sábado, 24 de novembro de 2012

SC Braga - FC Porto (Antevisão)


Transmissão Do Jogo: AQUI




Jogo grande no Estádio Axa neste domingo, relativo à 10ªjornada (primeiro terço da temporada fica concluído) da Liga e extremamente complicado para o FC Porto, o Braga está no terceiro lugar a seis pontos da liderança partilhada entre FC Porto e Benfica, e como tal será um jogo importante para as aspirações da turma bracarense e do seu treinador José Peseiro que inclusive viu a SAD dar-lhe um voto de confiança e em futebol já se sabe o que isso significa.





O Braga é uma equipa que dispensa qualquer apresentação desde a direcção, passando por técnicos e jogadores. Apesar de estar num momento menos bom (todas as equipas passam por períodos assim, o que neste caso até se poderá chamar de dores de crescimento) a qualquer altura pode dar um volte-face na crise pois possui potencial e capacidade para tal.

O facto de ter sido eliminado esta semana das competições europeias (mesmo que vença em casa o Galatasaray não chega sequer à Liga Europa) torna curioso verificar o estado anímico da equipa, no entanto é de esperar um jogo equilibrado, claramente é um encontro de tripla, independentemente dos momentos das duas equipas.

Estrategicamente não acredito que José Peseiro mude a sua filosofia e forma de estar dos seus jogadores. Uma das grandes dúvidas prende-se com a utilização de Éder (está lesionado), caso não recupere existe possibilidade de Carlão ou Zé Luís (tem um tremendo potencial, acredito mesmo que no futuro dará que falar) jogarem de início. 

A equipa do Braga não deverá fugir ao 4-2-3-1, baseado num jogo de posse, desequilíbrios e siutuações de passe profundidade/ruptura na zona central, depois sobre no lado direito tem dois jogadores extremamente ofensivos casos do Salino e Alan, que mesmo sem a velocidade de outrora, ganha em experiencia e acutilancia (certamente Rúben Amorim irá estar no lado esquerdo, procurando fechar mais e auxiliar Ismaily).

Ofensivamente este Braga é uma equipa que ataca bastante e cria diversas situações de golo, mas no outro lado da "moeda" tem tido muitas dificuldades na defesa, a lesões que têm massacrado o centro da defesa não tem ajudado à estabilidade que se exige.


No FC Porto, as novidades acabam por ser o regresso dos brasileiros Alex Sandro e Fernando, eles que no jogo de quarta-feira já tiveram oportunidade de somar minutos após paragem devido a lesão. Tendo em conta as ideias de Vítor Pereira e o momento que o FC Porto atravessa, as únicas mexidas no onze deverão ser estes regressos para os lugares de Abdoulaye (Mangala passa a central ao lado de Otamendi) e Defour.


Lista de Convocados:

Helton, Danilo, Lucho, Castro, João Moutinho, Jackson Martínez, James, Kleber, Miguel Lopes, Varela, Mangala, Abdoulaye, Fabiano, Fernando, Alex Sandro, Atsu, Otamendi e Defour.


Antevisão de Vítor Pereira:

"Vamos procurar trazer os três pontos"

Vítor Pereira não embandeira em arco com as recentes exibições e resultados do FC Porto, mas assume que a equipa está a viver um bom momento. Para o técnico, a visita a Braga (domingo, 20h15) encerra um jogo "extremamente difícil", o que não altera em nada o foco dos Dragões: os bicampeões nacionais vão à Pedreira "com o objectivo claro de vencer a partida". Sem esperar pela sorte.

O FC Porto tem este domingo um jogo muito difícil, enquanto o Benfica joga em casa perante o Olhanense. Sente que o rival tem o trabalho mais facilitado?

Só nos preocupamos com o nosso jogo. O nosso objectivo é claro e passa por ganhar em Braga para nos mantermos na frente do campeonato. Independentemente das expectativas dos outros clubes, queremos chegar a Braga e ser fiéis à nossa identidade e ao nosso estilo de jogo e vamos procurar trazer os três pontos.

Que SC Braga espera encontrar?

Espero um SC Braga de qualidade. Se isto fosse há duas ou três semanas, quem visse os programas desportivos ou lesse os jornais ouvia e via constantes elogios a uma equipa que praticava bom futebol e um futebol positivo. As equipas de Peseiro são assim, gostam de ter a bola e ter a iniciativa. Não acredito num SC Braga diferente para este jogo. Espero um SC Braga de qualidade, num campo que é extremamente difícil, não só para nós, mas para qualquer adversário. Esperamos um jogo complicado, mas acreditamos no nosso jogo e na nossa qualidade e vamos ao AXA com o objectivo claro de vencer a partida.

Considera o SC Braga um efectivo candidato ao título?

Sinceramente, pelo que tem feito nos últimos anos e pelo que tem provado, com resultados, considero que sim.

Acha que o adversário se vai apresentar mais frágil na sequência da eliminação europeia?

Não. Conto com um SC Braga de orgulho ferido, um SC Braga de qualidade, como já disse, que vai querer ter a bola, porque é característico das equipas de José Peseiro querer ter a iniciativa. Espero um jogo com qualidade entre duas equipas de grande qualidade, colectiva e individual.

Mesmo com a vitória garantida (3-0) frente ao Dínamo Zagreb, o FC Porto continuou a pressionar, a atacar e a roubar a bola ao adversário. É essa a sua imagem de marca? É este o FC Porto que Vítor Pereira quer?

Nós trabalhamos para evoluir enquanto equipa e temo-lo feito. Gostamos de pressionar, de ter a bola e quando a perdemos queremos recuperá-la rápido, mas para isso é preciso ter concentração, ter um bom jogo posicional e ter agressividade. Quanto mais depressa recuperarmos a bola mais tempo teremos para realizar o nosso jogo, para ter iniciativa, para controlar a partida e ir à procura de golos. Gostamos de um jogo de posse, de pressão, somos uma equipa que gosta de fazer golos e gosta de ter o jogo equilibrado, sem permitir que o adversário nos crie oportunidades. Ao fim e ao cabo, queremos um jogo virado para a frente, em que a parte ofensiva nos agrada. Gostamos de um jogo criativo e com qualidade e não gostamos de jogos partidos ou fora de controlo. Pessoalmente, gosto de jogos controlados e não se consegue fazê-lo com muitas transições ou sem ter a bola em nossa posse.

Alex Sandro e Fernando vão ser titulares no domingo?

Essa é uma questão a que nunca respondo. Nunca, numa conferência de imprensa, respondi a esse tipo de perguntas e não é hoje que o vou fazer. Os treinadores estão cá para tomar decisões e fazer escolhas, no sentido do que é melhor para a equipa e em função do jogo que se está a preparar. Vivemos com um espírito competitivo saudável, em que todos os jogadores querem jogar. Quando não jogam, ficam tristes, mas reagem pela positiva e trabalham ainda mais para jogar. É essa a equipa que tenho à minha disposição este ano, o que me dá uma grande satisfação.

O FC Porto tem recebido muitos elogios. Considera que são unânimes?

Não acredito... Acredito muito mais no que vem de dentro, no que se sente, do que aquilo que vem de fora. Atravessei uma época de muita crítica, em que, se a força interior não fosse grande, se o que vem de dentro não fosse forte, teria de certeza desistido a meio. O verdadeiro elogio é sentirmos que estamos no caminho certo: solidários, humildes, com grande qualidade individual e colectiva; mas sabemos que qualquer adversário nos pode causar problemas se não mantivermos isto bem presente. Quando o elogio sai muitas vezes, de muita gente que tanto criticou sem conhecer, é de desconfiar. Por natureza, sou uma pessoa que acredita nos outros, mas também desconfio de muito elogio que tenho lido e ouvido por aí.

O melhor elogio ao FC Porto desta temporada é não falar de Hulk?

