segunda-feira, 16 de junho de 2014

Fabiano: monDRAGÓN de Mundo Novo.




O Homem e o seu percurso:

Em Outubro de 1492, quando Colombo pisou as Américas, a mando de Castela, estava descoberto o Novo Mundo, pelo menos, de forma oficial (e assim evito polémicas!).

Nesse Novo Mundo, por entre a secura do Nordeste brasileiro, no estado da Bahia, havia uma terra rica em água e vegetação. O baptismo dessa terra faz justiça a esse oásis: Mundo Novo.

É neste Mundo Novo localizado no Novo Mundo de Colombo que nasce Fabiano Freitas, a 29 de Fevereiro de 1988 (faz anos no seu dia de nascimento de 4 em 4 anos). A sua infância é passada na fazenda dos pais, juntamente com os seus dois irmãos. Aos 13 anos vai estudar para a cidade de Mundo Novo e é aí que inicia o seu percurso no futebol. 

Começa no futsal, mas rapidamente, passa para as balizas de futebol. É uma atracção primordial, como diz Fabiano: “Sempre adorei voar, agarrar a bola e cair. Apaixonei-me pela posição de guarda-redes ainda menino e é uma relação para toda a vida. Adoro ser guarda-redes”.

O ainda menino, em corpo graúdo (sempre foi muito alto), começa a chamar a atenção. Em 2003, com 15 anos de idade, dá um passo decisivo na sua carreira. Dois olheiros levam-no a testes ao Sport Social Independente em Cruz das Almas, estado da Bahia. Fabiano é imediatamente aceite e o menino estabelece uma meta: ser profissional de futebol. Dura só três meses no Independente, que disputa o campeonato Baiano. António Almeida da Cruz, empresário de futebol, detecta o talento precoce de Fabiano, vence a resistência materna e com o apoio paterno, leva o menino de 15 anos para São Paulo.

Esta nova aventura leva-o à cidade de Americana no estado do São Paulo. Após um curto período de testes, assina pelo Rio Branco EC integrando a equipa Sub-17 com 15 anos de idade. Para singrar, Fabiano sofreu. Em três anos só visitou a terra natal por três vezes, vivia num hotel, treinava duas vezes por dia e estudava à noite. Além disso, começou trabalho físico específico. Nas palavras de Fabiano: “Sempre fui dos mais altos, mas era magro, demasiado magro. Tive de reforçar a massa muscular nos últimos anos e atingi um bom nível”.






Em 2007, todo o esforço compensou. O Rio Branco disputava o Paulista Sub-20 com as grandes equipas do estado de São Paulo. O Rio Branco sagra-se vice-campeão, muito à custa das exibições e das defesas impossíveis do menino de Mundo Novo. Tal era o seu desempenho, que ganhou a sua primeira alcunha: “Sobrenatural”






O São Paulo FC não deixou escapar a pérola e oferece-lhe um contracto de 4 anos e integração imediata no quadro profissional do clube.

A tarefa era gigantesca. Pela frente o ídolo de Fabiano e um mito São Paulino: Rogério Ceni. Para além de Ceni, existiam outros guarda-redes de valor como Denis e Bosco. Fabiano trabalha duro no Centro de Treinos da Barra Funda e ganha a alcunha de Mondragón (“Dragón” será coincidência?) pelas semelhanças físicas com o guarda-redes Colombiano. Em 13 de Outubro de 2007 estreia-se pelo São Paulo frente ao Fluminense, com 19 anos de idade. O Tricolor Paulista empata no Maracanã e só não perde porque Fabiano defende um penalti (ver vídeo abaixo) na estreia! Nova coincidência? Logo no ano de estreia no São Paulo, Fabiano é campeão Brasileiro!



Mesmo com uma estreia de arromba no maior palco de futebol do mundo, Fabiano não soma mais jogos nas duas épocas seguintes. Segue-se a via-sacra dos empréstimos para que o talento não fique parado tanto tempo. Começa pelo modesto Toledo do Paraná. No ano seguinte, vai para o Santo André de São Paulo. É vice-campeão Paulista, mas não consegue ser titular no modesto clube Paulista. Na segunda metade da época, vai para o América de Natal para disputar a série B Brasileira. Alterna entre a titularidade e a suplência.








O contracto com o São Paulo tinha chegado ao fim e o caminho continuava tapado por Ceni e companhia. Fabiano optou por outra aventura. O destino escolhido? O Velho Mundo!






O menino de Mundo Novo chega a Olhão. Na Olhanense agarra a titularidade de imediato, relegando para o banco Ventura, guarda-redes emprestado pelo FC Porto. Fabiano ganha logo destaque.

Não é comum ver em Portugal um guarda-redes de 1,97m e 90kg com tanta agilidade. Mas o cartão-de-visita iria ser entregue frente ao campeão FC Porto. A 5 de Novembro de 2011, a Olhanense recebe o FC Porto. O jogo é amarrado, mas o FC Porto carrega e Fabiano tudo defende. O momento do jogo é logo ao quarto minuto, a frio! Penalti para o FC Porto e Hulk para a cobrança. Fabiano defende, mas pior, defende a recarga também, novamente por Hulk (ver vídeo abaixo). A Olhanense trava o FC Porto e obriga a um frustrante 0-0, mas este Mondragón seria transformado em nosso Dragão em breve! O assédio a Fabiano começa logo no mercado de Inverno e os pretendentes abundam, dentro e fora de portas.




No final da época, Fabiano assina pelo FC Porto. A ideia inicial seria cumprir mais um ano em Olhão por empréstimo, mas a decisão estapafúrdia de acabar com os empréstimos entre clubes da primeira liga força a antecipação da chegada de Fabiano ao Dragão. Fabiano aproveita a oportunidade e soma boas exibições na pré-época. Quando a decisão sobre os empréstimos é revertida, quem segue para Olhão é Bracalli que já tinha perdido o segundo posto da baliza para Fabiano.

