sábado, 9 de agosto de 2014

West Bromwich - FC Porto 1-3 : PREPARADOS

#FCPorto #WestBromwich-FCPorto1-3 #Inglaterra #JacksonMartinez ##West Bromwich

PREPARADOS

A equipa continua a crescer.

 Apesar  de o rival ser de menor dificuldade face ao Everton, o que se viu esta tarde foi o Porto a transformar uma equipa média da Liga Inglesa, que costuma causar problemas aos grandes que lá passam, numa equipa mediana da Liga Portuguesa.

Lopetegui não inventa muito. Parece claro que o seu Porto tem 7 titulares seguros. Danilo, Maicon, Indi, Alex, Herrera, Oliver e Jackson.

 A busca dos 4 que faltam é o work in progress desta época. Andrés ou Fabiano; Casemiro ou Ruben e........toda a malta talentosa a tentar sacar os outros 2 lugares.

O Porto começa outra vez com um 4-3-3 cambado ou, se quiserem, com um 4-4-2 tombado.
3 médios + 1. Se contra o Everton a bola suplementar foi Oliver, contra o West Bromwich deu a vez a Brahimi.

Gostei do que vi. A equipa pressiona bem, sufoca a saída de bola do adversário e toma conta do jogo lançando-se no carrossel já aqui falado. A mecanização e organização da equipa das primeiras partes é próxima da equipa que Vitor Pereira tinha deixado a Paulo Fonseca.

Um factor curioso nesta 1ª parte é o de que as exibições individuais foram, à vista desarmada, inferiores às do jogo de Goodison Park mas a eficácia e qualidade da pressão colectiva superior.

Desta vez estava lá Jackson e não Adrian mas não foi por isso que o Porto conseguiu tornear o grande problema das primeiras partes: inoperância ofensiva.

A equipa está muito tempo no meio-campo adversário mas pouco tempo na grande área adversária. Não cria, parece não querer criar e espera que algo caia do céu ou que algum talento tire um coelho da cartola.
Caiu do céu. Canto, toda a gente a dormir e Casemiro esbarra na bola na pequena área.

Foi um 1-0 justo pelo dominio territorial e 1-0 injusto porque demasiado produtivo face às oportunidades não criadas.

Para além da chuva mais benesses viriam do céu. Num canto do West Bromwich a defesa  homem a homem de Lopetegui mostra as suas fragilidades. Danilo não conseguem neutralizar o bloqueio do adversário e Andrés Fernandes fica preso à linha de golo.

A partir daí Olsson ganha naturalmente a Casemiro e Oliver não faz com eficácia o que é suposto que um jogador que protege o poste faça.

Quem marca individualmente nas bolas paradas tem que ter varios jogadores fortes nesse dominio de jogo.
Quem marca individualmente entrega a definição posicional do lote de jogadores que estão na grande área ao adversário. Cada um vai atrás do seu em vez de se posicionarem em equipa.
A rever por Lopetegui.

Na 2ª parte soltam-se as amarras. O West Bromwich é desamarrado e o nosso ataque desatado.

Tipica mudança que um avançado agradece e que a um defesa central entristece.

Quaresma entra melhor que Tello e mostra ao catalão que parte à frente na luta pela titularidade. Quer mais bola, faz mais com ela e entrega-se mais ao jogo.



Ruben The Rocket Neves entra e a equipa fica com menos peso e mais olhos.
Brahimi passa a tricotar onde gosta.
Herrera solta-se e aproveita o menor preenchimento do centro para lavrar tudo o que lhe aparece à frente.
Jackson mostra que é uma espécie em vias de extinção na posição de Ponta de Lança puro, duro e com classe.

Em 5 minutos o Porto marca 2 golos em que Quaresma, Alex e Jackson mostram Champions League material. Fruta a mais para o West Bromwich.

Com o jogo arrumado e o West Bromwich atarantado Lopetegui aproveita o resto do jogo para ir testando Adrian em todas as posições, ir acertando o lugar de Quintero e Ricardo e dando minutos a Angel, Evandro e Sami.

Aqui chegados parece claro que Sami, Kelvin, Ricardo Nunes (GR)  e Carlos Eduardo não treinarão no Olival a 1 de Setembro.
O ponto de interrogação estará em Evandro e Ricardo. No primeiro caso a possível dispensa seria injusta e no segundo eventualmente necessária para bem do próprio.

Terá Lopetegui encontrado os 4 que faltavam? Julgo que sim. Intuo que Fabiano, Ruben Neves, Quaresma e Brahimi serão os escolhidos.
Terá Lopetegui despromovido algum dos 7 que já la estavam? Tenho a certeza que não.
O que aqui importa é que se notou evolução e trabalho na pré-época.

Acabou a brincadeira. Estamos preparados.



Análises Individuais:

Andrés Fernandez – Fez uma defesa de grande nivel e ficou preso no lance do golo sem ter grandes culpas no cartório. Não deu para ver muito.

Danilo – É dele o erro capital no lance do golo ao não perceber que fazendo exemplarmente o seu trabalho estava a impedir que o redes fizesse o dele.
Menos afoito e mais errático do que na semana passada nos lances ofensivos embora tenha participado em boas ligações com Tello/Quaresma.
É dos que aprende. Num canto da 2ª parte não caiu na armadilha da 1ª e para além de marcar em cima, empurrou o adversário para longe. A confusão foi tal que até o arbitro teve que intervir para os separar.

Alex Sandro – Teve a paragem cerebral habitual na 1ª parte. No resto foi dos melhores em campo. Quando se tem talento para dar e vender e se está fresco fisicamente só pode sair disto.
Foi o melhor extremo esquerdo do Porto.

Maicon – Foi o lider da defesa e esteve quase sempre bem. Demasiada passividade no lance que obriga Andrés a brilhar.

Reyes - Parece muito mais intranquilo jogando à esquerda de Maicon do que quando se estreava na equipa principal à direita de Mangala. Esteve certinho embora sempre sem passar a sensação de autoridade e segurança.

Casemiro – Está condenado a ser titular quando a sua condição fisica o permitir. A 6 ou a 8.
É bom com bola e sabe passar, cobrir, rematar, cabecear. É daqueles que tem peso no jogo.
Falta-lhe maior velocidade de pernas e melhor posicionamenteo defensivo. Quem joga na posição 6 tem que ter tanto cerebro como pés. Tem que ter pernas.
Está a crescer de jogo a jogo.