O melhor elogio é vermos a equipa bem e chegar ao final de cada jogo e ver os jogadores satisfeitos com o que fizeram. É claro que há jogos mais inspirados que outros, às vezes toca a um ter uma noite de inspiração e no jogo seguinte é outro jogador que se destaca, mas colectivamente a equipa está ligada, unida, sabe o que quer, e sinto claramente que tem os pés bem assentes na terra, quer nas competições europeias quer no campeonato. Este vai ser um campeonato muito difícil; domingo temos já um jogo muito difícil e temos de estar conscientes das dificuldades deste jogo e desta liga e da dificuldade que é jogar uma Champions. É essa equipa ligada à terra e ligada entre si que quero. Esse é o verdadeiro elogio.

Jorge Jesus disse esta sexta-feira que o FC Porto "tem sempre sorte em Braga". Quer comentar?

A sorte dá muito trabalho. Muito trabalho mesmo. É claro que temos de procurar a sorte, mas sem trabalho ela não surge de certeza absoluta. Se o FC Porto tem ganho em Braga é por causa do trabalho, é porque tem sido melhor, tem tido qualidade e um nível competitivo muito alto, como é característico deste clube. Isso não quer dizer que a sorte não surja, em determinados momentos, mas dá muito trabalho.

O campeonato vai decidir-se nestes jogos grandes?

O campeonato decide-se em qualquer esquina, em qualquer momento, contra qualquer adversário. Se os níveis de focalização no jogo não forem os correctos, em qualquer esquina se pode ter uma surpresa desagradável. Este é um jogo grande. O plano táctico e estratégico e a inspiração individual podem vir a fazer a diferença e espero que no AXA estejamos inspirados nesses aspectos, para proporcionar um grande jogo e trazer a vitória, que é o que nos interessa.



Por: Dragão Orgulhoso

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

James, el Bandido! (Por Joker)




Com uma expressão de bébé, o colombiano é fulminante
A arte sublime num pé, o esquerdo feito de diamante!

Seja pela ala, ou como um Dez
A chama, em sua total solidez!

No cruzamento perfeito, no livre marcado à medida
O virtuosismo do jeito, a pancada, na bola, com vida!

O rasgo do genial, a arrancada enviesada
O embalo do jovial, naquela finta torneada!

Ainda qu'um falso lento, executa, rápido e a preceito
Joga como um talento, uma marca qu'ilustra o perfeito!

James, o nome de Gringo
Rodriguez, el Bandido!

Cúcuta, a sua progénie, na Colômbia de selvas frondosas
James Rodriguez, a viva espécie das guerreiras amazonas!

Combativo e perspicaz
Inventivo e sagaz!

Do Banfield, da Argentina, chegou-nos a pérola incrustada
Dentro daquela concha viva, que a soube revelar trabalhada!

Uma raridade feita Jóia
Qu'os tubarões querem pra bóia!

Da sua salvação futebolística, pois têm naquele pé o poder
De vencer em suas liças, sabendo que a pérola é de vender!

Pois nas preciosidades
Veiculamos a solvabilidade!

Este é o nosso destino, descobrir o belo, rentabilizando-o
De seguida irá o menino, que de canhota, soltou o encanto!

E o que será do fantasma?
Que, com ele se entusiasma?...

Obrigado, James!





Por: Joker

Segunda Liga: FC Porto - Trofense (Antevisão)






Os dragões recebem neste sábado pelas 16:00h o Trofense em jogo a contar para a 14ª jornada da Liga, balanceados pelo seu melhor momento desde o inicio da época, podendo no próximo jogo em caso de vitória perfazer 10 pontos em 12 possíveis. 







Caso o FC Porto vença, aumentará a diferença em relação às equipas que ocupam os últimos lugares da tabela classificativa.

O Trofense é treinado pelo prof. Neca, um dos "globetrotter" do nosso futebol, com um currículo vasto em Portugal, e ainda com experiências enriquecedoras nas Maldivas, Kuwait, Moçambique ou Índia. A sua figura no nosso meio é incontornável e goste-se ou não, é de valorizar o trabalho que está a efectuar na Trofa ao serviço do Trofense, mesmo que nesta altura esteja próximo dos lugares de descida à II Divisão na próxima temporada.

O professor chegou com o clube completamente à deriva (apenas no último dia regularizou a sua situação para competir na Segunda Liga), devido a esse factor foi complicado organizar um plantel que fosse minimamente competitivo e como tal não surpreenderam as goleadas sofridas logo de inicio na Taça da Liga. Mas aos poucos o trabalho vem a ser compensado com pontos, exceptuando a pálida imagem deixada no encontro diante do Arouca, nos últimos encontros o Trofense tem estado bem e a melhorar o seu rendimento de jogo para jogo.

Além de contar com a experiência de jogadores importantes como Luiz Alberto ou Tiago, o "segredo" passa pela aposta na juventude, sendo de destacar até ao momento Matheus, Herbert, Rateira, Josi ou Paulinho (uma grande promessa). 

Como é hábito nas suas equipas, o prof. Neca não abdica do seu 4-3-3, não sendo de aguardar muitas alterações comparativamente ao último jogo realizado. 

Sendo assim à frente do guardião Marco Gonçalves deverão estar a dupla Luiz Alberto e Herbet, laterais com Matheus e Tiago Lopes.

No meio-campo, o jovem João Amorim (já passou pela nossa formação) poderá manter-se no onze caso Edson não esteja apto, juntando-se ao veterano Tiago e a Josi. No sector ofensivo tanto Gomis, Paulinho (muito potencial ver aqui) e Leandro deverão ter o seu lugar assegurado.

Na nossa equipa B costuma-se dizer que equipa que ganha não se mexe, sendo assim o Mister Rui Gomes deverá iniciar caso não exista nenhum impedimento de ultima hora com o mesmo onze que ganhou ao Freamunde na rodada anterior, apenas com a dúvida se poderemos contar com a ajuda de kelvin visto que o jogo da equipa A é apenas Domingo ou se Quiño estará de regresso ao 11 inicial.


ANTEVISÃO DE RUI GOMES (www.fcporto.pt):

"Queremos ir subindo paulatinamente na classificação"






Depois de três resultados positivos, o FC Porto B vive o melhor momento da época. Rui Gomes está satisfeito, mas pretende que a equipa mantenha os níveis de concentração no auge para que não haja surpresas desagradáveis nos próximos desafios, o que permitirá aos Dragões melhorar o actual 16.º lugar. O embate com o Trofense (sábado, 16h00) "é encarado na perspectiva da vitória".





Depois de encontrar o trilho das vitórias, há algum objectivo novo para esta jornada?

Sim, claro. Todos os jogos são encarados na perspectiva da vitória. Se ganharmos este, fazemos dez pontos em doze e é esse o nosso objectivo neste momento.

O que espera do Trofense?

A forma de jogar deste adversário é muito semelhante à da maioria dos que nos visitaram esta época, isto é, vão-nos dar a iniciativa de jogo, vão querer jogar lá atrás e esperar pelo nosso erro. Não esperamos nada de muito diferente. Aquilo que eu espero é que nós consigamos contornar essa estratégia e essas dificuldades e ser suficientemente fortes, maduros e pacientes para não chocar de frente com o Trofense. Vamos tentar contorná-los e criar oportunidades, ser eficazes e marcar golos, tal como aconteceu no último jogo.

O FC Porto B vai agora realizar três jogos em casa. É a oportunidade ideal para somar pontos e subir na classificação?

Gostaríamos realmente de transformar a nossa casa num elemento que funcione a nosso favor. Isso não tem acontecido e não tem nada a ver com o campo em si, mas com a estratégia que as equipas assumem quando cá vêm. Para nós, neste momento, tem sido mais fácil jogar fora de casa, mesmo contra equipas muito fortes, como aconteceu com o Arouca, porque o jogo é mais dividido e repartido e temos mais espaço para jogar. Mas também temos argumentos suficientes para jogar contra equipas que se fecham muito. Temos de ser cada vez melhores nesse tipo de jogo, que é diferente e nos obriga a ter capacidade de jogar em espaços muito reduzidos, a pensar rápido, a decidir rápido, a sair da zona de pressão e a procurar os espaços. Tudo isto obriga a um entendimento de jogo colectivo muito maior. Estamos cada vez mais próximos desse entendimento e espero que o possamos provar.

A confiança no seio da equipa está, finalmente, em alta?

