segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Ainda a Taça de Portugal (Por Walter Casagrande)



MESMO?


Gostava de conseguir saltar por cima da patética entrega da Taça de Portugal.

Saltar e fazer a chamada gestão das crónicas. Não consigo.

Temos, como diz o Vítor Pereira, mais títulos para ganhar.




Partindo do pressuposto histórico que a Taça da Liga TAMBÉM é para deitar ao gato fiquei entusiasmadíssimo com o plural da palavra título que vislumbra uma candidatura séria a 1 das 2 únicas provas que interessam a clubes armados em grandes.

O que define um clube grande? Lutar por títulos? Não. Estão doidos.

Um clube mesmo grande faz gestão. Um clube mesmo grande quer ter um plantel bem disposto e feliz. Um clube mesmo grande joga com um 11 titular sempre fresco.

No fim da época ficam todos satisfeitos pelas oportunidades que tiveram e pelo facto de estarem todos frescos para darem umas corridas na praia e uns mergulhos no mar. Fazem uma jantarada e abraçam-se todos.

Os passeios de autocarros pela baixa cansam.

Lembro apenas que quando a cúpula dum clube se preocupa apenas com o caviar cauciona e incentiva o povo a não fazer a gestão dos assobios respaldado na capa da “exigência de futebol de qualidade”.

Ontem não nos interessava a Taça da Liga, hoje não nos interessa a Taça de Portugal, Amanhã a Liga Europa é coisa de miúdos, depois de amanhã ser campeão só se for a jogar um futebol de fino recorte e para a semana só a Champions interessará verdadeiramente enquanto não for conseguida a inscrição numa Liga Ibérica onde os nossos activos possam ser colocados na montra, sem gestões.

Um dia destes, perante tanta confusão na cabeça do simples adepto que, qual sobredotado, valoriza em excesso a importância da palavra “Título” o vírus gestionário alastra-se de vez às bancadas.


O jogo é de taça?

“Então vou ao cinema e deixo a gravar na Box. Tenho que gerir o meu orçamento familiar”


Jogamos em Paços de Ferreira para o campeonato?

“Vou gerir o meu orçamento familiar e poupar para a final em Wembley.”


Jogo em Braga às 20.15 para o campeonato?

“Fico em casa. Amanhã é dia de trabalho e quero chegar lá fresco. Para além disso tenho que gerir o gasto em viagens já que este ano ainda tenho que ir a Munique, Madrid, Dortmund e Londres.”


Aposto que lá mais para o fim da época vamos ler uma daquelas entrevistas do Vítor Pereira em que ele confessa um arrependimento.

O do ano passado foi a Flash sobre o Jesus. A deste ano vai ser a gestão de Braga.

Como a culpa não é só do Vítor Pereira e os adeptos confusos parecem dar importância a tudo seria importante sinalizar aquilo que verdadeiramente interessa no início da época.

A gestão da equipa técnica seria uma forma de simplificar as coisas.

Na Liga dos Campeões e no Campeonato ficávamos com o Vítor Pereira.

Na Taça de Portugal avançava o Rui Quinta e na Taça da Liga o Rui Gomes.

Seria uma forma de recompensar o cansaço que o Vítor Pereira sente com os jogos de campeonato. Os diazinhos de férias tinham uma dupla virtude já que ele estaria fresco, bem dormido e repousado para os jogos que dão dinheiro e prestígio que, como sabemos, são os que contam acima de tudo.

Para além disso estimularia a boa convivência da equipa técnica demonstrando ao Rui Quinta que a Estrutura acredita que ele é uma Mais-Valia e o facto de o ter tirado do banco não significa que ele não seja um elemento válido.




Termino com uma reflexão sobre a gestão da palavra.

Quando eu escrevo:

O Porto lutou pela vitória MESMO com a intervenção do Olegário Benquerença significa que estou a dizer que o Olegário Benquerença ou é mau arbitro ou sendo bom teve uma noite menos feliz.
Estou também a dizer que ocorreu uma adversidade externa e, portanto, não controlada por nós e que impediu que o Porto de fazer melhor.



E se o Antero Henrique ou o Pinto da Costa dissessem?

MESMO com o Vítor Pereira no banco o lutou pela conquista da Taça de Portugal.

O que é que se entenderia?

Entender-se-ia que eles estavam a considerar o Vítor Pereira um treinador fraco ou, pelo menos, de qualidade inferior àquela que um clube como o Porto deveria ter se quisesse conquistar a Taça de Portugal.
Seria totalmente inaceitável ouvir esta frase. Quem escolhe hoje não desprestigia a seguir. Se o faz não sabe gerir. E quem não sabe gerir não gere.

Quem gere recursos humanos não precisa de complementar os seus actos com palavras.  O que não pode é destruir a intencionalidade dos seus actos pelo mau uso da palavra.

Se eu dou uma promoção a um funcionário meu chamado Vitorino é natural que ele fique feliz pela progressão na carreira.

Se, a seguir, lhe dou um trabalho importante para executar o Vitorino ficar-me-á grato pela confiança.
Se, após o trabalho realizado digo….

“MESMO tendo sido o Vitorino a fazer o trabalho X quase que conseguíamos fazê-lo no prazo.”
….Arrebento com o que tentei conquistar com a promoção. O Vitorino não ficará feliz e perceberá que é o patinho feio da empresa.





O Vítor Pereira disse isto:

Todos ambicionamos títulos e eu não sou diferente mas fomos eliminados por uma boa equipa. MESMO com as alterações que fiz, batemo-nos de igual para igual com o Braga. Os jogadores estão de parabéns.”