Herrera – A pré-época correu-lhe bem. É um médio que marca o contraste no perfil de jogadores que o Porto tem. Se os outros tricotam ele lavra. Se os outros se agarram à bola ele foge com ela. Se os outros temporizam ele sprinta.
É o médio que melhor liga o meio-campo com o ataque. Na 2ª parte viu-se muitas vezes a receber a bola na 1ª fase de construção. É melhor que Lopetegui reveja mais uns joguitos do duplo pivot de Paulo Fonseca para que o que começa a ser um sonho mexicano não acabe em pesadelo.

Oliver – A pior exibição de Oliver desde que cá chegou. Parecia um juvenil com jeito no jogo de seniores. Alinhado na pressão mas estranhamente errante com bola e sôfrego sem ela.

Brahimi – É muito bom nos duelos individuais.  Esconde, dribla, arranca. A bola tem que estar sempre perto e quando lá chega tem que a acarinhar antes de nova despedida. Na 1ª parte foi quem tentou dar um abanão no último terço.
Na 2ª quando o Porto ganhou asas voltou a mostrar todo o talento que tem. Está muito próximo da titularidade.

Tello –  Como de costume começa bem. Como de costume desaparece do jogo após 2/3 boas combinações com Danilo e 1 ou 2 arrancadas.
Não pode ficar à espera que a bola lhe chegue. Tem que puxar por si. Mostrar ao mundo que a equipa precisa dele e que tem que o procurar.
Nessa altura poderá abandonar a postura expectante porque terá provado. Até lá é dar no duro.

Jackson – Preferia ter perdido 5-1 do que ver o craque da equipa lesionado. É um ponta de lança de mão cheia. Provou-o aqui sem nunca ter metade do serviço que Jardel ou Falcao tiveram.
Quando para o ano accionarem a clausula de rescisão levarão um avançado que nos vai render tantos milhões quantos golos marcados em 2014/15.

Ruben “The Rocket” Neves – Quando vejo o puto parece que estou a ver snooker no Eurosport.  A mesa é verde, o objecto é a bola só que este Rocket tem 2 tacos. A bola vai para o buraco do meio ou para o do fundo com a mesma precisão. Diagonal curta, diagonal longa. Sempre a deslizar.
Para além do passe antecipa posicionalmente qual a melhor forma de receber a bola. A movimentação que faz quando a bola está na iminência de lhe chegar dá-lhe décimos de segundos preciosos quando a tem que passar.
Hoje mostrou mais agressividade na luta pela bola. Como é sereno e inteligente confio que saberá ganhar o que lhe falta para poder ser o 6 que o Porto pode precisar que ele seja.

Adrian Lopez – Vejo o mesmissimo jogador que vi no Atlético de Madrid de Simeone. Isso deveria ser uma grande noticia porque o acabamos de contratar por 11M / 60% do passe.
O que é estranho é que é uma péssima noticia. É um jogador omniausente.

Quaresma – Ganhou o bilhete para 6ª feira. A cruzar, a tabelar, a partir para cima do defesa foi de longe o melhor extremo do Porto.

Ricardo – Tem vida dificil. Recebe minutos mais como tapa-buracos do que como uma oportunidade de mostrar o que vale na sua posição. Foi para extremo sem Jackson e passados uns minutos foi para lateral porque não há Opare e para Danilo descansar.

Quintero – Não será titular mas tem que jogar sempre. É de tal forma impactante no curto prazo que tem que saltar do banco e estar jogo sim, jogo sim nos 14. Quando entrou mostrou que com bola no pés e fogo no rabo não tem rival. Nem Brahimi.
Pena que o fogo dure pouco.

Evandro – A vida dá muitas voltas. O ano passado ficou em terra e viu os seus companheiros a abalarem para um grande. Este ano luta ao sprint com Carlos Eduardo para ficar em terra. É fundamental no plantel pela mesma razão que Herrera. É um médio diferente de todos os outros. É bom e vai ser muito útil. Hoje não deu para muito.

José Angel – Bons pormenores. Não deu para mais.

Sami – Uns minutos para a despedida.


Ficha do jogo:

FC Porto:  Andrés Fernández; Danilo (Evandro 79´), Maicon, Reyes, Alex Sandro (José Ángel 86´); Casemiro (Rúben Neves 46´), Herrera (Sami 86´), Óliver Torres (Adrián López 46´); Tello (Quaresma 46´), Jackson Martínez (Ricardo Pereira 65´), Brahimi (Quintero 69´).

West Bromwich: Ben Foster, Wisdom, Olsson, Pocognoli, Craig Dawson, Baird, Gardner, Brunt, Dorrans, Mulumbu, Berahinoiennar, Naismith



 Por: Walter casagrande

De “Besta a Bestial” / “Clube Mau e Bom”

#FCPorto #Benfica #Portugal #Futebol #Aldraões #Lampiões




A sociedade moderna onde todos estamos inseridos por direito próprio, por vezes é useira e vezeira na forma e no conteúdo que ela própria cria e personifica perante todos nós, dando connosco automaticamente e sem que por vezes nem se quer temos bem a noção ou a perceção do que estamos a desenvolver, a contradizermos o que há bem pouco tempo tinhamos providenciado ou idealizado, e como por encanto ou um passe de magia, rapidamente apresentamos ou intitulamos algumas figuras públicas ou grupos de bestas a bestiais, sendo que o inverso também se torna verdadeiro.



 E o mais paradigmático de tudo isto, são sempre os mesmos do costume que sem analisarem bem as suas próprias afirmações e consequências, antecipam-se sem as devidas precauções e ideologias de circunstância, e vão caricaturando à sua medida e conveniência pessoal rótulos nessas mesmas figuras públicas ou grupos.

Neste enquadramento, se recuarmos apenas alguns meses atrás, facilmente encontramos nos vários órgãos de comunicação social da especialidade, afirmações e tomadas de posição de personalidades conhecidas com responsabilidades no meio desportivo, carregadas de um certo otimismo exacerbado em princípios de carater doentio e de clubite aguda, como acontece na ótica do SLB e do que aquele clube representou e mereceu para os seus apaniguados adeptos na última temporada futebolística, chegando mesmo a ouvir-se e a ler-se afirmações dando conta que o citado clube, a partir daquela altura iria romper de vez com a hegemonia do FCP, que nunca mais voltaria a cometer os erros do passado, e finalmente que a era de JNPC já tinha acabado por o seu eterno presidente já estar numa fase decadente e cansado.