Estes próximos jogos – e vamos ter muitos até ao final do ano civil – poderão dar-nos uma de três coisas: tirar-nos definitivamente desta zona baixa da classificação e projectar-nos para uma segunda volta, com uma subida gradual de posições, até um lugar mais próximo daquilo que eram os nossos objectivos iniciais; manter-nos nesta zona intermédia, que não nos dá sossego absolutamente nenhum; ou voltar a colocar-nos numa situação extrema, da qual, no fundo, ainda não saímos. Espero que tenhamos a capacidade suficiente para trilhar a primeira solução.

Admite algum tipo de retrocesso nas exibições, nesta fase da época?

É sempre possível. Nunca podemos dizer, com garantias, que as coisas não vão mudar, mas estamos mais fortes, confiantes e queremos ir subindo paulatinamente na classificação.

O que há a dizer sobre Jean-Michael Seri, o jovem costa-marfinense que tem trabalhado com o plantel?

É um médio que vem acrescentar qualidade a um grupo que já a tem nesse sector, mas é um jogador diferente dos que temos. É mais ofensivo e poderá jogar em posições mais avançadas, dando-nos outro tipo de soluções.


Lista de  convocados: 

Stefanovic e Elói (guarda-redes); Anderson, David, Dellatorre, Diogo Mateus, Edú, Fábio Martins, Frederic, Mikel, M’Bola, Pedro Moreira, Sebá, Sérgio Oliveira, Tozé, Tiago Ferreira, Vion e Zé António.

Por: Dragão Orgulhoso

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

ANDEBOL: Taça EHF Cimos Koper - FC Porto (Antevisão)


As competições europeias de Andebol estão de regresso este fim de semana.

O FC Porto viaja até à Eslovénia para defrontar o Cimos Koper na primeira mão desta eliminatória que será resolvida em dois jogos (na próxima semana o Dragão Caixa será palco do jogo decisivo). 






Devido ao facto de os dragões terem sido terceiros classificados no apuramento à fase de grupos da Liga dos Campeões, garantiram desse modo o acesso à Taça EHF apenas nesta terceira eliminatória. Mesmo com essa teórica vantagem o sorteio não foi nada favorável, uma vez que a equipa eslovena do Cimos Koper além de possuir muita experiência a este nível, no ano passado foi eliminada apenas nos quartos de final da Liga dos Campeões, que é somente a prova rainha do andebol europeu e em 2011 venceram a Taça Challenge.






Para esta temporada a Taça EHF mudou o seu formato, com as novas alterações, a prova será disputada em três eliminatórias seguidas de uma fase de grupos, composta por quatro grupos com quatro equipas cada, de seguida os quartos-de-final e uma final-four (meias-finais e finais), que se irá realizar no dia 18 e 19 de Maio do próximo ano.

O Cimos Koper apurou-se para esta ronda após eliminar o Volendam, vencendo os dois jogos da eliminatória, agora vai discutir com os tetracampeões nacionais a passagem à fase de grupos. No FC Porto a única ausência significativa prende-se com a lesão do jovem João Ramos, estando o restante plantel na máxima força.




Por: Dragão Orgulhoso

Champions League: FC Porto 3 - 0 D. Zagreb (Por Breogán)


Trabalho de casa.

Foi um jogo de gestão e de objectivo cumprido. Perante um Dínamo que entrou a dar tudo por tudo para não perder mais um jogo, a qualidade do FC Porto impôs-se e ganhou conforto no marcador.







Vítor Pereira apostou pelo onze titular nos últimos jogos, respeitando o adversário, o dinheiro que a Champions dá, o jogo que nos espera em Paris e, o mais importante, premiando os jogadores que substituíram os colegas lesionados e sustentaram a equipa na senda de vitórias.






O jogo decorreu dentro do esperado. Ao Dínamo Zagreb, realisticamente, restava lutar por uma vitória na fase de grupos ou, pelo menos, por não perder algum deles. Do lado do FC Porto, perante um adversário previsivelmente fechado e a espreitar o contra-ataque, convinha abrir bem a frente de ataque e ter o máximo de criatividade na zona central do terreno.

O Dínamo Zagreb cumpriu a sua promessa. Linha de 4 defesas, 3 médios defensivos, dois extremos a espreitar a zona central e um criativo a falso ponta-de-lança. Futebol de retranca e olho nas costas dos defesas do FC Porto.

O jogo arranca com o FC Porto a dominar e com mais posse de bola, mas também, com dificuldades na construção de jogo. Não consegue progredir pelas alas e não tem arte de desfazer o muro de médios defensivos em frente da defesa. O jogo amorna, com o FC Porto a dominar e o Dínamo Zagreb a espreitar o erro. 

É neste caldo que fermenta a primeira oportunidade de golo do jogo. Aos 13 minutos, Vida ganha a bola no centro da sua defesa e aproveita o balanço ofensivo para atacar. Lucho não acompanha, Defour não é autoritário no corte e a bola sobra para Sammir, que foge à marcação de Otamendi. O jogador do Dínamo Zagreb, avança pelo lado esquerdo, entra na área de Helton e desfere um remate ao poste contrário. Um aviso. A resposta vem por Moutinho, com um remate de longa distância. Mais um sintoma das dificuldades de criação de jogo e de flanqueamento.

Aos 19 minutos, novo aviso do Dínamo Zagreb e nova tentativa de aproveitamento do erro alheio. Otamendi atrapalha-se com a bola e esta sobra para Sammir. O criativo do Dínamo Zagreb aproveita para atacar a baliza do FC Porto, mas Abdoulaye chega a tempo da dobra.




Até que, no minuto seguinte, surge Moutinho na zona de criação e o jogo ilumina-se, finalmente. Na génese do lance está a primeira subida de Danilo pelo flanco e a primeira jogada flanqueada do FC Porto. Danilo ganha a linha de fundo e cruza, mas Vida corta em balão para fora da área. Moutinho acorre à bola e recebe de peito, para logo fazer um chapéu a dois defesas do Dínamo Zagreb na direcção de Jackson. O Colombiano dá de primeira para a progressão de Moutinho e este, de novo de primeira, coloca em Lucho, numa posição privilegiada no coração da área. Com a bola a saltar ali mesmo e só com Kelava pela frente, Lucho cumpre a sua obrigação e dá vantagem ao FC Porto. 




Uma jogada de génio com futebol rendilhado da maior qualidade. Uma jogada que tem tudo o que a equipa precisava para quebrar a resistência do Dínamo Zagreb. Numa primeira fase, jogo flanqueado e, numa segunda fase, magia na zona 10.

O Dínamo Zagreb quebra com a desvantagem no marcador. O FC Porto encontra mais espaços no meio campo e consegue construir mais jogo pelos flancos. Prova disso mesmo acontece aos 24 minutos de jogo. Belo trabalho de James na entrada lateral direita da área do Dínamo Zagreb e a bola sobra para Moutinho, que, com espaço para fazer o golo, chuta por cima da baliza. Nos 10 minutos seguintes, o FC Porto tem pleno controlo do jogo e tem uma série de oportunidades, mas não consegue que nenhuma delas seja flagrante.

O Dínamo estava cada vez mais distante do jogo, mas manteve sempre o olho no erro do FC Porto. Aos 39 minutos tem nova hipótese de entrar no jogo. Sammir descobre Beqiraj, mas Otamendi, na dobra a Mangala, matem a calma, aguenta a posição e corta na última para canto. No canto, Vida ganha o lance a Abdoulaye e remata de cabeça à baliza. Helton faz uma defesa de recurso, mas incompleta e larga a bola. Beqiraj, uma vez mais, aproveita o erro e tenta rematar à baliza. Defour em esforço opõe-se e divide o lance. O remate de Beqiraj sai enrolado. Ainda assim, a bola toma a direcção do golo, no entanto, Varela salva em cima da linha.

A primeira parte acaba como começou. Ou o FC Porto ficava “esperto”, ou o Dínamo Zagreb ia aproveitar o erro alheio. E quem avisa…

Vítor Pereira percebeu o aviso amigo. Percebeu que tinha que matar o jogo e não dar mais esperanças ao Dínamo Zagreb com um frágil 1-0 no marcador. Para isso, era necessário que a equipa abrisse mais o jogo e aumenta-se a velocidade e a dinâmica na zona de construção.