Acompanhado por isto:

Saímos daqui reforçados na união, no espírito de grupo, na confiança que quis transmitir a todo o plantel.”

Será que o James pensa que se tivessem jogado o Lucho, o Moutinho e o Jackson o Porto poderia ainda estar na Taça?

E o Moutinho? Gostava de ir ao Jamor? Pensará ele que se o Porto tivesse jogado com a equipa de Domingo poderia lá chegar?

E o Castro e o Kleber? Sentirão eles a confiança do seu treinador reforçada quando, após a derrota, afirma que MESMO com as alterações feitas o Porto bateu-se de igual para igual com o Braga.

Quando um treinador ou jogador do meu clube diz:

Mesmo com o arbitro X, com o estado do relvado Y ou com a exibição do guarda-redes Z batemo-nos de igual para igual está-se sempre a referir a uma adversidade externa não controlável por quem partilha o nosso lado da trincheira.

Um treinador do meu clube não pode dizer:

MESMO com as alterações que fiz lutamos de igual para igual porque a adversidade é interna e a opção é dele.

Se ele próprio acha que as alterações que fez diminuem a capacidade competitiva da sua equipa só tem dois caminhos:

1- Afirma, peremptória e coerentemente, que aquela competição não é uma prioridade para o clube como já foi feito para a Taça da Liga.

Ou:

2- Reconhece que fez Merda da grossa porque está no lugar em que está para agir em prol da maximização das hipóteses de sucesso do clube.

Não é suposto que a adversidade seja interna. Não é aceitável que em nome da gestão da felicidade dos recursos humanos do clube se diminua o objectivo primeiro e último do trabalho de um treinador: Ganhar.

Ainda que o objectivo de união e felicidade do grupo fosse prioritário é crucial ter tento na língua. Uma palavra pode arruinar com a meticulosa gestão semanal.


Foi mesmo gestão? Ou foi só burrice?



 Por: Walter Casagrande

O Futebol Jovem e os Resultados Desnivelados.



Os comandados de Capucho venceram no passado sábado o rival de sempre Boavista por 9-2, o que acham os nossos leitores desse resultado?




Olhando para o resultado o comum do adepto Azul e Branco enche o peito de ar e pensa "ei pá enfiamos 9 nos remendados, o clube representativo de uma rotunda”.

O que à partida é uma vitória monstruosa no terreno de jogo por parte da nossa equipa júnior, é também uma grande derrota para a formação e em toda a largura para o Futebol Português, ainda para mais sendo o Boavista um clube importante e com tradição na formação em Portugal.

Nos escalões de base o que faz falta a estes jovens é competição, jogos equilibrados para elevarem o espírito competitivo de forma a ajudar a maturação do jogador jovem.


O que vamos encontrando nas fases iniciais dos escalões de formação?







Quadros competitivos mal organizados em que os clubes maiores passeiam literalmente, sem necessidade de se esforçarem para levarem de vencida os seus adversários, impedindo desta forma que os níveis competitivos se desenvolvam numa altura crucial da formação do jovem jogador.






Olhamos para o caso concreto da Zona Norte, o FC Porto é líder isolado com mais seis pontos que o segundo SC Braga e sete que o Rio Ave que para cúmulo é uma equipa constituída maioritariamente por jogadores dispensados ou cedidos pelo FC Porto, isto à 15ª jornada.

Clubes como o FC Porto que desde as bases procuram captar para si os maiores talentos que vão aparecendo no panorama regional e até nacional, numa tarefa cada vez mais complicada,  porque os talentos acima da média por diversos fatores, como o desaparecimento do futebol de rua que propiciava o desenvolvimento do talento natural, e uma má formulação e conceito de desporto escolar, etc., etc.

Juntando a esses fatores conjunturais, este desregrado quadro competitivo que não obriga os jovens a jogar nos limites, que não força o seu crescimento futebolístico, que não os obriga a jogar mais e mais, só vem atrapalhar um mais rápido maturar dos jovens jogadores, empatando durante grande parte da época o seu real desenvolvimento.

Fatores como estes só atrasam ou inibem mesmo o desenvolvimento do futebol em Portugal, onde depois se cria o lugar-comum da crítica na aposta dos maiores clubes em mercados onde jovens talentos atingem um grau de desenvolvimento bastante mais cedo, não sendo raro ver-mos jovens com 19 anos com mais de 100 jogos nos principais escalões dos seus países, como é o exemplo dos mercados sul-Americanos.
Repensar é obrigatório e urge.






Cada vez mais mediante esta tristeza competitiva que se vê por cá se torna importante os clubes procurarem torneios particulares no estrangeiro, como forma de dar aos seus jovens atletas contacto com futebóis mais exigentes e mais competitivos.





Seria em minha opinião mesmo contra a vontade da lagartagem, forçar e mover influências com vista à participação em eventos como por exemplo o NextGen, onde passeiam talentos desde os 17 aos 19 anos, originários de vários países, com ritmos completamente superiores e mais exigentes do que o do jovem e definhado futebol português.

Com uma ENORME ressalva, que merece ser estudada e analizada com muita atenção, o nosso talento ficaria sobremaneira exposto aos olhos dos tubarões (se é que eles não o conhecem de sobeja já…), e teríamos que arranjar maneira de evitar que os tubarões poderosos nos “assaltassem a casa”. 

Salvaguardado esse ponto seria uma competição que nos traria uma enorme tarimba, mas lá está, poderia ser uma BELA com um SENÃO enorme.




Por: Rabah Madjer

domingo, 2 de dezembro de 2012

FC Porto B: A faina foi nossa (Crónica)



Aproveitando a moral dos últimos resultados o FC Porto procurou entrar forte na partida e em parte conseguiu-o, logo aos 5m Iturbe de pé esquerdo atira ao lado da baliza.