Como diriam os velhinhos ditados populares, “palavras levam o vento”, e/ou “De boas intenções está o mundo cheio”, pois, certamente que todos nós ainda nos lembramos bem das efusivas declarações proferidas por LFV a um canal televisivo, durante e após a época passada, que tentava transmitir à opinião pública em geral e à massa associativa em particular, que o futuro caminho ou trilho do clube da águia a partir daquele momento, seria sempre a somar e na senda da vitória e dos êxitos desportivos.

O principal problema para os lados da águia é que o dragão nunca esteve dasativado, poderia isso sim, ter estado em hibernação por um ano como é costume para aquelas bandas de tempos a tempos, para aparecer de novo com labaredas azuis e brancas ao seu real nível, mas o que transparece para fora das quatro linhas é que por falta de uma boa gestão desportiva e financeira bem sustentada, de uma reestruturação bem delineada e pensada do atual plantel do SLB, em que se denotam enúmeras falhas na preparação da nova época, como serão os casos da venda vergonhosa e injustificável de Garay por valores inconcebíveis para um jogador daquela qualidade, da compra dos passes de jogadores como Djavan e Luís Felipe, que após algum tempo o departamento técnico decreta a sua não utilização, da venda precipitada de jogadores com enorme potencial a um fundo de jogadores, como, Ivan Cavaleiro, Bernardo Silva e João Cancelo, atletas formados na sua academia, na venda desmedida e incontrolável do núcleo duro da equipa sem que se avizinhe reforços credíveis e capazes de substituir os anteriores, o que deve preocupar e de que maneira os verdadeiros benfiquistas que se devem sentir enganados e desolados com toda esta situação anómala, e que deveria ser bem explicada pelos responsáveis do clube, tudo isto, dá para pensar que entre a época anterior e a atual, e parafraseando uma linha de pensamento muito na moda na área financeira, passamos num ápice de um antigo “Benfica Bom”, para termos na atualidade um “Benfica Mau”, ou então, o JJ ao ser obrigado a ter que utilizar o famigerado “Manel”, mais uma vez fará uma espécie de milagre das rosas, ou quem sabe, ele próprio dá também à soleta por falta de matéria-prima e de condições mínimas de trabalho, e quem sabe, por obra e graça do espírito santo de orelha.


Por: Natachas




quinta-feira, 7 de agosto de 2014

"Estórias" de pré-temporada

#FCPorto #Colômbia #Brasil #Jackson #BluePunisher #Tribuna #Portugal #Futebol #Rolando #Espanha








Estranho o facto de de vez em quando surgirem casos de atletas do FC Porto, onde através da voz dos seus empresários surgem queixas do tratamento do Clube aos seus "clientes". O caso mais recente é o do colombiano Héctor Quiñones, em que segundo o seu empresário "O FC Porto está a ter um comportamento egoísta".





O "pai empresário" (mais um!) deste atleta afirmou ainda: "Agora, nem o colocaram na equipa B, nem o emprestam, nem o libertam do contrato. O meu filho é um rapaz tranquilo, tem esperado com o máximo de tranquilidade possível por uma definição mas o tempo passa e nada. Esperamos que tudo fique resolvido até ao final desta semana".

Este jogador pelo que já tive oportunidade de ver tem pelo menos lugar no FC Porto B, estranho esta situação, pelo facto de não ser do conhecimento público qualquer procedimento disciplinar ao Héctor Quiñones por parte do FC Porto.

Daí questionar-me porquê a situação deste atleta chegou a este ponto? Caso não exista nenhum motivo disciplinar, porquê deixar-se criar uma situação angustiante para o atleta com tantas incertezas, sem saber onde irá jogar na nova época?

Não faria mais sentido integrá-lo com a equipa B até ser encontrada uma solução para o seu caso, presumindo que não contam com ele? O que o Clube fez foi simplesmente "encostá-lo" utilizando a gíria futebolística. Uma vez que a SAD tem a obrigação de gerir e valorizar bem os seus activos, mais uma vez expresso a minha estupefacção pela forma como este "dossier" está a ser conduzido.

Outro caso interessante é o do Rolando, a situação rapidamente evoluiu duma normal integração com o plantel principal onde até existiu uma garantia Presidencial da permanência do atleta no plantel de 2014/2015, para forçar a saída e entrar em conflito aberto com a FC Porto SAD. 

Fala-se que o Rolando até pondera invocar a Lei Webster para poder  libertar-se do vínculo que tem com o FC Porto. Já me ocorreu que provavelmente o Rolando terá "planeado a frio" com o seu empresário toda esta situação e servido uma vingança fria ao Clube que não o tratou de forma correcta no passado.

Houve também o caso Fucile, cuja saída não me deixa saudades pelo passado recente de mau profissionalismo e indisciplina. Não somos o circo da segunda circular, pelo que devemos dar-nos ao respeito e saber fazer a triagem dos que incarnam o que é ser um jogador "à Porto".

O actual plantel 2014/2015 "faz-nos crescer" água na boca, aposto que muitos Portistas pensam e sonham "quando o treinador conseguir colocar todos os craques contratados a funcionar como uma equipa e jogar à Porto" podemos sonhar alto! No entantoos jogos de preparação têm demonstrado que ainda temos um longo caminho a percorrer e uma equipa não nasce "do dia para a noite". 

Convém ter os pés bem assentes no chão e não embarcar em euforias exageradas, os principais rivais parecem de facto estar muito mais fracos e nós mais fortes, no entanto esperemos pela confirmação de tal pressuposto dentro de campo que é o real momento da verdade.






Ainda com algumas posições para preencher no plantel e segundo a imprensa com dois fortes candidatos para as mesmas, o Holandês Jordan Clasie e o Mexicano Raúl Jiménez, isto assumindo que o central Espanhol Marcano estará por horas de ser oficializado, ficaremos de facto com um "super plantel"! Julen Lopetegui terá uma enorme pressão e responsabilidade de conduzir o Clube ao sucesso e à concretização dos principais objectivos definidos para 2014/2015.





