#FCPorto #Benfica #TaçadePortugaldeHóqueiempatins
Foi um final de época para esquecer para as nossas cores.
Depois da derrota na final da Liga Europeia, depois de termos tudo para sermos
campeões e falharmos em Valongo, ontem perdemos na final da Taça. Há uns 2
meses atrás nada disto era previsível. Mas foi que aconteceu.
Comecemos pelo jogo de ontem, mais precisamente pelo
pré-jogo. Há muito para falar. Comecemos por mais um acto de vandalismo ao
nosso autocarro. Durante a noite o autocarro foi pintado e vandalizado por
adeptos benfiquistas. Imagino que tal acto destes mentecaptos tenha
consequências. Ou melhor calcularia que sim noutro país. Para quem já incendiou
um autocarro de adeptos, umas pinturas nada significam.
Depois o castigo de João Rodrigues e do treinador Pedro
Nunes. Vermelho (bem) mostrado a ambos. Estariam fora da final. Errado. Ambos
foram despenalizados porque no mesmo dia o Conselho de Disciplina reuniu de
urgência. Nada contra eles se reunirem o mais rápido possivel. Espanta-me é que
quando Pedro Moreira viu o vermelho em Barcelos esteve 15 dias à espera que tal
conselho se decidisse a reunir. Não jogou até lá. Porquê tanta celeridade para
uns e um completo desprezo para outros? Porquê actuações diferentes? Eu sei e
certamente vocês também, basta olhar para os nomes dos clubes. Não é por acaso
que insisto em chamá-los de regime...
Para terminar com o pré-jogo resta o positivo. Os nossos
adeptos. Uma semana depois de uma decepção foram muitos os que se deslocaram a
Turquel para lutar por mais um título com a mesma força de sempre. E lá dentro,
mais uma vez em grande forma. Quem não pôde ir sentiu-se de certeza bem
representado. Temos adeptos enormes e o resto é treta.
Vamos então ao jogo. Começamos bem, com uma ligeira
supremacia inicial que deu frutos. Aos 6 minutos Ricardo Barreiros inaugurou o
marcador com uma stickada à entrada da área. Aos 8 minutos Jorge Silva fez o 2-
0 numa recarga a remate de Reinaldo Ventura. Tudo parecia bem encaminhado.
Estávamos superiores e já em vantagem no marcador.
O regime apenas dispunha de penaltis para criar perigo. O 1º
falharam mas na 2ºo conseguiram reduzir. Tal como na semana passada Caio viu um
azul por protestos logo a seguir ao golo. Não sei o que disse, nem me atrevo a
discutir se foi bem ou mal ajuizado. Sabia era quem eram os artistas, logo
sabia que não podíamos dizer nada. Caio também o sabia, foi o mesmo árbitro das
últimas jornadas...
Não gosto de estar sempre a bater nestes árbitros, mas o que
eles fazem obriga a isso. Caio viu o azul por protestos. Lopez, logo a seguir
num tom bem mais axaltado reclamou e insultou. O azul ficou no bolso. Depois do
golo do clube deles foi um fartar vilanagem. O intervalo chegou depois de
Hélder Nunes sofrer penalti e ainda levar com falta por simulação. Ridiculo. E
já que falamos em Lopez, quantas vezes ele caiu sem toque e nunca nada foi
assinalado? Porquê atitudes diferentes em situações iguais? Para quem assistiu
via TV registo para a cegueira tendenciosa dos comentadores da BolaTv...
Ao intervalo ganhávamos por 2-1.
A segunda parte foi um descalabro completo. Logo de início
algumas falhas defensivas e na saída para o ataque, felizmente sem custos. Eles
empataram aos 8 minutos. Remate antes do meio campo que pareceu sofrer um
desvio.
Registo para a 10ª falta deles que deveria ter sido marcada
logo após o golo do empate. Simulação dentro da área. Mas lá está, para uns é
marcado, para outros escapa... A 10ª falta deles apenas foi marcada quase
4 minutos depois mas Caio falhou o livre directo.
Nós falhamos, eles não. Na cobrança do livre directo quando
fizemos nós a 10ª falta eles marcaram. passamos de um 2 - 0 para um 2 - 3. A
dupla de arbitragem ajudou e muito mas está longe de ser a única explicação...
