Um jogo entre Porto e Boavista seja em que escalão é sempre um jogo interessante de seguir face há rivalidade existente entre os dois clubes.
Neste escalão e face ao poderio até agora mostrado pela equipa de sub-15 não se adivinhavam grandes dificuldades para vencer o Boavista.
E como vem sendo hábito marcar muitos golos ás equipas que vão ao Olival, logo aos 5 minutos numa excelente jogada com uma assistência perfeita de Luis Mata para um dos melhores marcadores da equipa, apesar de ser médio, João Gonçalo de cabeça marca o primeiro golo.
Aos 14 minutos de jogo, numa jogada disputada no meio campo em que Leandro levanta o pé e atinge sem qualquer intenção o defesa contrário que baixou a cabeça numa tentativa de ganhar a bola teve como consequência o protagonismo do vaidoso árbitro Ivan Vigário.
Uma pequena mazela que não teve qualquer consequência para o jovem do Boavista a não ser um susto de sentir uma bota na cabeça eis que o Vigário do apito vai ao seu baú de estupidez e mostra o cartão vermelho directo a Leandro.
A partir daqui poder-se ia pensar que o jogo iria ficar estragado mas os meninos do Porto e do bessa mostraram a esse Vigário que estavam ali apenas para fazerem aquilo que gostam que é jogar futebol. Não houve de parte a parte qualquer picardia que ás vezes essas decisões provocam nos injustiçados com resposta também sempre pronta dos opositores. Mas estes miúdos deram uma lição a esse aspirante a árbitro de futebol e aos próprios pais que estavam nas bancadas.
Mas como um mal nunca vem só o aspirante quis de novo ser mais uma vez o artista do jogo. Num cruzamento para a área do Porto o avançado do Boavista cabeceia, com Gabriel a sair mal da baliza, mas a bola sai ligeiramente ao lado. Uma cabeçada normal e reacção normal dos miúdos do bessa em regressar ao seu meio-campo desolados pela não marcação do golo.
Como disse antes o aspirante quis ser de novo protagonista e eis que marca... um penalty. Inacreditável até para os miúdos do bessa.
O treinador Folha como consequência dos seus mais que justificados protestos é expulso. Sem qualquer dúvida a A.F.Porto tem de ter também observadores para analisar estes aspirantes a árbitros de futebol. Até final da primeira parte continuou o Porto a comandar as operações e o segundo golo chegou com toda a naturalidade e nasce de um livre directo marcado pelo pequeno grande jogador Paulinho (um nome fácil para fixar), o guarda-redes do bessa tem uma saída em falso e com a bola a entrar directamente é o central Sandro que em cima da linha toca na bola.
Na segunda parte o Boavista ainda tentou mas sem qualquer perigo chegar ao golo para poder, visto que estava a jogar contra 10, de novo discutir o jogo.
Mas uma substituição, ao intervalo, muito bem vista por Folha, tirando Paulinho e colocando Camará deu há equipa mais força e velocidade. Camará entrou muito bem no jogo e foi mantendo os centrais do Boavista sempre em sentido.
Aliada a esta boa substituição de Folha os extremos Luis Mata e Bruno Costa (os melhores em campo) não deixavam o ultimo reduto do Boavista sossegado.
A equipa ora ia trocando a bola de pé para pé ora com Mata ou Bruno nas iniciativas de jogadas de ataque ia criando oportunidades de golo umas a seguir ás outras. O quinto golo é desse um bom exemplo em que Bruno Costa fez o que quis dos adversários e ofereceu a Mata a possibilidade do golpe final. Mas Camará ainda teve tempo e engenho para fazer um merecido golo.
Vitória justíssima de uma equipa que jogou desde os 14 minutos de jogo reduzida a 10 unidades.
No Boavista merece também destaque Mesquita que ainda foi dando que fazer há defesa portista.
Ficha do Jogo:
Local: Centro de Treinos do Olival (Gaia)
Árbitro: Ivan Vigário (Porto)
FC. Porto: Gabriel; Francisco, Sandro Fonseca, Jorge e Ruben Barbosa; Varejão, Bruno Costa (João Bernardo, 63), João Gonçalo, (Fernando, 60) e Paulo Alves (Camará, int.); Leandro e Luís Mata.
Treinador: António Folha
Boavista: Nico; Hugo, Baldaia, Léo e Gonçalo (Diogo, 55); Nuno (João Oliveira, 54), Organista (Vítor, int.), Ricardinho (Paulinho, int.), Mabílio, Sousa e Mesquita.
Treinador: Miguel Aguiar.
Ao intervalo: 2-0. Golos: João Gonçalo (5, 52), Sandro (33), Luís Mata (40, 56)) e Camará (67).
Cartões amarelos: Varejão (14), Hugo (29), Bruno Costa (45)).
Cartões vermelhos: Leandro (14) e António Folha (treinador do F. C. Porto)
Por: Juary
7 comentários:
No 2º golo fiquei com dúvidas se realmente foi o nº3 que tocou na bola ou entrou directamente. No resto concordo. A a equipa jogou bem e revolta com o gatuno do apito.
Ficarem reduzidos aos 14 minutos e, ainda assim, golear, é uma demonstração de força desta equipa.
Fibra e talento.
Excelente crónica, espero que por fim as nossas camadas jovens comessem a produzir mais valias para a equipa sénior, que ate agora tem sido um deserto....
Trafulha a questão não é essa, temos que ter em consideração que um talento vindo de fora vem com bastante mais rodagem e experiência, ver o caso de James com 19 anos a experiência que já trazia acumulada.
E depois há ainda outro factor que oportunamente abordaremos.
Concordo com o Trafulha.
O objectivo das camadas jovens deve ser preparar jogadores para actuar ao mais alto nivel.
Preparar é criar habitos de vitoria mas também garantir que não seja preciso ir buscar fora jogadores da mesma idade formados por outros uma vez que os nós formamos não tem endurance suficiente.
Se não têm perceba-se porquê e actue-se.
Trafulha disse...
Excelente crónica, espero que por fim as nossas camadas jovens comessem a produzir mais valias para a equipa sénior, que ate agora tem sido um deserto....
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Caro amigo, a obrigação dos responsáveis (dirigentes e treinadores) é formar bons jogadores. Ainda recentemente no mundial sub-20 em que Portugal brilhantemente foi vice-campeão do mundo, essa equipa tinha 6 jogadores formados no clube.Mas, infelizmente nenhum desses tem contrato com o nosso clube o que é estranho. O ano passado a nossa equipa de sub-19, uma das melhores dos últimos anos, sagrou-se campeã de uma forma categórica. Dessa excelente equipa apenas 3 (David, Edu e Christian Atsu) têm contrato com o clube o que é lamentável porque nessa equipa como disse Rui Gomes, o treinador, qualquer um pode chegar á equipa principal. Mas como o futebol hoje em dia é apenas negócios e comissões a Sad apenas reservou espaço para esses 3. Sem qualquer dúvida que não são os responsáveis pela formação os culpados da nossa equipa principal não ter nenhum jogador formado nas camadas jovens.
Caro Juary não está a ter em conta a regra do Fair-play que obriga o clube a ter sob contrato apenas 40 atletas profissionais...isso explica a não renovação de contratos dessa "fornada" que fala...
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