"La Piovra"
O polvo
É um animal tentacular,
Inteligente no seu caçar
Do alvo!
Oito tentáculos,
Cérebro avantajado,
Que nunc'o faz sub-rogado
Aos obstáculos....
Caça amiúde
Com camuflagem,
Muda de cor, muda d'imagem,
Solícito ou em quietdude...
Nada lhe escapa
Por sua caça,
Mesmo com carcaça
Ou carapaça!
Tem várias ventosas
Na sua boca,
E mat'o que toca
Em nebulosas...
Nuvens de tinta
Negra e espessa,
E tod'a presa
Se perde na finta...
Ataca de frente
E de rectaguarda,
E o seu toque retarda
Por surpreendente!!
Ficam extáticas
Todas essas presas,
Em tais "subtilezas"
E tácticas...
Petrificadas,
Não podem fugir,
Nem sequer "arguir"
Que foram "enganadas"...
É assim o cefalópode
De visão binocular,
Que tudo pode caçar
Do crustáceo ao "antílope"!
E nesse seu disfarce
Muda como quer,
Qu'o polvo tem saber
De classe!!
Como naquela série
De dez temporadas,
Onde tantas "caçadas"
Deram uma barbárie!!
Ond'o polvo por máfia
Er'o silogismo,
Nesse latinismo
De ráfia!
E aqui a caça
Também se faz c'o polvo,
Qu'o método não é novo,
Nem se disfarça...
Polvos por Godinhos
A gritar "benfica"!
E a expulsar "à bica"
Como tais "padrinhos"!!
Tudo antiga escola
Da série televisiva,
Duma gente "amiga"
Que se vê n'a Bola!!
Esses que "escrevem"
Os novos argumentos,
Criando "acontecimentos"
Que lhes servem!!
Mas perant'o escárnio
Internacional,
Mudam o "editorial"
De génio!!
Er'o Danilo
Qu'o tinha abalroado,
Ao polvo encarnado
De meio quilo!
E ali prostrado
Já como caça,
Puxou da "raça"...
E bem mostrado!!?
Mas por ridículo,
E mais incauto,
Mudou-se o facto,
Mudou-se o escrito!
E agor'a nova
Dessa sanção,
É qu'o "Dragão"
Falou em prosa!
Mandou umas bocas
Ao bom do polvo,
E niss'o povo
Já ouve poucas...
E da Federação
Lá veio o dito,
Que não era mito,
Pois, a sanção!!
E que foi bem expulso
O jogador,
Pois qu'o "caçador"
Teve nisso pulso!!
E o Comendador,
Internacional,
Portou-se mal
C'o albaroador!!
Lá disse um f****-se (!)
Ao ser pisado,
E é encarnado!!!
Foda-se!!
Está tudo certo,
Está tudo bem!
Venham mais cem!
C'o polvo é esperto!
Qu'agora agrega
Tod'a colónia,
E com parcimónia
Quer ver se pega!
Quer "compreensão",
Mais "pacifismo",
E no abismo
A "isenção"!?
Lá vai o Rufo,
O assistente,
Vender-se como gente
Que não comete um furto!
E o Godinho
Trajad'a truta,
E o Capela a chaputa
De remoinho!
E o bom do Ferreira,
O tentáculo de Fafe,
Pr'a ganhar a face
Da própria "cegueira"!
E o grande Paixão?
O polvo de cem vidas!
E tantas conseguidas
Por simulação!!
E o Nuno?
O polvo vermelhão!
A própria encarnação
Do gatuno!?
Tanto, tanto polvo,
Pr'a ostentar no poema,
Que já me falt'a pena
De tanto nojo!
E os que lá estão
No dito Conselho?
Gente do aparelho,
Da agremiação!!
O "Pode Ser",
O "grande "Duarte",
Gente da arte
E de grande saber!!
Tudo da cor
Dos "internacionais",
Polvos leais
Ao observador...
Um polvo!
Uma rede tentacular!
E nisto um mar
Revolto...
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