 5 golos.

Aos 12 minutos surgiu a nossa primeira vantagem de 2 golos (7 - 5). 

Estávamos a procurar sobretudo situações de golo aos 6 metros. É de notar que os nossos 3 jogadores de 2ª linha a meio da 1ª parte já tinham marcado e mesmo Wilson e Gilberto facturaram com incursões aos 6 metros. Em jeito de antecipação podemos dizer que marcamos 10 golos aos 6 metros e 5 de contra-ataque nos primeiros 30 minutos. 

Aos 20 minutos a diferença era ainda curta, mas já a crescer (11 - 8).

Foi neste período que disparamos definitivamente no marcador. Bastou um ligeiro aumentar do ritmo e um maior acerto na finalizações. Com algumas saídas rápidas e boas decisões na hora de remate vimos o resultado a crescer a cada minuto. Em 5 minutos uma vantagem de 3 golos tornou-se numa vantagem de 7 (16 - 9).

Sentia-se que estava ganho, mesmo estando na 1ª parte. Obradovic começou uma forte rotação na equipa. Spínola já tinha entrado e nestes minutos seguiram-se Belmiro, Nuno Carvalhais e Miguel Martins.

Ao intervalo 18 - 12. Nota para o derradeiro golo neste primeiro tempo. Havia uma falta para cobrar mesmo o apito já tendo soado. Wilson ia tentar algo raro, marcar nestas situações. Era ele contra 7 adversários, 6 no bloco e 1 na baliza. Wilson ganhou a todos, foi golo... Grande Wilson!

A 2ª parte trouxe ainda mais alterações. A já habitual na baliza, com Laurentino a render Quintana e igualmente mudança nas pontas. Iam jogar Hugo Santos e Miguel Sarmento (este sofreu um toque logo aos 20 segundo e só regressaria de novo uns minutos depois). Alguns dos jovens lançados no primeiro tempo continuavam igualmente em campo.

A juventude confirmou a regra. Mesmo com eles em campo a vantagem continua a aumentar. Ao fim dos 10 minutos 24 - 16. Ao fim dos 20 minutos a primeira vantagem na casa das dezenas (29 - 19).

Bastava apenas esperar pelo fim do jogo e deixar que os nossos míudos jogassem e ganhasse, Que errassem também. Sempre que acontecia Obradovic corrigia o que estava errado. Fundamental para crescer ter um treinador assim. Sorte a destes jovens que se tornarão a cada dia, a cada jogo, melhores atletas. Sorte a nossa que podemos ter confiança no futuro.

No fim da partida o marcador mostrava 33 - 24. Tudo fácil.

O próximo jogo será diferente. Na próxima sexta-feira a recepção ao poderoso Kielce. Nada temos a perder, podemos ter muito a ganhar. Vamos criar uma atmosfera como sabemos e ajudar os nossos a conquistar um triunfo histórico.



FICHA DE JOGO

FC Porto Vitalis-Passos Manuel, 33-24
Andebol 1, 20.ª jornada
2 de Fevereiro de 2014
Dragão Caixa

Árbitros: Bruno Rodrigues e Carlos Capela (Aveiro)

FC PORTO VITALIS: Quintana (g.r.), Gilberto Duarte (3), Wilson Davyes (4), João Ferraz (4), Alexis Hernandez (5), Mick Schubert (5) e Ricardo Moreira (4)
Também jogaram: Hugo Laurentino (g.r.), Pedro Spínola, Belmiro Alves (3), Miguel Martins (1), Nuno Carvalhais (1), Hugo Santos (3) e Miguel Sarmento
Treinador: Ljubomir Obradovic

PASSOS MANUEL: Alexandre Moura (g.r.), Pedro Sequeira (7), Belone Moreira (6), Hugo Fernandes (2), David Piedade (1), David Pinto e Fernando Ramos (2)
Também jogaram: Ângelo Monteiro (g.r.), Benedito Donge, Bruno Cunha (1), Vladimiro Bonaparte (2), Diogo Lopes (2) e Bruno Magalhães (1)
Treinador: João Comédias

Ao intervalo: 18-12


 Por: Paulinho Santos


Segunda Liga, 28.ª jornada; FC PORTO B 2 - 0 MARÍTIMO B

#FCPorto #FCPortoB #SegundaLiga #GonçaloPaciencia

O Porto B recebeu e venceu o Marítimo B este Domingo, na 28ª jornada da segunda liga.

