segunda-feira, 4 de março de 2013

FC Porto e o Tiki Taka Tripeiro.









Decorrido mais um fim-de-semana futebolístico que tem infelizmente como principal novidade o nosso empate em casa do 10º classificado na tabela classificativa da Primeira Liga, como à umas semanas atrás tínhamos empatado igualmente em nossa casa com o 14º neste caso o Olhanense e por consequência o baixar ao segundo posto na tabela classificativa






Centremo-nos precisamente nestes percalços mediante equipas medianas do nosso campeonato, equipas que geralmente como virou moda dizer, estacionam os seus autocarros perto da sua área e rezam a Deus para que num contragolpe, numa transição rápida consigam um golo milagreiro.

O FC Porto de Vítor Pereira tem-se caracterizado esta época por um modelo de jogo bem definido, um modelo que esteve em laboratório praticamente um ano e que agora aparece aos olhos dos adeptos já sustentado, é um futebol de posse e toque curto que vou apelidar de Tiki taka Tripeiro.

Este FC Porto apresenta um ADN muito próprio em Portugal, é uma equipa que gosta de ter bola, que não joga rápido mas procura com o seu modelo desorganizar os adversários fazendo-os correr atrás da bola, que procura sempre várias linhas de passe geralmente curto e que joga com as linhas muito próximas umas das outras, procurando após uma perda de bola ter a segurança de uma rápida recuperação e consequente nova construção, não querendo nunca ser apanhada desposicionada. Não é um modelo de futebol rápido mas é um modelo desgastante para quem tem que correr atrás da bola e um modelo seguro na fase de transição Ataque-Defesa.

Partindo da base táctica do 4:3:3 este FC Porto tem um modelo muito próprio de jogo, Vítor Pereira no seu modo de ver o jogo “despreza” os extremos puros, o extremo que estica o jogo e dá profundidade até a linha de fundo, optando por falsos extremos que no ultimo terço do terreno fletem para o centro procurando o futebol apoiado e a partir daí com toque e tabela ganhar espaço para desfeitear o adversário. Com esta derivação Vítor Pereira a meu ver procura sobretudo entrar na muralha adversária confundindo-a e ganhando ao centro superioridade numérica de modo a alimentar o ponta de lança, geralmente servido no pé.





James é esse extremo, Ismaylov idem e até Varela deixou de ser um flanqueador nato para procurar também ele zonas interiores do terreno. Andando um pouco para trás no tempo percebemos que os extremos flanqueadores que existem no plantel ou estão muito verdes ainda (Atsu e kelvin) ou aos poucos foram emprestados ou até dispensados, socorro-me dos nomes de Djalma e Iturbe, jogadores com características de flanqueadores (mais Djalma) e desbloqueadores que Vítor Pereira achou excedentários na sua visão e estilo de jogo coletivo, não por serem maus jogadores, mas por não se encaixarem no ideal táctico preconizado.



Neste Porto já vimos pelo contrário na função de falso extremo jogadores como Defour ou até Lucho e Moutinho ocasionalmente, o que sustenta em teoria este modelo de jogo tão característico.

É um modelo de jogo que entrando o primeiro golo cedo, é um regalo para a vista e para o futebol, é um futebol de domínio absoluto de vertentes estatísticas do futebol, como o tempo de posse de bola por exemplo que tende em ser arrebatador.

O problema é que como em quase tudo na vida nunca há bela sem senão e neste caso as equipas do campeonato já criaram muitas delas “vacinas” para este estilo de futebol, descendo o seu bloco defensivo e fechando os espaços ao centro.

Como o nosso futebol não é um futebol onde impere a velocidade e o desequilíbrio individual, antes a força do coletivo muito bem estruturado, com blocos baixos como costumam jogar equipas menores do nosso campeonato mesmo nos seus estádios, como foi agora o caso do Sporting, tinha sido antes do Olhanense e antes mesmo com Rio Ave, geram-se com isso dificuldades acrescidas ao nosso futebol caracterizado  em trocas sucessivas de bola e com passes quase no pé, curtos.

Partindo do princípio que quatro terços dos nossos jogos são jogados contra equipas que optam por estratégias defensivas, com blocos baixos e na frente fé em deus e num velocista que lá metem, eu estou em crer que não conseguindo chegar ao golo cedo este tipo de futebol pode e tem jogado muitas vezes contra nós.

É um futebol que em exagero e com o resultado em empate ou até derrota, consome demasiado tempo, joga contra nós no relógio e nessas situações já não raramente vimos com o aproximar do fim a nossa equipa a buscar situações de passe direto mas já sem grande critério.






Eu gosto deste futebol, mas creio que para resultar a equipa precisa de menos régua e esquadro mas de mais improvisação. Precisa no centro do terreno de alguém que acresça imprevisibilidade e criatividade como tão bem tem explicado o Breogán nas suas análises aos jogos (a última das quais uma lição de ler futebol e que deve ser lida e relida AQUI), precisamos de alguém que faça funcionar os flancos, precisa sobretudo de esticar o seu jogo à linha.






Estamos a promover demasiado o toque e menos o cruzamento da linha de fundo para as costas da defesa contrária, se em tempos se podia entender esse futebol em Portugal pelo falta quase genética de verdadeiros avançados centro, hoje em dia com Jackson temos uma solução a roçar o ótimo para desenvolver um futebol de ataque variado e com variadas solicitações.

Hulk dava isso a esta equipa, mesmo não estando o modelo devidamente consolidado, não raramente procurava a linha para cruzar, com a vantagem de nos dar também soluções de criatividade e imprevisibilidade que só por si resolviam jogos ou deixavam as defesas contrárias mais contraídas e assustadas.

Hoje em dia não temos Hulk, mas temos James (!), um James com uma capacidade de passe, criatividade e visão de jogo como mais ninguém no plantel consegue dar e aqui volto a citar Breogán quando diz que não é só de Moutinho que se sente falta”. 

Diz Breogán: 

"Ontem, não foi só Moutinho que faltou. Faltou também um 10 e extremos capazes de alimentar o ataque. Dir-me-ão que isso tem faltado quase sempre esta época! Não podia estar mais de acordo, só que agora para além disso, faltou Moutinho, o nosso 8 com melhor qualidade de passe e dá à equipa maior verticalidade"

É nessas características que a meu ver a equipa tem que apostar de forma declarada no centro do terreno, um James criativo e solto e não um James partindo amarrado de uma linha. Um James mais Alenichev imprevisível e menos Lucho de futebol regra e esquadro.

Juntando a este futebol as variáveis fantasia, verticalidade e profundidade creio que contra estas equipas que só pensam em defender e depois fé em Deus no ataque, resolvíamos grandes bloqueios ofensivos que temos padecido.





Por último e quanto ao campeonato, resta dizer que até ao fim nos restam 9 finais com algumas saídas complicadas nomeadamente à Madeira nomeadamente para defrontar o benfica C onde geralmente ao adversário é prestada vassalagem e contra nós costumam-se esfolar, e ao Nacional num terreno que nunca é fácil e com umas condições climatéricas sempre meio estranhas, não menosprezando os outros adversários e fazendo um pouco de futurologia creio que será nestes campos e depois no nosso estádio aquando da visita do Benfica que se resolverá o campeonato e onde só a vitória nos interessará. 




É nessas 9 finais que temos que estar focados, pensando em nós próprios em primeira instância, não contando com o ovo no dito da galinha porque este ano ou muito me engano ou o adversário de uma forma ou de outra (tenho mais receio da “de outra”) irá conseguir levar os seus adversários de vencida até porque considero terem um calendário teoricamente mais fácil.