Dada a qualidade do actual plantel principal nenhum Portista aceitará de bom grado algo menos que a qualificação para a fase de grupos da Liga dos Campeões ao abrir a temporada 2014/2015, até porque já são conhecidos os potenciais cinco adversários que o FC Porto pode ter no sorteio, e qualquer um deles está ao seu alcance, o que não é o mesmo que afirmar que será fácil.

A renovação do Jackson Martinez numa inédita sequência de concessões por parte da SAD do FC Porto, teve o interessante condão de deixar a nú evidências de algo que para além de parecer estranho causa a sensação de que não deveria ter sido feito. Baixa-se a cláusula de rescisão (um dos melhores atletas do plantel desvaloriza!) e promove-se o atleta ao estatuto de capitão de equipa! Certamente parecerá que implico com o Jackson por tudo e por nada, simplesmente não concordo com os moldes desta renovação e com o estatuto dado a um atleta que pelas atitudes que teve deveria ter saído. 

Só posso desejar para bem do FC Porto que Jackson Martinez tenha definitivamente assentado e clarificado as suas ideias e tenha mesmo a "cabeça por cá" passando finalmente a ser o avançado letal que o Clube necessita.







Não posso deixar de manifestar incredulidade perante aquilo que está a suceder no recreativo de carnide, onde "vendem tudo o que mexe"! O desmantelamento de um plantel campeão normalmente tem sido sinónimo de época falhada. Resta-me esperar que esse padrão produza o mesmo tipo de resultado observado vezes sem conta. 






Provavelmente o ecoar do escândalo BES deixou o clube do regime numa "crise de liquidez" poucas vezes vista e tem obrigado a desfazerem-se das "jóias da coroa". Eu vou assistindo entretido como espectador a este "filme da vida real".

Pelo que foi possível observar no jogo particular ante o Everton em Goodison Park, o FC Porto deixou boas indicações e foi bem melhor quando o Jackson entrou (faço-lhe essa justiça) pelo que a equipa parece estar a adquirir a identidade que o treinador pretende, vendo-se uma evolução à medida que o tempo passa. 

Deixa-me optimista e também realista, uma equipa leva o seu tempo a construir, pede-se aos adeptos e simpatizantes do FC Porto paciência e confiança num bom desfecho, pois desta feita parece que todos no Clube estão a fazer o seu "trabalho de casa" bem.





 Por: BluePunisher



quarta-feira, 6 de agosto de 2014

DALE “FLASH” DOVER

#DaleDover #basquetebol #basketball #Portugal #FCPorto #USA #NBA










Qualquer conversa sobre a história do basketball em Portugal tem, necessariamente, de passar por um nome incontornável: Dale Dover. Pouco importa se terá sido o melhor jogador que passou pelos campos nacionais; uns não deixarão de apontar Mario Ellie e os portistas ainda poderão indicar Henry Crawford ou, mais recentemente, Jared Miller. Porém, nenhum teve o impacto de Dale Dover no desporto nacional.







Embora surgindo em 1926, por iniciativa de António Sanches, Agostinho Marta e Daniel Barbosa, o basketball no FCP nunca atingiu um patamar de destaque. Enquanto o andebol colecionava títulos e outras modalidades, como o rugby ou o polo aquático também se sagravam campeãs, os primeiros títulos nacionais do basket apenas foram obtidos no início da década de 50. Decorreram quase 20 anos até que o FCP conquistasse novo título. E este foi um título com a assinatura de Dale Dover.


O TÍTULO

Para perceber a importância de Dale Dover no basketball português será suficiente escutar os relatos de algumas pessoas – portistas ou não – que tenham acompanhado a modalidade no princípio da década de 70.

O orgulho com que é referido “Eu vi o Dover jogar!” é qualquer coisa que perdurará no tempo e tenderá, até, a confundir a realidade com o mito. Os jogos do FCP esgotavam constantemente em qualquer parte do país, transformando Dale “Flash” Dover num Globetrotter nacional.

Pelo FCP, para lá do título nacional, ele terá sido ele o grande dinamizador da construção do pavilhão das Antas – inaugurado nessa altura – tal era o grau de interesse que a equipa de basketball suscitava nos sócios portistas. Apenas ele fazia com que o Palácio de Cristal fosse pequeno para a multidão que acorria aos grandes jogos.

Desportivamente, para além do título de 1972, ficam os relatos que muitas vezes se confundem com mitos, dificilmente verificáveis, como a história de que terá marcado 119 pontos num jogo. Do que não restam dúvidas é que o FCP foi campeão, derrotando a equipa campeã e que haveria de se sagrar campeã no ano seguinte – Sporting de Lourenço Marques. E também não restam dúvidas de que este terá sido, provavelmente, o título de basketball mais festejado pelos portistas e rivalizando apenas, talvez, com o título de andebol dos anos 90 ou a primeira Taça dos Campeões Europeus de hóquei em patins. Na época seguinte Dale Dover haveria de continuar no Porto, marcando mesmo 45 pontos em 68 do FCP nas competições europeias. Finalmente, haveria de se tornar treinador, por exemplo, liderando o FCP numa eliminatória europeia contra o Barcelona.


SERIA MESMO BOM?

Dale Dover era um base com 1,88. Contam os relatos de quem o viu jogar que a sua capacidade de impulsão era inigualável em Portugal, afundando com grande facilidade. A sua velocidade de deslocação era, igualmente, ímpar em Portugal e foi a origem da alcunha “Flash”.

Dale Dover era um show-man antes do show-time ter chegado ao basketball.

Mas, algo que certamente percorre a mente dos mais novos passa pelo confronto entre a realidade e o mito de Dale Dover. A passagem de Dale Dover por Portugal está devidamente documentada na memória de todos os que o viram jogar. Porém, seria Dale Dover assim tão bom? Seria um jogador de NBA? E, qual foi o percurso dele antes e depois do FCP?

Dale Dover foi mais um miúdo pobre de New York, filho de um taxista local e crescendo nos bairros de Harlem e South Bronx. No Evander Child High School, Dale era a estrela da equipa de basket local, mas a aptidão para o desporto era já combinada com uma inteligência invulgar, concluindo o liceu com uma média de 89,4, em 1967.