Com Herrera, Reys e Ricardo "emprestados" pela equipa principal, o Porto B entrou forte e dominador.





A equipa portista dominou todo o primeiro tempo apresentando um meio campo coeso, com Mikel e Pedro Moreira a libertarem Herrera para um papel mais criativo. No ataque Ricardo furava pela direita e Tozé flectia da esquerda para o meio, com Rafa a subir e a assumir o flanco.






A equipa dominava, pressionava alto e recuperava bem a bola. No entanto, apesar da superioridade faltava encaixar o último passe.

O golo de Pedro Moreira acabou por premiar a iniciativa portista, depois de uma arrancada pela direita de Ricardo.

Na defesa tudo tranquilo (à excepção de uma asneira de Tiago Ferreira).

Na segunda parte, tudo mudou e para melhor. Logo no início Luis Castro tira Herrera e coloca em campo o jovem extremo Kayembe. Tozé passa a jogar no meio e a desempenhar o papel de criativo e Kayembe junta-se a Ricardo na exploração das alas.

A equipa não perde consistência defensiva, mas ganha criatividade, velocidade e torna-se mais incisiva.

As oportunidades de golo sucedem-se. O trabalho dos extremos faz com que Gonçalo Paciência ganhe outro peso na área.

Mikel e Pedro Moreira continuam a reter as investidas do Marítimo e a dar completa liberdade a Tozé para organizar e abrir nos extremos.

O golo de Reys acabou por ser o prémio merecido para a equipa, depois de um livre bem marcado pelo especialista Rafa.

Até ao fim, o festival de bom futebol continuou com Ivo também a dar um ar da sua graça, depois de substituir Ricardo e Gonçalo marcar 2 golos mal anulados pelo assistente.

Foi sem dúvida um dos melhores jogos da época e uma demonstração do que pode ser esta equipa.


Análise individual:

Kadu: Uma saída em falso. Não teve grande trabalho.

Victor Garcia: Um regresso às boas exibições. Bem na defesa e muito activo no ataque.

Reys: Sempre seguro. Alguns bons cortes.

Tiago Ferreira: Duas asneiras que podiam ter causado dissabores. Num outro lance divide com Rafa culpas.

Rafa: Tem de estar mais atento na defesa, mas no ataque é uma enorme mais valia. Um pé esquerdo que coloca a bola onde quer.

Mikel: Bom jogo do trinco portista. Recuperou imensas bolas. Bem na pressão.

Pedro Moreira: Melhor em campo. Foi tanto na primeira como na segunda parte o jogador central para o bom futebol da equipa. É o pêndulo.

Herrera: Algo apagado e pouco inspirado. Saiu ao intervalo.

Tozé: Esteve bem na ala, mas o seu futebol ganha asas no meio campo. Um verdadeiro criativo.

Ricardo: Boa exibição. Fundamental no primeiro golo e a combinar com Victor Garcia.

Gonçalo: Bons pormenores na 1ª parte, mas foi na segunda que se destacou. Marcou 2 golos mal anulados e fez uma finta absolutamente fantástica.


Kayembe: Entrou muito bem em jogo. Muito activo, potente, veloz, irreverente. Uma das boas surpresas deste Porto B.

Ivo: Entrou bem em jogo e fez um grande passe para Gonçalo.

Tomás: Rendeu Mikel e cumpriu.



FICHA DE JOGO

FC PORTO B-MARÍTIMO B, 2-0
Segunda Liga, 28.ª jornada
2 de Fevereiro de 2014
Estádio de Pedroso

Árbitro: Hugo Pacheco (Porto)
Assistentes: Cristóvão Moniz e Luís Cabral

FC PORTO B: Kadú; Víctor García, Reyes, Tiago Ferreira e Rafa; Mikel, Pedro Moreira (cap.) e Herrera; Ricardo, Tozé e Gonçalo
Substituições: Herrera por Kayembe (46m), Ricardo por Ivo (62m) e Mikel por Tomás Podstawski (81m)
Não utilizados: Caio, Frederic, Leandro e André Silva
Treinador: Luís Castro