Mas foi sol de pouca dura logo a turma Azul e Branca entrou na onda do futebol lento e extremamente denunciado, com os laterais Azuis a darem pouca profundidade atacante e os médios com pouco dinamismo na construção e a pressionar muito atrás, embora Pedro Moreira se destacasse pela positiva, Iturbe como sempre demasiado individualista, a teimar em escolher sempre o pior caminho para atacar o espaço com a bola, e um Vion pouco ou nada presente em jogo, não fosse constar na ficha da partida e ninguém se lembraria que ele estaria a jogar.



O Leixões apostava num futebol de expectativa, a jogar num 4-4-2 atrevido mas inconsequente, tentava apostar na velocidade de Kizito para criar desequilíbrios e na presença poderosa de Mailo no ataque.

Mas seria o FC porto de novo a criar perigo aos 19m na marcação de um canto Zé António a subir bem e a cabecear por cima, num lance estudado e que viria mais à frente a dar frutos.

Somente aos 37 minutos de jogo o FC Porto chegaria de novo à baliza do Leixões, Sérgio Oliveira após excelente trabalho de Kelvin (o único jogador a procurar o 1x1 de forma objectiva e a conseguir criar desequilíbrios) a atirar ao lado. Já pouco antes o mesmo kelvin numa excelente jogada individual tinha conseguido alvejar a baliza embora sem perigo algum.

Aos 38m Quiño, numa jogada à Messi, fintando consecutivamente todos os adversários que lhe surgiam pelo caminho, criava perigo perto da baliza Leixonense, era o último assalto do Porto ao ataque da baliza vareira.

Com o intervalo no horizonte o Leixões por fim cria algum perigo (o único lance em que realmente o fez) numa jogada individual do inevitável mas inconsequente Kizito.

Chegava-se ao intervalo numa partida fria como o tempo, jogada devagar devagarinho mas com maior pendor atacante por parte do FC Porto, mas sem verdadeiras ocasiões de perigo, onde os destaques iam para o já citado kelvin e para Pedro Moreira um mouro de trabalho e a principal referencia na saída atacante, embora ocupasse a posição de trinco no terreno de jogo.

Iniciava-se a segunda metade do encontro com a mesma toada mole e lenta por parte das duas equipas, apenas despertando um pouco da letargia quando Kelvin pegava na bola e resolvia com talento provocar desequilíbrios embora de forma muito individualizada.

Aos 60 minutos da partida Rui Gomes decide mexer no seu conjunto, retirando da partida Vion (jogou?) para entrar Dellatorre, um jogador com mais presença na área e outra capacidade de luta.






Até que aconteceu um um déjà-vu, canto de Sérgio oliveira e Zé António sozinho na marca de penalti a fazer o 1-0, excelente cabeceamento por parte do experiente defesa azul e branco, a marcar pela segunda vez consecutiva em partidas diferentes da mesma forma.





Bola ao centro e… 2-0!!! Rui Sacramento facilita, mostrando que como avançado não teria grande futuro e Dellatorre felino rouba-lhe a bola para a ter apenas que empurrar perante a baliza deserta, era o seu quarto golo no campeonato.

Aos 71 minutos de jogo Rui Gomes procura dar mais consistência ao meio-campo Portista, invertendo o triângulo do meio-campo, retirando Tozé para meter Mikel como único pivô defensivo e adiantando Pedro Moreira no terreno de jogo.

Entrava-se no último quarto de hora de jogo, com ritmo baixo, com um Leixões inconsequente, sem um único remate à baliza de Stefanovic e o FC Porto a controlar a partida a seu gosto.

Aos 77 minutos de jogo mais do mesmo, o arbitro Hugo Pacheco, decide ser protagonista e inventar uma grande penalidade num lance em que Zé António tenta o corte de cabeça batendo a bola casualmente no seu braço, sem que haja qualquer intenção de jogar a bola com a mão, é sina desta equipa B Portista, aparecerem estes senhores a inventarem grandes penalidades.

Estava feito o 2-1 e a partida abria-se de novo para os últimos 10 minutos.

Nos últimos 5 minutos de jogo o FC Porto procurava controlar, o Leixões agredir, e o Arbitro roubar, o Grego do Leixões Tsoumagkas viu-se falido para travar Kelvin, agredindo-o, com o árbitro apenas mostrar-lhe o cartão amarelo, num lance merecedor de cartão vermelho directo.

Chegar-se-ia ao fim da partida com mais uma vitória do FC Porto que fez mais remates, teve mais posse de bola, superiorizando-se embora sem criar grandes lances de perigo a um Leixões lutador mas inconsequente, continuando a excelente recuperação na tabela classificativa e mantendo a senda das vitórias (a quarta consecutiva).





Análises individuais:


Stefanovic – Sem grande trabalho na partida, apenas uma defesa nos 90m de jogo, no penalti quase defendia.

David – Pouco acutilante a atacar, seguro a defender.

Quiño – Bons pés, defendeu bem e arriscou pouco no ataque, mas quando o fez deu nas vistas, é um lateral com forte propensão ofensiva, tem que usar essa arma.

Zé António – É o patrão desta defesa, mais um jogo a marcar, o segundo consecutivo, muito forte no jogo aéreo, seguro a defender a sua verdadeira missão, tanto pelo ar como pelo chão.

Tiago Ferreira – Tem excelentes pés e boa presença em jogo, é o primeiro a construir, sempre atento tal como o seu colega do lado, só um reparo nos últimos minutos tremeu um pouco, consentindo espaço de remate aos homens do mar.