Diversas universidades prestigiadas o procuraram: Harvard, Columbia ou Cornell estavam entre elas. Em plena década de 60, um jovem afro-americano com boas médias e aptidão para o desporto, poderia escolher a universidade! No final, Dale optou por Harvard, que não é, certamente, a melhor opção para entrar na NBA! Ao contrário do que se tem passado recentemente, os Crimsons nunca tinham vencido a Ivy League (a primeira vitória foi em 2011) e apenas três jogadores dos Crimsons chegaram à NBA: dois na década de 50 e, mais recentemente, Jeremy Lin.








De 1967 a 1971, a carreira de Dale Dover em Harvard foi marcante. No primeiro ano em Harvard, bateu o recorde de pontos num jogo: 38 pontos em 12 de Julho, em Springfield, marcando 13 lançamentos de campo e 12 lances livres, numa época sem triplos (entretanto, o recorde foi batido, encontrando-se a marca de Dale Dover em 5º lugar). Nos dois anos seguintes, Dale Dover foi vice capitão da equipa e melhor marcador, com médias de 16,9 e 18,6 pontos.








Não obstante, em todas estas épocas, os resultados eram pobres, com uma percentagem de vitórias próxima dos 30%. Contudo, no último ano de Dover, os resultados alteraram-se e Harvard conseguiu o segundo lugar da Ivy League, com Dover a capitanear a equipa. Em todos os anos, Dale Dover foi objeto de menção honrosa da All-Ivy League, embora nunca conseguindo ser eleito para qualquer das melhores equipas.

Ao longo da sua carreira universitária disputou 75 jogos, conseguindo 1.201 pontos, com uma média de 16 pontos por jogo, o que o coloca, ainda hoje, entre o Top-15 dos Harvard Crimson em pontos por jogo.


NBA POR UM MÊS

Numa época em que o draft era bastante diferente do formato atual, Dale Dover foi escolhido pelos prestigiados Boston Celtics, na 10ª ronda do draft: a sua posição global foi 161! Dale foi igualmente um dos 10 atletas selecionados anualmente pelos Harlem Globetrotters para prestar provas.

Uma vez que os treinos eram na mesma altura, Dale Dover teve de escolher e escolheu os Boston Celtics. 

Durante um mês, Dale Dover foi jogador dos Boston Celtics.

Apesar de ser considerado um excelente defensor, com um forte espírito competitivo, Dover acabou dispensado numa equipa que, na realidade, não tinha quaisquer vagas.

Com um curso de línguas em Harvard e sem opções no basket, Dale Dover tornou-se parte da História do FCP.


DEPOIS DO FCP

Em 1974 ingressou no Departamento de Estado dos USA, sendo nomeado vice-cônsul na Dinamarca entre 1975 e 1977. Na Dinamarca jogou pelo Sisu Copenhaga, sagrando-se campeão e vencedor da Taça da Dinamarca em dois anos consecutivos, tendo também treinado a seleção da Dinamarca.

Em 1978 foi nomeado cônsul americano em Israel até 1980, onde continuou a jogar basketball. Sem receber, Dale representou o Hapoel Yagur – onde foi o primeiro não judeu – apenas nas competições europeias, pois não eram permitidos estrangeiros. Mesmo perto dos 30 anos, continuava com uma média próxima dos 17 pontos por jogo, sendo o grande responsável pela melhor carreira europeia – na Taça Korac – do Hapoel Yagur (fase de grupos).

DEPOIS DO BASKETBALL

Depois de Israel, Dover regressou a Harvard. Em Harvard, obteve a segunda licenciatura – desta vez, em Direito. Continuou ligado ao basketball, treinando uma equipa feminina e jogando em equipas de veteranos.



Após a conclusão da licenciatura, estabeleceu-se em Washington, onde exerceria a advocacia.

Em 1990, haveria de se tornar, por um curto período de tempo, o primeiro presidente afro-americano da Câmara de Falls Church – uma pequena cidade de 10.000 habitantes, no estado da Virginia.

Dale Dover era um jogador de basketball diferente, sendo um bom exemplo o seu conhecimento de diversas línguas, como o Português, o Francês, o Dinamarquês, o Hebraico, o Chinês ou o Swahili ou as suas duas licenciaturas em Harvard.


É bem verdade que os tempos eram outros (se calhar não tão diferentes face ao atual panorama do basketball nacional), mas é indesmentível que a sua curta passagem pelo FCP marcou uma era e mudou o basketball português e, 40 anos depois ainda se ouve com orgulho “Eu vi jogar o Dale Dover”!


Por: Jorge

FEIRA POPULAR

#FCPorto #Everton #Futebol #Portugal #Inglaterra


FEIRA POPULAR


Está melhor.
A pavorosa 2ª parte do jogo de apresentação deixou uma série de inquetações. A anarquia e o caos experimentalista da equipa não podiam ser transportadas para Goodison Park. Felizmente não foram.



A 1ª parte do jogo é à Vitor Pereira style. Domínio do jogo, controle do adversário e da bola e equipa instalada no meio-campo adversário. Maicon e Martins Indi deixam de ser testados e estão apenas de prevenção para as bolas que escapassem à teia de pressão que à frente empancava toda e qualquer tentativa do Everton.



Como a memória recente era o caos esta revisitação do Porto mandão e organizado colocava-nos nas nuvens.
O céu estava ainda longe. Longe, porque o “bocadinho assim” que faltava ao futebol de Vitor Pereira também não era conseguido pelo Porto da 1ª parte.
Médios integrados, participativos e atentos. Boa circulação de bola explorando toda a largura do relvado mas quase nula intencionalidade.
Aquele carrossel de passes e pressão toma conta de tudo. Rouba, passa, desmarca, recebe, vira, temporiza, desmarca, cruza, perde, rouba, passa, passa........
Adrian e Quaresma vinham mais para a zona dos médios e lá na frente ficava um deserto. A toada do jogo era do tipico 0-0 e se alguém marca seremos nós porque a bola é nossa e joga-se mais perto da baliza deles.
Sucede o contrário.  Há mais Reyes magos para além do mexicano e Fabiano presenteia o menino. Mais uma assistência estilo auto-golo e a equipa vai para o intervalo com um resultado mentiroso e injusto mas que acaba por castigar a inoperância e a falta de vontade de acrescentar o “bocadinho assim” à organização e bom trabalho colectivo.