Segue, agora, a carreira do monDRAGÓN de Mundo Novo no Dragão.


A análise ao jogador:

Fabiano é um guarda-redes com características físicas raras. Alto e corpulento, não é um guarda-redes pesado, mas bastante elástico e de reflexos felinos. Sabe usar todo o seu corpo para ocupar o máximo de baliza possível e não tem receio de meter o corpo, mesmo em situações de maior perigo. Debaixo dos postes é um guarda-redes de elevado potencial. Pela área de abrangência e pela rapidez de reflexos.
Há áreas técnicas que precisam de ser trabalhadas. Fabiano precisa de agarrar mais as bolas que defende. Garantir, assim, que o lance termina ali e que a posse de bola está devolvida à sua equipa. Precisa, também, de melhorar a sua saída dos postes e o seu jogo de pés, aspecto fundamental num guarda-redes moderno, como pode constatar em Helton.






A ideia de empréstimo, inicialmente considerada aquando da sua contratação, permitiria somar tempo de jogo e ir mitigando as suas imperfeições, mas a qualidade de Fabiano impôs-se na pré-época. Ainda assim, a situação actual pode ser benéfica. Fabiano trabalha num quadro técnico mais exigente e pode ir somando minutos nas três competições nacionais e em alguns jogos da equipa B.






Potencial há. Resta o trabalho, mas o menino de Mundo Novo nunca virou a cara à luta.


DADOS PESSOAIS:

Nome: Fabiano Ribeiro de Freitas
Nacionalidade: Brasil
Nascimento: 1988-02-29 (24 anos)
Naturalidade: Mundo Novo (BA) - Brasil
Posição: Guarda Redes
Pé preferencial: Direito
Altura:197 cm
Peso: 90 kg
Clube: FC Porto Portugal
Contrato: 2016/06 (Cláusula rescisão 30.0 milhões EUR)

Títulos:

1 Portugal Supertaça Cândido de Oliveira
2012

1 Brasil Campeonato Brasileiro
2007


Por: Breogán

sábado, 14 de junho de 2014

Recuperar “A Chama”

#FCPorto #BluePunisher #Benfica #Sporting #Hóqueiempatins #Futebol


Assisti com grande tristeza ao último fracasso da época da equipa de hóquei em patins do FC Porto. Nada fazia prever ao longo desta época um final tão amargo, embora existisse alguma irregularidade exibicional a situação pareceu sempre controlada, e o título a dada altura parecia que não fugiria.





Entretanto estranhamente a equipa cedeu pontos onde e quando era proibido e o resultado foi o que se viu. Na final europeia a equipa voltou a demonstrar fraqueza, e cedeu novamente. O culminar do calvário foi a derrota estrondosa na final da taça de Portugal contra o clube do regime.






E como assenta que nem uma luva o epíteto “clube do regime”! Não vou analisar a vergonhosa arbitragem desse jogo, a escolha do árbitro e a “coincidência” de arbitrar o jogo da véspera e um jogo muito polémico (outro roubo de Catedral!) que dera o último título aos da capital, assim como a rápida decisão do órgão disciplinar da modalidade em reunir para despenalizar um jogador adversário.

A verdade desportiva daquele lado reduz-se sempre ao mesmo, envolve-se numa densa cortina de fumo necessária para nos bastidores manipular tudo e todos de forma a alcançar o fim desejado. Sendo o clube do regime e segundo dizem por aí da maçonaria também, não será de estranhar os longos e asfixiantes tentáculos “deste polvo”.

Voltando ao hóquei propriamente dito, encontro uma semelhança com o que assistimos no futebol sénior do FC Porto, onde no momento das grandes decisões a equipa falhou e perante o mesmo adversário, nas duas modalidades curiosamente com arbitragens no mínimo desastradas com influência no resultado.

O atual treinador do hóquei Tó Neves vê o seu espaço e margem de manobra reduzidos agora, após “perder dois anos seguidos para o b*****a” conforme já ouvi da boca de Portistas, os dois anos contabilizam a final europeia perdida em casa (de difícil digestão para todos nós) e a taça de Portugal recentemente. Surgem cada vez mais vozes a pedir o regresso do Franklim Pais ao comando do hóquei.
Causa-me alguma confusão como é que os nossos atletas são tão perdulários na hora de finalizar, seja no futebol ou no hóquei, parece que certos lances não são devidamente ou suficientemente treinados, dado verificar-se que certos “falhanços” repetem-se para nosso desespero!

Dizem por aí “com o Franklim nada disto tinha acontecido, era impensável perder com o b*****a duas vezes de seguida”. Não tenho uma bola de cristal pelo que não posso e obviamente ninguém poderá assegurar tal como garantido.

No entanto, não será descabida a ideia de renovar o comando técnico da equipa de hóquei que evidenciou falta de concentração, de controlo emocional e disciplinar em momentos chave da época e fraquejou humilhantemente frente ao grande rival.

Naturalmente que a arbitragem e a federação ajudaram a “inclinar o ringue”, mas não devemos perder a capacidade de autocrítica e reflexão sobre o que está menos bem na modalidade de forma a alterar o estado das coisas e voltar à senda das vitórias.

As coincidências com o futebol sénior não ficam pelo descrito nos parágrafos anteriores, nota-se há 3 anos a esta parte um claro desinvestimento na formação do plantel, com inevitável perda de qualidade e competitividade. Poderão argumentar como é que é possível falar em desinvestimento quando nas duas últimas épocas atingimos finais europeias, é um certificado de qualidade do plantel por si só.

É uma convicção pessoal que as saídas das maiores estrelas do plantel da equipa de hóquei não foram devidamente nem plenamente compensadas, embora nestas coisas exista sempre uma grande dose de subjetividade.

Compare-se quem saiu e quem entrou para compensar cada saída, e o desempenho do atleta que abandou o clube em relação ao do que o veio render, conforme é tido como incontornável na sabedoria popular “os números não mentem”.