Por: Rabah Madjer

Revista de Imprensa - 04 de Março 2013



Liderança conquistada em Aveiro e Sara Moreira de ouro são os principais destaques nas primeiras páginas



   O primeiro lugar do campeonato conquistado pelo benfica em Aveiro, frente ao Beira-Mar, e a medalha de ouro conquistada por Sara Moreira, nos Europeus de Gotemburgo, fazem as primeiras páginas dos diários desportivos desta segunda-feira.
Em grande destaque nas primeiras páginas está Óscar Cardozo, que marcou o único golo dos encarnados em Aveiro, através da marcação de uma grande penalidade, e que foi suficiente para que a equipa de Jorge Jesus pudesse rentabilizar o empate do FC Porto em Alvalade e assumir o primeiro lugar do campeonato nacional.
A conquista do ouro europeu por parte de Sara Moreira nos 3000 metros dos Europeus de Atletismo é outro do grande destaque dos jornais desportivos.
As eleições à presidência do Sporting e os incidentes na tribuna presidencial no último clássico de Alvalade merecem chamadas de primeira página nos desportivos.




O Jogo:

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- FC Porto: Ataque dá tiros de pólvora seca, nos últimos cinco jogos, o campeão precisou de 19 remates para marcar. Antes bastavam cinco...; Condição de James afasta-o do onze, quatro jogos no banco justificados por falta de ritmo e confiança


- Eric Dier fixa-se no meio campo; Ilori passa teste e agarra o lugar.
- Cardozo liderou a fuga: ganhou e marcou o penalti que deixa os encarnados isolados na frente; Artur foi decisivo para segurar a vitória; "Vantagem não resolve nada, vai ser uma luta até ao fim", Jorge Jesus.
- Olhanenses - Braga às 20h30: "Ganhou o Paços? Temos 11 finais", José Peseiro recusa atirar a toalha no campeonato.
- V. Guimarães - Académica às 18h15: D. Afonso Henriques aberto e policiado.
- Inglaterra: Villas-Boas volta ao pódio.
- Atletismo: Sara Moreira vale ouro.




Record:

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- FC Porto: Prioridade é recuperar Moutinho para Málaga



- A bronca da tribuna da Alvalade; Paulo de Abreu desafiou Pinto da Costa a resolver tudo "lá fora"; Fokobo há um ano estava à experiência nos juniores; "Vamos agir mais e falar menos", Bruno de Carvalho e a arbitragem.
- Líder sou eu: penalti de Cardozo dá 1.º lugar ao benfica (Beira-Mar 0-1 benfica); "Cada jogo vai ser como uma final"; águias somam mais 6 pontos do que na época passada; "Temos de estar preparados para lutar", Jorge Jesus.
- Atletismo/Europeu de pista coberta: Sara Moreira campeã dos 3000 metros.
- 2.ª divisão: cenas de violência e destruição no Boavista-Fafe.





A Bola:

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- FC Porto: Moutinho e Mangala podem falhar Estoril, após clássico, nova ausência em perspectiva; Vitor Pereira prefere vê-los a 100 por cento em Málaga.


- Sporting: academia de centrais; no clássico contra o FC Porto, leão teve três defesas da formação em campo..
- Enfim sós! benfica teve de sofrer mas é líder isolado pela primeira vez esta época; águia fica com dois pontos de vantagem sobre os dragões; Cardozo resolveu de penalti aos 16 minutos (Beira-Mar 0-1 benfica); "Deus queira que o FC Porto continue a perder pontos", Jorge Jesus.
- Atletismo: Sara Moreira de Ouro; atleta portuguesa é a nova campeã europeia de pista coberta nos 3000 m.


Notícias sobre o FC Porto:





Rota do título: F.C. Porto está na fase mais perigosa, deslocações consecutivas antes da receção ao Sp. Braga

A nove jornadas do final da Liga, faz sentido olhar mais além. Analisar os desafios que F.C. Porto e benfica, os dois candidatos ao título, têm ainda pela frente. As fases teoricamente mais complicadas, assim como os períodos aparentemente menos exigentes.

O F.C. Porto está, nesta altura, no período teoricamente mais complicado do calendário. É quando o inverno começa a abrir caminho à primavera que a equipa de Vítor Pereira enfrenta maiores dificuldades, tendo em conta também os compromissos europeus.

O mês de março começou com a visita a Alvalade, e agora segue-se a receção ao Estoril. Depois há a segunda mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões, em Málaga. É a primeira de três deslocações consecutivas, sendo que as duas seguintes são para a Liga: Marítimo e Académica. Depois, já no início de abril, o F.C. Porto recebe o Sp. Braga.

Deve-se ter em conta ainda que, caso a formação azul e branca passe aos quartos de final da Liga dos Campeões, o jogo com os «arsenalistas» surge entre os dois encontros da eliminatória europeia.

Mas ainda que este seja, em teoria, o período mais difícil, a reta final da Liga apresenta uma exigência similar: o mês de maio começa com uma visita à Choupana, segue-se a receção ao benfica, em jogo que pode decidir o título, e por fim a visita a Paços de Ferreira.

Falta saber ainda onde vai encaixar o jogo das meias-finais da Taça da Liga, caso se confirme que é o F.C. Porto que defronta o Rio Ave.

Calendário do F.C. Porto até final da época:
8/3: Estoril (c)
13/3: Málaga (f) [Liga dos Campeões]
17/3: Maritimo (f)
30/3: Académica (f)
(1ª mão dos quartos de final da Liga dos Campeões)
7/4: Sp. Braga (c)
(2ª mão dos quartos de final da Liga dos Campeões)
(14/4: Final da Taça da Liga)
21/4: Moreirense (f)
(1ª mão das meias finais da Liga dos Campeões)
28/4: V. Setúbal (c)
(2ª mão das meias finais da Liga dos Campeões)
5/5: Nacional (f)
12/5: Benfica (c)
19/5: P. Ferreira (f)


benfica corre mais riscos no fim

Calendário do benfica até final da época:

7/3: Bordéus (c)
10/3: Gil Vicente (c)
14/3: Bordéus (f)
17/3: V. Guimarães (f)
30/3: Rio Ave (c)
(1 ª mão dos quartos de final da Liga Europa)
7/4: Olhanense (f)
(2ª mão dos quartos de final da Liga Europa)
(14/4: Final da Taça da Liga)
17/4: P. Ferreira (c) [Taça de Portugal]
21/4: Sporting (c)
(1ª mão das meias finais da Liga Europa)
28/4: Marítimo (f)
(2ª mão das meias finais da Liga Europa)
5/5: Estoril (c)
12/5: FC Porto (f)
(Final da Liga Europa)
19/5: Moreirense (c)


Recuperação ao sprint, Moutinho em dúvida até para Málaga

Moutinho quer ultrapassar rapidamente a distensão muscular na face posterior da coxa direita
Assim que João Moutinho se lesionou na véspera do clássico de sábado, as preocupações azuis e brancas passaram, em primeiro lugar, pela capacidade da equipa reagir face à ausência de um dos jogadores mais preponderantes na sua manobra coletiva.



James no fim de uma fila inesperada, sem ritmo competitivo

Foram 34 minutos em campo que não convenceram. Depois do rendimento apresentado por James frente ao Sporting, jogo em que foi suplente utilizado, começam a ser mais percetíveis as razões pelas quais o médio tem iniciado as partidas no banco, desde que recuperou da lesão que o afastou dos relvados desde o início do ano até o meio de fevereiro.

A verdade é que nunca em duas temporadas e meia de azul e branco, o número 10 tinha sido suplente utilizado quatro vezes consecutivas e foi isso mesmo que aconteceu nos recentes duelos com Sporting, Rio Ave, Málaga e Beira-Mar. À exceção do excelente passe que esteve na base do segundo golo de Jackson Martínez frente aos vila-condenses, na 20.ª jornada, o seu contributo tem sido muito reduzido e, por isso, El Bandido terá de apelar para já à sua paciência.