MARÍTIMO B: José Sá; Tiago, Ricardo Alves (cap.), Fábio Santos e Armando; Kiko, Carlos Daniel, Filipe Oliveira e Alex Soares; Edivândio e Fábio Abreu
Substituições: Edivândio por Jorge Chula (17m), Carlos Daniel por Ibrahim (46m) e Fábio Abreu por Teng Lei (82m)
Não utilizados: Rui Vieira, Luís Miguel, Cristiano e Dino
Treinador: Ivo Vieira

Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Pedro Moreira (39m) e Reyes (67m)
Disciplina: cartão amarelo a Jorge Chula (41m), Mikel (45m+2), Alex Soares (58m), Kiko (62m), Ricardo Alves (67m) e Gonçalo Paciência (87m); cartão vermelho a Alex Soares (77 m)


Por: Prodígio 

Liga Zon Sagres, 17ª Jornada; Marítimo 1 - 0 FC Porto

Folgar as costas








Não é justo, nem porventura seja o mais importante. Mas nesta fase, confesso, estou-me nas tintas. Esta crónica resume-se às declarações finais de Paulo Fonseca, e pouco mais.






Disse o treinador do FC Porto, no fim do jogo, duas frases que ainda perduram na minha mente: “Foi um jogo em que o Marítimo ganhou por 1-0” e “vamos tentar corrigir este resultado nesta quarta-feira”.

A primeira frase, à primeira vista, não passa duma daquelas sensaboronas verdades redondas. Mas é muito significativa. Demonstra bem a profundidade da análise.

A segunda frase é demasiado fraca para um treinador do FC Porto. O tentar é lesa FC Porto. Ainda para mais, estando em causa uma eliminatória.

Mas é surpresa? Não. Paulo Fonseca há muito que demonstra a sua debilidade. Nem percebe o que lhe aconteceu, nem lança uma mensagem, um rumo para o futuro. Sobrevive. Mantém-se num estado comatoso, alimentando-se dos “Penafieles” que visitam o Dragão para mascarar um descalabro já quase sem memória. Um descalabro que se iniciou em Novembro! Há quanto tempo não tínhamos uma série tão negra fora de casa? Catorze jogos disputados e seis vencidos. Isto não é o FC Porto.





Bem sei que Paulo Fonseca não é o mal do FC Porto. Longe disso. Há responsabilidades bem maiores que as suas. Bem mais graves. Não só pela volumetria do erro, mas sobretudo pela persistência. Os superiores interesses do FC Porto andam pela rua da amargura. E até será por este prisma que se percebe a continuidade de Paulo Fonseca. Escudo humano. Enquanto a sua debilidade para o cargo nos agredir, enquanto a sua incapacidade para ser treinador do FC Porto nos ferir, não iremos verberar com quem realmente tem os cordelinhos na mão.





Sim, Paulo Fonseca é, e há muito, um problema adiado. Não é solução para nada. Até já se tenta esconder atrás do FC Porto, apelando à sua grandeza e evocando a história de sempre lutar até ao fim. Compreensível. Ele já tentou sair, já reconheceu a sua incapacidade para dar a volta ao texto, mas mantiveram-no lá. Enquanto for Paulo Fonseca a apanhar, folgam as costas de peixe graúdo.

Mas pronto, já se percebeu que a sua continuidade em nada contribuirá para a solução, pelo contrário, só agravará a degradação. E quanto mais degradado for o estado do FC Porto, mais difícil será voltar a subir. Chegamos à altura chave da época. Ou mudamos e evoluímos. E ainda teremos uma palavra a dizer na luta pelo título. Ou continuar o caminho da degradação, esperando um milagre já quase fora do alcance e do poder divino, é arriscar acabar a época com uma classificação tenebrosa.

Portanto, aqueles que até agora tiveram as costas folgadas e que têm os cordelinhos na mão, já não se podem esconder atrás de Paulo Fonseca. Chega a hora da decisão.

Quanto ao jogo, recordo que já estamos em Fevereiro e em plena segunda volta. Este FC Porto não joga puto. Zero. Nada. Não tem solidez na defesa. Tem um meio campo que mete dó. Uma confusão danada, para lá de qualquer explicação. Um meio campo que leva surra de qualquer meio campo minimamente organizado. E um ataque que vive do momento, do lance individual ou do falhanço alheio.