Pedro Moreira – Rui Gomes escalou esta equipa com um duplo pivô, mas Pedro assumiu-se como 6, excelente a ocupar os espaços, excelente na primeira fase de construção, sobressaiu neste meio campo Azul e branco e sobressaiu no encontro, é o MVP da partida.

Sérgio Oliveira – Tem bons pés, é um mimo tecnicamente, pode vir a ser grande se não se ausentar tanto de jogo, tem que à sua magnífica visão de jogo e capacidade de passe, tanto em bola corrida como em bola parada (é dele o canto para o primeiro golo), juntar mais garra, quando e se o fizer vai ser dos melhores médios do futebol Português.  

Tozé – Tem magia, tem visão, tem técnica, é baixo mas não foge ao choque, neste jogo escondeu-se em demasia e teve dificuldade em encontrar o seu espaço, embora marque a diferença pela capacidade técnica, sempre que a bola lhe chega aos pés sai redonda, mas isso não chega tem que se assumir mais como craque que é.

Iturbe – O jogo do costume, embora tente ter mais critério ainda não consegue deixar de ser individualista, quer bola mas tarda em a soltar, escolhe sempre o pior caminho para dar sequência aos lances e é comum acabar encurralado no meio de adversários, precisa evoluir, é um jogador com potencial, mas nitidamente é traído pela sua vontade de dar nas vistas.

Kelvin – O toque de classe, sempre que pega na bola faz a diferença, com a bola no pé praticamente só a falta é travado, foi o perigo número um da equipa azul e branca, o mais massacrado pelos defesas, tem magia nos pés, atrás de Pedro Moreira elejo-o como outro dos destaques da partida.

Vion – Apetece-me perguntar se jogou, onde está a bola não está Vion, demasiado escondido, não fosse o caso de aparecer o seu nome na ficha de jogo e ninguém se apercebia que tinha jogado, assim não Vion!


Dellatorre – Entrou e a equipa marcou, coincidência ou não. Espevitou o ataque Portista, magnifico a pressionar o guarda-redes adversário e a acreditar no erro, a ousadia por vezes traz recompensa, ousou, ganhou.

Mikel – Entrou e o FC Porto ganhou definitivamente o meio campo, como consequência construiu mais jogadas de perigo, soube empurrar a equipa defendendo mais à frente e suster o meio-campo da turma do mar com a sua presença.

Sebá – Pouco tempo em jogo, fez-se notar por um corte providencial a travar um contra-ataque perigoso da turma leixonense.


Ficha do Jogo:





Por: Rabah Madjer









sábado, 1 de dezembro de 2012

Juniores Sub19: FC Porto 9-2 Boavista






Os juniores do FC Porto fizeram este sábado jus à sua superioridade sobre o seu rival de sempre Boavista no derby da cidade invicta ao vencer a turma axadrezada por 9-2, resultado pouco comum no futebol de hoje em dia, mas que demonstra bem  o poderio da turma da casa face ao adversário.






Entrando em jogo disposto a resolvê-lo cedo, os comandados de Capucho chegaram aos golos com alguma naturalidade, atingindo-se o intervalo já com um confortável 3-0.

Na segunda parte e para gáudio de quem assistia à partida, pese embora o muito frio que se fazia sentir no complexo do Olival, aconteceram mais oito golos, coisa de espantar nos dias que correm.

Chegaria-se ao fim da partida com o resultado em 9-2 para a turma da casa, com destaque para o já inevitável André Silva autor de um POKER e para Fred que fez um hattrick. Francisco Ramos e Tomás marcariam os restantes golos da turma Azul e Branca.



Ficha do Jogo:

FC PORTO: Caio, Jorge Azevedo, Bruno Silva, Lansana Sagna, Luís Rafael, Tomás Podstawski, Diogo Belinha (Leandro Silva 59m), Francisco Ramos (Li Shuai 67m), Frederic Maciel, Ivo (Ricardo Costa int.) e André Silva.
Treinador: Nuno Capucho

BOAVISTA FC: Vicente, Bruno, Lucas (Cardoso 66m), Daniel Pinto, Pedro (Marc 50m), Rui Castro, Gouveia, Leo (Vieira int.), Augusto; Rúben, Nuno Pereira.
Treinador: Rudimar Garcia

Intervalo: 3-0

Marcadores: André Silva (18, 30, 68,81m), Francisco Ramos (35m), Tomás Podstawski (54m), Frederic Maciel (66, 70,87m); Nuno Pereira (51 m) e Rúben (72m).

Disciplina:
Cartões amarelos: Daniel Pinto (14m), Lucas (65m), Marc (76m) e Rúben (79m)


Por: Rabah Madjer

Peixe que salta, não é do pescador: Será do FC Porto B (Antevisão)



Transmissão Domingo pelas 16h: AQUI






Neste fim de semana há Taça de Portugal, no entanto a Segunda Liga não pára e neste domingo o FC Porto volta a jogar em casa, recebendo desta feita o Leixões, uma equipa que ocupa actualmente a oitava posição com 22 pontos, tem mais quatro pontos do que o FC Porto, que atravessa o melhor período da época, contabilizando 10 pontos nos últimos quatro jogos realizados.






O treinador Horácio Gonçalves abandonou o comando técnico da turma de Matosinhos (aceitou proposta de um clube cipriota de onde curiosamente já foi despedido), sendo adjunto Pedro Correia que tem assumido de forma interina o lugar no banco de suplentes e possivelmente para este jogo contra o FC Porto "B" ainda será o técnico principal. 