Perigo de exclusão já tem dois nomes, Mangala e Izmaylov

Izmailov viu o seu 4.º cartão amarelo neste campeonato frente aos leões, pelo que está agora em perigo de exclusão na Liga, juntando-se ao francês Mangala.

Fernando também foi admoestado, no caso com o 7.º cartão, estando assim a dois de voltar a cumprir castigo.









Por: Cubillas

sábado, 2 de março de 2013

Sporting CP 0 - 0 FC Porto (Crónica de Breogán)


Feitos num oito!





Comecemos de fora para dentro a análise deste jogo.

Durante a semana existiram duas preocupações mediáticas. Primeiro, retirar toda a pressão ao nosso adversário (que dependia deste jogo para tentar chegar às competições europeias, objectivo ainda recentemente assumido) e colocá-la sobre o FC Porto.





Assim, são cumpridos dois objectivos: o adversário já se pode assumir a sua posição de equipa pequena no campo, sem que venha mal nenhum ao mundo e jogar para o "pontinho" como quem luta para não descer. Ainda por cima, cria-se a ratoeira que o FC Porto tem tudo a perder e o adversário tudo a ganhar. É o avançado holandês do adversário quem sintetiza todo este estado de espírito: tudo fazer para que o FC Porto não seja campeão.


Segundo, uma campanha de hostilização, sobretudo aos jogadores que já vestiram a camisola do clube do campo grande. Aí, o rolo de papel higiénico da travessa da queimada assume papel principal, com uma da capa no dia do jogo que entra para o galarim das mais ignóbeis da memória jornalística do desporto português. Além disso, convoca-se a opinião de ex-reinadores dos verdes para comentarem as aparições de Izmaylov de azul e branco. Ex-colegas também têm opinião e até o médico visconde, que jura tudo ter feito sob juramento hipocrático para salvar o russo. E se mais não fez, é porque o juramento ou a subjectividade da dor não o deixaram! Durante o jogo, e pela primeira vez esta época, os assobios lagartos não eram para os riscados de verde, mas para os "judas" de azul e branco. Acaba no camarote presidencial entre empurrões, apertões e agressões verbais. À sporting: muita "bétice" por fora, mas educação boçal no falar e, sobretudo, no pensar.


Foi este o cenário que se desenhou e ao qual o FC Porto não soube dar resposta. Tantas já foram as vezes que nos pintaram o diabo e em que nós entravamos no jogo com o dito no corpo. Tal era a gana e a raiva de desmentir tudo em golos. Desta vez, não. Não por falta de matéria para espevitar a malta, mas por incapacidade. Jesualdo alega que o sua equipa foi esperta, então é porque esperteza saloia também deve contar. O que Jesualdo fez foi, tão só, copiar o que todos os treinadores de clubes que lutam para não descer fazem frente ao FC Porto: bloco baixo, reforço do meio campo e gente para correr pelos flancos. A esperteza de Jesualdo é a mesma que a de tantos jogos onde o FC Porto viu-se e desejou-se para virar autocarros. Restava confiar na sorte e na ansiedade portista, sobretudo, com todo o circo mediático montado.

No fim do jogo, a pergunta que mais se ouvia para o lado portista era se Moutinho tinha feito falta. A resposta sempre foi não e é correcta. Ontem, não foi só Moutinho que faltou. Faltou também um 10 e extremos capazes de alimentar o ataque. Dir-me-ão que isso tem faltado quase sempre esta época! Não podia estar mais de acordo, só que agora para além disso, faltou Moutinho, o nosso 8 com melhor qualidade de passe e dá à equipa maior verticalidade. Sem esse factor de aceleração do nosso jogo, o FC Porto iria bater no autocarro verde e nem era preciso que este tivesse grande qualidade individual nos jogadores que o formavam. Faltou Moutinho e o resto. E que resto é! Que diferença faz!

O FC Porto não flanqueava, não acelerava o seu jogo ofensivo e limitava-se a somar minutos à sua posse de bola. Vítor Pereira, no fim do jogo, refere que a equipa tentou fazer as coisas demasiado rápido e que, com isso, nem sempre encontrou a melhor opção. Está mais que visto que o problema ainda não foi diagnosticado e que é para manter o modelo de jogo, mesmo perante sistemas de jogo tão fechados. Esta contaminação viral de oitos no meio campo portista, que já ameaça alastrar-se para os flancos, vai continuar.

O FC Porto joga sem estruturação a meio campo e sem extremos para dar amplitude ao seu jogo. Jesualdo, na sua esperteza saloia, limitou-se a colocar dois extremos "ciclistas" sobre os laterais portistas e assim, com tão pouco, aniquila a débil capacidade do FC Porto em flanquear. Restava aguentar uns minutos, deixar a ansiedade crescer e confiar que o meio campo portista, sem um criativo, jamais faria chegar jogo a Jackson. Assim, até um Ilori o pode marcar.






É por demais evidente a falta de soluções ofensivas para desbloquear jogos destes. Onde acaba a responsabilidade da SAD e começa a de Vítor Pereira, ou vice-versa, não sei. Mas mesmo perante este desequilíbrio, o FC Porto tem soluções para fazer face a este problema. Não se podem é mais protelar decisões técnicas. Há um campeonato para ser ganho.






Centrando no jogo, Vítor Pereira faz duas alterações em relação ao onze inicial do jogo frente ao Rio Ave. Alex Sandro, após castigo, volta a assumir a posição de defesa esquerdo e Defour ocupa o lugar do Moutinho. É um meio campo menos dinâmico que enfrenta a dupla de trincos montada por Jesualdo e com muita duplicação de funções, sobretudo na primeira fase construção, o que origina o recuo da linha média e o distanciamento face a Jackson.

O jogo começa logo com um susto. Boa amostra daquilo que o adversário iria procurar no jogo. Perda de bola do FC Porto e Labyad a correr desenfreado em direcção à baliza de Helton. Danilo atrapalha a progressão de Labyad e sem arte para mais, o marroquino atira-se para o chão na área portista. No contra-ataque, Fernando corre sobre o meio campo do adversário e serve Jackson, descaído para o flanco direito. Jackson remata forte, mas Patrício defende com dificuldade.

Aos 8 minutos, livre frontal a favor do FC Porto. Danilo cobra em força e a bola passa rente ao poste direito de Patrício. Aos 15 minutos, volta a ser Fernando a tentar levar a bola a Jackson. Nova arrancada pelo centro do terreno, desta vez, descobre Jackson descaído no flanco esquerdo. O colombiano livra-se da marcação, mas o remate sai torto.





No minuto seguinte, é Otamendi quem tira a bola no momento certo a Wolfswinkel. Cinco minutos depois, Defour aproveita as costas de Miguel Lopes e foge pelo flanco esquerdo. Nenhum central do adversário sai em seu encalço e o belga entra pela grande área dentro pela zona lateral. Só com Patrício a tentar reduzir o ângulo de remate, Defour não teve calma e remata à figura do guarda redes adversário. Mais cinco minutos e nova oportunidade. Lucho bombeia uma bola para a área. Ilori corta a bola de forma defeituosa, deixando-a à mercê do ponta de lança do FC Porto. Quando Jackson já calculava o remate, Patrício ca sobre ele e afasta a bola com uma palmada.