Provavelmente outro fator com enorme peso em alguma falta de serenidade dos atletas do hóquei, é a questão dos ordenados em atraso que tem de ser resolvida com urgência e não deve repetir-se. É inaceitável que no FC Porto exista este tipo de situações, a conjuntura económica não pode justificar tudo, embora seja compreensível que causa grandes dificuldades.

É necessário recuperar “A Chama” no futebol e no hóquei em patins seniores, pois derrotas perante o maior rival deixam sempre sequelas, e a falta de concentração, de combatividade e de controlo emocional que pudemos assistir são muito preocupantes e claros indícios que algo não está bem.

Este Clube sempre soube reorganizar-se e sair fortalecido nas derrotas renascendo das “cinzas” qual Fénix, resta-nos ser capaz de fazê-lo novamente. Naturalmente que existirá muita propaganda à “superequipa da capital” que pratica um futebol “do outro planeta”, e tentativas de desestabilização da comunicação social lacaia do regime, resistamos heroicamente e trabalhemos em silêncio com afinco para no momento certo destroná-los impiedosamente.

Vêm aí as férias de Verão, e com ela a tão estimada “silly season” que em muito tem contribuído para o “anedotário nacional”. Que este período seja sábio conselheiro para os dirigentes do clube não só do futebol e do hóquei, mas de todas as modalidades do Clube, para que tenham a competência, arrojo e sabedoria de saber preparar devidamente a próxima época desportiva rumo a novos sucessos e conquistas.

Boas férias e bom descanso a toda a família Portista e bom mundial! Não vou de férias mas pareceu-me bem expressar o desejo acima …




Por: BluePunisher


sexta-feira, 13 de junho de 2014

Faca na Liga

 #FCPorto #Benfica #Sporting #LigadeClubes #MarioFigueiredo #Joker


Tem entrada exclusiva
Este nosso cabaré!
Entrem senhores do rapé
Na porta da nossa Liga!

Parece quase um bordel
Cheio de belas putas!
Homens de boas condutas
Ali montam quartel!

Só por conceito cultural
Pois não fazem truca-truca!
São homens de boa conduta
Com conceito virginal!

Quase virgens de conceitos
Escolhem por si, essas listas
Sem pretensões elitistas
Que salvaguardem seus direitos!

São homens de boa vontade
Que actuam por cooptação
Seja genro, sogro ou irmão
Só entra por castidade!

Quase clube de cavalheiros
Tem a Liga, Presidente!
Com assento permanente
Por decisão dos cocheiros!

Qu’os outros associados
Não têm voto decisório!
Por direito sucessório
Só votam os empregados!

É decisão d’assembleia
Que ganh’o Figueiredo!
O preferido do “putedo”
Que vota de casa cheia!

Se faltar uma voz solene
Pr’a dar relevo ao acto
Chama-se o “guardanapo”
Por uma questão d’higiene!

É qu’o mau cheiro exala
Desde aquele salão nobre!
Ond’o Visconde s’abre
Por cada vez que vota e fala!

E há aquele fumo no ar
Que s’estende p’las salas…
E todos já abrem alas
Par’o Orelhas entrar!

Não fez voto presencial
Mas ao clube não falta!
E no prostíbulo da malta
Não falta quem apoiar!

É homem de boa conduta
Por isso apoiav’o juiz!
Mas é c’a nossa meretriz
C’o Orelhas vai “à luta”!

Com sócios de capital
Que não negoceiam em fruta
(São homens de boa conduta!!!)
Tudo lá parece igual…

Uma senhora casa de pasto
C’uma gerência à antiga:
“Senhoras” de faca na liga
Com sentimento tão “casto”!


Por: Joker

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Helton: Violão de Guanabara.



O Homem e o seu percurso:

Com a baía de Guanabara como fronteira, São Gonçalo espreita para o Rio de Janeiro na margem errada. Tão perto e tão longe. É em São Gonçalo que Helton começa a botar os olhos para as belezas da baía de Guanabara e para a ponte Rio-Niterói como o cordão umbilical que liga os seus sonhos de menino ao futebol de gigantes do Rio de Janeiro.

Aos 6 anos, Helton começa a jogar futsal no bairro de Alcântara em São Gonçalo num clube chamado Marajoara. O ala direito não mostrava muita vontade para correr e o talento com o pé era suficiente, mas não deslumbrava. A solução que restava era testar as mãos, poderia ser que os membros superiores fossem mais abençoados. A baliza, para Helton, foi como violão afinado. Só podia sair bom samba.








Com 11 anos festejados, Helton começa a atravessar a ponte Rio-Niterói para perseguir o seu sonho de menino: tentar a sua sorte nos testes dos grandes clubes cariocas. Começa pelo clube das Laranjeiras. O teste do Fluminense é superado com distinção, mas o centro de treinos do Fluminense, em Xérem, era distante demais para as possibilidades económicas da família. Helton experimenta a crueza da sua condição. Adia o sonho, mas não desiste.








De “flu” para “fla”, Helton ruma a testes no Flamengo, que tem um CT mais próxima da sua residência. Mais uma vez, Helton é aprovado. O CT da Vargem Grande é mais acessível, mas o destino volta a fintar a perseverança de Helton. Num momento de lazer, Helton cai de uma árvore e forma um coágulo no cérebro. A única forma de recuperar é repouso absoluto, o que implica abdicar da oportunidade que tinha conseguido no Flamengo.

Recuperado de mais um tropeço da vida, Helton volta à luta. Desta vez, o alvo escolhido é mais modesto. 

Helton tenta a sua sorte no São Cristóvão, um clube carioca situado logo na saída da ponte Rio-Niterói. É um clube com muita história na formação e Helton volta ao trilho do sucesso. Num jogo contra um dos gigantes do Rio, Helton brilha. No fim do jogo surge o convite desse clube: um teste no Vasco da Gama. Ao Vasco já tinham chegado as indicações de Dias, seu antigo colega de futsal, mas a exibição frente ao Vascão é decisiva. No clube de São Januário, Helton é, de novo, aprovado. À terceira seria de vez. Com a Cruz de Malta ao peito, Helton, aos 15 anos de idade, é integrado na equipa júnior de um dos gigantes do Rio de Janeiro. Finalmente, a baía de Guanabara já não é uma fronteira.