O leixões vem de um empate a zero no reduto do Aves, e é uma equipa que não possui de forma alguma capacidade para discutir um lugar que possa dar acesso à subida, mas possui um plantel que apresenta solidez, a forma brava e guerreira como se apresentam nos jogos é uma característica inata e bem vincada domingo após domingo.

Apesar da saída do treinador, o Leixões tem apostado na mesma estrutura em termos de jogo, existindo apenas uma troca directa de jogadores  no onze, porque no restante a matriz do 4-3-3 está bem enraizada, com o habitual Rui Sacramento entre os postes, estando à sua frente a dupla formada por José Pedro (um dos bons centrais deste campeonato) e Fábio Santos, completando o quarteto defensivo com os indiscutíveis Steven e Sequeira. 

No o meio-campo reside três soluções óbvias, casos de Moedas, Patrão e Luís Silva (excelente jogador).

No ataque o grande destaque vai para o jovem Kizito, que tem feito um início de temporada acima da média,não sendo de todo surpreendente já estar a ser referenciado por alguns clubes (inclusive já se falou no FC Porto), uma das armas ofensivas do nosso adversário passará certamente pelos seus pés, estando a outra ala entregue ao açoriano Tiago Borges e no meio  Mailo, que apesar da sua altura não é nenhum tosco. Além de marcar boa presença na áerea e ser forte no jogo aéreo, sabe jogar de costas para a baliza.

Quanto aos dragões o onze deverá ser reforçado com Iturbe Kelvin e Quiño complementando os restantes oito que entraram na partida frente ao Trofense.


Lista de convocados:

Stefanovic e Elói (guarda-redes); David, Dellatorre, Edu, Fábio Martins, Iturbe, Kelvin, Lima Pereira, Mikel, Pedro Moreira, Quiño, Sebá, Sérgio Oliveira, Tiago Ferreira, Tozé, Vion e Zé António.


Antevisão de Rui Gomes:



"A equipa está mais preparada para ganhar jogos"


Os duelos entre FC Porto e Leixões costumam ser bastante animados. Espera um estádio cheio para este encontro?

Sim, possivelmente haverá um ambiente mais quente no estádio. O Leixões faz-se sempre representar com uma numerosa e ruidosa falange de apoio e acredito que o jogo de domingo terá bastante mais gente do que habitual. Espero que estejam nas bancadas mais adeptos do FC Porto do que do Leixões e que, dentro do campo, saibamos desequilibrar a nosso favor.

A última série de resultados tem dado muita confiança à equipa. Chegam a esta partida na máxima força?

A recuperação classificativa é um facto. Neste momento, já estamos seis pontos acima da linha de água, coisa que há três ou quatro jornadas não acontecia. Portanto, temos conseguido subir na tabela e recuperar, ainda que não estejamos a salvo de nada. Temos de manter este espírito e não tenho dúvidas de que o facto de estarmos a ganhar mais vezes, a conseguir melhores resultados e exibições, nos ajuda a ganhar confiança e ajuda os jogadores a sentir-se mais libertos. Sempre que isso acontece, temos uma equipa mais próxima de ganhar os jogos.

O Leixões trocou de treinador recentemente. Acha que isso vai alterar alguma coisa no adversário?

Penso que as alterações no comando técnico não surtirão grande efeito porque este treinador já integrava a equipa técnica anterior. Os processos de jogo devem manter-se, mas sabemos que o Leixões é uma equipa muito agressiva e organizada, que nos vai criar bastantes problemas. Acho que vai ser um jogo extremamente equilibrado. No meu entender, os detalhes vão ser muito importantes e este encontro vai exigir de nós enorme concentração e um espírito de luta permanente.

Nos últimos encontros, nenhum elemento da equipa principal defendeu o FC Porto B. Consequência disso ou não, já se notou um maior entrosamento entre os seus jogadores. Está satisfeito com a evolução?

O crescimento da equipa tem sido geral, não sectorial. Toda a equipa cresceu: a nossa defesa já não sofre golos há quatro jogos e nosso meio-campo tem vindo a subir de rendimento, tal como o nosso ataque, sobretudo ao nível da criação de oportunidades. Tem havido um crescimento colectivo, que nada tem a ver com a presença ou ausência de jogadores da equipa A. Temos ganho com e sem jogadores da equipa A, ou seja, o que me parece é que a nossa equipa está cada vez mais preparada para ganhar jogos, ainda que, sem dúvida, os atletas da formação principal sejam também uma mais-valia para o FC Porto B.


Por: Dragão Orgulhoso

Missão quase Possível: FC Porto 27 - 22 Cimos Koper


Tarefa dificil a que se deparava à nossa equipa hoje à tarde no Dragão caixa.

Depois da derrota na primeira mão por 29 - 23 o conjunto Azul e Branco entrou determinado com a ajuda do público presente a dar a volta ao resultado.



Após uma primeira parte de expectativa o conjunto Azul e branco ganhou fôlego para a segunda metade do encontro e o milagre quase acontecia.

Fazendo jus ao titulo da nossa antevisão a Missão só por manifesto azar que tende a perseguir esta equipa não foi Possível.

Na segunda metade o FC Porto disparou no marcador conseguindo ir até aos 27-22, acabando a sorte por ser madrasta e de novo por um golo a nossa equipa ficar à porta da eliminatória.

Parabéns pela bravura e coragem com que se debateram perante uma das melhores equipas da Europa, a sorte um dia recompensar-nos-à.

O FC Porto alinhou e marcou da seguinte forma:

Hugo Laurentino (g.r.), Gilberto Duarte (4), Wilson Davyes (2), Tiago Rocha (6), Elias Nogueira (6), Ricardo Moreira (3) e Pedro Spínola (5). Jogaram ainda: Alfredo Quintana (g.r.), João Ferraz, Filipe Mota (1) e Daymaro Salina.


