segunda-feira, 9 de junho de 2014

Hóquei - Também falhamos na Taça...

 #FCPorto #Benfica #TaçadePortugaldeHóqueiempatins






Foi um final de época para esquecer para as nossas cores. Depois da derrota na final da Liga Europeia, depois de termos tudo para sermos campeões e falharmos em Valongo, ontem perdemos na final da Taça. Há uns 2 meses atrás nada disto era previsível. Mas foi que aconteceu.






Comecemos pelo jogo de ontem, mais precisamente pelo pré-jogo. Há muito para falar. Comecemos por mais um acto de vandalismo ao nosso autocarro. Durante a noite o autocarro foi pintado e vandalizado por adeptos benfiquistas. Imagino que tal acto destes mentecaptos tenha consequências. Ou melhor calcularia que sim noutro país. Para quem já incendiou um autocarro de adeptos, umas pinturas nada significam.

Depois o castigo de João Rodrigues e do treinador Pedro Nunes. Vermelho (bem) mostrado a ambos. Estariam fora da final. Errado. Ambos foram despenalizados porque no mesmo dia o Conselho de Disciplina reuniu de urgência. Nada contra eles se reunirem o mais rápido possivel. Espanta-me é que quando Pedro Moreira viu o vermelho em Barcelos esteve 15 dias à espera que tal conselho se decidisse a reunir. Não jogou até lá. Porquê tanta celeridade para uns e um completo desprezo para outros? Porquê actuações diferentes? Eu sei e certamente vocês também, basta olhar para os nomes dos clubes. Não é por acaso que insisto em chamá-los de regime...

Para terminar com o pré-jogo resta o positivo. Os nossos adeptos. Uma semana depois de uma decepção foram muitos os que se deslocaram a Turquel para lutar por mais um título com a mesma força de sempre. E lá dentro, mais uma vez em grande forma. Quem não pôde ir sentiu-se de certeza bem representado. Temos adeptos enormes e o resto é treta. 

Vamos então ao jogo. Começamos bem, com uma ligeira supremacia inicial que deu frutos. Aos 6 minutos Ricardo Barreiros inaugurou o marcador com uma stickada à entrada da área. Aos 8 minutos Jorge Silva fez o 2- 0 numa recarga a remate de Reinaldo Ventura. Tudo parecia bem encaminhado. Estávamos superiores e já em vantagem no marcador. 

O regime apenas dispunha de penaltis para criar perigo. O 1º falharam mas na 2ºo conseguiram reduzir. Tal como na semana passada Caio viu um azul por protestos logo a seguir ao golo. Não sei o que disse, nem me atrevo a discutir se foi bem ou mal ajuizado. Sabia era quem eram os artistas, logo sabia que não podíamos dizer nada. Caio também o sabia, foi o mesmo árbitro das últimas jornadas... 

Não gosto de estar sempre a bater nestes árbitros, mas o que eles fazem obriga a isso. Caio viu o azul por protestos. Lopez, logo a seguir num tom bem mais axaltado reclamou e insultou. O azul ficou no bolso. Depois do golo do clube deles foi um fartar vilanagem. O intervalo chegou depois de Hélder Nunes sofrer penalti e ainda levar com falta por simulação. Ridiculo. E já que falamos em Lopez, quantas vezes ele caiu sem toque e nunca nada foi assinalado? Porquê atitudes diferentes em situações iguais? Para quem assistiu via TV registo para a cegueira tendenciosa dos comentadores da BolaTv... 

Ao intervalo ganhávamos por 2-1.

A segunda parte foi um descalabro completo. Logo de início algumas falhas defensivas e na saída para o ataque, felizmente sem custos. Eles empataram aos 8 minutos. Remate antes do meio campo que pareceu sofrer um desvio.

Registo para a 10ª falta deles que deveria ter sido marcada logo após o golo do empate. Simulação dentro da área. Mas lá está, para uns é marcado, para outros escapa...  A 10ª falta deles apenas foi marcada quase 4 minutos depois mas Caio falhou o livre directo. 

Nós falhamos, eles não. Na cobrança do livre directo quando fizemos nós a 10ª falta eles marcaram. passamos de um 2 - 0 para um 2 - 3. A dupla de arbitragem ajudou e muito mas está longe de ser a única explicação... Os minutos seguintes mostram isso mesmo.

Faltavam 10 minutos e no hóquei isso é muito tempo. Mas a equipa perdeu a cabeça. Principalmente depois de, logo a seguir o rival ter direito a novo penalti (que concretizaram na recarga). Fiquei com muitas dúvidas.

A equipa estava com os nervos em franja e foi uma sequência de expulsões. Reinaldo foi expulso por protestos, Jorge Silva teve o mesmo destino e Edo igual. Tudo nos espaço de 5 minutos. Até o habitualmente calmo Vitor Hugo levou um azul por protestos. 

Isto é deveras preocupante. Sim, fomos prejudicados. Sim, estávamos a perder. Mas a única reacção que tivemos foi perder a cabeça. Não pode acontecer. 

O jogo terminou 8 - 3. Até a Taça nos escapou.

Importa agora perceber as razões. Perdemos porquê? É algo que nos tem feito pensar aqui no Tribuna. Não queremos ser injustos, até porque não duvidamos da vontade de ganhar de ninguém mas falhamos. E tivemos culpa nisso. Estamos desde a semana passada a tentar dissecar as razões deste fracasso de final de época. Não nos interessa atribuir culpas, interessa sim ver o que falhou e encontrar soluções e mudar o que está mal. É um assunto que iremos abordar com mais calma agora que a época terminou...

Até lá gostaríamos de ver acção do clube, denunciando as péssimas arbitragens que fomos alvo ao longo do ano. Gente como Miguel Guilherme tem sido recorrente a prejudicar-nos. É grave termos tido este tipo em todos os jogos da fase final da época, mesmo que para isso se adie jogos para ele fazer 2 jogos numa jornada, parece que não há outros. Falta vergonha à federação e a este (e outros) intervenientes. Aguentamos calados durante muito tempo. É altura de dizer basta... 