Aos 37 minutos, a última oportunidade para o FC Porto nos primeiros 45 minutos. Jackson recebe um passe de costas para a baliza e fora da grande área. Roda com classe sobre Ilori e tenta acertar no ângulo. O remate sai próximo do objectivo, mas ao lado. Acaba aqui o perigo portista na primeira parte. É um lance que resume bem as dificuldades portistas. Jackson obrigado a jogar fora da área e de costas para a baliza do Patrício. Nas três oportunidades que teve, nenhuma foi na zona 9. Ora descaído nos flancos, fazendo o trabalho dos extremos que não existiam, ora fora da grande área, fazendo o papel do criativo que também não existia. De resto, um livre de Danilo e uma arrancada de Defour a aproveitar um erro de marcação alheio. Até ao intervalo, um grande susto para o FC Porto. Otamendi atrapalha-se com a linha de fora de jogo e permite a Wolfswinkel ganhar espaço em zona frontal à baliza. Dier, sem pressão no transporte de bola, serve o avançado que, isolado e com a baliza à mercê, não leva de vencida Helton.

O intervalo não é bom conselheiro e o FC Porto não entra forte no segundo tempo. Pelo contrário, afunda-se nos seus problemas e com a ansiedade crescente, desliga todo o seu jogo ofensivo. Nem Jackson conseguiria ressuscitar o jogo ofensivo do FC Porto.

Sem jogo flanqueado e sem conseguir criar perigo, Vítor Pereira decide mexer no jogo aos 57 minutos. Tira Izmaylov e coloca James em jogo. O jogo flanqueado não melhorou, como é óbvio, nem o jogo interior ganhou nova dimensão, infelizmente. James entrou desinspiradíssimo e não consegui ser determinante no jogo. Responde Jesualdo, fazendo aquilo que lhe restava fazer. Retira o inócuo Labyad e coloca outro ciclista - Bruma - à procura de melhor inspiração.

O FC Porto arrasta-se no encontro, sem velocidade e sem um pingo de talento na sua acção ofensiva. Aos 68 minutos, Vítor Pereira torna a mexer. Retira Varela e coloca Atsu.

No entanto, é o clube do campo grande quem causa perigo. Aos 72 minutos, Bruma remata ao lado após novo contra-ataque.

Aos 75 minutos, Jesualdo retira Adrien e coloca Carrillo. Abre-se uma porta ao FC Porto para aproveitar a menor pressão a meio campo, mas nem assim Vítor Pereira arrisca. Mantém James a falso extremo e Defour no centro ao lado de Fernando. Aos 79 minutos, Rojo é expulso e Jesualdo retira Capel, colocando Fokobo ao lado de Ilori.




Mesmo perante tão imberbe dupla de centrais, o FC Porto não cria perigo. A bola nem chega a Jackson!!! Tais e tão profundas são as dificuldades ofensivas do FC Porto. Excepção para a ÚNICA jogada flanqueada do segundo tempo! Aos 81 minutos, Alex Sandro liberta para Atsu. Com espaço para correr, o ganês avança para a área do adversário, mas o mau domínio de bola e a dificuldade de armar o remate limitam o seu ângulo de remate e acaba por permitir a defesa a Patrício. Até ao fim, seria o adversário a cheirar o golo por duas vezes. Primeiro, após perda de bola infantil de James, com Helton a ter que arriscar fora da área sobre Wolfswinkel. Depois, já nos descontos, Carrillo desperdiça mais um contra-ataque.




Continuamos dependentes de nós. Correcto, mas não é esse o ponto. Estamos, mais que nunca, dependentes de Vítor Pereira, isso sim. Ou o técnico do FC Porto afronta os problemas crónicos da equipa perante adversários que se fecham e que exploram a nossa ausência dos flancos, ou, encarando o calendário que ainda temos que percorrer, não creio que essa verdade matemática nos valha de grande coisa. Chegou a hora de assumir. Basta deste futebol de oitos a meio campo e um pouco por toda a parte. Temos soluções no plantel para dar profundidade e classe à equipa na hora de atacar. Temos que estruturar o meio campo e tomar decisões técnicas, por ventura difíceis, mas urgentes. Ou então, estamos feitos num oito!


Análises Individuais:

Helton - Acaba por ser um dos salvadores da noite, apesar de ter tido uns momentos à Helton durante a primeira parte. É essa arte muita própria que acaba por nos salvar, já no fim do jogo. Muito boa saída à oportunidade de Wolfswinkel, na primeira parte.

Danilo - Continua a funcionar a diesel no vai e vem do flanco. Tecnicamente, voltou a estar desastroso e distante do futebol que pode apresentar. Creio que todas as suas dificuldades de afirmação têm um substracto físico e não é caso único no plantel.

Alex Sandro - Entra logo com o pé esquerdo, numa perda de bola patética. Capel não lhe deu trabalho algum, mas a sua presença já foi o suficiente para o reter atrás. Sem ajuda no seu flanco, não foi o dínamo ofensivo que costuma ser. Bruma já deu mais trabalho e acaba o jogo de rastos.

Maicon - Veio irreconhecível da lesão. Muito pesadão e errático, está longe do seu nível. Abusou do chuto para a frente e percebeu-se que não estava confortável com a bola. É mais um "caso físico" do plantel.

Otamendi - Fez um jogo que o caracteriza. Tanto fez cortes determinantes, como comete erros de principiante. A forma como deixa Wolfswinkel em jogo na primeira parte é quase hilariante. Ainda assim, revelou-se a peça mais segura na hora de defender. Grandes cortes ao longo da partida evitaram males maiores.

Fernando - Num meio campo onde tudo se pede a toda a gente e a todo o instante, foi ele o principal alimentador de Jackson na primeira parte! Ora aí está um bom sintoma de como vai mal a criação de jogo do FC Porto. Tentou empurrar o meio campo portista, mas não havia forma. Adrien nunca foi ameaça, pois limitou-se a ser "trinco avançado". Sai de campo com a melhor exibição da noite e um cartão amarelo mais que injusto.

Defour - Até fez um bom jogo, mas acabou perdido no meio campo portista. Quase como sem saber o que tinha a fazer. Se calhar, a sua tenacidade no flanco, com James no centro, teriam dado uma alma nova ao flanco direito do FC Porto. É possível. Uma coisa é certa, não teve a verticalidade de Moutinho.

Lucho - Mais um jogo de esforço e pouca glória. Continua a debater-se consigo mesmo na tentativa de esticar jogo ofensivo. Tentou abrir linhas de passe e tabelar, mas Rinaudo tapou-lhe todos os caminhos. Entregou tudo o que tinha, mas não se pode pedir que resolva todos os problemas ofensivos do FC Porto. Já não é jogador para isso.

Izmaylov - Uns bons detalhes salpicados em 57 minutos de pouco futebol. Não é extremo, não tem rotação para ser médio e joga metades de jogos. É ainda muito limitado o arsenal ofensivo de Izmaylov.

Varela - Mantém-e a titular porque a concorrência é ainda mais fraca. Mesmo sabendo disto, a SAD falha a contratação de um extremo em Janeiro. Veremos as consequências desta decisão. Fez mais um jogo sem qualquer pingo de talento para a amostra.

Jackson - Isolado na frente e desinspirado. É verdade que não foi "São Jackson", mas também este jogo ofensivo do FC Porto corta a inspiração a qualquer avançado do mundo. Na primeira parte, tem três oportunidades, nenhuma na zona 9. Na segunda parte, nem bola teve! Como é possível nem aproveitar o avançado que temos?! Como é possível?!


James - Um verdadeiro desastre a sua entrada em campo. Mais um jogador que volta de lesão completamente derreado. Ainda por cima, colocado no flanco, mais se nota. Ainda assim, foi a sua falta de atitude competitiva que mais sobressaiu. Muito mau, mesmo!

Atsu - Teve uma oportunidade e perdeu-a no meio de alguma atrapalhação. Foi presa fácil para Miguel Lopes e nada trouxe de novo ao jogo. Nem a velocidade, que é a sua arma.

Liedson - Um corte defeituoso de quem entrou para jogar na frente. É o melhor resumo deste jogo do FC Porto no campo grande.