Na 2ª parte Lopetegui resolve testar a outra fase da moeda. Despeja talento no relvado e senta-se a assistir. Estava farto do carrossel que gira, gira mas não sai do sitio.
Bora para a Montanha Russa. Quintero, Brahimi, Casemiro, Tello, Jackson e que comece a viagem.
Entra tudo com o turbo ligado e com o talento desperto. Os 15 minutos que sucedem ao derramamento deste petróleo causam uma maré negra na defesa do Everton e deslumbram o portismo.
A bola é nossa, a baliza deles é nossa, os talentos são nossos. Como diria Lopetegui queremos tudo e é tudo nosso.

Estamos a ir para o cume mais alto da montanha russa. Bingo! Do tricotar de Brahimi e Quintero ao descaramento invasor de Herrera sente-se que o Porto pode virar o jogo num ápice. Empata num lance de tricot invasivo-talentoso e só não passa para a frente por acaso.
O efeito surpresa esvai-se. O gás de Quintero e Brahimi diminui. O Everton tira a cabeça da toca. Está na hora de descer na montanha russa.
Carlos Eduardo entra mas não se nota. Angel entra e nota-se. Casemiro é obrigado a sprintar (o que só lhe faz bem). Fabiano impelido a emendar.
O período final é descontrolado mas é o preço que qualquer equipa que derrame tanto talento puro e imaturo defensivamente acabará por pagar. As tropelias de Brahimi na nossa grande área divertindo-se em dribles kamikazes é o sinal de que na montanha não se sobe só.
Há também a vertigem da descida. Gritos, pânicos e medo.
O somatório de tudo isto é positivo.
Mostramos que sabemos ser organizados e jogar num bloco coeso e mandão. Roubos, passes, viradas, desmarcações, pressões colectivas com sentido.
Mostramos que temos futebol desequilibrante e temos a chave da grande área adversária. Há gente em quantidade e qualidade para agredir o adversário. Agredir de forma barbara estilo Herrera e Tello ou com as agulhas de tricot de Brahimi e Quintero. Fintas, dribles, invenções, invasões, remates.
O Novo Porto tem todos os bons activos necessários. Se conseguirmos juntar tudo isto num Porto só, já sabemos que no fundo no fundo ninguém nos parará e a resolução do campeonato será nosso. Este é o Bom Porto que sai de Goodison Park.
Se juntarmos a inoperância ofensiva da 1ª parte e a perda de consistência defensiva da 2ª parte detectamos o pior de Vitor Pereira com o pior de Paulo Fonseca. Se preferirem, vemos aí todo o Paulo Fonseca que é um activo extremamente tóxico.
É um Mau Porto que só por obra e graça do Espirito Santo nos poderia dar alguma conquista de relevo neste ano.
Como no futebol não podemos separar o Bom do Mau devemos agarrar-nos à evolução que a equipa tem para acreditar que estamos no caminho certo.
Temos 2 hipóteses de percurso: Ou partimos do melhor de Vitor Pereira e se tenta atingir o complemento ofensivo mantendo a rede de segurança que a troca de passes / pressão colectiva nos dá, ou se acredita, qual Paulo Fonseca, que o mais fácil de treinar é o processo defensivo e aí se percorre o caminho inverso comandado pelas agulhas de tricot de Brahimi, Oliver e Quintero.
Eu faço a minha escolha. É mais provável que o carrossel venha um dia a sair do sitio do que esperar entrar numa montanha russa que suba sempre mas nunca desça.
Apego-me à racionalidade e não acredito no divino. As obras do Espirito Santo dão galho.



Análises Individuais:

Fabiano – Um imperdoável erro que se suporta mais no sentimento que tem que fazer coisas extraordinárias para se afirmar. Acredita que o melhor Fabiano que já mostrou não chega. Isso só o intranquiliza a ele e à equipa. Tem que mostrar estofo para resistir à pressão imposta por Lopetegui. Back to Basics.

Danilo – Mais ofensivo do que o costume. Tão seguro como o habitual. Foi, é e será indiscutivel porque não acredito que haja alguém que O pare.

Alex Sandro – Tão ofensivo como o costume. Mais seguro que o habitual. É, foi e será indiscutível se mantiver o foco e não facilitar lá atrás.

Maicon – A defesa foi segura porque o resto da equipa lhe conferiu segurança. Na maior parte do tempo poucas bolas lá chegaram e quando chegavam Maicon resolvia bem.

Martins Indi – Dá uma sensação que é um tipo cool. Mas é daquele estilo cool que lidera. É um lider tranquilo. É ele que recebe de Fabiano, é ele que inicia a construção de trás, é ele que se lança como um doido nos lances áereos, é ele que gesticula e é ele que morde. Sempre sem mexer um musculo da cara. Se a coisa apertar os musculos param e saltam os olhos.
Tem que ter cuidado nos encostos em zonas de grande área. Há muito piscineiro por aí e há muito zarolho que não distingue futebolistas de profissionais de piscona.

Ruben Neves – Quando vejo um puto a jogar gosto de olhar para a cara. Tentar captar pela expressão o estilo, o nervosismo e a capacidade de afirmação.
O meu radar critico tentou encontrar algo para pegar com o moço. Joga com a serenidade de um velho, tem a qualidade de passe de um eleito e a leitura de jogo de um visionário. Por aqui não dá.
O futebol que ele joga não dá. Pela expressão facial também não pega. Só vejo uma hipótese: falta agressividade na disputa de bola e uma melhor cultura de posição.
Acho que vou tentar ir por aí para desancar no rapaz. Só tenho um problema. Casemiro não tem sido mais agressivo que ele. Casemiro tem mostrado pior cultura de trinco do que Ruben.
Vai ser dificil correr com ele mas vou continuar a tentar.
Herrera – Furacão. É um ganda maluco. Quanto pega na bola a baliza adversária parece mais perto. Um, dois passos e está lá. Um, dois passes e a bola chega lá.
O modelo da 1ª parte é perfeito para ele. Acomoda a pressão individual anarquica que faz e acomoda o vendaval e a tendência inata para o disparate.
Evandro – É um Pepe Legal. Não confundir com o defesa central desvairado do Real Madrid. Este é o homem que pensa. Não é o pensador de jogo mas é o pensador da equipa.
Onde falta gente ele está. Passa bem e dá sempre uma linha segura para os companheiros. Cobre Ruben Neves e tenta chegar à frente. A ordem que a equipa teve é filha do Pepe Legal.
É o homem que diz a todos: “Babalu Babalu para pensar estou cá eu.”