FICHA DE JOGO

FC Porto Fidelidade-Benfica, 3-8
Final da Taça de Portugal
8 de Junho de 2014
Pavilhão do HC Turquel, em Alcobaça

Árbitros: Paulo Rainha (Minho) e Miguel Guilherme (Lisboa)

FC PORTO FIDELIDADE:
 Edo Bosch (g.r.), Pedro Moreira, Ricardo Barreiros (1), Jorge Silva (1) e Reinaldo Ventura (cap.)
Jogaram ainda: Nélson Filipe (g.r.), Caio, Vítor Hugo, Hélder Nunes e Tiago Losna
Treinador: Tó Neves

BENFICA: Guillem Trabal (g.r.), Valter Neves (cap., 3), Esteban Abalos, Marc Coy e João Rodrigues (3)
Jogaram ainda: Diogo Rafael, Carlos López (1), Miguel Rocha e Guilherme Silva (1)
Treinador: Pedro Nunes

Ao intervalo: 2-1
Marcadores: Ricardo Barreiros (6m), Jorge Silva (9m), Valter Neves (14m, 38m e 41m), João Rodrigues (33m, 44m e 48m), Carlos López (46m), Hélder Nunes (47m) e Guilherme Silva (49m) 


Por: Paulinho Santos




sexta-feira, 6 de junho de 2014

O ânus

 #Sporting    #Benfica #FCPorto #Joker 

Dele sai ar ou excremento

Em tais torrentes prosaicas…

É o exemplo mais escorreito
Pr’a tais níveis de lucidez…
Vendo-o largar mais uma vez
Tais palavras com’um peido!

A sua boca é um ânus
Uma inversão anatómica
Só sai vento, só sai bosta
Em discursos como fezes!

E está-se sempr’abrir!
Larga gases verborrágicos
Cujos cheiros por bombásticos
Nos anestesiam só de rir!

Eu percebo a inspiração
Pr’a tais níveis poluentes
P’la classe de dirigentes
Que são heróis da nação!

E por cada bosta largada
Veem nisso humor fino!?
Como s’a fralda do menino
Não estivesse bem cagada!?

A um “nobre” tudo assenta
Numa fineza de estilo!
Na retrete ou no bacio…
Todo ele é eloquência!

E neste ruido de fundo
Que se confunde com gáudio!
Tod’um WC como estádio
E um cheiro nauseabundo?

Só pode ser dos azulejos
Que por gosto do Taveira…
O ânus: prémio de carreira!
Seja inspiração pr’os despejos!

E daí o simbolismo
Qu’é necessário um limpeza
De tod’a aquela redondeza
A que não basta um autoclismo!

Por: Joker


quinta-feira, 5 de junho de 2014

Dragon Dream, 8 de Junho.

Se nasceste em 2006, 2007 ou 2008, esta é a tua oportunidade para mostrar o que vales com a bola nos pés. O Dragon Dream abre as portas do Vitalis Park ao teu talento e desafia-te a mostrar se tens o que é preciso para ser jogador do FC Porto. No domingo, dia 8 de Junho, a partir das 14h00, o relvado é todo teu.

Para te inscreveres, envia um e-mail para openday@fcporto.pt com os seguintes dados: nome completo, data de nascimento, posição de campo preferida (guarda-redes, defesa, médio ou avançado) e o clube em que jogas, se for esse o caso. A recepção aos atletas nascidos em 2007 e 2008 ocorre às 14h00, enquanto os nascidos em 2006 são recebidos às 15h15.
Deves trazer contigo chuteiras de pitons de borracha, caneleiras, calções brancos ou azuis, meias, camisola branca ou azul, toalha, produtos de higiene pessoal e chinelos. A data-limite das inscrições é até às 18h00 desta sexta-feira, dia 6 de Junho. Inscreve-te e mostra o que vales.



quarta-feira, 4 de junho de 2014

TITANIC

#titanic #FCPorto #Benfica #Sporting #Futebol #Mundial #Brasil 

Hora de balanço da época desportiva da principal equipa do Futebol Clube do Porto.

Fá-lo-ei em 3 textos. No primeiro será dada uma panorâmica geral do que foi este terrível ano.

No segundo partirei para uma análise individual de cada um dos actores envolvidos neste drama que virou tragédia. Jogadores, Dirigentes, Treinadores.

No terceiro tentarei pegar no falhanço monumental deste ano e projectá-lo para o futuro.

O que se aprendeu, o que não se pode voltar a repetir e que estratégia adoptar.

Comecemos, então, com o TITANIC.



A época pode dividir-se em 6 actos:

  1. DÚVIDA
Dúvida é a palavra que melhor define o inicio da época do FC Porto. Uma relativamente boa pré-época e uma entrada que a nível de resultados estava ao nível do exigido. A par desse sucesso relativo começa a crescer a dúvida.

O universo Porto que desprezava Vítor Pereira não ficaria saciado com pontos. Queria exibições e pontos. Qualidade e quantidade.

Com a 2ª parte do Porto – Gil Vicente é instalado o embrião da dúvida. Cresce rapidamente com a série que começa em Viena, faz escala no Estoril e aterra no Dragão na dupla Guimarães/Atlético de Madrid.

Aí o que parece estar em causa não é a qualidade do treinador/jogadores. A dúvida é saber se a qualidade que têm é suficiente para conduzir o Titanic. O famoso jargão: “Terão unhas?”

Da dúvida à certeza é um tirinho. Pequenos fogachos (1ª parte na Rússia e Sporting em casa) ainda ligam a dúvida às maquinas durante um tempo mas pelas 20.30 minutos do dia 26 de Novembro de 2013 é decretado o óbito da dúvida. Nasce a certeza.


  1. CERTEZA
Naquela tarde de dia 26 de Novembro o Atlético de Madrid tinha arrancado um fundamental empate em S.Petersburgo.

Pouco mais de uma hora volvida a equipa de futebol comandada pelo treinador Paulo Fonseca mostrava e comprovava que estava instalado o vírus que mata qualquer clube.

Querer e não saber como. Tentar à toa. Substituições sem meritocracia. O caos com qualidade ultrapassado pela organização mediana.

Com aquele empate ficou claro para todos que tínhamos acabado de bater num iceberg.

Quando falo em todos refiro-me ao portista que não faz parte da estrutura. Que não é jogador, treinador e dirigente.

Não íamos a lado nenhum com Paulo Fonseca. Tínhamos a certeza nós. Parecia que eles ainda estavam com o desfibrilador na dúvida. CHARGING! CLEAR!