Por: Rabah Madjer

Sem dentes. (Por Breogán)




Há aquela piada parola do miúdo fanfarrão que, achando que sabe mais do que realmente sabe, vira-se para a mãe e tenta exibir as suas acrobacias de bicicleta. Primeiro, é sem os pés nos pedais. Depois, é sem as mãos no guiador. Por fim, é sem dentes na boca.




O percurso do FC Porto na Taça de Portugal é um decalque dessa fanfarronice. A abordagem à terceira “acrobacia”, perante um obstáculo complicado e nervoso por perder todas as frentes de uma assentada, está para lá da fanfarronice, na verdade. Todos o sabemos, mesmo quem diz não saber. É que mesmo com o Olarápio em noite de gala e mesmo com um Braga em dificuldades para furar o nosso bloco defensivo (de tão defensivo que ele era), a nossa abordagem ao jogo não é especulativa (ainda assim, seria com um substrato de lógica), mas totalmente imaginativa, irreal e desconexa das dificuldades que este jogo apresentava.




Um grupo bem gerido precisa de rotação. Um grupo bem gerido exige essa envolvência. Rotação não é revolução, refundação e, muito menos, alucinação. Rotação é mexer de forma conservadora na estrutura e na rotina da equipa

Rotação é dar oportunidades a alguns (poucos) jogadores dentro da estrutura e rotina habitual da equipa. Isso é rotação. Argumentar que uma revolução é rotação, porque são todos jogadores do FC Porto, porque, se assim não fosse, o plantel seriam onze jogadores e poucos mais, ou pior, porque até são internacionais, é desprezar a alma mater do futebol. O futebol é um jogo colectivo, vive da dinâmica entre os indivíduos que constituem a equipa e das rotinas que estabelecem entre si. Revolucionar é arrasar com tudo isso. Refundar uma equipa é começar do zero. Frente a um Braga que joga tudo, então, é alucinante.

O jogo, tal como já foi descrito, começa com um onze inicial atípico. Fabiano na baliza. Mangala retorna a defesa esquerdo, para permitir a entrada de Abdoulaye para o centro da defesa e Miguel Lopes entra para o flanco direito. No meio campo, Fernando permanece na equipa, mas, à sua frente, Vítor Pereira coloca Defour e Castro. Na linha ofensiva, restou James que ganha a companhia de Atsu e Kléber. Tanta mudança. Uma equipa de “suplentes” e não uma equipa em rotação.





O FC Porto entra bem, sobretudo, se atendermos às escolhas de Vítor Pereira. Ainda assim, apesar de ser quem tem mais posse de bola, é o Braga que mostra os dentes, com Éder a avisara Abdoulaye para a noite difícil que iria ter. A pressão dos médios do FC Porto tolhe a saída de bola do Braga, o que a juntar ao nervosismo bracarense faz com que o FC Porto domine o primeiro quarto de hora do jogo. Aos 12 minutos de jogo, o FC Porto alcança a liderança no marcador. Miguel Lopes avança pelo seu corredor e é travado na zona da quina da grande área. James bate o livre com critério e Mangala, aproveitando a deficiente marcação, cabeceia para fora do alcance de Quim. O mais difícil estava feito.



O FC Porto apertou mais a malha no seu meio campo e dispensou o ataque. Só James leva o FC Porto para a frente e Castro, de quando em vez. Se o Braga já estava nervoso, mais ficou com a desvantagem e revelava dificuldades em flanquear o jogo. Ainda assim, aos poucos foi ganhando controlo do jogo a meio campo. Rúben Amorim deixa o primeiro aviso, aos 24 minutos, e Éder volta a ameaçar, por duas vezes. É por esta altura que o Olarápio começa o seu trabalho de gala.

O FC Porto não conseguia progressão alguma por Atsu, o seu meio campo recuava cada vez mais e Kléber, cada vez mais isolado, perdia a luta por todas as bolas que pingavam na frente. É um imenso mar de minutos que intervalam o golo do FC Porto e o próximo momento de perigo Portista. Aos 43 minutos, Defour com um remate de longe faz a bola passar próxima do poste de Quim. Antes do apito final, o Braga volta a ameaçar por Mossoró.

O FC Porto vai para o intervalo com vantagem no marcador. Duas oportunidades, uma de bola parada e outro num remate fora da área. Um futebol mínimo que só se sustentou pelas dificuldades que o Braga tinha em encontrar o seu jogo. Nem uma equipa de contra-ataque o FC Porto conseguiu ser.

A segunda parte começa com a mesma toada que finalizou a primeira parte. O Braga por cima e o FC Porto a tentar aguentar. O Braga ronda a baliza do FC Porto mas não consegue uma oportunidade de perigo. 




Já o FC Porto, nem a linha de meio campo parece conseguir vencer. Até que, ao minuto 56, Fernando brinca onde não deve e comete penalti sobre Viana. Se condicionado, ou não, por este lance, o certo é, dois minutos depois, o FC Porto mergulha ainda mais na sua insanidade táctica. Fernando sai e cede o seu lugar a Lucho e Danilo entra para o lugar de Miguel Lopes, já amarelado. Fernando não estava a fazer uma exibição ao seu nível, mas era a âncora do meio campo. Vítor Pereira volta a substituir o seu 6 e logo num jogo preso por arames, com uma equipa de recurso em campo e frente a um Braga que jogava a época! 




Demasiado louco para ser verdade.