É um FC Porto mais mandão no jogo que entra para segunda parte, com Danilo e Varela a aparecerem mais nos flancos. Ao minuto 48 e 56, James e Jackson, respectivamente, tentam o golo com remates poderosos, correspondidos por boas intervenções de Kelava. Ao minuto 61, o FC Porto cheira o golo. De novo, Moutinho a assumir a construção na zona central e a descobrir Jackson na área do Dínamo Zagreb. O Colombiano aguenta a marcação e abre, no flanco direito, para James. O 10 portista ensaia o seu típico remate em arco ao poste contrário, mas sai frouxo e Kelava defende. É um FC Porto à procura do descanso no marcador.

É já com Fernando e Alex Sandro em campo, que o FC Porto alcança, enfim, a desejada folga no marcador. Minuto 67 e livre directo para o FC Porto. Avança Moutinho para a marcação. A execução é perfeita demais para desespero de Kelava. Um golaço!

Com o 2-0, o FC Porto entre em “gestão Braga”. O jogo arrefece e nem a costumeira entrada de Atsu, desta feita por Lucho (mais um acto de gestão para embates futuros), anima o jogo. Entra-se nos últimos 15 minutos com os papéis invertidos. O Dínamo Zagreb a tentar buscar alguma coisa ao jogo e o FC Porto joga no erro croata.




Aos 82 minutos, Atsu inicia uma jogada na esquerda e dirige-se para a zona frontal da baliza. Aí é derrubado, faltosamente, mas o árbitro decide dar continuidade ao lance. A bola sobra para Varela, que remata ao lado. Mas o extremo já habituou o público do Dragão ao golo da praxe, mesmo não estando em noite inspirada. Quatro minutos depois, eis que surge o momento Varela no jogo. Lance iniciado em James que descobre Moutinho à entrada da área. Este deixa o seu último momento de magia da noite. De calcanhar, Moutinho isola Varela, que só com Kelava pela frente, remata com êxito. Um 3-0 justo e merecido.




Em cima do minuto 90, James volta a aquecer as mãos a Kelava e já nos descontos, o FC Porto desperdiça o 4-0. Grande arrancada de Danilo pelo seu flanco e o passe atrasado para Varela na área. Mais uma vez com Kelava pela frente, Varela desperdiça.

Mais uma vitória na Champions. Mais dinheiro em caixa. O “trabalho de casa” na Champions feito, para agora ir buscar a Paris o restinho que falta.

Nota para o retorno de Alex Sandro e Fernando no último jogo de um relvado que muito ajudou os adversários no Dragão.

Seguem-se 3 jogos fora do Dragão em 3 frentes. E que jogos! Jogo a jogo e objectivo a objectivo. Ambição e respeito. À Porto.


Análises Individuais:

Helton Volta a fazer um jogo abaixo das suas possibilidades. Pouco autoritário nos lances aéreos na sua área. No último lance de perigo do Dínamo Zagreb na primeira parte, é certo que é uma defesa de recurso, mas aquela bola, para um guarda-redes da sua classe, é para agarrar.

Danilo É ainda um corpo estranho à equipa. Fica muito tempo ausente do jogo e, curiosamente, é James quem menos o solicita. Fez um jogo muito sólido no aspecto defensivo, não dando a mínima hipótese a Cop. O lance a acabar o jogo mostra todo o seu potencial ofensivo. Merecia que Varela o concluísse com eficácia, poderia ser o quebrar da barragem que estanca todo o seu caudal ofensivo.

Mangala Termina o tirocínio a defesa esquerdo como um jogador mais maduro e mais ciente das suas capacidades. Está mais atento à bola e não ao jogador, já temporiza melhor a entrada aos lances e está mais cnfortável com bola. Teve uma luta dura com Beqiraj, um jogador que joga muito no físico, mas saiu a ganhar. Faltou Varela dar mais profundidade ao flanco para poder subir mais no terreno. Acaba o jogo a central, um teste para Braga.

Abdoulaye Jogo sério e competente, mas que também colocou a nu algumas limitações do seu jogo. Cumpriu a preceito o que lhe foi pedido e termina este ciclos de jogos com nota bem positiva. Ainda assim, para ser central para lutar pela titularidade do FC Porto, precisa de melhorar o seu jogo. Sobretudo, do ponto de vista técnico.

Otamendi – Um jogo onde voltou a oscilar entre o brilhante e o mau. As primeiras duas intervenções de peso no jogo não são felizes, mas, logo depois, faz um corte imperial in extremis na área. Contas feitas, sai com nota positiva e foi um auxílio precioso para Abdoulaye.

Defour – Fez um jogo ofensivo bem melhor que o defensivo. Defensivamente, deu espaço à saída em contra-ataque do Dínamo Zagreb e não empurrou o meio campo para mais perto de Jackson. Quando se libertou no ataque, revelou melhor acerto no passe que a defender. Está a crescer de produção.

MoutinhoO melhor em campo. Um grande trabalho contra a muralha defensiva construída pelo Dínamo Zagreb à frente da sua defesa. Agarrou as pontas na construção de jogo ofensivo e mostrou a caminho à equipa. Duas assistências de elevado quilate e um golo de execução perfeita. Uma noite em cheio.

Lucho – Fez um jogo cinzento. Muito disponível para trabalhar a meio campo e para aparecer em zonas de finalização, sobretudo na primeira parte. Não deu à equipa um caudal de jogo muito grande e deixou criar muito espaço entre si e Jackson. Saiu para um merecido e justo descanso.

James – Bom jogo de “toca e dá” a meio campo e conseguiu romper pelo flanco de quando em vez (grande jogada na primeira parte). Precisa de utilizar mais vezes o recurso a Danilo. A equipa agradece. Com a saída de Lucho, assume, em definitivo, a posição 10 e o FC Porto acaba em cima do Dínamo. Nos últimos 15 minutos, o FC Porto cria 3 situações claras de perigo. Não é coincidência.

Varela – O extremo de Almada é isto. Num jogo em que não fez muito de relevante, assinou um golo e falhou outro feito. A estatística não esconde um jogo pobre, onde sentiu muitas dificuldades em desequilibrar frente a Vrsaljko.

Jackson – Um jogo de auto-sacrifício imenso. Com Lucho demasiado longe dele, sobreviveu dos momentos luminosos de Moutinho e James. Jogou muito para a equipa e esta muito pouco lhe retribuiu. Varela não rompia, Danilo não era solicitado e o meio campo andava longe. Lutou com a dupla (que depois passou a tripla) de centrais do Dínamo Zagreb e ganhou mais do que perdeu.


Fernando – Uns minutos para voltar a sentir a relva. Entrou bem e limpou Sammir do jogo. Desde que entrou, o Dínamo Zagreb nem passou o meio campo. Matou todas as jogadas à nascença.

Alex Sandro – Tal como Fernando, voltou a sentir a relva para preparar as batalhas que se avizinham. Deu maior profundidade ao flanco, mas mau seria se assim não fosse. Devolveu Mangala ao centro da defesa, também aí se testou para os desafios que se avizinham.

Atsu Teve uma arrancada, que Varela desperdiça e onde o árbitro não quis ver uma falta evidente sobre o jovem Ganês.