Como eles acertam mais vezes do que nós – REMEMBER VITOR PEREIRA? – apesar de se ver que a equipa já não se mexia, a esperança que a duvida fosse ressuscitada era o combustível que nos alimentava.
Next Stop: Coimbra. Volta o desfibrilador..... CHARGING! CLEAR!

2ª parte com o Braga. Será que a culpa é da tripulação?

Termina o jogo em Madrid e uma parte deles junta-se a nós. A flash de Fernando, Lucho e Jackson diz tudo sem que fosse preciso dizer. Os jogadores confessam que para eles a dúvida também já morreu.
Sobra o treinador e os dirigentes.


  1. MÚSICA
Chega a hora da orquestra.

Pouco depois dos jogadores enterrarem a dúvida o próprio treinador reconhece que não há nada que ressuscite o morto.

Sobram os dirigentes que consideram que depois do falhanço do CHARGING e do CLEAR talvez com a orquestra seja possível evitar o pânico e disfarçar o que todo o mundo já viu.

Como no TITANIC, é dada ordem à orquestra para dar música.

A cada desaire somam-se a infelicidade das bolas no poste, os escandalosos erros arbitrais e  o aqui ninguém vira à direita porque não há ratos.

Renega-se tudo o que o Porto nunca fez no Mercado de Inverno. Despacham-se líderes de balneário e de relvado e à orquestra soma-se circo.

A ocupação intensiva da agenda mediática com música e circo não disfarça um incómodo permanente: Domingo havia sempre jogo. O navio metia cada vez mais água.

No jogo com o Estoril em casa e Frankfurt fora a orquestra já toca debaixo de água.

Depois de nós e quase todos eles, o odor do estado de putrefacção começa a invadir todos os sentidos. Nos ouvidos não entra música. Nos olhos não se vê postes, arbitragens nem ratos.
Cheira mesmo muito mal e desta vez não é à Lisboa.

Termina, por fim, a música. Nasce o alívio.


  1. ALIVIO
Quando o despertador interrompe um pesadelo há sempre uma sensação de alivio. Respiramos melhor e o sol brilha lá fora. É um novo dia.

Foi assim quando Luis Castro entrou. Primeira sensação foi a de enorme alivio. A segunda (depois de vermos um meio-campo nos jogos com Nápoles e Benfica) foi a de voltar a respirar. Aí entramos todos num delirio colectivo. Nós e eles. Todo o mal que tinhamos vivido tinha ocorrido por causa do treinador. Com alguém sem crista à frente dos olhos nem duplo pivot à frente dos centrais o Porto carburava. Afinal, tínhamos bons jogadores e a SAD “só” tinha escolhido mal o treinador.

Pura ilusão. Quando o sol se pôs e a noite caiu no Sanchez Pizjuan e na Luz percebemos que o pesadelo ia voltar. Era real.


  1. REALIDADE
Caímos na real. Um treinador é muito importante mas não é a raíz de todos os males nem a causa de todos os sucessos.

Escolhemos mal o treinador e continuamos a facilitar na composição do plantel.
Fucile tem que sair? 2 laterais é capaz de dar para fazer a época.
Bernard não pode vir? Licá é capaz de resolver.
A aposta no etéreo e imaterial – estrutura, balneário, mistica, cultura – acabou por menorizar aquilo que é corpóreo.

Jogadores de qualidade, treinadores competentes, plantel com opções.
O que cai depois da 2ª mão da Taça na Luz é tudo isso. O que é imaterial pode potenciar o corpóreo. Jamais conseguirá substitui-lo ou camuflar a sua deficiência.

Ao cairmos na real percebemos que este navio ia mesmo ao fundo com todos lá dentro.
Ninguém se salvava e todos são responsáveis. Ao contrário do Titanic aqui nem 1 bote há para separar quem merece viver e quem deverá perecer.

Vem o último capitulo:


  1. DEPRESSÃO
Nesta fase a cada dia pensa-se ter encontrado o fundo do poço. Tudo se desintegra, tudo o que tem 2 pernas e um dragão no peito é um incapaz, incompetente, inapto e todos os outros i´s do dicionário.

Tudo o que tem a braçadeira no braço e se senta no banco tem esses i´s ao quadrado.

Tudo o que é dirigente e não tem Pinto da Costa no nome tem esses i´s mais uns quantos adjectivos estilo administradores do BPN.

Sucedem-se humilhações semanais. Taça da Liga, Olhão and so on and so on.

Tivesse esta novela continuado por Maio fora e o 7.º capítulo teria sido o da vergonha.

Felizmente a época acabou.

O sentimento que um portista vive em Junho é um misto entre o desejo de vingança e o profundo embaraço. Queremos dar a volta por cima mas temos medo de ter vergonha de o fazer.

Só se parte para o resgate em full power quando internamente nos deixarmos de sentir embaraçados.
Embaraçados com a nossa incompetência e o nosso laxismo. Resolva-se isso primeiro.

Haverá tempo para o resgate.



Por: Walter Casagrande
















segunda-feira, 2 de junho de 2014

Liga de Clubes

#Ligadeclubesdefutebol #BluePunisher #FCPorto #Benfica #Sporting






Como todos tivemos oportunidade de observar, nos últimos anos tem existido um progressivo e notório afastamento e mau relacionamento institucional entre o FC Porto e as sucessivas direções da Liga de Clubes.






A uma dada altura o FC Porto pela voz dos seus responsáveis fez saber que não se envolveria em questões relacionadas com a eleição de corpos diretivos para aquele organismo. A prioridade do Clube era ter os melhores treinadores e jogadores, pois era o realmente importava e determinava o sucesso atingido assim como aquele que esperava atingir.

Nessa altura (e já há décadas a esta parte) havia o “rumor” que o FC Porto queria controlar todas as estruturas de decisão do futebol português. Os clubes da capital desesperavam com péssimas épocas desportivas e viam o Grande Rival do Norte a acumular títulos e prestígio nacional e internacional.

Desde cedo foi colocado o rótulo no FC Porto que “controla o sistema, as nomeações de árbitros, e é protegido pelas instâncias desportivas”. A infernal e bem oleada máquina de propaganda ao serviço dos clubes e interesses da capital tem desempenhado esse papel “ardina” com enorme competência.

Os media nacionais sediados na capital, através de jornais, canais televisivos, estações de rádio e revistas, intoxicam diariamente a opinião pública com o tal “mantra”, o FC Porto é a besta negra do desporto nacional os outros são os paladinos da verdade e moralidade desportiva. Outros leia-se clubes históricos da capital e do futebol nacional.