Ficha de Jogo:


Sporting-FC Porto, 0-0

Liga portuguesa, 21.ª jornada
2 de Março de 2013

Estádio José Alvalade, em Lisboa
Assistência: 27.436 espectadores

Árbitro: Paulo Batista (Portalegre)
Assistentes: José Braga e Valter Rufo
Quarto árbitro: Luís Reforço

SPORTING: Rui Patrício; Miguel Lopes, Tiago Ilori, Marcos Rojo e Joãozinho; Rinaudo (cap.), Eric Dier e Adrien; Labyad, Van Wolfswinkel e Capel
Substituições: Labyad por Bruma (60m), Adrien por Carrillo (75m) e Capel por Fakobo (80m)
Não utilizados: Marcelo, Cédric, Zezinho e Etock
Treinador: Jesualdo Ferreira

FC PORTO: Helton; Danilo, Maicon, Otamendi e Alex Sandro; Fernando, Defour e Lucho (cap.); Varela, Jackson Martínez e Izmaylov
Substituições: Izmaylov por James (56m), Varela por Atsu (67m) e Defour por Liedson (81m)
Não utilizados: Fabiano, Castro, Abdoulaye e Sebá
Treinador: Vítor Pereira

Cartões amarelos: Izmaylov (38m), Marcos Rojo (44m e 78m), Maicon (70m), Fernando (86m) e Miguel Lopes (89m) e Bruma (90m+1)
Cartões vermelhos: Marcos Rojo (78m, por acumulação de cartões amarelos)








Analise dos Intervenientes:



Vítor Pereira:


 «Ficámos ansiosos...»

«Defrontámos uma equipa que se bateu sempre, que esteve organizada. O primeiro golo não apareceu. Até aos 55 minutos fomos iguais a nós próprios, com boa circulação, mas não fizemos golo. Depois ficámos ansiosos, a querer fazer as coisas muito depressa. Isso permitiu algumas transições ao Sporting. Não é esse o nosso jogo. Não posso apontar nada aos jogadores, mas faltou mais paciência e ser mais esclarecido. Não rodámos a bola.

Moutinho? Não sou apologista de sentir falta de jogadores. A equipa vale como um todo. Procurámos fazer o nosso jogo. O campeonato está em aberto, vamos à luta. Ainda há algum campeonato para jogar. Ainda temos uma palavra a dizer.

Claro que preferia ter ganhado o jogo, vamos ver o que faz o nosso adversário direto. Ainda temos tempo para decidir o campeonato a nosso favor».

Lucho lamenta falta de Moutinho: 

«É muito importante para nós»


«Não é um resultado positivo. Sabíamos que tínhamos de dar tudo e tentámos. Temos de continuar e falta muito campeonato. É uma lástima não ter ganho em Alvalade. Faltou alguma tranquilidade na hora de definir e escolher a melhor opção. Moutinho? O João é importante e todos sabem disso, mas há colegas que o podem substituir. Espero que se recupere, porque precisamos dele. Vamos daqui com um sabor amargo».




Por: Breogán

Segunda Liga: FC Porto B 1 - 0 Sporting B (crónica de Breogán)


Vitória justa do FC Porto B perante um adversário que só na segunda parte foi capaz de se aproximar da baliza de Stefanovic.




No regresso à praça forte do Estádio de Pedroso, o FC Porto B volta a encontrar o caminho das vitórias, perante um adversário que foi a equipa sensação da prova na primeira metade da época. O FC Porto B apresentou três alterações em relação ao último jogo. Abdoulaye, Sebá e Victor Luís foram substituídos no onze inicial por Tiago Ferreira, Edú e Quiño, respectivamente. Com a entrada de Edú no onze, Tozé deriva para o flanco esquerdo, ficando entregue a Edú o vértice ofensivo do trio de meio campo.




O FC Porto B entra muito forte na partida e ganha o controlo do meio campo. Com Kelvin e Tozé bem abertos nos flancos e com a pressão do meio campo do FC Porto B, as oportunidades vão-se sucedendo. O adversário, só consegue criar uma situação de perigo durante a primeira parte e por volta dos 14 minutos de jogo.

O grande destaque das oportunidades perdidas ocorre aos 28 minutos de jogo. Numa situação de três para um e com Tozé na condução do esférico, a oportunidade perde-se em plena grande área do adversário! Tozé demora a libertar a bola e quando o faz, Edú é desarmado por um jogador em recuperação defensiva.
Três minutos depois, Tozé redime-se e faz uma excelente abertura para a diagonal de Dellatorre. O avançado centro do FC Porto B aproveita o seu movimento para ficar na cara de Ventura e na zona frontal à baliza. Deixando de lado a parcimónia que havia deitado por terra a oportunidade anterior, remata com eficácia para o 1-0. Resultado justo e que pecava por escasso, tal a diferença de volume ofensivo entre as duas formações.

Após o golo, o jogo equilibra-se, mas o FC Porto B volta a ganhar ascendente já próximo do intervalo e a desperdiçar mais duas situações de golo.

A segunda parte é bem mais equilibrada. João Mário sobe no terreno, o que causa problemas ao meio campo defensivo do FC Porto B. A distribuição de bola da equipa adversária é mais fluida e as costas dos laterais portistas começam a ser exploradas mais amiúde. O meio campo do FC Porto B recua e Michael Seri passa a jogar mais próximo de Pedro Moreira. A saída de bola do FC Porto B decai em qualidade. Edú revela-se incapaz de travar a progressão de Kikas e não tem capacidade de transporte de bola. Os extremos também entram em sub-rendimento. Tozé, fora dos seus terrenos, revelou dificuldades em esticar jogo pelo flanco e Kelvin a não foi incisivo nas suas acções no segundo tempo.

Rui Gomes reage perante os sinais de alerta e vai solucionando os problemas. Primeiro, retira Edú e coloca Sérgio Oliveira. O FC Porto B ganha maior dinâmica ofensiva e mais qualidade no transporte de bola. Depois, retira Kelvin e coloca Fábio Martins. O elemento fresco e com capacidade de retenção de bola, ao invés de Kelvin, que a cada jogada que passava a perdia com maior facilidade.

Foram alterações que permitiram ao FC Porto reassumir o total controlo da partida e até criar situações para dilatar a vantagem, com destaque para Sérgio Oliveira a permitir a defesa de Ventura após boa jogada individual.

Restava ao adversário o desespero e o chuveirnho para tentar empatar o marcador. Felizmente, assim não aconteceu e o FC Porto B sai, meritoriamente, de campo com os três pontos.


Análises Individuais:

Stefanovic - Seguríssimo entre postes e eficaz nas saídas. Não inventou a jogar com o pé, e muito bem, mesmo perante o desgosto do público. Boa voz de comando da defesa.

David - Afoito no ataque e até bem perigoso em algumas acções. Continua a perder em demasia os duelos defensivos. É facilmente desposicionado e não tem capacidade de recuperação.

Quiño - Da linha de meio campo para a frente, fez um excelente jogo. Da linha de meio campo para trás, teve os mesmos problemas que David.

Tiago Ferreira - Controlou Betinho, embora não tivesse tido uma marcação imaculada ao débil avançado adversário. Aliás, tarda uma exibição senhorial de Tiago Ferreira.

Zé António - Pronto-socorro de toda a defesa e um farol na hora de defender. Usa toda a sua experiência para orientar o momento defensivo do FC Porto B.

Pedro Moreira - Grande jogo na posição 6, mesmo quando João Mário avançou no terreno. Calmo e preciso no corte e sempre com uma saída de bola segura. Acaba o jogo em dificuldades físicas.

Michael Seri - Destacou-se mais pelo trabalho de formiguinha. Útil e sempre prestável, ajudou a bloquear o melhor período do adversário. Faltou-lhe mais qualidade para ser determinante no jogo.

Edú - Alguns movimentos bem feitos, mas muitos períodos de ausência. Não foi o jogador dinâmico que a equipa precisava para colocar o meio campo defensivo adversário em constante sobressalto.