FICHA DE JOGO:

FC Porto-Dínamo de Zagreb, 3-0
Liga dos Campeões, grupo A, quinta jornada
21 de Novembro de 2012
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 27.603 espectadores

Árbitro: Paolo Tagliavento (Itália)
Assistentes: Mauro Tonolini e Lorenzo Manganelli
Quarto árbitro: Riccardo di Fiore
Assistentes adicionais: Luca Banti e Paolo Silvio Mazzoleni

FC PORTO: Helton; Danilo, Abdoulaye, Otamendi e Mangala; Defour, João Moutinho e Lucho (cap.); James, Jackson Martínez e Varela
Substituições: Defour por Fernando (67m), Abdoulaye por Alex Sandro (67m) e Lucho por Atsu (75m)
Não utilizados: Fabiano, Miguel Lopes, Castro e Kleber
Treinador: Vítor Pereira

DÍNAMO DE ZAGREB: Kelava (cap.); Vrsaljko, Vida, Šimunic e Pivaric; Ademi, Kovacic e Brozovic; Beqiraj, Sammir e Cop
Substituições: Sammir por Puljic (76m), Cop por Halilovic (84m) e Beqiraj por Krstanovic (86m)
Não utilizados: Mitrovic, Calello, Tomecak e Alispahic
Treinador: Ante Cacic

Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Lucho (20m), João Moutinho (67m) e Varela (85m)
Cartões amarelos: Jackson Martínez (25m), Ademi (45m), Abdoulaye (53m), Šimunic (66m) e Varela (82m)

A análise de Vítor pereira:

"Veremos quem é a melhor equipa"


Consistência e dinâmica

"Ganhámos e justificámos a vitória e o resultado, com uma exibição consistente e dinâmica. Foi uma vitória natural, frente a uma equipa que nos criou dificuldades, nomeadamente na primeira parte. Com a qualidade individual, conseguimos também superar este obstáculo."

Qualidade dos médios

"Os golos marcados pelos médios tem a ver com o trabalho, a qualidade deles e o facto de sentirem confiança para aparecer em zonas de finalização."

Para ver quem é o melhor

"Para nós, é importante ficar em primeiro, porque esse é o nosso objectivo. Vamos a Paris com o objectivo de fazermos o nosso jogo, com a nossa identidade, e procurar vencer. Depois veremos quem é a melhor equipa e quem fica em primeiro. Gostamos de bons jogos e este será um deles."

A marcar muito e a sofrer pouco

"Temos realizado bom jogos, com qualidade, que não se resume na qualidade ofensiva, mas também se alarga à consistência defensiva. Temos feito bons jogos, marcando muitos golos e permitindo pouco. E isso só uma equipa consistente consegue."




Por: Breogán

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Champions League: FC Porto - D. Zagreb (Antevisão)


Nesta quarta-feira o Dragão será palco de mais um confronto europeu, com o FC Porto a defrontar o Dínamo Zagreb para a 5ª jornada desta fase de grupos da Liga dos Campeões. O italiano Paolo Tagliavento, de 40 anos, é o árbitro designado pela UEFA para dirigir o encontro.









A equipa azul e branca garantiu na ronda anterior em termos matemáticos a qualificação para a segunda fase da competição, enquanto o Dínamo procura somar os três pontos de forma a sonhar com uma possível passagem para a Liga Europa, contando nesta altura com quatro derrotas.





No primeiro jogo deste grupo os dragões deslocaram-se precisamente à Croácia onde venceram o Zagreb por duas bolas a zero (Lucho e Defour).

Em relação aos outros campeonatos, na Croácia a época está ligeiramente mais adiantada,nesta altura já decorreram 16 jornadas, estando a liderar o campeonato precisamente o Dinamo Zagreb, contabilizando 12 vitórias, dois empates e duas derrotas. Na 16ªjornada, a anterior, o Dínamo bateu o Zadar por 5-0, com os tentos da equipa croata a serem apontados por Pivaric, Kovacic, Halilovic, Beciraj e Krstanovic.

Individualmente, o Zagreb não tem nas suas fileiras jogadores acima da média, valendo a equipa acima de tudo pelo seu colectivo.

Para além do português Tonel (titular indiscutível ao lado do veterano Simunic), jogadores como Sammir, Ibanez ou Cop (já passou pelo Nacional) são figuras de destaque numa equipa que perdeu o médio Badelj para o Hamburgo, ele que era uma das estrelas desta equipa.

No FC Porto, com o apuramento resolvido não seria de todo uma surpresa caso existisse alguma alteração no onze base da equipa, ainda para mais havendo domingo um jogo extremamente importante em Braga para o campeonato, numa altura onde tanto Alex Sandro como o Fernando estão quase recuperados dos seus problemas físicos.




Sonhos do Adversário:

Ante Cacic: 

«Vamos ao Dragão discutir o resultado»

O Dinamo Zagreb pretende evitar o que aconteceu na época passada, deixar a fase de grupos da Liga dos Campeões sem qualquer ponto conquistado. Para isso, vai em busca do primeiro resultado que lhe permita pontuar no Estádio do Dragão, embora os croatas não esperem facilidades frente a um FC Porto já apurado.

«Vamos defrontar o líder do grupo que é favorito mas queremos deixar mais do que uma boa impressão no Dragão», afirmou Ante Cacic, treinador da equipa de Tonel e que domina o futebol croata.

«Eles têm um meio-campo de muita qualidade, com Defour, Lucho e João Moutinho. O jogo de Zagreb mostrou que o FC Porto tem melhor equipa mas vamos a Portugal para discutir o resultado até ao fim», disse o técnico, em declarações à imprensa da Croácia

A nossa realidade:

Vítor Pereira:


"O objectivo é ficar em primeiro lugar"

O que espera do jogo com o Dínamo, a equipa mais fraca do grupo?

Não vamos no canto da sereia, vamos com a guarda bem alta, sabemos bem o que queremos e o jogo é determinante para os nossos objectivos, que é ficar em primeiro lugar no grupo.

Vai defrontar uma equipa com um recorde negativo, com dez derrotas consecutivas...

Para o Dínamo será um desafio, de certeza que querem quebrar essa sequência negativa. Nós aqui no Porto gostamos de ter desafios e quanto maior melhor. Eu reposto pelo FC Porto e nós estamos determinados e sabemos que se quisermos ganhar o jogo temos de impor intensidade forte, ser agressivos e provar em campo que merecemos a vitória. Não acredito em jogos fáceis na Liga dos Campeões e não acredito que amanhã seja um jogo fácil.

Conta com Fernando e Alex Sandro para o jogo de amanhã?

Fernando e Alex Sandro são jogadores que estão neste momento disponíveis para amanhã fazerem parte do grupo.

Com o apuramento garantido não seria mais importante gerir o plantel?

Fazemos a gestão que tivermos de fazer, mas em função da resposta de cada um. Sabemos que para este jogo vamos escolher a equipa que pensamos nos dará uma boa resposta. Depois, faremos o mesmo tipo de gestão, o nosso desafio é sempre o próximo jogo e queremos ficar cá com os três pontos.

Como é que olha para os valores monetários. O que vale para si como técnico estar a jogar por pontos e dinheiro?

Não ligo a mínima, não é a minha área. Nunca fui financeiro na vida, nunca pensei muito no dinheiro, não é isso que me preocupa, o que me preocupa é desportivamente reforçar o estatuto do clube, reforçar a qualidade dos jogadores e da própria equipa. Essa é que é a minha responsabilidade.

Quer prolongar ser a única equipa nas competições europeias sem derrotas?

Eu sinto-me um treinador que trabalha todos os dias para evoluir. Há um ano sentia-me o mesmo treinador, a tentar evoluir, aprender com a experiência. Tenho a noção que é preciso trabalhar, evoluir para ir dando resposta a estes desafios. Queremos continuar a fazer parte do pequeno grupo de equipas que consegue somar 13 pontos no grupo. O que queremos para amanhã é termos quatro vitórias acumuladas e um empate.

Como se focam os jogadores com o apuramento garantido, sendo que domingo há jogo importante em Braga?

Os jogadores estão completamente focados neste jogo da Liga dos Campeões, depois do jogo de amanhã, no caminho para casa, começo a pensar no jogo de Braga.

O que achou do sorteio da Taça, com uma deslocação difícil a Braga?

Quando nos saiu o Braga a primeira que me veio à ideia é que as bolinhas devem estar amestradas e sabem que gostamos de desafios difíceis. É bom para nós, para os adeptos e acredito que sejam bom para o Braga. É bom para o futebol.

James:

"Temos de encarar o jogo com seriedade"

Os jogos da Liga dos Campeões são mesmo especiais?

Todos querem jogar bem na Champions League, todos querem jogar esta competição. Queremos ganhar e esperamos um bom jogo amanhã.

O que conhece desta equipa?