Seguem fielmente o princípio defendido e utilizado pelo Ministro da Propaganda de Adolf Hitler, Joseph Goebbels no qual “uma mentira repetida mil vezes assume a seu tempo o carácter de verdade”.

A repetição até à exaustão do tal mantra “O FC Porto controla o sistema, compra árbitros, infiltra dirigentes adeptos do clube nas instâncias desportivas” continua e continuará, pois na capital não admitem, nem aceitam, nem perdoam a intromissão do FC Porto na hegemonia e “paz podre” a que estavam habituados.

Existiam uma espécie de “sistema rotativo” onde ora os títulos pendiam para o clube da Luz ou de Alvalade, para infelicidade destes últimos, claramente pendendo mais para os lados da Luz.

Há muito tempo tenho a sensação que a política de comunicação do FC Porto deixa muito a desejar, e tem-se limitado a publicar esporadicamente comunicados no sítio oficial do Clube na tentativa de defender o seu bom nome e imagem.

Infelizmente tal não é suficiente nem eficaz tal o grau de “intoxicação” despoletado por uma comunicação social extremamente hostil sem a mínima isenção, que faz tábua rasa nos princípios deontológicos que deveriam servir de referência ao exercício diário da sua profissão.

Acaba por ser cómico que perante tanto escárnio e mal dizer desta dita “comunicação social”, que não é digna desse nome, pois comporta-se como um propagandista fanático sem escrúpulos dos clubes da capital, no estrangeiro o prestígio e valor do FC Porto tem estado em alta, sendo apontado como exemplo a seguir por outros emblemas do futebol europeu.

Costuma-se dizer que quem ter valor não é reconhecido em Portugal, e para ter esse reconhecimento muitas vezes a solução que resta é emigrar. No caso do FC Porto, ao ganhar tanto internacionalmente, eu diria que “emigrou” a sua alma e raça espalhando-as pelos quatro cantos do mundo e essas “sementes lançadas” brotaram pujantes e belas, pelo que fora de Portugal o Clube é admirado, reconhecido e respeitado.

Numa altura em que estão próximas as eleições para a Liga de Clubes, e sendo provável que o apoio do Clube recaia no atual presidente do Vitória de Guimarães com o qual existem boas relações, o FC Porto deveria igualmente repensar a sua política de comunicação e estratégia.

Não basta apoiar um candidato à presidência da Liga de Clubes, conseguir elegê-lo, e acompanhar a sua presidência garantindo que o programa apresentado antes das eleições é cumprido.

Sabendo-se de antemão como as coisas funcionam, é necessário planear muito bem tudo ao mais ínfimo detalhe para a nova época. Este planeamento inclui a política de comunicação do Clube, e a estratégia a seguir quando formos prejudicados, pois podemos contar com a mesma ou até maior hostilidade dos media nacionais.

O miserável desempenho que tivemos na época finda deu-lhes esperança, acalentou o seu “sonho húmido” do “fim de ciclo do FC Porto à vista”. Pelo que não podemos fraquejar e temos de saber bem o que queremos e para onde vamos.

Os media nacionais são “o braço armado” do “polvo” instalado na capital, cuja visão redutora de “Lisboa é Portugal o resto é paisagem” deixa bem claro que todos aqueles que ameacem ou ponham em causa esta máxima são o alvo a abater. O FC Porto sentiu na pele isso por diversas vezes.

Numa fase em que o desinvestimento no plantel de futebol sénior do FC Porto é notório, pelo menos nos últimos três anos, deixamos de ter na época 2013/2014 o melhor treinador e o melhor plantel, o que aliado a um afastamento do que passou na Liga de Clubes na mesma época contribuiu para a hecatombe que tão cedo não esqueceremos.

Sobre a Liga de Clubes, em particular sobre a direção que cessa funções, aproveito para realçar que nunca vi um Presidente desta instituição tão parcial, incompetente e sem o mínimo de vergonha, como o Sr. Mário Figueiredo!

Mário Figueiredo fez muito mal ao futebol português, criou um clima muito hostil à sua volta, com sucessivas violações aos regulamentos da Liga a que presidia reunindo à porta fechada, deixando os associados à porta. Aquilo a que assistimos atingiu o cúmulo do surrealismo!




Foi também este senhor que marcou presença habitual nos camarotes do estádio da Luz, e mostrou ragados sorrisos festejando sem pejo nem qualquer tipo de condicionamento as vitórias do “seu clube”. Por ter o cargo que tinha na altura só lhe ficou mal, foi bom ter acontecido para todos percebermos como atualmente (e sempre) vale tudo e o tal “polvo da capital” usará todas as armas ao seu dispor para atingir os seus objetivos.



Para finalizar, uma vez que na tal “máquina de propaganda” assistimos sempre ao “vira o disco e toca o mesmo”, o FC Porto tem de adaptar-se aos novos tempos e à era da informação, revendo os seus processos e estratégias, sob pena de ser novamente “trucidado” (moralmente e provavelmente desportivamente com arbitragens “cirúrgicas”).

Há muito em jogo em 2014/2015, é fundamental garantir o apuramento para a Champions League, onde não basta passar a fase de grupos é necessário ir o mais longe possível, embora será necessário realismo para não entrar em megalomanias e reconquistar o título nacional.

Há muitos blogues Portistas que fazem um excelente trabalho a “desmontar e dissecar” as arbitragens dos nossos jogos e dos rivais pelo que não entrarei por aí para fazer balanços deste género, no entanto todos vimos e sabemos que tipo de arbitragens tivemos e que peso isso teve na pontuação final.

Quem tiver a curiosidade em investigar a história do futebol português, especialmente como arma de arremesso quando ouvirem a ladainha do costume do apito dourado, fruta, café, leite e chocolate, existem imensos “pontos de interesse” envolvendo o benfica e sporting, acreditem não faltam panos para mangas!


Por: BluePunisher

sábado, 31 de maio de 2014

Equipa B - Balanço do ano, destaques e um olhar para o futuro

#FCPorto #FCPortoB #SegundaLiga 







Depois de uma temporada muito abaixo das expectativas com Rui Gomes no papel principal, Luis Castro assumiu este ano o comando da equipa B. 







As melhorias foram evidentes na classificação (de um 14º lugar para um 2º), mas também na qualidade do jogo colectivo e na evolução dos valores individuais da equipa.