Mais grave que isso, este FC Porto não tem garra, não tem alma, não tem vontade. É um espelho fiel da liderança (?) que o conduz. Um FC Porto patético, absurdamente ingénuo e incompetente.

Bastou ao Marítimo largar o seu fato quase B, que por pouco não entalou o FC Porto no Dragão, para ser demais para o FC Porto. A primeira parte do FC Porto nos Barreiros é um insulto. Tomo-a assim. Os primeiros 30 minutos, então, são tão pobres, tão miseráveis, que nem são explicáveis. Lá está, esta equipa nem reage. Fomos os primeiros a jogar nesta jornada. Somos quem corremos atrás. Vamos defrontar um adversário tradicionalmente difícil, em sua casa e após um susto pregado por esta equipa, embora com alguns jogadores suplentes. E somos varridos pelo Marítimo. Varridos.

Mas o que mais assusta é que já nem há surpresa ou revolta. Já sabíamos que o desastre era eminente. Que esta equipa de Paulo Fonseca é frágil que uma efémera bola de sabão.

A segunda parte trouxe um Marítimo mais respeitador. Decidido a ganhar um jogo sem sofrer golos, pela primeira vez neste campeonato. Trouxe um Marítimo desejoso de defender a vantagem e acabar com uma série negra.





Do lado do FC Porto, só desespero, exaltação e salve-se quem puder e o que puder! Tivemos três bolas de golo, verdade. Também o Marítimo podia matar o jogo, sobretudo na fase louca de Paulo Fonseca que, borrifando-se nos resquícios de táctica e organização que ainda existem, mete tudo o que é avançado e médio ofensivo e acaba o jogo com dois blocos. Os da frente e os de trás. Dois blocos anárquicos. Todos misturados e atabalhoados.





Que mais dizer? Fim de linha. Para ser correcto, Paulo Fonseca já não é um problema adiado. Bem sei que o escrevi ainda algumas linhas atrás. A única coisa adiada em Paulo Fonseca é sua saída. Nunca foi solução e até já deixou de ser um problema. Já não é líder. Já não é treinador. É um desesperado à espera de misericórdia. Que aqueles cujas costas folgam se cansem de o usar.

A esses, muita atenção. Acabou a margem de erro. Acabou a tolerância. Se o título (ainda) está ao nosso alcance, o caminho para ele não é este. Precisamos de um treinador. De uma liderança, de uma nova alma. Precisamos de reagir. Não só de tentar.


Muito vos tem folgado as costas!



Análises Individuais:

Helton – Não teve grande trabalho e no penalti foi bem batido.

Danilo – Erros tão primários que chegam a ser incompreensíveis. Atabalhoado. Desconexo. Errático a defender e um penalti patético.

Alex Sandro – Mais estável que Danilo, sobretudo a atacar, mas sem grandes fulgores.

Maicon – Um central que tem brio em jogar no FC Porto não pode ficar indiferente a uma exibição como ele fez hoje. Um central do FC Porto não pode ser comido de toda a forma e feitio como lhe fez Derley durante os primeiros 30 minutos. Jogador este que está longe de ser um craque. Que tenha vergonha na cara. Após esses 30 minutos, continuou a apanhar bonés, mas ao menos não foi de forma tão vergonhosa. Banco!

Mangala – Afectado pela encefalopatia do seu colega, também tratou de arriar a giga! Fora de controlo, sem o mínimo de noção de como controlar um jogador chato e corpulento, mas sem grandes recursos técnicos. Foi mau, mas não tão mau como Maicon.

Defour – É de uma regularidade espantosa. Nem joga bem, nem mal. Nem sei se joga, sequer. Um passarinho no lance do penalti, tão tímido que foi. Lá fez de Fernando, versão pirata. Na verdade nem deu muita força ao meio campo. Nem deixou de dar. Defour, portanto. É como aquele adoçante que dizem que adoça, mas tem que se gastar um quilo para uma chávena de café.

Josué – Os tempos em Paços deixaram uma marca profunda na psique de Paulo Fonseca. Já foi (falso) extremo e já foi 8. Já fez duplo pivot e agora até de 6 já faz. Só rende a 10, mas é onde Paulo Fonseca parece recusar-se a utilizá-lo. Um dia será central, no zénite do desespero, imagino. É uma espécie de pedra filosofal para Paulo Fonseca. Acha que fez um trabalho de recuperação tão maravilhoso como o rapaz, que este rende em todo o lado, menos no seu sítio.