Helton continua a sua evolução no Vasco da Gama e em 1997 é convocado para representar a selecção brasileira no Mundial de Sub-20, onde foi suplente. A carreira de Helton já estava no trilho certo. Um ano depois, após uma brilhante campanha na Copa São Paulo (o mais prestigiado torneio Sub-20 interclubes brasileiros), onde leva o Vasco da Gama ao segundo posto, Helton é integrado em definitivo no plantel profissional.

Helton sobe ao escalão profissional do Vasco da Gama como quarta opção para a baliza. Debaixo do espectro de ser emprestado para ganhar tempo de competição, Helton vai aguentando-se no plantel do Vasco. O guarda-redes titular do Vasco – Carlos Germano – arrasta um problema contratual com a direcção do clube cruzmaltino e começa a ser afastado da equipa principal. As oportunidades dadas aos outros guarda-redes do plantel revelam-se desastrosas e Helton vai subindo na hierarquia. A meio da temporada, Helton que começara como quarta opção, era já suplente de Carlos Germano, que ainda mantinha o braço de ferro com a direcção vascaína. No fim da época e com o Mundial de Clubes da FIFA à porta, Carlos Germano é transferido para o Santos, abrindo a janela de oportunidade para Helton. Helton agarra a oportunidade e mostra personalidade e firmeza na baliza. Vasco é vice-campeão Mundial, mas ganha um guarda-redes.






Para enfrentar a temporada de 2000, já não existiam dúvidas de quem usaria a número um do Vasco. Na época de estreia com a responsabilidade da titularidade, Helton conquista a Brasileirão e a Copa Mercosul. Havia nascido um novo ídolo em São Januário! Como cereja no topo do bolo, Helton é convocado para os jogos Olímpicos e é titular.




Helton manteve a titularidade da baliza do Vasco por mais dois anos, até que, o não acordo de verbas na renovação do contracto levam-no a aventurar-se a atravessar o Atlântico. Helton chega a Leiria para representar o clube local. Na época de estreia, é peça fundamental na carreira do clube da cidade Lis na disputa da Taça de Portugal. A União de Leiria chega à final, onde enfrenta o FC Porto. Nem Helton parou os Dragões, mas o seu destino ficaria selado. 

Manteve-se em Leiria por mais duas épocas, sempre em grande nível, até que, finalmente, chega ao Dragão para pegar no ceptro de Vítor Baía.

A transição é suave e progressiva. Helton e Baía coincidem no FC Porto por duas temporadas. Na primeira, Helton é mais suplente que titular, mas na segunda temporada já é ele o dono da baliza. Com a chegada ao FC Porto, Helton começa a ser convocado para selecção principal brasileira. Em 2007, é um dos guarda-redes escolhidos pela canarinha para a Copa América. O Brasil é campeão e Helton soma mais um título. Ainda assim, Helton não consegue sedimentar um lugar na baliza brasileira, onde há um corrupio de guarda-redes a tentarem firmarem-se nessa posição. À selecção só voltará nas eliminatórias para o Mundial de 2010, mas ficará de fora da convocatória final para o torneio na África do Sul. Ao todo, soma 13 internacionalizações pela Selecção Brasileira.








No FC Porto, Helton conta já oito temporadas e com a excepção da primeira, sempre manteve a titularidade. Em oito anos, soma seis Campeonatos, quatro Taças de Portugal e cinco Supertaças. O ponto alto é em Dublin, onde conquista a Liga Europa frente ao Braga. Hoje, Helton é um dos esteios do clube e capitão. 









De violão na folia ou de luvas no ofício, sempre um sorriso do tamanho da baía de Guanabara.


A análise ao jogador:

Helton é um guarda-redes moderno. Hábil com a bola nos pés e incisivo na reposição da bola em jogo. Grande parte do destaque que ganhou quando subiu à titularidade no Vasco da Gama e no FC Porto deve-se à sua capacidade de lançar contra-ataques. Estas duas características tornam Helton um guarda-redes diferenciado dos demais e cativante para o espectador. É um guarda-redes que tem capacidade de participar nos momentos ofensivos da equipa. Uma raridade.

Autoritário quanto baste no jogo aéreo na sua área, Helton possui bons reflexos e uma técnica sólida. É raro vê-lo largar uma bola.

É um líder e sempre disponível para motivar e orientar a equipa. É um reflexo da pessoa alegre que é. Mas no outro lado da moeda, tem tendência a dispersar-se, o que já o levou a ter alguns dissabores em jogos decisivos, no FC Porto e na sua selecção.





Por: Breogán

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Hóquei - Também falhamos na Taça...

 #FCPorto #Benfica #TaçadePortugaldeHóqueiempatins






Foi um final de época para esquecer para as nossas cores. Depois da derrota na final da Liga Europeia, depois de termos tudo para sermos campeões e falharmos em Valongo, ontem perdemos na final da Taça. Há uns 2 meses atrás nada disto era previsível. Mas foi que aconteceu.






Comecemos pelo jogo de ontem, mais precisamente pelo pré-jogo. Há muito para falar. Comecemos por mais um acto de vandalismo ao nosso autocarro. Durante a noite o autocarro foi pintado e vandalizado por adeptos benfiquistas. Imagino que tal acto destes mentecaptos tenha consequências. Ou melhor calcularia que sim noutro país. Para quem já incendiou um autocarro de adeptos, umas pinturas nada significam.