Amanhã penso que há que ter cuidado, porque estas equipas são muito perigosas. Temos de encarar o jogo com seriedade, entrar para ganhar e nada mais.

Qual é o contributo do treinador para o seu crescimento?

Muito, penso que o mister sabe o que cada jogador tem e é bom saber que conta com cada um de nós. Treino para ser a cada dia melhor, sou jovem, quero aprender.

O seu nome é constantemente associado ao mercado...

Não dou importância ao que se diz fora. Estou 100 por cento concentrado no FC Porto.


Lista de convocados:

Guarda-redes: Helton e Fabiano;

Defesas: Danilo, Miguel Lopes, Otamendi, Abdoulaye, Mangala e Alex Sandro;

Médios: Fernando, Lucho, Castro, João Moutinho e Defour;

Avançados: Jackson Martínez, James, Kléber, Varela e Atsu.



Por: Dragão Orgulhoso

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Balanço do Fim de Semana Azul e Branco:





FUTEBOL:

Taça de Portugal: Nacional 0-3 FC PORTO
Segunda Liga: Freamunde 0-3 FC PORTO B
Juniores sub19: FC Porto 4-0 SC Braga


ANDEBOL:

 FC PORTO 31-18 Madeira SAD
 FC PORTO 41-14 Camões

 HÓQUEI EM PATINS:

 OC Barcelos 4-8 FC PORTO

BASQUETEBOL:

CNB4: ALFENENSE 46-83 DRAGON FORCE


Um fim de semana recheado de vitórias do melhor clube Português, Ecletismo ao mais alto Nível.


Por: Rabah Madjer

domingo, 18 de novembro de 2012

Nacional 0 - 3 FC Porto : Refundação e Rotação (Por Breogán)


Refundação e rotação.


Nas últimas semanas, quase não se discute outra coisa em Portugal que não seja o significado da palavra refundação. Ora bem, refundação foi aquilo que Vítor Pereira fez frente ao Santa Eulália. Mudou de 1 a 11 e ainda juntou cambiantes tácticas e adaptações.




Ontem, Vítor Pereira ousou, mas não refundou. Fez melhor que isso. Soube pesar todas as condicionantes que rodearam este jogo, sobretudo, o circo “portugalesco” do cachet, de que alguns andam tão gabões. Aplicou uma rotação lógica e coerente, a um plantel que terá jogos decisivos pela frente nas duas principais competições. Bem vistas as coisas, só se pode chamar rotação às trocas que decorrem de uma opção e não de uma imposição. Assim, Defour, Abdoulaye e Mangala não entram nas contas desta rotação. Neste momento, são titulares, face às lesões Fernando, Maicon e Alex Sandro.




Vítor Pereira introduziu uma alteração por sector, com excepção do ataque. Na defesa, Miguel Lopes é a novidade no lado direito. No meio campo, surge Castro a completar o trio de médios. Por fim, no ataque, o sector com mais novidades, há duas alterações substanciais: a inclusão de Iturbe e Kléber. Para completar o trio de atacantes, Vítor Pereira chama Atsu à titularidade, um jogador bem mais próximo das primeiras opções que os dois anteriores. Atsu é o suplente utilizado com mais minutos de jogo, já foi titular por cinco vezes e discute a palmo um lugar no onze inicial com Varela.

A principal debilidade destas alterações estava no meio campo. Sem Moutinho e sem James a fugir do flanco, a criatividade do meio campo do FC Porto iria ressentir-se. O jogo viria a demonstrá-lo e Vítor Pereira viu-se forçado a corrigir.

O FC Porto começa a partida bem melhor que o Nacional. O meio campo portista aproveita todas as cautelas defensivas impostas por Manuel Machado para avançar no terreno. Atsu, no flanco esquerdo, vai ganhando o duelo a Aurélio e o FC Porto ataca com perigo pelo seu flanco. Aos 7 minutos, é por esta via que o FC Porto cria a primeira situação de perigo. Lucho distribui, bem em cima do meio campo defensivo do Nacional e passa para Mangala, no flanco esquerdo. Mangala mete em Atsu que, em velocidade e com um drible, ganha ao seu opositor. Com a vantagem ganha, Atsu coloca em Lucho, desmarcado à entrada da área. Lucho centra com precisão para Kléber, mas, isolado, falha escandalosamente.

O FC Porto continua por cima do jogo (com algumas arrancadas de Atsu), mas o Nacional, aos poucos, vai equilibrando o jogo. Claudemir começa a chegar mais perto de Barcellos e o Nacional já não dá tanto espaço na primeira fase de construção. O jogo entra numa toada morna e o meio campo do FC Porto começa a recuar.







Até que, ao minuto 28, Atsu volta a surgir no jogo. Desta vez, no flanco direito. Lançado em velocidade, volta a ganhar em drible (belo gesto técnico) ao seu adversário e cruza largo ao segundo poste. Lucho acorre ao cruzamento e sem deixar a bola cair, remata cruzado para o golo! Golaço do capitão, na segunda jogada bem construída no encontro.





Com o FC Porto em vantagem, o Nacional tenta chegar-se mais ao ataque, mas não consegue. Sem ligação a meio campo e sem flanqueadores, o Nacional só consegue criar perigo de bola parada. Primeiro, num livre directo de Revson, depois, num cabeceamento de Manuel da costa a rasar a barra de Fabiano, após cobrança de livre de Claudemir. O FC Porto limita-se a gerir o jogo, matando todas as iniciativas atacantes do Nacional e espreitando o contra-ataque.

A estratégica de ficar na expectativa quase resulta. No último minuto da primeira parte, Lucho ganha a posse de bola e avança no terreno. À entrada da área, tabela com Mangala e serve Kléber no coração da área. A rotação de Kléber sobre o seu marcador é excelente, mas a finalização é atraiçoada pelo estado do relvado.

Em suma, o FC Porto sai para o intervalo com três jogadas bem conseguidas e um golo. O Nacional, para lá de dois lances de bola parada, nada fez.

A segunda parte teria um começo bem diferente. Manuel Machado corrige bem as deficiências demonstradas pela equipa. Retira Jota, que não conseguiu ser ele de ligação do meio campo defensivo com Barcellos, coloca Keita entre os centrais do FC Porto e abre Rondón e Mateus nos flancos. O Nacional sobe o seu meio campo e ganha vantagem na luta nesse sector. Do lado do FC Porto, sem um criativo para contrariar o avanço do trio de médios do Nacional, restava juntar as linhas até que Vítor Pereira mexesse no jogo.

O primeiro lance de perigo é sintomático. Bola ganha pelo meio campo do Nacional, que a mete na velocidade Mateus. O angolano ganha vantagem a Abdoulaye e corre isolado para a baliza, mas é desarmado, no último momento, por Otamendi. Grande dobra de Otamendi!






Decorrem 20 minutos de algum sofrimento para o FC Porto, com o Nacional a dar alguns “esticões” no encontro, mas sem criar uma situação de evidente perigo. Só aos 61 minutos de jogo é que o FC Porto volta a aproximar-se da baliza do Nacional. Arrancada de Iturbe, numa diagonal em slalom e conclusão de Atsu, mas muito ao lado.






O recuo do FC Porto começava a ser perigoso, até que, finalmente, do banco salta a solução. James e Moutinho em campo, para os lugares de Iturbe e Defour. O FC Porto volta a equilibrar o jogo, sobretudo, porque já tinha dinâmica criativa a meio campo, mesmo com o Nacional a meter cada vez mais velocidade no jogo.

Aos “esticões” do Nacional, o FC Porto passaria a responder com golos. Aos 71 minutos, após um canto a favor do FC Porto, Atsu baila, no flanco esquerdo, sobre o seu opositor e cruza para o desvio vitorioso de Mangala na pequena área.

A perder por 0-2 o Nacional tenta ir atrás do resultado. Fabiano e Otamendi vão aplacando todas as investidas do Nacional e ganham destaque na partida. Até que, ao minuto 90, Kléber acaba com o jogo. Passe a rasgar de Moutinho para a desmarcação de Kléber. O avançado do FC Porto contorna Vladan e concretiza o golo que já ficara a dever por duas vezes.