Carlos Eduardo – Gostei. Na desgraça que foi o meio campo, foi o único que ainda criou alguma coisa e que se oferecia ao jogo. O homem não joga sozinho e não faz mais porque tudo à sua volta é mais cáustico que o mar morto. Por fim, é ele quem tem que bater TODAS AS BOLAS PARADAS!!!

Varela – Apareceu para falhar um golo lá para a segunda parte. Comido por todos os laterais do Marítimo (e foram quatro). Ei-lo de volta à mediocridade. E Kelvin?

Quaresma – Primeiro, devia ser proibido de bater bolas paradas. Segundo, fez um jogo aos solavancos, como tem sido o seu timbre. Mais tempo parado que a brilhar, mas isso já é costume. Para ser o salvador da pátria terá que jogar muito, mas muito, mais do que tem feito.

Jackson – O melhor em campo. Sofreu medonhamente 30 minutos de seca extrema. Nem UMA bola lhe chegou. Uma! Na altura do “molhinho à Paulo Fonseca”, revolta-se e faz de extremo e de 10! Jogador a mais para equipa a menos. Jogador a muito mais para treinador a muito menos.


Quintero – Entrou bem, fez o que pôde e não tem culpa que já não existia meio campo para suportar o seu talento. Acabou abafado, claro. Ainda passou pelo flanco, porque o falso extremo ainda está muito na moda e vai sempre bem.

Ghilas – Está visto. Para o molhinho, perde espaço de explosão. Deveria arrancar da ala. Já nem vale a pena!

Licá – Não percebi. Nem era para perceber. É Paulo Fonseca e ponto final.




Ficha de Jogo:

Marítimo: Romain Salin, Márcio Rosário, Gegé, Patrick Bauer, João Diogo (Rúben Ferreira, 45), Artur (Sami, 74), Theo Weeks, Danilo Dias (João Luiz, 84), Danilo Pereira, Nuno Rocha, Derley
Suplentes: Welligton, Rúben Ferreira, Marakis, Fidélis, Sami, Luís Olim e João Luiz.
Treinador: Pedro Martins

FC Porto: Helton, Alex Sandro, Mangala, Maicon (Licá, 83), Danilo, Carlos Eduardo, Defour (Juan Quintero, 62), Josué, Jackson Martinez, Varela (Nabil Ghilas, 72), Ricardo Quaresma
Suplentes: Fabiano, Reyes, Herrera, Quintero, Kelvin, Licá e Ghilas. 
Treinador: Paulo Fonseca

Árbitro: Nuno Almeida 

Golos:  Derley, aos 12 minutos, através da marcação de grande penalidade.


Por: Breogán



sábado, 1 de fevereiro de 2014

FC Porto 4 - 1 Candelária - Regresso tranquilo às vitórias


O FC Porto recebeu esta tarde o Candelária para a 14ª jornada do Campeonato Nacional. Ganhou e mantém-se no 2º lugar, atrás do Valongo, nosso próximo adversário nesta competição.





Perante cerca de meia casa e ainda sem o contributo de Reinaldo Ventura, a nossa equipa entrou em campo disposto a esquecer o descalabro da jornada passada. Tó Neves efectuou uma alteração em relação ao 5 mais habitual, Hélder Nunes substituiu Pedro Moreira.






Desde o início se percebeu a tendência deste encontro. Nós íamos atacar mais, o Candelária tentava fazer da consistência defensiva o seu maior trunfo. Eles desde cedo começaram a defender em 3*1 e a tentar sair rápido e directo para o contra-ataque. Nós, pelo contrário, atacávamos de forma mais criteriosa, a determinar o ritmo do jogo e  a empurrar o adversário para a nossa zona de ataque. 

Assim, sem surpresa, assistimos a um claro domínio portista desde o apito inicial. O maior perigo que nos podia surgir era através de contra-ataque, mas nem isso permitíamos. Conseguimos reagir sempre bem à saída do adversário, pressionando logo junto à baliza adversária. Raras foram as vezes em que conseguiram mais que 2 ou 3 passes. Jogadas de perigo só na baliza do Candelária.