No entanto, o caminho não foi só rosas e a equipa passou por 3 fases distintas durante a época:

 - Uma primeira fase em que foi um porto para vários jogadores da equipa principal. Herrera, Carlos Eduardo, Reys e Ricardo fizeram aparições frequentes. Ghilas, Quintero e Kelvin jogaram pontualmente. Toda esta rotação e obrigação de titularidade por parte destes jogadores dificultou o trabalho de Luis Castro em formar um conjunto coeso na equipa secundária. No entanto, vários destes jogadores aparecem mais tarde na equipa principal com outro ritmo e outra confiança.

- Uma segunda fase em que Luis Castro começou por fim a conseguir alguma estabilidade na equipa. No entanto, com um meio campo demasiado operário e um ataque sem dinâmica e criatividade. Mikel, Pedro Moreira e Leandro (ou Tomás) formavam um meio campo de betão. A ligação ao ataque não existia e Kleber era um homem só na frente, com Tozé demasiado marcado na ala.

- Uma terceira fase, de longe a melhor, quando a equipa consegue encaixar as características dos seus jogadores numa táctica tão velha como eficaz: o seu 4-3-3, que muitas vezes se transformou num 4-2-1-3. Mikel afirmou-se como o Polvo da segunda liga, Pedro Moreira como escudeiro fiel fundamental nos equilíbrios da equipa e Tozé finalmente conseguiu a liberdade para servir dois extremos bem abertos: Kayembe e Ivo. A mudança de ponta de lança também foi essencial visto que Gonçalo Paciência acrescentou mobilidade e dinâmica.

A chegada de Luis Ghilherme foi pacífica até porque a "tenda" já estava montada.

Colectivamente a história conta-se assim, mas individualmente pudemos ver confirmações e promessas para mais tarde confirmar:

Confirmações:

- Tozé, a partir da ala ou no meio, foi sempre um quebra cabeças para as defesas adversárias. Acabou o campeonato com 21 golos e um número respeitável de assistências. Alia um estilo guerreiro a uma capacidade técnica acima da média.

- Pedro Moreira, um relógio suiço. Essencial nos equilíbrios da equipa. Não tem medo de sujar o equipamento, mas é acima de tudo um jogador de classe.

- Mikel, que evolução! Começou intermitente como a equipa, recuou para central e essa mudança transformou-o para melhor. Quando voltou à sua posição parecia outro. Conseguiu ser menos agressivo e mais eficaz. Um mini-polvo.

- Gonçalo Paciência, chegou, viu e venceu. A sua qualidade é de tal forma evidente que não é possível negar. Visão de jogo fantástica, técnica fantástica e potência. Melhorou na finalização, mas ainda pode melhorar mais nesse capítulo.

- Victor Garcia, começou a época de forma fulgurante, sendo na primeira metade da época um dos melhores da equipa. Sempre num vai-vem constante. Na segunda metade baixou os indíces físicos, mas sem nunca comprometer a equipa. É acima de tudo um jogador muito competitivo. 

Promessas:

- Ivo, começou cedo a espreitar e acabou mesmo por se afirmar como titular na equipa. É um jogador tecnicamente muito dotado, com muita finta. Sendo ainda junior, conseguiu ser uma das chaves da época.

- Kayembe, mais um jogador que subiu a pulso. Começou como suplente muito pouco utilizado, mas rapidamente se tornou indiscutível. Alia a força e a potência a uma força de vontade que contagia quem o vê jogar. Precisa de melhorar as situações de definição.

- Rafa, entrou na equipa com a lesão de Quino e cumpriu, mostrando argumentos ao nível técnico. Saiu da equipa quando Quino recuperou. Porquê?

- Kadu, é sempre complicado avaliar um guarda redes tão novo. Kadu teve pontos altos e baixos na época, mas as suas características são raras. Muito ágil, quase elástico. No seu 1º ano de profissional conseguiu fazer uma época positiva. Terá de melhorar as saídas da baliza.

Estas foram as figuras de proa na época, embora jogadores como Leandro e Quinones tenham tido um papel importante em termos de aparições no onze. Zé António continuou a ser um esteio de bons costumes. Fred voltou, após um calvário de lesões, a justificar a aposta do clube e Tiago Ferreira melhorou no decorrer da época.

Futuro da equipa B:

Por esta altura são já conhecidas algumas mudanças para a próxima época. Tozé, Mikel, Kayembe, Gonçalo e Victor Garcia devem fazer a pré temporada com a equipa principal. Depois veremos se ficam na equipa principal ou se continuam a evoluir noutras paragens.

Pedro Moreira também deve sair, com muita pena minha não para a equipa principal.

Kleber, Quinones, Stefanovic e Tiago Ferreira acabam um ciclo na B e também não deverão ficar. Bruno Silva e Caio, foram fantasmas na época da B e seria surpreendente se continuassem.

No próximo ano, é expectável que jogadores como Ivo, Rafa, Fred, Leandro, Pavlovski e André Silva procurem afirmar-se de vez. Mikel, Victor Garcia e Kayembe poderão ser opções até pela idade jovem.

Em termos de reforços, dá-se como certo o central chileno Lichnovsky e o médio criativo Pité. A seu tempo terão oportunidade de mostrar o seu valor. Da equipa junior apenas os médios Graça e Francisco Ramos e o avançado Jonathan estão confirmados na equipa B.

Sejam muitas ou poucas as mexidas, Luis Castro regressa para comandar mais uma vez o barco.

Da minha parte desejo apenas que a equipa B possa ser melhor aproveitada no decorrer da época, de forma a podermos ter um plantel principal mais curto, mas com mais qualidade. Apesar da época de sucesso da equipa B, o sucesso real desta equipa está na colocação e aproveitamento destes jogadores na equipa principal.

E aí o trabalho não pareceu ser aproveitado da melhor forma. 


Por: Prodígio

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Dança de Treinadores.

#FCPorto #Treinadores #benfica #Sporting #Portugal #Futebol #Lopetegui #Jesus





Com o campeonato deste ano terminado e o escalonamento dos três principais candidatos consumado há já algum tempo, é hora de projetar a nova época, e segundo o que se tem lido nos "mentideros" dos vários órgãos da comunicação social, “a procissão ainda vai no adro da igreja”, mesmo assim não resisto a fazer alguns comentários sobre esta matéria.