As melhoras do Braga no meio campo são imediatas, até porque Peseiro percebe a fragilidade criada por Vítor Pereira e mete Ruben Micael no jogo. A circulação de bola do Braga melhora e o Olarápio começa o seu festival. São dois torpedos no frágil equilíbrio táctico do FC Porto: o dedo de Vítor Pereira e a cascata de amarelos do Olarápio.

Aos 66 minutos, há um golo bem anulado ao Braga e, aos 70 minutos (!!!), Kléber remata ao lado em boa posição. A primeira oportunidade do FC Porto na segunda parte!

Logo depois, o desastre. Castro, já sem forças para o arranque de Mossoró, faz falta e é expulso. Uma oportunidade destas não podia escapar ao Olarápio. Acaba expulso o jogador que Vítor Pereira deveria ter substituído, como conhecedor dos desmandos do Olarápio e do estilo de jogo do seu jogador. Mas Vítor Pereira optou pelo seu 6. Como sempre.

O FC Porto já revelava dificuldades crescentes de controlo do jogo a meio campo após a substituição de Fernando, com a expulsão de Castro e a inacção de Vítor Pereira para reequilibrar a meio campo, o Braga toma total controlo do jogo nesse sector. Até que, de desastre em desastre, o inacreditável acontece. Aos 73 minutos de jogo, livre para Viana cobrar e lançar para área. Lucho faz um primeiro desvio e Danilo, sem pressão alguma e de calcanhar, introduz a bola na própria baliza. Inacreditável e inaceitável.

O empate no jogo não traz qualquer resposta do banco do FC Porto. Nada. Como tal, o absurdo continua. Mais cinco minutos a assistir a um FC Porto sem meio campo, jogando em Braga uma eliminatória. Até que, aos 79 minutos, o Braga usa o seu flanco esquerdo e cavalga sobre a defesa do FC Porto. Éder recebe na área, ganha sobre Abdoulaye e não dá hipóteses a Fabiano. 

Reviravolta conseguida à custa das inépcias alheias e do empurrão do Olarápio.

Vítor Pereira, finalmente, acorda! Pudera. Lá se lembra que, afinal, tem Moutinho no banco. A injecção de talento a meio campo faz com que a equipa suba de produção e consiga fazer nos 10 minutos finais aquilo que não conseguiu fazer nos restantes 80 minutos: criar PERIGO!





É bem verdade que também houve mais coração, mas é impensável colocar uma equipa com um meio campo tão limitado na saída para o ataque a enfrentar uma eliminatória frente ao Braga a jogar em sua casa. Cinco minutos depois de Moutinho entrar, Defour isola Lucho, que só com Quim pela frente, falha uma oportunidade de ouro! Cinco minutos depois, é Kléber que, melhor servido e com o meio campo mais próximo de si, remata para golo, mas a bola ressalta no braço esquerdo de Quim e foge da linha de golo. Douglão completa o corte perante a ameaça de James.





Pouco depois, o FC Porto é eliminado da taça de Portugal.

O que mais custa não é perder a prova, nem que tenha sido frente ao Braga. É a sucessão de asneiras.

Como é que ainda é possível haver quem pense que é possível fazer a gestão de plantel tendo por base revoluções no onze inicial?! Como é possível?! Até frente ao Santa Eulália a acrobacia ia saindo cara!

Outra vez a substituição do 6 quando a outra equipa carrega? Outra vez?!

E depois da expulsão? Não se faz nada? DEZ minutos para reagir?

Vítor Pereira sai de Braga sem dentes. Achava ele que era mais acrobata do que é, realmente. 

Ao Vítor Pereira só se pede uma coisa. Mantenha os pés nos pedais e as mãos no guiador. Se isso fizer, já é muito bom. Seja conservador, pois não nasceu para ser arrojado.

Bem sei que, com a tal gestão tão conservadora e com este plantel, parece que Deus dá nozes a quem não tem dentes, como diz o povo. Mas é um engano. Para quem não sabe equilibrar-se na bicicleta com o mínimo de pontos de apoio, mais vale conservar os dentes para roer algumas nozes.



Este Braga esteve à nossa mercê. Bastava um pouco mais de juízo e golpe de asa. Pés nos pedais e mãos no guiador!!!

Uma pergunta final: quem ganhamos hoje para nós? Atsu? Abdoulaye? Miguel Lopes? Kléber? Castro? Nenhum? 

Claro que é nenhum. É sempre esse o resultado destas revoluções. Mas não se aprende!

Por fim, após uma eliminação e da forma como foi, orgulho é uma palavra impronunciável, na conferência de imprensa final. Para isso, mais vale não mostrar os dentes nas conferências de imprensa. Faça como da outra vez e diga que está cansado.


Análises Individuais:

Fabiano – Tinha que jogar. Precisa de jogar. Revelou as dificuldades habituais. Reposições e sair dos postes são aspectos a rever com urgência. Nos golos, nada podia fazer. Sobretudo, no primeiro!

Miguel Lopes – Do meio campo para a frente, fez um jogo razoável. Do meio campo para trás, foi patética a sua oposição. Sobranceiro e pouco autoritário. Jogo muito fraco. Mais um.

Mangala – Disputa com James o melhor em campo. Não se aventurou no ataque, mas Atsu foi uma inexistência, o que não o ajudava. Defensivamente, este seguríssimo e não deu um palmo de terreno a Alan.

Abdoulaye – Os primeiros 10 minutos frente a Éder bastaram para revelar todas as suas limitações. Não é um talento e se não fosse a sua excepcional constituição física não seria central sequer a considerar. Foi fazendo o que podia, com alguns bom cortes e algumas asneiras, sobretudo, nas saídas de bola. Não teve talento para Éder no segundo golo.