Aos 5 minutos de jogo penalti a nosso favor. No jogo passado falhamos muitos destes lances. Hoje marcamos logo no 1º lance do género. Hélder Nunes foi cobrar e fê-lo com classe, uma bola muito puxada junto ao poste. Golo! Estava aberto o marcador cedo, tal como queríamos.

Mesmo em desvantagem o Candelária não alterava a sua filosofia. Fechados, a tentar não sofrer como principal objectivo. naturalmente estávamos mais próximos do 2º que eles do 1º golo.

Logo no minuto seguinte ao golo, muitas dúvidas numa jogada de Barreiros. A bola parece ter entrado, mas é impossovel ter certezas. Como não havia forma de julgar sem hesitações este lance o árbitro marcou golpe duplo. Nada a dizer...

O jogo decorria sempre igual. Nós a tentar marcar, o Candelária a tentar não sofrer.  Contudo, os minutos iam passando e continuava o 1 - 0. 

Tó Neves inicia então a rotação. Primeiro Pedro Moreira renderia Caio. Já estava preparada a segunda alteração (Vitor Hugo por Barreiros) quando finalmente marcamos o 2º. Estavam passados 12 minutos quando Jorge Silva numa jogada sobre a esquerda passa por um adversário. Segue com a bola e vê Hélder Nunes a surgir pelas suas costas. Faz um passe atrasado e Hélder Nunes com um remate na passada conclui uma boa jogada. 2 - 0. Mais justo, embora curto para o que víamos.

O 3 - 0 surgia a 7 minutos do intervalo. Jogada de Pedro Moreira sobre a direita, passe interior para finalização à boca da baliza de Vítor Hugo. Um golo típico no nosso jogo quando o nosso nº 30 está em campo. 

Ao intervalo 3 - 0. Jogo tranquilo.

A segunda parte foi mais desinteressante para quem gosta de hóquei vistoso. Mas foi um jogo inteligente da nossa equipa. A vitória nem por um segundo foi posta em causa. Nem quando, aos 6 minutos o Candelária marcou. Foi através de um penalti. Existe falta sim, Pedro Moreira fez falta. mas foi fora da área, embora o jogador adversário tenha caído dentro da mesma. Foi golo, a bola entrou junto ao cotovelo de Edo. 

De realçar que o Porto nesta altura jogava com um a mais. Não sofremos contra 4 jogadores de campo, sofremos com 3.

O jogo estava mais aberto mas sempre controlado e dominado pela nossa equipa. Estávamos sempre mais próximos de festejar que a equipa açoriana. Pedro Moreira, por exemplo ainda atirou ao ferro. Era assim que se iam passando os minutos, mas o marcador não sofria alterações.

O MVP do jogo de hoje, Hélder Nunes, tratou de dar novamente os 3 golos de vantagem. Aconteceu apenas a cerca de 2 minutos do fim. Mais um lance de bola parada, a provar (se tal era necessário) que as falhas do último jogo foram a excepção e não a regra. 

Foi a punir a 10ª falta do adversário. Livre directo para Hélder Nunes marcar. Parte para a bola, tenta passar por cima do guardião contrário e na recarga marca mesmo...

No próximo fim de semana jogo para a liga Europeia. Já estamos apurados, só jogamos para o 1º lugar. Depois sim, um jogo deveras importante. Será na 4ª feira que receberemos o Valongo. Se ganharmos passamos para a liderança. Está nas nossas mãos. Vamos a eles! 



FICHA DE JOGO


FC Porto Fidelidade-Candelária, 4-1
Campeonato Nacional, 14.ª jornada
1 de Fevereiro de 2014
Dragão Caixa

Árbitros: José Pinto (Porto) e Ricardo Leão (Lisboa)

FC PORTO FIDELIDADE: Edo Bosch (g.r., cap.), Hélder Nunes, Caio, Ricardo Barreiros e Jorge Silva
Jogaram ainda: Pedro Moreira, Vítor Hugo e Tiago Losna
Treinador: Tó Neves

CANDELÁRIA: João Miguel (g.r.), Miguel Dantas, Pedro Afonso, Mauro Fernandez e Alan Fernandes
Jogaram ainda: Tiago Resende (cap.) e Francisco Roca
Treinador: Luís Garcia

Ao intervalo: 3-0
Marcadores: Hélder Nunes (6m, 13m e 47m), Vítor Hugo (18m), Miguel Dantas (32m)




Por: Paulinho Santos

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