Sobre o novo campeão, o SLB, penso que este ano foi um merecido vencedor e ponto final parágrafo, no entanto, como cada época tem a sua própria história é hora de projetar a próxima, e tendo em conta os últimos desenvolvimentos que têm aparecido nos escaparates dos jornais da especialidade, parece haver uma forte possibilidade de JJ sair do SLB, pese embora, se essa situação se vier a concretizar, na minha ótica só se deverá ao facto de JJ querer demonstrar a ele próprio e às hostes desportivas que também é capaz de realizar um bom trabalho fora de portas, pois se assim não for entendido e sabendo de antemão o megalómano contrato que celebrou com o SLB, só por estas razões é que correria o risco de mudar de clube.

Quanto ao SCP, e quando nada o fazia prever, Leonardo Jardim não resistiu à proposta megalómana do Mónaco, deixando para trás um projeto que estava a dar os seus frutos, se bem que este ano o clube de Alvalade muito cedo se voltou unicamente para o campeonato, não tendo por isso o mesmo desgaste físico e psicológico dos seus eternos adversários, o que não irá acontecer certamente no próximo ano, e nem o SCP teve capacidade financeira para impedir a saída do seu técnico, nem mesmo argumentos desportivos suficientemente apelativos para continuar a usufruir dos seus préstimos.

Marco Silva foi apresentado como o novo treinador do SCP, no entanto, apesar das duas épocas excelentes que teve ao serviço do Estoril onde conseguiu o acesso à Liga Europa, há sempre o risco de estarmos na presença de outro caso idêntico ao de Paulo Fonseca no FCP, pois, uma coisa é treinar um clube de um nível secundário, e outra coisa é ter capacidade e engenho para conseguir lidar com a pressão intensa dum clube que luta por títulos.

Quanto ao FCP e à escolha que poucos ou mesmo nenhuns alvitravam no nome de Lopetegui, pese embora já estarmos habituados a que por vezes PC nos surpreenda com escolhas desta natureza, arriscando em nomes pouco conhecidos e mesmo sem curriculum ao nível de treinamento de um clube com os pergaminhos do FCP, já que Lopetegui fez grande parte da sua curta carreira de técnico nas seleções jovens espanholas, com títulos europeus conquistados nos sub-19 e sub-21 mas com uma única passagem discreta no Rayo Vallecano, tendo sido mesmo despedido ao décimo jogo, porém, agora um pouco mais a frio e depois de analisar melhor o percurso do novo treinador do FCP, confesso que até poderá ser uma boa opção mesmo sabendo do risco que esta opção possa vir a trazer, o que não significa que qualquer outra opção mais sonante também não pudesse ser assim entendida, pois o futebol e os êxitos associados aos clubes sempre se regeram não só pelo nome dos seus intervenientes, mas fundamentalmente pelas bolas que entram nas balizas adversárias.

Apesar de ainda ser um pouco cedo para se fazer uma análise mais cuidada, já dá para verificar que o FCP se inclina mais para um projeto onde pontifique a aposta em jogadores da sua cantera, ou outros jogadores jovens provenientes de outras paragens mas com potencial para singrarem no clube, a dúvida é se a sua juventude, talento e falta de experiência competitiva se conjuguem num só objetivo para se atingir os fins pretendidos, já que não se vislumbra até à data nenhuma aquisição de qualquer jogador de renome inquestionável ou já com créditos firmados no panorama internacional.

Sendo assim, será interessante para o próximo ano verificar se o SLB vai continuar na senda dos êxitos e se consegue repetir a proeza de conquistar de novo o campeonato, situação que já não acontece há vários anos para aquelas bandas, se o SCP vai ou não ter capacidade para continuar a competir taco-a-taco com os seus dois eternos rivais como já não se via há vários anos, ou se o FCP consegue voltar a ter a hegemonia do futebol português reconquistando o título ao SLB, no entanto, e pelo andar da carruagem, o que transparece para fora dos meandros desportivos é que se desenha uma próxima época com menos qualidade futebolística para um campeonato cada vez menos apetecível, tendo em conta por um lado a saída de alguns jogadores de enorme valia técnica, e por outro lado, o momento conturbado que os clubes atravessam em termos financeiros, situação que se tem vindo a acentuar época após época, embora tanto o FCP como o SLB tenham mesmo assim, conseguido nos últimos anos com orçamentos reduzidos fazer frente aos grandes colossos europeus, demonstrando tal e qual como o Atlético de Madrid fez em Espanha que também é possível continuar a sonhar.



Por: Natachas.

domingo, 25 de maio de 2014

O futebolista da actualidade

#futebolistas #FCPorto #Futebol #Portugal #Colômbia #Jackson #BluePunisher








Habituei-me a ver jogadores carismáticos e plenamente imbuídos da mística do FC Porto tais como o João Pinto, Jaime Magalhães, Fernando Gomes, Jorge Costa, Fernando Couto, Paulinho Santos, André entre muitos outros (incluindo estrangeiros que encarnaram na perfeição o espírito do Clube), e muito por culpa destes grandes Portistas e Desportistas fiquei “mal habituado”.








O mundo, e consequentemente a sociedade e o futebol mudaram muito, especialmente na última década e meia, o futebol deixou cada vez mais de ser um desporto e cada vez mais um negócio e um espetáculo cada vez mais mediatizado e mais apetecível ao nível global.

Sempre tive dificuldade em aceitar e tolerar jogadores que só olham para o seu “umbigo”, demonstram uma irritante ingratidão, egoísmo e avidez muitas vezes desmedida ou imprudente.

É legítimo a qualquer futebolista, ou qualquer trabalhador aspirar a mais e melhor, a um melhor contrato, um desafio maior, a exercer a sua atividade em instituições de renome mundial e naquelas que são referências mundiais. Perfeitamente legítimo, aceitável e normal.Algo que sempre existiu e existirá não só no mundo do futebol como no restante mundo profissional.

É exasperante observar como ainda na vigência dum contrato, durante uma época desportiva onde importantes objetivos para a entidade patronal (clube) estão a ser disputados, atletas que deveriam ter tento na língua, principescamente pagos a quem normalmente não falta nada, começam a afirmar que gostariam de jogar neste ou naquele clube, ou nesta ou naquela liga.