Depois o castigo de João Rodrigues e do treinador Pedro Nunes. Vermelho (bem) mostrado a ambos. Estariam fora da final. Errado. Ambos foram despenalizados porque no mesmo dia o Conselho de Disciplina reuniu de urgência. Nada contra eles se reunirem o mais rápido possivel. Espanta-me é que quando Pedro Moreira viu o vermelho em Barcelos esteve 15 dias à espera que tal conselho se decidisse a reunir. Não jogou até lá. Porquê tanta celeridade para uns e um completo desprezo para outros? Porquê actuações diferentes? Eu sei e certamente vocês também, basta olhar para os nomes dos clubes. Não é por acaso que insisto em chamá-los de regime...

Para terminar com o pré-jogo resta o positivo. Os nossos adeptos. Uma semana depois de uma decepção foram muitos os que se deslocaram a Turquel para lutar por mais um título com a mesma força de sempre. E lá dentro, mais uma vez em grande forma. Quem não pôde ir sentiu-se de certeza bem representado. Temos adeptos enormes e o resto é treta. 

Vamos então ao jogo. Começamos bem, com uma ligeira supremacia inicial que deu frutos. Aos 6 minutos Ricardo Barreiros inaugurou o marcador com uma stickada à entrada da área. Aos 8 minutos Jorge Silva fez o 2- 0 numa recarga a remate de Reinaldo Ventura. Tudo parecia bem encaminhado. Estávamos superiores e já em vantagem no marcador. 

O regime apenas dispunha de penaltis para criar perigo. O 1º falharam mas na 2ºo conseguiram reduzir. Tal como na semana passada Caio viu um azul por protestos logo a seguir ao golo. Não sei o que disse, nem me atrevo a discutir se foi bem ou mal ajuizado. Sabia era quem eram os artistas, logo sabia que não podíamos dizer nada. Caio também o sabia, foi o mesmo árbitro das últimas jornadas... 

Não gosto de estar sempre a bater nestes árbitros, mas o que eles fazem obriga a isso. Caio viu o azul por protestos. Lopez, logo a seguir num tom bem mais axaltado reclamou e insultou. O azul ficou no bolso. Depois do golo do clube deles foi um fartar vilanagem. O intervalo chegou depois de Hélder Nunes sofrer penalti e ainda levar com falta por simulação. Ridiculo. E já que falamos em Lopez, quantas vezes ele caiu sem toque e nunca nada foi assinalado? Porquê atitudes diferentes em situações iguais? Para quem assistiu via TV registo para a cegueira tendenciosa dos comentadores da BolaTv... 

Ao intervalo ganhávamos por 2-1.

A segunda parte foi um descalabro completo. Logo de início algumas falhas defensivas e na saída para o ataque, felizmente sem custos. Eles empataram aos 8 minutos. Remate antes do meio campo que pareceu sofrer um desvio.

Registo para a 10ª falta deles que deveria ter sido marcada logo após o golo do empate. Simulação dentro da área. Mas lá está, para uns é marcado, para outros escapa...  A 10ª falta deles apenas foi marcada quase 4 minutos depois mas Caio falhou o livre directo. 

Nós falhamos, eles não. Na cobrança do livre directo quando fizemos nós a 10ª falta eles marcaram. passamos de um 2 - 0 para um 2 - 3. A dupla de arbitragem ajudou e muito mas está longe de ser a única explicação... Os minutos seguintes mostram isso mesmo.

Faltavam 10 minutos e no hóquei isso é muito tempo. Mas a equipa perdeu a cabeça. Principalmente depois de, logo a seguir o rival ter direito a novo penalti (que concretizaram na recarga). Fiquei com muitas dúvidas.

A equipa estava com os nervos em franja e foi uma sequência de expulsões. Reinaldo foi expulso por protestos, Jorge Silva teve o mesmo destino e Edo igual. Tudo nos espaço de 5 minutos. Até o habitualmente calmo Vitor Hugo levou um azul por protestos. 

Isto é deveras preocupante. Sim, fomos prejudicados. Sim, estávamos a perder. Mas a única reacção que tivemos foi perder a cabeça. Não pode acontecer. 

O jogo terminou 8 - 3. Até a Taça nos escapou.

Importa agora perceber as razões. Perdemos porquê? É algo que nos tem feito pensar aqui no Tribuna. Não queremos ser injustos, até porque não duvidamos da vontade de ganhar de ninguém mas falhamos. E tivemos culpa nisso. Estamos desde a semana passada a tentar dissecar as razões deste fracasso de final de época. Não nos interessa atribuir culpas, interessa sim ver o que falhou e encontrar soluções e mudar o que está mal. É um assunto que iremos abordar com mais calma agora que a época terminou...

Até lá gostaríamos de ver acção do clube, denunciando as péssimas arbitragens que fomos alvo ao longo do ano. Gente como Miguel Guilherme tem sido recorrente a prejudicar-nos. É grave termos tido este tipo em todos os jogos da fase final da época, mesmo que para isso se adie jogos para ele fazer 2 jogos numa jornada, parece que não há outros. Falta vergonha à federação e a este (e outros) intervenientes. Aguentamos calados durante muito tempo. É altura de dizer basta... 


FICHA DE JOGO

FC Porto Fidelidade-Benfica, 3-8
Final da Taça de Portugal
8 de Junho de 2014
Pavilhão do HC Turquel, em Alcobaça

Árbitros: Paulo Rainha (Minho) e Miguel Guilherme (Lisboa)

FC PORTO FIDELIDADE:
 Edo Bosch (g.r.), Pedro Moreira, Ricardo Barreiros (1), Jorge Silva (1) e Reinaldo Ventura (cap.)
Jogaram ainda: Nélson Filipe (g.r.), Caio, Vítor Hugo, Hélder Nunes e Tiago Losna
Treinador: Tó Neves

BENFICA: Guillem Trabal (g.r.), Valter Neves (cap., 3), Esteban Abalos, Marc Coy e João Rodrigues (3)
Jogaram ainda: Diogo Rafael, Carlos López (1), Miguel Rocha e Guilherme Silva (1)
Treinador: Pedro Nunes

Ao intervalo: 2-1
Marcadores: Ricardo Barreiros (6m), Jorge Silva (9m), Valter Neves (14m, 38m e 41m), João Rodrigues (33m, 44m e 48m), Carlos López (46m), Hélder Nunes (47m) e Guilherme Silva (49m) 


Por: Paulinho Santos




sexta-feira, 6 de junho de 2014

O ânus

 #Sporting    #Benfica #FCPorto #Joker 

Dele sai ar ou excremento

Em tais torrentes prosaicas…

É o exemplo mais escorreito
Pr’a tais níveis de lucidez…
Vendo-o largar mais uma vez
Tais palavras com’um peido!