Tozé - Não é um flanqueador e isso tolhe o seu jogo. Não é coincidência que o seu momento alto do jogo (assistência brilhante para Dellatorre) tenha acontecido nos seus terrenos de origem. Dá tudo o que tem, mas o campo torna-se muito estreito para ele com a linha lateral tão próxima de si.

Kelvin - Arrancou bem no jogo, foi até o principal desequilibrador do FC Porto B, mas perdeu objectividade ao longo do encontro. É esta a barreira que impede a "explosão" de Kelvin. Quando perceber que um passe pode ser mais benéfico que três fintas; que uma corrida sem bola é mais poderosa que um pisar na bola que retira velocidade à jogada; que um bom cruzamento ou um bom remate valem mais que duas simulações bem feitas, então aí será um jogador de outra dimensão.

Dellatorre - Mostrou que é um jogador de boa dimensão física e com bom recorte técnico. Excelente diagonal e efectivo na hora de remate. Perdeu fulgor na parte final do encontro, mas foi um tormento para a dupla de centrais contrários.


Sérgio Oliveira - Trouxe qualidade e imprevisibilidade à zona criativa do FC Porto B. Por vezes, excede-se e é aí que ainda perde o seu bom futebol. Perdeu uma situação flagrante, após boa jogada individual, o que tornaria a sua entrada em jogo ainda mais determinante. Ainda assim, a vida fácil de Kikas acabou com a sua entrada em campo.

Fábio Martins - Tapou bem a progressão de Arias, que já fazia do corredor esquerdo do FC Porto uma autoestrada sem pórticos.

Caballero - Estreou-se e não teve tempo para mais.



Por: Breogán

Sporting - FC Porto (Antevisão)






Jogo complicado o que nos espera hoje. É certo que o Sporting vive momentos complicados, no entanto não deixa de ser um adversário complicado que o FC Porto terá pela frente no Estádio de Alvalade, num encontro que marca o regresso do russo Izmaylov e de Liedson a um estádio que bem conhecem, isto sem mencionar Varela já que infelizmente Moutinho é baixa de ultima hora.





O Sporting atravessa o pior momento em termos desportivos do seu historial e arrisca-se fortemente a ficar de fora das competições europeias na próxima temporada, começou a época sobe a orientação de Sá Pinto, dando depois lugar ao actual adjunto Oceano, ao belga Vercauteren e por fim a aposta recaiu no prof. Jesualdo Ferreira que apesar de alguns desaires obtidos desde que assumiu o cargo de técnico principal do clube leonino, conseguiu os melhores resultados em comparação com os  antecessores.

Actualmente e face à fraca produção de determinados jogadores o Sporting tem apostado em vários jogadores da equipa "B", inclusive alguns deles têm sido titulares e no encontro diante do Estoril jogadores como Ilori, Dier, Zezinho e Bruma entraram nas escolhas iniciais do treinador. Para este jogo frente ao FC Porto é de acreditar que alguns desse lote poderão continuar no onze, sobretudo o médio Zezinho, que tem estado bem no centro do terreno ao lado do argentino Rinaudo, enquanto Bruma depois de ser destaque na primeira volta ao serviço da equipa "B" na Segunda Liga (tal como a equipa depois baixou um pouco de rendimento), já vai no terceiro jogo consecutivo a titular, além de já ter feito o gosto ao pé em Barcelos, no último jogo na Amoreira é dele a assistência para o golo apontado por Wolfswinkel.

Desde os primeiros jogos oficiais da época até hoje, tem sido operadas diversas situações de jogo, mas por incrível que possa parecer, o Sporting nesta altura ainda não possui um modelo bem vincado (que seja assertivo) e a irregularidade tem sido a imagem de marca do clube. Para este jogo, tacticamente o 4-2-3-1 deverá permanecer no figurino, contando com o Rui Patrício na baliza (não foi feliz no último jogo, mas tem sido claramente a figura da equipa), sobre o lado direito da defesa o ex-portista Miguel Lopes e na esquerda o regressado Joãozinho, fazendo com que certamente Rojo volte ao centro da defesa, onde deverá juntar-se ao jogador argentino o jovem Eric Dier.





No meio-campo Rinaudo será o "faz tudo", aquele jogador incansável e exímio nas recuperações de bola, Zezinho não lhe fica nada atrás nestas características, contudo é um jogador com mais recursos técnicos. O marroquino Labyad é o elemento mais dotado e que pode desempenhar funções de médio ofensivo ou descair para as alas, que deverão ser entregues a Capel (com o peruano Carrillo à espreita), Bruma e na frente de ataque o indiscutível Wolfswinkel. 

É certo, que grande parte desses atletas mencionados estiveram no jogo contra o Estoril, mas não existem muitas alternativas aos mesmos e salvo alguma surpresa o onze a ser apresentado pelo Sporting não irá fugir disto.

Tradicionalmente jogar em Alvalade é sempre muito complicado para o FC Porto que nas duas últimas épocas empatou. Sendo uma realidade que este Sporting não está muito forte, também são nestes jogos que podem surgir os resultados mais imprevisíveis. Um triunfo para o conjunto orientado por Vítor Pereira seria um passo muito importante rumo ao título, mesmo tendo em conta o facto de encontrar-se em igualdade pontual com o Benfica na tabela classificativa. 


Por: Dragão Orgulhoso

sexta-feira, 1 de março de 2013

Segunda Liga: FC Porto B - Sporting B (Antevisão)







O primeiro duelo entre FC Porto e Sporting começa pela tarde,  as equipas "B" vão defrontar-se neste sábado no Estádio do Pedroso, com os dragões a terem como objectivo  regressar às vitórias no campeonato tendo então como adversário o Sporting que ocupa actualmente o segundo lugar, contabilizando mais um ponto do que a equipa do Arouca.





Depois de oito jogos sem vencer em casa, o Sporting "B" finalmente regressou aos triunfos vencendo de forma expressiva o Freamunde por 5-1 (ao intervalo os leões já venciam por três bolas a zero), com Ricardo Esgaio a bisar,  os restantes tentos estiveram a cargo de Mica, King e Gael Etock. 

Por alguns jogadores influentes da "B" estarem actualmente na equipa principal e outros ocupados na fase final do campeonato de Juniores (como por exemplo o talentoso Iuri Medeiros), existe possibilidade de outros titulares serem chamados para o jogo em Alvalade, mas em condições normais o Sporting vai apresentar o seu 4-2-3-1 habitual, contando com um quarteto defensivo formado por Arías, Fabrice Fokobo, Pedro Mendes e King (na baliza caso Golas não seja chamado, Ventura poderá ocupar o lugar entre os postes), utilizando na zona intermédia a dupla Kikas e  João Mário (jogador de grande qualidade).  Kikas é aquele jogador que desempenha a posição "6" e João Mário define como poucos o ritmo da equipa possuindo uma visão de jogo acima da média, ocupa muito bem os espaços sendo um autêntico equilíbrio nos momentos defensivos e desequilibrador nos momentos ofensivos.

As opções ofensivas não são muitas e caso Esgaio jogue pela "B", tem lugar garantido numa das alas, estando a outra possivelmente entregue a Viola (saiu tocado no último jogo) e no ponta de lança Betinho e Gael Etock são os principais candidatos ao lugar, jogando nas suas costas Nii Plange.

Na 9ª jornada o FC Porto saiu derrotado em Rio Maior por 2-0 com os golos do Sporting a serem apontados pelo habitual Ricardo Esgaio e ainda através de Eric Dier num jogo onde o técnico Dominguez tinha opções como o Tiago Ilori, Zezinho, Bruma ou até mesmo Diego Rubio, que desta feita estarão certamente nos convocados para o jogo contra o FC Porto a contar para a Primeira Liga.