Querem dar o salto, “por favor não me cortem as pernas” ouvimos e lemos muitas vezes! Compreendo que não será alheia a influência dos chamados “empresários de jogadores” ávidos de lucro rápido, fácil e substancial, a aconselhar (muitas vezes mal) futebolistas a forçarem saídas dos clubes onde militam ou a pedir revisões e melhorias de contratos como condição de permanência num clube.

Este tipo de situações sendo mais propícia nos períodos em que as janelas temporais para transferências decorrem, infelizmente tem-se observado fora dessas janelas temporais. Em situações onde um atleta não saiu conforme esperava e por zanga ou amuo desdobra-se em declarações que deixam clara a intenção de ir embora, desconforto por ter ficado ou ambas.

Está tudo bem se existir um equilíbrio entre as duas partes, não tenho nada contra transferências de futebolistas entre clubes, desde que o clube vendedor seja devidamente recompensado e respeitado pelo futebolista que assim pretende cessar o vínculo contratual em vigor.

Há várias formas de sair dum clube e a forma como acontece define o carácter, maturidade e o saber ser e estar de alguém. Felizmente no FC Porto muitos dos atletas que nos deixaram saíram a bem respeitando o Clube e Adeptos, deixaram saudades e nunca “cortaram o cordão umbilical que têm ao clube”, acabando mesmo por voltar.

Não sendo ingénuo, sei que já não existe o tal amor à camisola “à moda antiga”, seja dum atleta com nacionalidade Portuguesa ou estrangeira (ainda mais improvável neste caso), e aceito a tal ambição e objetivos legítimos de melhoria das condições de vida e profissionais atuais.

O verdadeiro problema surge quando certos atletas não estão “com a cabeça cá”, fazem exibições pobres, muitas vezes numa sequência de jogos que parece não ter fim, falta-lhes motivação, entrega, concentração, embora muitos disfarcem com profissionalismo irrepreensível (quando o têm).

A partir do momento em que um clube decide não transferir um atleta sabe com certeza que corre riscos, no entanto há decisões que têm de ser tomadas de acordo com os melhores interesses do clube pelo que muitas vezes há vendas que não são oportunas.





Como exemplos recentes no FC Porto do descrito anteriormente, lembro-me do Fernando, Jackson Martínez e Mangala. Não tivemos esses atletas a render o habitual (apenas o Fernando escapa) e isso teve impacto nos resultados desportivos, onde todos ficaram a perder, Clube e atletas, pelo que não venceram e não lhes permitiu valorizarem-se mais.





Não caem igualmente bem declarações como as do Quintero em que considera que a época foi positiva, como é que pode ter sido positiva?! Naturalmente o Quintero fez esta avaliação apenas focado nos seus interesses individuais, uma vez que conseguiu jogar alguns jogos a titular com algumas boas exibições e golos e foi chamado ao Mundial no Brasil.

O Mangala por exemplo há tempos afirmava que estava concentrado no Mundial e não tinha interesse em comentar ou pensar em saídas para outros clubes. Alguns dias depois já diz que quer ir para o Chelsea.

Finalizo com um atleta que quanto a mim foi a maior desilusão desta época agora terminada, o Jackson Martínez. Claramente exibiu-se muito abaixo do que pode e sabe fazer, e do que lhe é exigível.

Passou a maior parte da época a “sonhar” com uma transferência para outro clube, foi proferindo declarações dando a entender que queria sair, que não sabia quanto tempo ficaria, foi adiando a renovação, que acabou por não acontecer apesar de vários anúncios que estaria por dias (estranho no mínimo). Foi-se “arrastando em campo” sendo apenas um figurante, e foi falhando de forma impensável golos “feitos” o que não é normal nem aceitável num avançado do seu nível.






A situação do Jackson está num ponto em que claramente é recomendável a sua venda (que não poderá ser ao desbarato). Conforme já percebemos este atleta só quer saber dos seus interesses, e é capaz de passar uma época amuado com o Clube, com boas exibições e com os golos. Não nos interessa alguém assim no FC Porto, pois seja vendido!





No futuro para minimizar situações de desgaste, mau ambiente e frustração de expectativas, convém que exista o bom senso de saber gerir as expectativas dos atletas que estão no Clube e outros que vão chegando.

É fundamental explicar e demonstrar com exemplos concretos os casos de sucesso no Clube doutros valorosos desportistas que por cá passaram, e como com naturalidade esses conseguiram os contratos de sonhos noutras paragens cumprindo a sua missão por cá e “saindo pela porta grande”. Não resolverá todas as situações ou acabará em definitivo com estas ocorrências, mas ajudará a “sanar o ambiente”.




Por: BluePunisher

Andebol: FC Porto 24 - 19 benfica - Hexacampeões

#FCPorto #Benfica, #Andebol #Hexacampeões #Porto #Portugal




O FC Porto conquistou hoje o título de Campeão Nacional. Fê-lo pela 6ª vez consecutiva, algo que nenhuma equipa portuguesa tinha conseguido. Mais que isso, fê-lo com uma classe que merece ser elogiada. 

Hoje as contas eram simples. Um empate ou a vitória dava-nos o título. Quem ia tentar impedir isso era o nosso maior rival, aquele clube que adoramos derrotar, aquele clube a que apelidamos de regime com toda a legitimidade. 

Os adeptos acorreram em massa hoje. Dispostos a lutar ao lado desta equipa. Esta equipa fez por merecer sempre o máximo de apoio. Sabemos o que lutaram, as dificuldades de um ano com um calendário cheio e com poucas opções em alguns momentos. Hoje seria o dia em que tudo isso valeria a pena. 

Foi um início equilibrado. Obradovic, sem surpresa, montou a equipa a defender em 6*0. Os coisinhos a alternar entre um 6*0 bate no que mexe e um 3*2*1 acerta-lhe ao máximo.

Eles marcaram primeiro mas nós rapidamente empatamos e fizemos o 2 - 1. Nunca passou disto a diferença entre as equipas nos arranque da partida. Assim, aos 10 minutos um empate a 3 golos. 

E aí começa a brilhar Laurentino. Falha técnica nossa e contra-ataque deles. Dario está isolado aos 6 metros. O nosso guarda-redes sai em leque e defende brilhantemente. Era o começo de uma grande exibição. Eles ainda fariam o 4 - 5. E por aí ficaram. Gilberto começava igualmente a "carburar". Tiraço aos 9 metros e novo empate. Nova defesa de Laurentino e contra-ataque conduzido por Schubert e finalizado por Ricardo Moreira a colocar-nos em vantagem no marcador. 