Oliver – Quando começa o jogo fica um sabor amargo. Oliver na ala? Logo depois daquela ultima exibição? O temor não se justificava. Oliver é protagonista da mesma forma. O jogo vai ter com ele e ele persegue o jogo. Sabe ter a bola, sabe passá-la, tem todos os fundamentos da posse. Falta-lhe maior amplitude de intervenção e maior peso defensivo.

Quaresma – Integrou-se bem no carrossel e mostrou empenho defensivo. Fez aquilo que é inesperado mas falhou naquilo que é o seu cartão de visita. Desequilibrio.
Tem como atentuante o facto de não ter grandes opções de passe/assistência no último terço.

Adrian – Peixe fora de água. O jogo não lhe chega e ao contrário do seu compatriota do meio não é homem para o procurar. Em vez de lutar e de tentar se manter à superficie faz glugluglu e afunda-se.

José Angel – O que deu para ver não foi bom. Entrou quando estavamos a descer na montanha russa. Era dificil resistir.

Reyes – Também entrou na fase má. Resistiu, embora sem transmitir a mesma segurança defensiva dos seus parceiros de posição.

Casemiro – Dá ideia que gosta de acção. Fazendo um paralelismo entre Casemiro e os laterais titulares podemos afirmar que Casemiro vê a posição 6 como Alex Sandro vê a posição de defesa lateral. É mais estilo Alex pá frentex do que Danilo.

Tem talento, tem robustez (será só robustez ou precisa de emagrecer?) mas falta-lhe ser um bocadinho Pepe Legal. Pensar no que a equipa precisa que ele faça em vez de dar à equipa aquilo que gosta de dar.

Brahimi – É um regalo. Tricota para a frente. Dribla de pantufas, ginga e dá alegria, entusiasmo e capacidade ofensiva.
É um susto. Tricota seja em que sitio for e seja qual for o número de opositores.
Precisa de injecções de responsabilidade. Não muitas porque não pode perder o tricot.
Quintero – Outro que joga com agulhas. Finta em cabinas telefónicas e é pena que não tenha pulmão para avenidas. Tem que jogar perto da área. Lopetegui percebeu.
Tem que jogar num local onde não desequilibre a equipa. Lopetegui percebeu.
Tem que jogar onde o seu pé esquerdo possa fazer maravilhas. Lopetegui percebeu.
Este é o sitio dele.
Carlos Eduardo – Teve tempo de jogo mas não nada deu para ver. Culpa da montanha russa.

Tello – Fugaz. Entra em grande estilo e desaparece. Fica no seu cantinho à espera. Como Adrian, não procura o jogo nem persegue o adversário. Se a malta do tricot nada lhe pede ele nada dá. Se o Angel precisa de ajuda é bom que grite.

Jackson – Depois da saída de Fernando é o melhor jogador do Porto. Dá sentido à equipa e é imprescindivel para o sucesso colectivo. Em condições normais será Jackson e + 10.  



Ficha do jogo:

FC Porto:  Fabiano; Danilo, Maicon (Reyes 76´), Martins Indi, Alex Sandro (José Ángel 76´); Rúben Neves (Casemiro 55´), Herrera (Carlos Eduardo 76´), Evandro (Quintero 55´); Óliver Torres (Jackson Martínez 46´), Adrián López (Tello 55´), Quaresma (Brahimi 46´).


Everton: Howard, Hibbert, Jagielka, Alcaraz, Baines,  Osman, Barry, McGeady, Barkley, Piennar, Naismith

Por: Walter Casagrande

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Das arábias…

#SLBenfica #Portugal #benfica #Lampiões #Joker #Jesus



Chega da arábia
O novo patrocínio!
Em ano de declínio
Desta nova águia…

E que bem ostenta
Orgulhoso contrato
Desse Emirato…
Nessa vestimenta!

E que vaidosa
Mostr’a camisola!
Sem jogar à bola
Em festa pomposa!

É a cicerone
Dum grande torneio!
Vem de saco cheio…
D’águia é um clone!

Que não s’aproxima
Dessa outra equipa
O grande benfica!?
Levado à chacina!…

Que no prognóstico
Ainda não sabia
S’a defesa subia
Ou roçav’o anedótico!

Que tem muito jogo
E algum cansaço!..
A defesa é de aço
E o ataque é fogo!

É apenas pré-época
E se perdem quatro
Em seis, está no papo!
Já lá vem a seca…

É inspirador
Que tão pouco Arsenal
Lhes ench’o bornal…
E sem tradutor!

Que lá está o Jesus
O mestre da táctica!
Cinco? É matemática!
É a defesa em cruz!

Os dedos abertos
Nessa mão exposta!
É a sua resposta
Em “ingaleses” verbos!

Que não há perigo…
Que não tenham medo!
Qu’inda é “muita” cedo
Pr’a chegar a Vigo!

Não há jogadores?
Há lugares na Liga!
O Carlos qu’o diga
Quem são os melhores!?

Os que vão a votos!
Qu’os outros não prestam
E as listas que restam
São dos nossos devotos!

Temos garantias
De luta igual!
O “Império do mal”
Chumba nas burocracias!

Que contra corruptos
Somos com’o Costa!
Qu’em cada resposta
Violav’os Estatutos!

E se fosse a Lei
Também vinh’a convir!
Havia que investir
Na sanção qu’eu sei…

Suspendend’os craques
Sem provas formadas!
Apen’as forjadas
Em curiosos destaques…

E a sanção ao Clube
E ao seu Presidente!
Foi tão coerente…
No recurso qu’houve!

Que nele s’insurgiram
Aqueles detractores
Qu’enquanto traidores…
O Presidente demitiram!?

Queriam apreciar
A seu belo prazer
A razão de ser
Do Porto claudicar…

E tomando parte
Da célebre conjura!
A sanção perdura…
Na reunião-baluarte!

Tudo métodos “legais”
A qu’um tribunal
Deu por ilegal
Em recursos plurais!

E até o Boavista
O patinho feio…
Se meteu no meio
Da sanção revista!

E como que surpresos
Vei’o Figueiredo
Promovê-lo do feudo
Dos clubes presos!?