A sua boca é um ânus
Uma inversão anatómica
Só sai vento, só sai bosta
Em discursos como fezes!

E está-se sempr’abrir!
Larga gases verborrágicos
Cujos cheiros por bombásticos
Nos anestesiam só de rir!

Eu percebo a inspiração
Pr’a tais níveis poluentes
P’la classe de dirigentes
Que são heróis da nação!

E por cada bosta largada
Veem nisso humor fino!?
Como s’a fralda do menino
Não estivesse bem cagada!?

A um “nobre” tudo assenta
Numa fineza de estilo!
Na retrete ou no bacio…
Todo ele é eloquência!

E neste ruido de fundo
Que se confunde com gáudio!
Tod’um WC como estádio
E um cheiro nauseabundo?

Só pode ser dos azulejos
Que por gosto do Taveira…
O ânus: prémio de carreira!
Seja inspiração pr’os despejos!

E daí o simbolismo
Qu’é necessário um limpeza
De tod’a aquela redondeza
A que não basta um autoclismo!

Por: Joker


quinta-feira, 5 de junho de 2014

Dragon Dream, 8 de Junho.

Se nasceste em 2006, 2007 ou 2008, esta é a tua oportunidade para mostrar o que vales com a bola nos pés. O Dragon Dream abre as portas do Vitalis Park ao teu talento e desafia-te a mostrar se tens o que é preciso para ser jogador do FC Porto. No domingo, dia 8 de Junho, a partir das 14h00, o relvado é todo teu.

Para te inscreveres, envia um e-mail para openday@fcporto.pt com os seguintes dados: nome completo, data de nascimento, posição de campo preferida (guarda-redes, defesa, médio ou avançado) e o clube em que jogas, se for esse o caso. A recepção aos atletas nascidos em 2007 e 2008 ocorre às 14h00, enquanto os nascidos em 2006 são recebidos às 15h15.
Deves trazer contigo chuteiras de pitons de borracha, caneleiras, calções brancos ou azuis, meias, camisola branca ou azul, toalha, produtos de higiene pessoal e chinelos. A data-limite das inscrições é até às 18h00 desta sexta-feira, dia 6 de Junho. Inscreve-te e mostra o que vales.



quarta-feira, 4 de junho de 2014

TITANIC

#titanic #FCPorto #Benfica #Sporting #Futebol #Mundial #Brasil 

Hora de balanço da época desportiva da principal equipa do Futebol Clube do Porto.

Fá-lo-ei em 3 textos. No primeiro será dada uma panorâmica geral do que foi este terrível ano.

No segundo partirei para uma análise individual de cada um dos actores envolvidos neste drama que virou tragédia. Jogadores, Dirigentes, Treinadores.

No terceiro tentarei pegar no falhanço monumental deste ano e projectá-lo para o futuro.

O que se aprendeu, o que não se pode voltar a repetir e que estratégia adoptar.

Comecemos, então, com o TITANIC.



A época pode dividir-se em 6 actos:

  1. DÚVIDA
Dúvida é a palavra que melhor define o inicio da época do FC Porto. Uma relativamente boa pré-época e uma entrada que a nível de resultados estava ao nível do exigido. A par desse sucesso relativo começa a crescer a dúvida.

O universo Porto que desprezava Vítor Pereira não ficaria saciado com pontos. Queria exibições e pontos. Qualidade e quantidade.

Com a 2ª parte do Porto – Gil Vicente é instalado o embrião da dúvida. Cresce rapidamente com a série que começa em Viena, faz escala no Estoril e aterra no Dragão na dupla Guimarães/Atlético de Madrid.

Aí o que parece estar em causa não é a qualidade do treinador/jogadores. A dúvida é saber se a qualidade que têm é suficiente para conduzir o Titanic. O famoso jargão: “Terão unhas?”

Da dúvida à certeza é um tirinho. Pequenos fogachos (1ª parte na Rússia e Sporting em casa) ainda ligam a dúvida às maquinas durante um tempo mas pelas 20.30 minutos do dia 26 de Novembro de 2013 é decretado o óbito da dúvida. Nasce a certeza.


  1. CERTEZA
Naquela tarde de dia 26 de Novembro o Atlético de Madrid tinha arrancado um fundamental empate em S.Petersburgo.

Pouco mais de uma hora volvida a equipa de futebol comandada pelo treinador Paulo Fonseca mostrava e comprovava que estava instalado o vírus que mata qualquer clube.

Querer e não saber como. Tentar à toa. Substituições sem meritocracia. O caos com qualidade ultrapassado pela organização mediana.

Com aquele empate ficou claro para todos que tínhamos acabado de bater num iceberg.

Quando falo em todos refiro-me ao portista que não faz parte da estrutura. Que não é jogador, treinador e dirigente.

Não íamos a lado nenhum com Paulo Fonseca. Tínhamos a certeza nós. Parecia que eles ainda estavam com o desfibrilador na dúvida. CHARGING! CLEAR!

Como eles acertam mais vezes do que nós – REMEMBER VITOR PEREIRA? – apesar de se ver que a equipa já não se mexia, a esperança que a duvida fosse ressuscitada era o combustível que nos alimentava.
Next Stop: Coimbra. Volta o desfibrilador..... CHARGING! CLEAR!

2ª parte com o Braga. Será que a culpa é da tripulação?

Termina o jogo em Madrid e uma parte deles junta-se a nós. A flash de Fernando, Lucho e Jackson diz tudo sem que fosse preciso dizer. Os jogadores confessam que para eles a dúvida também já morreu.
Sobra o treinador e os dirigentes.