Com o 6 - 4 e a primeira vantagem superior a um golo, a equipa adversária assustou-se. Não, não me refiro aos que equipam de vermelho. Falo sim da equipa que vestia de negro. A forma como excluíram Rosário foi no minimo ridicula. 

Resultou e eles empataram a 6 a jogarem com mais um. Mal voltamos a ficar com 7 jogadores, João Ferraz marcou 2 golos seguidos e deu-nos a vantagem anterior. Uma prova que 7 contra 7 somos melhores. Até provaríamos mais, mas falamos disso mais à frente...

Aos 20 minutos 8 - 6.

Laurentino continuava fantástico, cada ataque acabava com o nosso alentejano a defender (tinha 10 defesas na primeira parte). 

Durante largos períodos a vantagem fixou-se no par de golos. Obradovic ia rodando a equipa com duas alterações defesa/ataque. Defensivamente a grande nível, o bloco a funcionar na perfeição.

A 1 minuto do intervalo livre de 7 metros favoravel à nossa equipa. Tiago Rocha marcou e deu-nos uma vantagem de 3 golos. Eles também tiveram um livre de 7 metros no ataque seguinte mas Quintana fez questão de brilhar e defendeu. Especialista nestes lances e prova-o a cada semana.

Ao intervalo 11 - 8. Estávamos a 30 minutos...

A segunda parte começou como decorreu a primeira. Gilberto a marcar e Laurentino a defender. Um recomeço incrivel levou-nos aos 5 golos de vantagem logo nos primeiros minutos. Defensivamente insuperáveis e com o guarda-redes a ser um muro intransponivel (15 remates aos 9 metros e 0 golos)...

5 golos de diferença? Era altura de a dupla de negro por fora e vermelha por dentro intensificar a palhaçada. Já muitas vezes falamos destes seres, nunca por bons motivos. Já sabemos que não são sérios e que são anti-portistas primários. Hoje fizeram o que deles se esperava. 

A equipa adversária tudo podia, basta ver a forma como Hugo Santos foi agarrado e nada foi marcado. Eles excluíram Alexis, Tiago e novamente Alexis. Os 2 pivots ficaram à beira da desqualificação. Depois Rosário foi também excluído. Tudo nos primeiros 10 minutos, é obra. A 2ª exclusão de Alexis é algo de surreal, acho que ninguém percebeu. Do lado contrário era a bola que batia no bloco dos coisinhos e nada acontecia, a bola era deles. Era ver o João Ferraz a ser agredido e a ser-lhe marcada falta atacante. Neste lance Obradovic viu também um amarelo (já não é mau, chegaram a excluí-lo num jogo contra o Sporting). 

Eles tudo tentaram. Azar o deles, não conseguiram. Não só mantivemos a vantagem de 5 golos como até chegamos a ter 6. Brilhantes! Fantásticos! Os melhores! 

A 15 minutos do fim o resultado era de 17 - 12. Contudo uma sequência de ataques falhados permitiu uma aproximação. O resultado chegou aos 18 - 15 quando faltavam 10 minutos. Aproximação perigosa. Era altura de um desconto de tempo para sernar. Obradovic, perspicaz como sempre, nem hesitou, cartão verde na mesa. Resultou na perfeição...

Schubert marcou o seu primeiro golo na conclusão de um contra-ataque. Laurentino defendeu no ataque deles. Tiago marcou novamente. Tino defendeu mais um e Spínola a dar-nos uma vantagem de 6 golos.

Faltavam 5 minutos. Laurentino saiu para ser aplaudido. Merecido. Vénias, palmas, apoio. merceu cada manifestação de carinho...

Estava ganho. Terminou 24 - 19. SOMOS HEXA!

Era altura dos festejos. Como sempre estes nossos atletas quiseram festejar com os adeptos. Alguns chegaram a subir para as bancadas. Todos, sem excepção, deram a volta para cumprimentar. Até nisto são grandes.

O maior elogio que um adepto pode fazer a uma equipa é dizer que estamos orgulhosos e gratos por vê-los defender o nosso querido emblema. Nós estamos. Por isso cada gota de suor foi aplaudida. Mesmo quando tivemos um dia mau. Porque sabemos que sempre deram tudo o que podiam. Porque sabemos que a cada adversidade responderam com mais empenho. Porque sabemos que mesmo com pequenas mazelas foram a jogo. Porque sabemos que se empenharam a recuperar de lesões. Porque sabemos como merecem dias como este... Por isso obrigado e parabéns. Obrigado Obradovic e Ricardo Costa, obrigado jogadores, obrigado prof. Magalhães. Parabéns!

Não sabemos o futuro desta equipa. Tiago Rocha por exemplo disse no fim do jogo que iria sair. É pena, atleta de excepção. Terá sempre as posrtas abertas e será sempre bem recebido. Boa sorte (excepto se jogar contra o Porto). Que tenha muito sucesso. Ele e quem sair.

Aos que ficam e aos que vão entrar: voltaremos a estar ao vosso lado para o ano. Não nos cansamos de vencer... 



FICHA DE JOGO


FC PORTO VITALIS-BENFICA, 24-19
Andebol 1, fase final, 10.ª jornada
24 de Maio de 2014
Dragão Caixa, no Porto


Árbitros: Duarte Santos e Ricardo Fonseca (Madeira)


FC PORTO VITALIS: Hugo Laurentino (g.r.), Gilberto Duarte (7), Tiago Rocha (3), Ricardo Moreira (3), Alexis Hernandez (1), Wilson Davyes (2) e Mick Schubert (1)
Jogaram ainda: Alfredo Quintana (g.r.), João Moniz (g.r.), João Ferraz (5), Miguel Martins, Belmiro Alves, Pedro Spínola (2), Hugo Santos, Hugo Rosário e Miguel Sarmento
Treinador: Ljubomir Obradovic


BENFICA: Hugo Figueira (g.r.), Davide Carvalho, Cláudio Pedroso (1), Carlos Carneiro (4), Elledy Semedo (5), José Costa (3) e Dario Andrade (2)
Jogaram ainda: Miguel Ferreira (g.r.), Davide Carvalho,Tiago Pereira (1), João Pais (2), Danil Chernov, Inácio Carmo (1) e Álvaro Rodrigues
Treinador: Jorge Rito


Ao intervalo: 11-8


Por: Paulinho Santos












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