Nos dragões, ultimamente o treinador Rui Gomes tem tido à sua disposição alguns atletas da equipa principal, mas em virtude de jogar antes e no próprio dia não é de crer que Abdoulaye ou Sebá/Kelvin estejam às ordens do técnico portista (no caso dos extremos, um deles certamente vai jogar pela "B"). Nesta altura, o Sporting "B" possui mais 10 pontos em relação ao FC Porto e uma vitória do conjunto azul e branco, podia permitir um aproximar na classificação.


Por: Dragão Orgulhoso

Revista de Imprensa - 01 de Março 2013


Salvio em destaque nas capas dos jornais desportivos

O extremo dos encarnados, Salvio, domina as primeiras páginas dos diários desportivos desta sexta-feira. O internacional argentino esteve em risco de ficar ferido com um bloco de cimento atirado contra o autocarro do benfica, mas Jorge Jesus acabou por "salvar" Salvio ao não convocar o extremo para a meia-final da Taça da Liga.
Para além das notícias relacionadas com o clube da luz, os diários desportivos dão grande destaque às eleições no Sporting e à visita do FC Porto a Alvalade na próxima jornada.




O Jogo:

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- FC Porto "Vi mais Sporting que Benfica no dérbi", Vítor Pereira responde a Jorge Jesus; Steven Vitória recusa ensinar Jackson e Ricky; vai em doze penaltis seguidos sem falhar mas não revela o segredo; Reyes custou 9,1 milhões no total


- Moutinhos e Izmailovs nunca mais; candidatos à presidência explicaram como serão as relações com o FC Porto; "Nenhum jogador vai para FC Porto ou benfica, seja qual for o preço", Carlos Severino; "Relacionamento com qualquer clube nunca pode ser de subserviência", Bruno de Carvalho; "O Sporting colocou-se numa posição subalterna com o FC Porto e não aceito isso", José Couceiro; prejuízos de 22 milhões em seis meses.
- "Esperamos ficar isolados", Salvio conta com deslize dos dragões.
- Segurança: policiamento vai ser obrigatório; ministro da Administração Interna anunciou mudança na lei.
- Éder só volta em 2013/2014; confirmado rotura de ligamentos e cinco meses de paragem.
- V. Guimarães: Júlio Mendes ataca a PSP.




Record:

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- FC Porto: "Em Barcelona ele disse que jogou contra a equipa A", Vítor Pereira visa Jesus em relação ao Sporting; AC Milan agrada a Mangala; Jackson foi o Jogador do Mês.



- Leões recusam 10 milhões por Wolfswinkel; D. Kiev tentou levá-lo esta semana. Eleições no Sporting: Quem paga os salários? Couceiro quer que a SAD os assuma até junho; Godinho só garante o mês de fevereiro; contas do 1.º semestre 2012/2013 com prejuízo de 22 milhões.
- Salvio escapa a tragédia: bloco de cimento caiu no lugar reservado ao argentino; Jesus "salvou-o" ao não o convocar para Braga; "Esperamos que este tipo de acontecimentos termine o quanto antes, em Braga e em todo o lado", diz o craque; benfica TV adquire direitos da liga inglesa por 3 anos.
- Época acaba para Éder; avançado com rotura de do ligamento do joelho direito.





A Bola:

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- FC Porto - Vítor Pereira: Jorge Jesus desrespeitou o Sporting; Vítor Pereira não gostou de ouvir dizer que o dragão irá enfrentar uma equipa B do leão.


- "Clássico? Pensamos é no Beira-Mar", Salvio finta o Sporting - FC Porto mas quer benfica a liderar sozinho; bloco de cimento que partiu vidro do autocarro acertou no lugar onde o argentino se costuma sentar; jogos da liga inglesa na benfica TV.
- Primeiro debate foi n'A Bola TV; cordialidade entre os candidatos à presidência da mesa da AG; Dier testado a trinco; Jesualdo prepara estratégia para o clássico.
- Época acabou para Éder; fez rotura de ligamentos na Taça da Liga e vai ser operado.




Notícias sobre o FC Porto:




Mangala: Man. City junta-se ao United nos seguidores

Eliaquim Mangala tem dado nas vistas nesta sua segunda temporada ao serviço do FC Porto e são vários os grandes colossos europeus que não têm ficado indiferentes às boas exibições do francês. Depois de se ter falado do interesse do Manchester United e do AC Milan, esta sexta-feira também o City é apontado como estando interessado no camisola 22 dos dragões.
Segundo o Daily Mail, Roberto Mancini é grande apreciador das qualidades de Mangala e pretende, futuramente, juntá-lo a Kompany no centro da defesa citizen. 20 milhões de euros é o valor referido pelo jornal para que o negócio seja possível, mas, como se sabe, Pinto da Costa não costuma facilitar nas transferências dos maiores ativos do clube: é que Mangala, supostamente também observado pelo Bayern que será de Guardiola, tem uma cláusula de 50 milhões...


SAD do FC Porto fecha primeiro semestre com lucro de 6,3 milhões

A SAD do FC Porto fechou com um resultado positivo o primeiro semestre da época 2012/2013, apresentando um lucro de 6,3 milhões de euros, valor superior ao verificado no mesmo período da temporada passada.

No site oficial, os azuis e brancos informam que «os proveitos operacionais excluindo passes com jogadores cresceram 4,8 milhões de euros, por comparação com a época transata, essencialmente devido às receitas obtidas pela participação na Liga dos Campeões».

Desta forma, registou-se uma diminuição do passivo de mais de 5,8 milhões de euros, sendo que o ativo da SAD azul e branca mantém-se nos 211 milhões de euros.


Jackson Martínez eleito jogador do mês

Jackson Martínez foi considerado o jogador do mês de fevereiro da Liga Zon Sagres, tendo levado a melhor sobre João Moutinho e Lima, segundo e terceiro classificado, respetivamente.

Na votação levada a cabo pela Liga e pelo Sindicato de Jogadores, o internacional colombiano conquistou 22,9 por cento dos votos, com João Moutinho a conseguir 16,1 por cento e Lima a reunir a preferência de 11,6 por cento dos votantes.

Em relação à Segunda Liga, Miguel Rosa, do Benfica B, foi considerado o jogador do mês, ficando à frente de Joeano, do Arouca, e de Luís Aurélio, do Tondela.


«Se deixassem, Izmaylov treinava até de noite», Derlei conhece o russo e pede Liedson no clássico


Marat, Izmailov como leão e Izmaylov como dragão, será personagem principal no clássico deste sábado. Regressa a Alvalade ao lado de Moutinho, o mais novo mas sem ser novato nesta experiência, e Liedson, o mais velho que deverá passar todo ou parte do jogo no banco.

Izmaylov é um mistério, face à complexidade física e mental apresentada nos últimos anos. Um antigo vice-presidente do Sporting revelou até a contratação de um psiquiatra para acompanhar o russo no clube.

Domingos Paciência prolongou o tema, considerando que a utilização de Izmaylov no F.C. Porto «está a colocar muita coisa em causa.»

Números: o russo fez oito jogos seguidos pelo Sporting entre 19 de setembro e 4 de novembro, na presente época; agora, fez oito jogos seguidos pelo F.C. Porto entre 13 de janeiro e 23 de fevereiro, jogando menos minutos. E, na época passada, disputou 25 partidas de leão ao peito.

Derlei sai em defesa do jogador. «O Izmaylov é daqueles que adora jogar e treinar. Se o deixassem, treinava até de noite».

O conhecimento vem de longe. Izmaylov cresceu no Lokomotiv de Moscovo enquanto Derlei representava o vizinho Dínamo. Chegaram juntos ao Sporting. Na terra natal, como o vídeo acima demonstra, o russo esbanjava sorrisos. Entretanto, algo mudou.