  1. MÚSICA
Chega a hora da orquestra.

Pouco depois dos jogadores enterrarem a dúvida o próprio treinador reconhece que não há nada que ressuscite o morto.

Sobram os dirigentes que consideram que depois do falhanço do CHARGING e do CLEAR talvez com a orquestra seja possível evitar o pânico e disfarçar o que todo o mundo já viu.

Como no TITANIC, é dada ordem à orquestra para dar música.

A cada desaire somam-se a infelicidade das bolas no poste, os escandalosos erros arbitrais e  o aqui ninguém vira à direita porque não há ratos.

Renega-se tudo o que o Porto nunca fez no Mercado de Inverno. Despacham-se líderes de balneário e de relvado e à orquestra soma-se circo.

A ocupação intensiva da agenda mediática com música e circo não disfarça um incómodo permanente: Domingo havia sempre jogo. O navio metia cada vez mais água.

No jogo com o Estoril em casa e Frankfurt fora a orquestra já toca debaixo de água.

Depois de nós e quase todos eles, o odor do estado de putrefacção começa a invadir todos os sentidos. Nos ouvidos não entra música. Nos olhos não se vê postes, arbitragens nem ratos.
Cheira mesmo muito mal e desta vez não é à Lisboa.

Termina, por fim, a música. Nasce o alívio.


  1. ALIVIO
Quando o despertador interrompe um pesadelo há sempre uma sensação de alivio. Respiramos melhor e o sol brilha lá fora. É um novo dia.

Foi assim quando Luis Castro entrou. Primeira sensação foi a de enorme alivio. A segunda (depois de vermos um meio-campo nos jogos com Nápoles e Benfica) foi a de voltar a respirar. Aí entramos todos num delirio colectivo. Nós e eles. Todo o mal que tinhamos vivido tinha ocorrido por causa do treinador. Com alguém sem crista à frente dos olhos nem duplo pivot à frente dos centrais o Porto carburava. Afinal, tínhamos bons jogadores e a SAD “só” tinha escolhido mal o treinador.

Pura ilusão. Quando o sol se pôs e a noite caiu no Sanchez Pizjuan e na Luz percebemos que o pesadelo ia voltar. Era real.


  1. REALIDADE
Caímos na real. Um treinador é muito importante mas não é a raíz de todos os males nem a causa de todos os sucessos.

Escolhemos mal o treinador e continuamos a facilitar na composição do plantel.
Fucile tem que sair? 2 laterais é capaz de dar para fazer a época.
Bernard não pode vir? Licá é capaz de resolver.
A aposta no etéreo e imaterial – estrutura, balneário, mistica, cultura – acabou por menorizar aquilo que é corpóreo.

Jogadores de qualidade, treinadores competentes, plantel com opções.
O que cai depois da 2ª mão da Taça na Luz é tudo isso. O que é imaterial pode potenciar o corpóreo. Jamais conseguirá substitui-lo ou camuflar a sua deficiência.

Ao cairmos na real percebemos que este navio ia mesmo ao fundo com todos lá dentro.
Ninguém se salvava e todos são responsáveis. Ao contrário do Titanic aqui nem 1 bote há para separar quem merece viver e quem deverá perecer.

Vem o último capitulo:


  1. DEPRESSÃO
Nesta fase a cada dia pensa-se ter encontrado o fundo do poço. Tudo se desintegra, tudo o que tem 2 pernas e um dragão no peito é um incapaz, incompetente, inapto e todos os outros i´s do dicionário.

Tudo o que tem a braçadeira no braço e se senta no banco tem esses i´s ao quadrado.

Tudo o que é dirigente e não tem Pinto da Costa no nome tem esses i´s mais uns quantos adjectivos estilo administradores do BPN.

Sucedem-se humilhações semanais. Taça da Liga, Olhão and so on and so on.

Tivesse esta novela continuado por Maio fora e o 7.º capítulo teria sido o da vergonha.

Felizmente a época acabou.

O sentimento que um portista vive em Junho é um misto entre o desejo de vingança e o profundo embaraço. Queremos dar a volta por cima mas temos medo de ter vergonha de o fazer.

Só se parte para o resgate em full power quando internamente nos deixarmos de sentir embaraçados.
Embaraçados com a nossa incompetência e o nosso laxismo. Resolva-se isso primeiro.

Haverá tempo para o resgate.



Por: Walter Casagrande
















segunda-feira, 2 de junho de 2014

Liga de Clubes

#Ligadeclubesdefutebol #BluePunisher #FCPorto #Benfica #Sporting






Como todos tivemos oportunidade de observar, nos últimos anos tem existido um progressivo e notório afastamento e mau relacionamento institucional entre o FC Porto e as sucessivas direções da Liga de Clubes.






A uma dada altura o FC Porto pela voz dos seus responsáveis fez saber que não se envolveria em questões relacionadas com a eleição de corpos diretivos para aquele organismo. A prioridade do Clube era ter os melhores treinadores e jogadores, pois era o realmente importava e determinava o sucesso atingido assim como aquele que esperava atingir.

Nessa altura (e já há décadas a esta parte) havia o “rumor” que o FC Porto queria controlar todas as estruturas de decisão do futebol português. Os clubes da capital desesperavam com péssimas épocas desportivas e viam o Grande Rival do Norte a acumular títulos e prestígio nacional e internacional.

Desde cedo foi colocado o rótulo no FC Porto que “controla o sistema, as nomeações de árbitros, e é protegido pelas instâncias desportivas”. A infernal e bem oleada máquina de propaganda ao serviço dos clubes e interesses da capital tem desempenhado esse papel “ardina” com enorme competência.

Os media nacionais sediados na capital, através de jornais, canais televisivos, estações de rádio e revistas, intoxicam diariamente a opinião pública com o tal “mantra”, o FC Porto é a besta negra do desporto nacional os outros são os paladinos da verdade e moralidade desportiva. Outros leia-se clubes históricos da capital e do futebol nacional.