Otamendi – Fez um bom jogo e com cortes de bom nível. Ainda dobrou Abdoulaye e cortou muita bola pelo ar. Deveria estar melhor posicionado no segundo golo. A bola passou e deixou Abdoulaye para Éder na área. Fatal.

Fernando – Uma exibição pobre para o seu nível, o que o penalti que comete atesta. Ainda assim, estava a ser determinante no bloqueio da circulação de bola do Braga. Mossoró com ele não brincou e quando Fernando sai é que o Braga cresce no jogo. Mas fazer entender a Vítor Pereira que ali não pode mexer?!

Defour – Uma exibição cinzenta. Não foi dominante como devia, mas deu alguns toques de qualidade à equipa. Não melhorou quando recuou, após a saída de Fernando. Na verdade, num meio campo não estruturado e hiper defensivo é difícil fazer melhor.

Castro – Surpreendeu pela qualidade que deu ao jogo. Teve saídas de bola muito boas e não se escondeu do jogo. O problema do Castro é querer demais ser um jogador à Porto. Corre a todas as bolas, a todos os adversários e a todas as jogadas. Lá vem a jogada, mais para o final do jogo, em que precisa de ter pernas e já não aguenta. O Olarápio só precisou de meia desculpa, o resto foi trabalho dele. Não merecia a expulsão pelo bom jogo que estava a fazer.

James – Lá tentou ser meia equipa a atacar. Mais uma assistência e muita disponibilidade para atacar e defender. Infelizmente, não passa todo o tempo no seu lugar, o que o retira de muitos lances onde poderia fazer a diferença. O melhor em campo.

Atsu – Não ganhou um lance. Nada. Tecnicamente, então, fez uma exibição medonha. Dribles mal calculados, recepções falhadas e passes transviados. Muito mau, mesmo. A razão pela qual era o abono de família em Vila do Conde e, no FC Porto, não consegue engrenar dois jogos seguidos a bom nível é difícil de explicar.

Kléber – Não tem culpa do meio campo escolhido por Vítor Pereira. Não tem culpa de ter ficado esquecido na frente de ataque o jogo quase todo. Não tem culpa que Atsu não desse uma para a caixa e que James lá andasse, uma vez mais, entre flanco e centro. Mas tem culpa de tudo o resto. É um corpo estranho à equipa. Estranho e amorfo. Não cria nada do pouco que lhe chega, pelo contrário, mata quase tudo o que de muito pouco lhe chega. Salvo o remate a fechar o jogo, sai do mesmo sem NADA para apresentar.


Lucho – Entrou mal no jogo e não soube segurar as pontas. Deixou-se envolver pela luta a meio campo, em vez de ser um farol para a equipa. Perde um golo feito, onde só tinha que desviar de Quim. Nem isso Lucho conseguiu!

Danilo – Patético e anedótico. Um jogador da sua craveira meter um autogolo daqueles é absurdo. Não há desculpa possível. É dormir na parada. Está na hora de começar a jogar o que sabe e a render o que deve. Já não há mais folga para um Danilo a milhas do que tem que jogar.

Moutinho – Entrou e a equipa melhorou. Óbvio. Tão óbvio, que escapou por 10 minutos a quem essa evidência deveria ser cristalina como água pura.




Ficha do Jogo:

SC Braga 2-1 FC Porto
Taça de Portugal, oitavos-de-final
30 de Novembro de 2012.
Estádio Municipal de Braga.

Árbitro: Olegário Benquerença (Leiria).
Assistentes: Bertino Miranda e Luís Marcelino.
Quarto Árbitro: Vasco Santos.

SC BRAGA: Quim; Salino, Douglão, Nuno André Coelho e Ismaily; Custódio e Hugo Viana; Alan (cap.), Mossoró e Ruben Amorim; Éder.
Substituições: Ruben Amorim por Ruben Micael (61m), Mossoró por Paulo César (88m).
Não utilizados: Beto, Hélder Barbosa, Elderson, Djamal e Carlão.
Treinador: José Peseiro.

FC PORTO: Fabiano; Miguel Lopes, Abdoulaye, Otamendi e Mangala; Fernando (cap.), Castro e Defour; James, Kleber e Atsu.
Substituições: Miguel Lopes por Danilo (59m), Fernando por Lucho (59m) e Atsu por João Moutinho (81m).
Não utilizados: Kadú, Jackson, Varela e Alex Sandro.
Treinador: Vítor Pereira.

Ao intervalo: 0-1.
Marcadores: Mangala (13m), Danilo (74m, p.b.), Éder (80m).
Cartão amarelo: Castro (18m e 72m), Miguel Lopes (20m), Otamendi (64m), Custódio (65m), Mossoró (68m), Lucho (74m), Ruben Micael (75m), Kleber (86m), Mangala (90m)
Cartão vermelho: Castro (72m).


Analise do Treinador:

Vítor Pereira:

«Fiquei desiludido com o resultado, mas fizemos a gestão que tínhamos de fazer. Assumo a gestão da equipa, quis jogar com o entusiasmo destes jogadores e foi isso que vi hoje claramente. Não foi possível outro resultado. A vida é assim. É seguir em frente. Há pormenores em determinados momentos que definem os jogos e este ficou definido na expulsão.»

Sobre o jogo com o PSG: 

«Vamos a Paris com o objetivo de vencer e de ficar em primeiro lugar no grupo. O objetivo é ganhar. Este clube vive de vitorias e é sempre no sentido da vitória que trabalhamos. Hoje não foi possível, mas vamos seguir em frente e continuar a acreditar no trabalho.»



Por: Breogán
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