Os mesmos carrascos
Qu’o condenaram
Nist’o sufragaram
Nos recursos fracos!

Quem é esta gente
Que nos toma por parvos?
Qu’esgotados os prazos
Se tem por inocente?

E a decisão
Que vem da Justiça
Que mostr’a cobiça
Nesta “eleição”?!

E que condenados
Se mostrem heróis
Nas páginas dos “boys”
Dos pasquins prensados!

Há corrupção!
Diz o benfiquista
Ex-Maritimista…
E de coração!

Qu’a Olivedesportos
É qu’é a culpada
Desta embrulhada
Com vivos e mortos!

E qu’o seu clube
Perd’a hegemonia
E tod’a alegria!
S’há quem o derrube!

A preocupação…
Já grassa no ar!
C’a Lig’a parar
Nessa decisão…

E sem futebol
Qu’os faça sonhar
Resta-lhes emigrar…
Por falta do espanhol!

E que por eloquência
Nessa lingua erudita
Deseje outra “manita”
Amanhã do Valência!!

(Pois é só riqueza
Como nas arábias!
Que sobrem as lábias
Por falta de franqueza…)


Por: Joker

Ascensão e queda de uma equipa de futebol



Tendo em conta o positivo e merecido desempenho desportivo do SLB na temporada passada, decerto que a família benfiquista vaticinava para o ano em curso, e com pleno direito diga-se a propósito pela excelente campanha que proporcionou aos seus adeptos, pelo menos um ano tão bom como o anterior, ou no mínimo, poder manter parte dos índices desportivos com a obtenção de mais vitórias e títulos.  






No entanto, já durante a vigência do campeonato anterior, se vislumbrava no ar indícios de que qualquer coisa não estaria bem em termos financeiros e agrado de algumas pedras nucleares da equipa para os lados do clube da águia, pois, sem que nada o justificasse naquela altura, o SLB acertou com o Valência a alienação dos direitos desportivos dos passes de André Gomes e Rodrigo, se bem que, e não ficará mal aqui afirmá-lo, até foi um excelente negócio para o SLB, tendo em conta os valores que por aí se transacionam por jogadores do mesmo nível daqueles.





Estranhamente, e para mal dos apaniguados simpatizantes do clube que já vaticinavam um novo e duradouro ciclo de êxitos desportivos, retirando ao FCP a hegemonia do futebol indígena, pelo andar da carruagem das entradas e saídas do plantel do SLB e dos resultados da pré época, parece augurar-se ao contrário do que se previa um retorno ao passado recente, a menos que JJ como o seu nome indica consiga fazer mais alguns milagres de circunstância.

Entretanto, para os lados da nação portista e para desconforto e pesadelo de muitos bons benfiquistas, que vão assistindo a tudo isto incrédulos e impotentes para aceitar e compreender esta situação,  quando muitos já vaticinavam o fim da era do eterno presidente do FCP, JNPC, eis que este renasce mais uma vez das cinzas e surpreende tudo e todos, com a formação de um plantel de luxo recheado de jogadores de enorme valia técnica,  onde muito dificilmente pela qualidade dos jogadores já apresentados e de outros que ainda virão, se saberá jogo a jogo qual a formação base da equipa ou julgada como titular.

Como se costuma dizer na gíria popular, quem tem unhas é que pode tocar guitarra de nível superior, quem cria falsas expectativas aos seus adeptos sem um mínimo de garantia de sustentabilidade económica e durabilidade desportiva dá-se mal, pois só quem sabe gerir bem um clube é que pode retirar daí os respetivos dividendos, mesmo que para isso tenha que estagnar um ano para voltar à hegemonia do futebol português de pleno direito, e ao mesmo tempo assistir de poltrona presidencial à ascensão e queda do seu clube rival de sempre.  

Por: Natachas.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Invencível armada?

#FCPorto #Joker #Futebol #Portugal #Campeões 

 Orientad’a Órion
Naveg’a Invencível Armada
A essa batalha encravada
Nos estreitos da velha Albion

No “Esquadrão de Portugal”
Está o Duque-Comandante
Nessa União, ultrajante
Sem liderança igual!

Em tod’a nau portuguesa
Um comandante espanhol!?
A liderança do “Rei-Sol”
Sobreposta à nossa nobreza…

Há desencanto no mar
Não p’la batalha perdida
Não p’la perda da vida…
Por um país a naufragar!

Que sem motivo de fundo
Que não sej’o do Império
Vê na Mancha, o cemitério
Pr’o seu reino no mundo!

E perdid’as suas praças
D’oriente a ocidente…
Um novo reino independente
Reclama então suas graças!

Outras províncias habsburgas
Se deflagram na revolta!
A Catalunha é nossa “escolta”
Pr’as nossas lutas e purgas!

Um novo rei aclamado
Nessa casa de Bragança
De Portugal, nova esperança
Depois d’el rei “o desejado”!

A Restauração finaliza
Sessenta anos “unidos”
E nessa armada, perdidos
Junt’às águas do Tamisa!…

Mas nova armada avança
A estes tempos d’agora
Que como então, vem de fora
O rosto da liderança…

Um novo Duque no reino
Que nesse Porto atraca
E outra armada, por fraca
É substituída no treino!

E os portugueses já se vão
Dessas galés e navios
Deixando pólvora, pavios…
Prontos pr’a nova explosão?

Há desconfiança na praça
Depois do franco embate!
Que sem vitória, o empate
A derrota não disfarça!

Um contigente espanhol
A liderar esta guerra
Que só num ano, enterra
Tod’o dinheiro no paiol?

Com novas esperanças
Partimos à guerra!
C’a história encerra
Como vãs lembranças!

E não se repetindo
Essa velha estratégia
De ser a “Igreja”
A partilhar o mundo

Temos mais razões
Par’a nossa união
Pois, no comando ainda estão
Os velhos capitães

Que nunca abandonaram
O barco qu’afundava…
E no que flutuava
Ainda comandaram!

Por isso, acredito
Na força unida
De razão investida
Sem medo do mito!

E que navegando
Esta outra armada
Seja então resgatada
N’orgulho de Lepanto!

Quando nessa abordagem
Derrotaram turcos
Árabes, mamelucos…
Num acto de coragem!

E que sirv’a História
Para nos guiar
Noutro desfraldar
Das velas da Glória!


Por: Joker
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