Não foi um grande jogo por parte do FC Porto. Nem foi um jogo muito controlado, sobretudo na segunda parte, período em que o Nacional foi mais perigoso. Mas foi um jogo sério e competente. Onde o Vítor Pereira assumiu o risco e, com isso, ganhou um grupo mais alargado de jogadores e melhores condições físicas noutros.

Há batalhas mais decisivas pela frente. Hoje, ganhamos fôlego, mas cumprimos a nossa obrigação. Uma temporada também se constrói com jogos assim.


Análises Individuais:

Fabiano – Se dúvidas ainda existiam, as defesas que faz aos 76 e 89 minutos de jogo dissipam-nas. Este ano, o FC Porto tem um segundo guarda-redes com muito potencial. Tem aspectos técnicos que precisam de muito trabalho. Mas foi agradável vê-lo a sair dos postes para ser o “libero” da equipa e mesmo as reposições, algumas deficientes, revelam evolução. Mostram que já se preocupa em lançar a equipa no ataque, estando mais pró-activo nesse capítulo do jogo.

Miguel Lopes – Fez uma exibição intermitente. Deu muita profundidade ofensiva e controlou bem o seu flanco a nível defensivo, mas não fez um jogo categórico. Precisa de ser mais competitivo. Mesmo assim, é uma boa opção para a posição.

Mangala – Marcado desde muito cedo por um amarelo, passou por algumas dificuldades, mas nunca virou a cara a luta. Curiosamente, quando o Nacional carregou mais, foi quando fechou melhor o seu corredor. Ofensivamente, fez um jogo excelente! Nada que espante num ex-avançado. O detalhe desse passado está no golo. Aquele desvio é de ponta-de-lança.

AbdoulayeFicaram demonstradas algumas das suas limitações. Perdeu algumas vezes a marcação e abusou do chuto para a frente. Apesar de tudo, cumpriu bem a sua função, mas socorreu-se da ajuda de Otamendi. 

OtamendiMais um jogo imperial no bolso. Só perdeu um lance, mas Fabiano resolveu. De resto, perfeito. Precioso nas dobras a Abdoulaye.

Defour – É verdade que é dele a excelente abertura para Atsu assistir o primeiro golo. Mas fartou-se de coleccionar passes falhados, alguns de palmatória! Não só pela zona do terreno, mas também, porque a equipa já estava em transição. Mais uma vez, juntou-se em demasia aos centrais. Bem substituído.

CastroFez um bom jogo, sem dúvida. Pelo empenho e porque soube fazer o trabalho de sapa a meio campo. Mas continua a ser curto. Mostrou-se disponível para atacar, mas faltou-lhe capacidade de se desdobrar nessa tarefa.

Lucho – Excelente primeira parte, onde foi a luz que iluminou a equipa. Disponível para a aparecer em terrenos de finalização e para luta a meio campo. Caiu de produção no segundo tempo, mas sai da Choupana como um dos melhores da noite e um golaço para a colecção.

Iturbe – Uma ou outra arrancada e a maior parte delas foram inconsequentes. Tenta mostrar muito a cada lance e acaba não jogando no plano colectivo. Outro aspecto a rever é o seu posicionamento. Muito agarrado ao flanco, afasta-o da baliza e isso prejudica-o.

Atsu – Bom jogo de Atsu, onde mostrou mais um pouco do seu potencial. Arrancadas de grande classe e duas assistências. Boa capacidade de drible. Precisa de ser mais constante no jogo. Ainda tem longos períodos de ausência.

Kléber - Um falhanço logo a abrir o jogo é terrível. Pior é, quando é isolado e na pequena área. Ainda pior, se a cobrança já não é pequena. A boa notícia é que não deprimiu. Continuou a ir à luta, mesmo tendo o meio campo muito distante de si. Conquistou o prémio no fim, com um bom golo. É desta que vai acordar do seu torpor?


Moutinho – Deu consistência e qualidade ao meio campo. Grande assistência para o terceiro golo.

James Talento em campo para encostar o Nacional lá mais atrás.

Danilo – Uma perda de bola infantil e pouco tempo para mais.


FICHA DE JOGO:

Nacional-FC Porto, 0-3
Taça de Portugal, quarta eliminatória
17 de Novembro de 2012
Estádio da Madeira, no Funchal

Árbitro: Paulo Baptista
Assistentes: José Braga e Valter Dias
4.º Árbitro: Roberto Rebelo

NACIONAL: Vladan; João Aurélio, Manuel Da Costa, Mexer e Marçal; Revson, Claudemir e Jota; Diego Barcellos, Mario Rondón e Mateus
Substituições: Keita por Jota (46 minutos), Daniel Candeias por Mateus (64 minutos) e Edgar Costa por Diego Barcellos (76 minutos)
Não utilizados: Gottardi, Miguel Rodrigues, Mihelic e Isael
Treinador: Manuel Machado

FC PORTO: Fabiano; Miguel Lopes, Abdoulaye, Otamendi e Mangala; Defour, Castro e Lucho; Atsu, Iturbe e Kleber
Substituições: João Moutinho por Defour (63 minutos), James por Iturbe (63 minutos) e Danilo por Mangala (81 minutos)
Não utilizados: Helton, Rolando, Varela e Jackson
Treinador: Vítor Pereira

Ao intervalo: 0-1
Marcadores: Lucho (27 minutos), Mangala (71 minutos) e Kleber (89 minutos)
Cartão amarelo: Mangala (25 minutos), Manuel Da Costa (31 minutos), Claudemir (38 minutos), Mexer (61 minutos), Atsu (62 minutos), Marçal (80 minutos)


Analise dos intervenientes:


Vítor Pereira:

"O plantel demonstrou que está unido"


“Depois deste jogo, de gestão difícil e com um resultado de 3-0, só me apetece dar os parabéns a estes homens, pelo carácter que demonstram, e aos jogadores que tenho. Todo o plantel demonstrou que está emocionalmente unido, que pensam todos no que é melhor para a equipa. Mesmo sob condições difíceis, demos uma demonstração clara de um grande espírito de grupo e de qualidade. Fizemos a gestão possível, em função das condições em que os jogadores chegaram das selecções. Chegaram muito cansados. Infelizmente, somos nós que, depois, temos que gerir isto tudo.”

Lucho González:

“Fizemos um grande jogo, estivemos muito bem, muito fortes e o resultado foi justíssimo. Agora devemos continuar passo a passo. Não se pode pensar na final quando há muito jogos para fazer até lá chegar. Conseguir chegar lá é um dos nossos objectivos, mas tínhamos a cabeça neste jogo, o que demonstrámos com a atitude revelada e com a forma como o encarámos. Agora é preciso recuperar e lembrar que temos um jogo importante para a Champions. Se é verdade que já estamos qualificados, também é nosso objectivo terminar o grupo na frente.”



Por: Breogán

Juniores Sub19: FC Porto 4 - 0 SC Braga.







Ontem os dois primeiros classificados do Campeonato Nacional de Juniores Sub19 Zona Norte, encontravam-se no Olival no jogo a contar para a 13ª jornada, o FC Porto entrava para o encontro líder isolado com um ponto de vantagem sobre o SC Braga.





Entrando bem no jogo a turma Azul e Branca chegaria ao golo cedo, aos 16 minutos Fred após uma boa jogada colectiva inaugurava o marcador.

O FC Porto mostrava-se aos seus adeptos com um futebol seguro, de posse de bola, boas trocas, derivações de flanco, um futebol alegre, sendo por isso corolário lógico o golo cedo.

Chegava-se ao intervalo com o resultado em 1-0, um resultado curto para o futebol produzido pela turma da casa.

Na segunda parte o FC Porto entrava ainda mais forte na partida, foram do Braga as primeiras tentativas de chegar ao golo, mas o FC Porto de pronto asfixiou com um futebol arrebatador a turma Minhota.

Fruto do excelente futebol praticado e com um ritmo bem forte o FC Porto chegaria ao 2-0 por intermédio de Graça.

Sempre à procura de materializar o seu futebol em golos o FC Porto ainda chegaria ao golo por mais duas ocasiões, adivinhem por quem?