Os minutos seguintes mostram isso mesmo.
Faltavam 10 minutos e no hóquei isso é muito tempo. Mas a
equipa perdeu a cabeça. Principalmente depois de, logo a seguir o rival ter
direito a novo penalti (que concretizaram na recarga). Fiquei com muitas
dúvidas.
A equipa estava com os nervos em franja e foi uma sequência
de expulsões. Reinaldo foi expulso por protestos, Jorge Silva teve o mesmo
destino e Edo igual. Tudo nos espaço de 5 minutos. Até o habitualmente calmo
Vitor Hugo levou um azul por protestos.
Isto é deveras preocupante. Sim, fomos prejudicados. Sim,
estávamos a perder. Mas a única reacção que tivemos foi perder a cabeça. Não
pode acontecer.
O jogo terminou 8 - 3. Até a Taça nos escapou.
Importa agora perceber as razões. Perdemos porquê? É algo
que nos tem feito pensar aqui no Tribuna. Não queremos ser injustos, até porque
não duvidamos da vontade de ganhar de ninguém mas falhamos. E tivemos culpa
nisso. Estamos desde a semana passada a tentar dissecar as razões deste
fracasso de final de época. Não nos interessa atribuir culpas, interessa sim
ver o que falhou e encontrar soluções e mudar o que está mal. É um assunto que
iremos abordar com mais calma agora que a época terminou...
Até lá gostaríamos de ver acção do clube, denunciando as
péssimas arbitragens que fomos alvo ao longo do ano. Gente como Miguel
Guilherme tem sido recorrente a prejudicar-nos. É grave termos tido este tipo
em todos os jogos da fase final da época, mesmo que para isso se adie jogos
para ele fazer 2 jogos numa jornada, parece que não há outros. Falta vergonha à
federação e a este (e outros) intervenientes. Aguentamos calados durante muito
tempo. É altura de dizer basta...
FICHA DE JOGO
FC Porto Fidelidade-Benfica, 3-8
Final da Taça de Portugal
8 de Junho de 2014
Pavilhão do HC Turquel, em Alcobaça
FC Porto Fidelidade-Benfica, 3-8
Final da Taça de Portugal
8 de Junho de 2014
Pavilhão do HC Turquel, em Alcobaça
Árbitros: Paulo Rainha (Minho) e Miguel Guilherme
(Lisboa)
FC PORTO FIDELIDADE: Edo Bosch (g.r.), Pedro Moreira, Ricardo Barreiros (1), Jorge Silva (1) e Reinaldo Ventura (cap.)
Jogaram ainda: Nélson Filipe (g.r.), Caio, Vítor Hugo, Hélder Nunes e Tiago Losna
Treinador: Tó Neves
BENFICA: Guillem Trabal (g.r.), Valter Neves (cap., 3), Esteban Abalos, Marc Coy e João Rodrigues (3)
Jogaram ainda: Diogo Rafael, Carlos López (1), Miguel Rocha e Guilherme Silva (1)
Treinador: Pedro Nunes
Ao intervalo: 2-1
FC PORTO FIDELIDADE: Edo Bosch (g.r.), Pedro Moreira, Ricardo Barreiros (1), Jorge Silva (1) e Reinaldo Ventura (cap.)
Jogaram ainda: Nélson Filipe (g.r.), Caio, Vítor Hugo, Hélder Nunes e Tiago Losna
Treinador: Tó Neves
BENFICA: Guillem Trabal (g.r.), Valter Neves (cap., 3), Esteban Abalos, Marc Coy e João Rodrigues (3)
Jogaram ainda: Diogo Rafael, Carlos López (1), Miguel Rocha e Guilherme Silva (1)
Treinador: Pedro Nunes
Ao intervalo: 2-1
Marcadores: Ricardo Barreiros (6m), Jorge Silva
(9m), Valter Neves (14m, 38m e 41m), João Rodrigues (33m, 44m e 48m), Carlos
López (46m), Hélder Nunes (47m) e Guilherme Silva (49m)
Por: Paulinho Santos