Seguem fielmente o princípio defendido e utilizado pelo Ministro da Propaganda de Adolf Hitler, Joseph Goebbels no qual “uma mentira repetida mil vezes assume a seu tempo o carácter de verdade”.

A repetição até à exaustão do tal mantra “O FC Porto controla o sistema, compra árbitros, infiltra dirigentes adeptos do clube nas instâncias desportivas” continua e continuará, pois na capital não admitem, nem aceitam, nem perdoam a intromissão do FC Porto na hegemonia e “paz podre” a que estavam habituados.

Existiam uma espécie de “sistema rotativo” onde ora os títulos pendiam para o clube da Luz ou de Alvalade, para infelicidade destes últimos, claramente pendendo mais para os lados da Luz.

Há muito tempo tenho a sensação que a política de comunicação do FC Porto deixa muito a desejar, e tem-se limitado a publicar esporadicamente comunicados no sítio oficial do Clube na tentativa de defender o seu bom nome e imagem.

Infelizmente tal não é suficiente nem eficaz tal o grau de “intoxicação” despoletado por uma comunicação social extremamente hostil sem a mínima isenção, que faz tábua rasa nos princípios deontológicos que deveriam servir de referência ao exercício diário da sua profissão.

Acaba por ser cómico que perante tanto escárnio e mal dizer desta dita “comunicação social”, que não é digna desse nome, pois comporta-se como um propagandista fanático sem escrúpulos dos clubes da capital, no estrangeiro o prestígio e valor do FC Porto tem estado em alta, sendo apontado como exemplo a seguir por outros emblemas do futebol europeu.

Costuma-se dizer que quem ter valor não é reconhecido em Portugal, e para ter esse reconhecimento muitas vezes a solução que resta é emigrar. No caso do FC Porto, ao ganhar tanto internacionalmente, eu diria que “emigrou” a sua alma e raça espalhando-as pelos quatro cantos do mundo e essas “sementes lançadas” brotaram pujantes e belas, pelo que fora de Portugal o Clube é admirado, reconhecido e respeitado.

Numa altura em que estão próximas as eleições para a Liga de Clubes, e sendo provável que o apoio do Clube recaia no atual presidente do Vitória de Guimarães com o qual existem boas relações, o FC Porto deveria igualmente repensar a sua política de comunicação e estratégia.

Não basta apoiar um candidato à presidência da Liga de Clubes, conseguir elegê-lo, e acompanhar a sua presidência garantindo que o programa apresentado antes das eleições é cumprido.

Sabendo-se de antemão como as coisas funcionam, é necessário planear muito bem tudo ao mais ínfimo detalhe para a nova época. Este planeamento inclui a política de comunicação do Clube, e a estratégia a seguir quando formos prejudicados, pois podemos contar com a mesma ou até maior hostilidade dos media nacionais.

O miserável desempenho que tivemos na época finda deu-lhes esperança, acalentou o seu “sonho húmido” do “fim de ciclo do FC Porto à vista”. Pelo que não podemos fraquejar e temos de saber bem o que queremos e para onde vamos.

Os media nacionais são “o braço armado” do “polvo” instalado na capital, cuja visão redutora de “Lisboa é Portugal o resto é paisagem” deixa bem claro que todos aqueles que ameacem ou ponham em causa esta máxima são o alvo a abater. O FC Porto sentiu na pele isso por diversas vezes.

Numa fase em que o desinvestimento no plantel de futebol sénior do FC Porto é notório, pelo menos nos últimos três anos, deixamos de ter na época 2013/2014 o melhor treinador e o melhor plantel, o que aliado a um afastamento do que passou na Liga de Clubes na mesma época contribuiu para a hecatombe que tão cedo não esqueceremos.

Sobre a Liga de Clubes, em particular sobre a direção que cessa funções, aproveito para realçar que nunca vi um Presidente desta instituição tão parcial, incompetente e sem o mínimo de vergonha, como o Sr. Mário Figueiredo!

Mário Figueiredo fez muito mal ao futebol português, criou um clima muito hostil à sua volta, com sucessivas violações aos regulamentos da Liga a que presidia reunindo à porta fechada, deixando os associados à porta. Aquilo a que assistimos atingiu o cúmulo do surrealismo!




Foi também este senhor que marcou presença habitual nos camarotes do estádio da Luz, e mostrou ragados sorrisos festejando sem pejo nem qualquer tipo de condicionamento as vitórias do “seu clube”. Por ter o cargo que tinha na altura só lhe ficou mal, foi bom ter acontecido para todos percebermos como atualmente (e sempre) vale tudo e o tal “polvo da capital” usará todas as armas ao seu dispor para atingir os seus objetivos.



Para finalizar, uma vez que na tal “máquina de propaganda” assistimos sempre ao “vira o disco e toca o mesmo”, o FC Porto tem de adaptar-se aos novos tempos e à era da informação, revendo os seus processos e estratégias, sob pena de ser novamente “trucidado” (moralmente e provavelmente desportivamente com arbitragens “cirúrgicas”).

Há muito em jogo em 2014/2015, é fundamental garantir o apuramento para a Champions League, onde não basta passar a fase de grupos é necessário ir o mais longe possível, embora será necessário realismo para não entrar em megalomanias e reconquistar o título nacional.

Há muitos blogues Portistas que fazem um excelente trabalho a “desmontar e dissecar” as arbitragens dos nossos jogos e dos rivais pelo que não entrarei por aí para fazer balanços deste género, no entanto todos vimos e sabemos que tipo de arbitragens tivemos e que peso isso teve na pontuação final.

Quem tiver a curiosidade em investigar a história do futebol português, especialmente como arma de arremesso quando ouvirem a ladainha do costume do apito dourado, fruta, café, leite e chocolate, existem imensos “pontos de interesse” envolvendo o benfica e sporting, acreditem não faltam panos para mangas!


Por: BluePunisher
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