Pois é o inevitável André Silva não deixaría os seus créditos por "pés" alheios e em três minutos marcaria por duas vezes, aos 63 e 66 minutos respectivamente.

Daí até final e com o resultado em 4-0 o FC Porto geria o resultado a seu belo prazer, com um futebol engraçado para quem presenciava o encontro.

Com esta vitória a equipa da casa cimentaria a liderança na sua série, aumentando a vantagem pontual sobre o seu adversário directo e adversário no jogo desta tarde para quatro pontos.

Ficha de jogo:

FC PORTO: Kadu, Marcelo Magalhães, Bruno Silva, Tomás Podstawski, Rafa; Vítor Andrade (Francisco Ramos, 60m), Diogo Belinha (Shuai, 69m), Graça; Frederic (Leandro, 60m),  Ivo Rodrigues e André Silva.

Treinador: Nuno Capucho.

SC BRAGA: Tiago Sá, Júnior, Eira, Artur Jorge, Núrio, Reli, Antoninho (Bouças, 81m), Mendonça (Miguel, 60m), Erivaldo, Tiago (Néné, 69m), Aleni.
Treinador: Pedro Duarte

Intervalo: 1-0

Golos: Frederic (17m), Graça (53m), André Silva (63m e 66m).

Amarelos: Reko (13m), Frederic (17m), Júnior (52m), Marcelo (55m), Aleni (62m) e Graça (82m).



Por: Rabah Madjer

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Taça de Portugal: Nacional - FC Porto (Antevisão)






Antes de mais um compromisso europeu que terá pela frente, o FC Porto desloca-se à Madeira para defrontar neste sábado o Nacional em jogo a contar para a quarta eliminatória da Taça de Portugal, opondo duas equipas do mesmo escalão. 





Para chegar a esta fase os azuis e brancos derrotaram na ronda anterior o Santa Eulália por uma bola a zero, enquanto a turma madeirense levou a melhor no seu reduto sobre o Sp. Espinho por 4-0, curiosamente um encontro que marcou o regresso do técnico português Manuel Machado aos comandos da equipa, substituindo o Pedro Caixinha que saiu devido aos maus resultados.

Tendo em conta que a meio da semana vários jogadores estiveram ausentes (selecção), alguns deles com pouco tempo de repouso para este desafio, existe a dúvida qual o onze a ser utilizado pelo técnico Vítor Pereira, sendo certo que o brasileiro Fabiano terá certamente oportunidade de ser o eleito para a baliza. Quanto aos jogadores de campo poderá existir uma outra modificação no onze, mas derivado ao adversário que os dragões têm pela frente e num passado recente ter-se dado mal com muitas alterações, o onze base que tem sido utilizado nestes últimos jogos deverá manter-se.

O Nacional tem feito um campeonato bastante discreto até ao momento, no entanto possui qualidade e capacidade para mais. 

Com a vinda do Manuel Machado a equipa ainda não está certamente no "ponto", mas já se notam algumas melhorias no jogo jogado. Atendendo à forma como os madeirenses se têm exibido ultimamente também não é de crer que o técnico proceda a muitas mexidas. A sucederem praticamente deverá passar apenas pela troca de guarda-redes (saindo Vladan do onze e entrando Gottardi). Obrigatoriamente Moreno terá que sair do onze (vai cumprir um jogo de castigo).

O técnico da turma madeirense por norma vai variando a sua equipa num 4-3-1-2 e 4-2-3-1, numa defesa composta por João Aurélio, Manuel da Costa, Mexer e Marçal, povoando o meio-campo com um pivot e dois médios interiores, neste caso Moreno (como estará ausente Claudemir pode recuar no terreno e assim entra Mihelic) e os indiscutíveis Claudemir e Revson (atenção a este jogador), colocando Diego Barcellos nas costas da dupla de avançados, que tem três candidatos para dois lugares, casos de Keita, Rondon e Mateus (entrou muito bem no encontro frente ao Guimarães).

Antevisão de Vítor Pereira em www.fcporto.pt:

"A Taça é claramente um objectivo para nós"








O encontro no terreno do Nacional (sábado, 20h15, quarta eliminatória da Taça) encerra vários obstáculos: para além da valia do adversário e do difícil terreno da Choupana, os Dragões mal tiveram tempo de o preparar, devido aos jogos das selecções. Porém, Vítor Pereira assume a competição como um dos objectivos da época e sublinha que os portistas terão de ser "competitivos".







Ainda faz algum sentido fazer uma análise do jogo com o Nacional à luz do que aconteceu na eliminatória anterior, frente ao Santa Eulália [vitória azul e branca por 1-0, frente a um adversário da III Divisão], ou os madeirenses são um adversário que coloca de imediato o FC Porto em alerta?

Faz sentido para voltar a atribuir mérito à equipa do Santa Eulália. Também reconheci que fiz demasiadas adaptações e mexidas, que descaracterizaram o nosso jogo. Em termos competitivos, não vejo qualquer “transfer”. Vamos jogar com uma equipa da Primeira Liga e, a meu ver, a classificação do Nacional não reflecte a sua qualidade individual e colectiva. Tive oportunidade de ver o último jogo deles em Guimarães e é uma equipa muito perigosa nas transições, com jogadores muito rápidos na frente. A Choupana transporta-nos para um contexto que é complicado para qualquer equipa. Independentemente disso, sabemos o que queremos. Para ganhar temos de ser competitivos e estar ao nosso melhor nível, porque o resultado não terá retrocesso. É preciso ganhar para seguir em frente e a Taça de Portugal é claramente um objectivo para nós.

Este calendário misto, com jogos das selecções pelo meio, prejudica o FC Porto face ao Nacional?

Quem quer preparar um jogo tem de ter os jogadores presentes. Às vezes, quando os atletas chegam dois ou três dias antes de um encontro, ainda é possível fazer alguma coisa. Neste caso, com tantas viagens e minutos nas pernas, não vai ser possível trabalhar, a não ser do ponto de vista teórico.

Vai ser obrigado a mexidas profundas na equipa?

Vou ter de fazer a gestão da melhor forma, depois de perceber como os jogadores chegarão e quais estão em melhores condições para garantir a passagem da eliminatória. O facto de termos muitos internacionais traz-nos coisas positivas, mas também nos coloca este tipo de dificuldades.

O James e o Jackson, que chegam hoje ao Porto, já não contam?

Uma resposta obrigava-me a divulgar a convocatória e a equipa. Não tenho conhecimento do estado de cada jogador e ainda não fiz a convocatória. Ainda tenho mais um dia para pensar.

A Taça de Portugal passou a ser um objectivo mais forte depois do que aconteceu na época passada frente à Académica (derrota por 3-0, também na quarta eliminatória)?

Admitimos que não estivemos ao nosso nível e pagámos caro a factura. Não é um jogo para esquecer mas sim para recordar, de forma a não cometermos os mesmos erros. A abordagem mental não foi a que se exigia e saltámos fora da Taça. Normalmente, reflectimos sobre os erros e as condições que nos levaram a comete-los. Frente ao Nacional, se tivéssemos a mesma abordagem mental, seria um descalabro. Não nos podemos dar ao luxo de não ter uma abordagem competitiva, de sacrifício. Este jogo vai exigir união e espírito de equipa, mas são esses os predicados que a equipa tem apresentado este ano.

Tendo em conta esse passado, o não apuramento para a próxima eliminatória terá de ser classificado como um desastre?

Este clube é ganhador. Nem empates nos satisfazem – mesmo quando nos permitem a passagem a uma próxima fase, como em Kiev –, quanto mais a eliminação de uma competição como a Taça. Partimos para o jogo com o Nacional com a convicção de que vai ser complicado. As condições não foram as ideais para o preparar, pelo que as dificuldades aumentam.



Lista de convocados :

Guarda - Redes - Helton e Fabiano
Defesas - Danilo, Miguel Lopes, Rolando, Eliaquim Mangala, Abdoulaye e Otamendi
Médios - Lucho González, Castro, João Moutinho e Steven Defour
Avançados - Iturbe, Jackson Martinez, James Rodriguez, Kléber, Varela e Christian Atsu


Por: Dragão Orgulhoso
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