«Apareceram as lesões e isso privou-o de algo importantíssimo para ele: ir à seleção russa. Conhecia-o da Rússia e quando estivemos juntos no Sporting (entre 2007 e 2009) sempre vi um jogador motivado, a dar o máximo.»

«No Porto, joga-se e aquilo é música»

Precisaria entretanto de um psiquiatra? O que mudou no Porto? «Vieram as lesões e o Sporting também deixou de ganhar. Não é fácil e psicologicamente isso pode ter afetado. Se colocar um jogador do Porto no Sporting, ele não rende o mesmo. Mas chegando ao Porto, joga-se e aquilo é música, um-dois toques, luta-se por títulos, joga-se a Champions, ganha-se motivação.»

Izmaylov parece mais feliz. Mas recuperará a alegria da juventude, aquela radiante felicidade demonstrada no vídeo acima, em que brinca com adeptos e os entrevista no meio da rua, dispensando-se até a tradução?

O bom Moutinho e Liedson que marca nos clássicos

Izmaylov, Liedson e Moutinho. Derlei jogou com todos eles e fala sobre o regresso do trio ao reduto do Sporting, agora de dragão ao peito. O compatriota merece os maiores elogios e até um conselho.

«Liedson é único! Por isso é que o Porto o foi buscar. Mas tem Jackson pela frente. Mesmo assim, queria deixar um conselho: gostava que ele jogasse, porque Liedson marca sempre nos clássicos».

E festejaria? «Penso que não, por respeito aos adeptos do Sporting. Uma coisa é a alegria do momento, festejar com os adeptos do clube, mas não provocar os do clube anterior.»

Sportinguista Miguel Lopes no outro lado da moeda

Os negócios entre F.C. Porto e Sporting levaram Miguel Lopes e Ventura para Alvalade. O redes está na sombra mas o lateral pegou de estaca. Para ele, que saiu do Dragão em final de contrato, um golo marcado em Vila do Conde mas sem posição assegurada, também é um clássico especial.

À chegada, Miguel Lopes revelou o seu sportinguismo, depois de ter representado Benfica e F.C. Porto. Ganhou espaço para se mostrar, pensando na seleção. E quer provar que os dragões se enganaram.


Clássico ao contrário: quando eles eram felizes como leões, memórias de um jogo especial em 2007

Jesualdo campeão no banco do F.C. Porto, vendo a estreia de Izmailov (agora Izmaylov) com a camisola do Sporting. João Moutinho enverga a braçadeira de capitão pela primeira vez, aos 20 anos, em jogos oficiais. Liedson mais à frente, ainda saboreando o título de melhor marcador da Liga.

O Sporting venceu naquela dia, 11 de agosto de 2007. Liedson garantira a Taça de Portugal frente ao Belenenses de Jorge Jesus. Seguiu-se a Supertaça, com Izmaylov a estrear-se em grande, batendo Helton.

«Foi inesquecível, não podia pedir mais. Levantar uma taça na minha estreia em jogos oficiais como capitão do Sporting é excelente». João Moutinho dixit.

Era o Sporting de Stojkovic; Abel, Tonel, Polga e Pedro Silva (Ronny); Miguel Veloso; Izmaylov, Romagnoli (Gladstone) e João Moutinho; Derlei (Yannick) e Liedson.

Contra o Porto de: Helton; Bosingwa, Bruno Alves, Pedro Emanuel e Fucile; Raul Meireles (Mariano), Paulo Assunção (Leandro Lima) e Marek Cech (Kazmierczak); Quaresma, Adriano e Lisandro.

Helton é o único resistente.

Paulo Bento levaria a equipa leonina a mais dois troféus, de novo frente ao F.C. Porto, mas aquela Supertaça foi o único título festejado em conjunto no relvado por Moutinho, Izmaylov e Liedson.

O Levezinho lesionou-se com gravidade e falhou os seguintes: mais uma Taça (marcou Tiuí) e mais uma Supertaça (marcou Djaló) frente aos dragões.

[regresso ao presente]

É o clássico ao contrário. A viagem até 2007 permitiu recuperar os dias felizes dos três leões, Moutinho, Izmaylov e Liedson. Curiosamente, à custa de Jesualdo Ferreira.

Neste sábado, tudo muda. O trio regressa a Alvalade, com previsão de receção hostil, vestindo agora de azul e branco.

O treinador, campeão pelo F.C. Porto, chegou ao Sporting como manager e lá assumiu a pasta, recebendo até o troco dos dragões: Miguel Lopes e Ventura.

Voltas e voltas. As memórias de 2007 e 2008 fazem sentido. Afinal, foi o melhor período do atual trio portista. Quatro troféus conquistados pelo Sporting, em ano e meio. Três deles contra a formação portista.

Depois, pouco ou nada. Sucessos individuais para uns e saídas espaçadas, rumo ao Dragão.

«Aquele era um Sporting diferente»

Na Supertaça de 2007, Paulo Bento estreou Stojkovic, Pedro Silva, Izmaylov, Derlei e Gladstone. Um deles passara pelo F.C. Porto.

«Aquele era um Sporting diferente, mais experiente. Ganhou troféus nesses dois anos e lembro-me dessa Supertaça, foi a minha estreia. Mas não se surpreende ver agora Moutinho, Izmailov e Liedson no Porto», frisa Derlei.

Derlei foi mais longe. Representou F.C. Porto, Benfica e Sporting. «Ao longo dos últimos 20 anos, com a Lei Bosman, os jogadores já não se identificam da mesma forma com os clubes. Identificam-se com a camisola e os adeptos, mas os adeptos dos rivais também os recebem bem porque sabem os estragos que fizeram.»

«Mais difícil era ver trocas entre Porto e Benfica. Entre Porto e Sporting, já vem de trás. Este Sporting passa um momento complicado, em que a direção tenha fazer encaixes financeiros, portanto acaba por ser natural», frisa o brasileiro.

«55 por cento para o F.C. Porto»

Desde o seu país, onde vive agora após o final da carreira, Derlei aceitou falar sobre os três jogadores que regressam ao Estádio de Alvalade, agora pelo F.C. Porto [ver peça à parte], fazendo ainda o lançamento do clássico do próximo sábado.

«Num clássico tudo pode acontecer, mas o Porto vive um momento diferente do Sporting. Diria que é 55 por cento para o F.C. Porto e 45 por cento para o Sporting. Mas um jogo destes pode mudar o futuro do Sporting, uma vitória pode lançar a equipa mais para cima na classificação e recuperar os ânimos», frisou o antigo avançado.


Posse de bola à prova, clássico é o mais sério desafio à imagem de marca

O FC Porto de Vítor Pereira faz da capacidade de ter bola a sua característica mais vincada. O clássico de amanhã, em Alvalade, promete escrutinar este traço distintivo ao máximo, até porque nos primeiros confrontos com Sporting e Benfica, na 1.ª volta, os bicampeões nacionais sentiram mais dificuldades para serem donos e senhores dos encontros.





Paulo Baptista nomeado para o clássico

Paulo Baptista é o árbitro que vai dirigir o clássico entre o Sporting e o FC Porto, a contar para a 21ª jornada da Liga Zon Sagres.

O árbitro da Associação de Futebol de Portalegre vai arbitrar o terceiro jogo do Sporting esta temporada, tendo marcado presença na derrota dos leões frente ao Vitória de Setúbal, na oitava jornada, e no triunfo dos verdes e brancos sobre o Paços de Ferreira, na fase de grupos da Taça da Liga.

Em relação ao FC Porto, Paulo Baptista também já arbitrou dois jogos dos bicampeões nacionais, um frente ao Nacional da Madeira, para a Taça de Portugal, e outro com o Gil Vicente, na 16ª ronda do campeonato.








Por: Cubillas
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