domingo, 17 de janeiro de 2016

Peixeirada

Que solene peixeira
Que se viu por Alvalade,
Dand’o rosto à verdade
Naquela entrada…

Que dentro d’área
Passar rasteira,
Daquela maneira,
Por necessária…

Não é falta,
Diz o leão!
E a expulsão,
É uma grande lata!

É qu’o Patrício
Nem lhe tocou!
E nisto cortou
O lance sem vício!

Fê-lo duma maneira
Pouco ortodoxa,
Pois c’a perna grossa
Cort’a bola inteira!

E se nisso vai
A perna alheia…
Niss’o golpeia,
Só porque se cai?

E marcar a sanção
Ali em Alvalade?
É de quem não sabe
Quão feroz é o leão!!

Está feit’o aviso
Na página da rede:
Metem-se c’o verde,
Em lance impreciso?

Têm-nos à perna
Por essa falta,
Qu’o jogador salta
Por causa da hérnia!

E do corte da erva
Em pente três,
Que estando resvés
À lei da selva

Deu-lhe pr’a aquilo,
Pr’a se mandar,
Quando ia falhar
O golo em estilo!?

E nisso expulsar
O guardião,
Por estar no chão
Só a “cortar”?

E bem que s’alertou
O assistente:
Dez reis de gente…
Que m’expulsou?

E ainda desmente
Um outro lance,
Em que se vê de relance
O braço à frente?!

E nisto revertendo
A decisão,
Em qu’o leão
Ía vencendo…

Como no anterior,
Em qu’o Rafa,
Por pouco se safa
No adutor…

Porque tudo valeu
Da cabeça aos pés,
Ganhando Olés
No que bateu!?

E ainda se contesta,
Esse presumido,
Por assim ter vencido
Nessa grande festa!?

Estamos no adro
Desse longo caminho,
E não, não adivinho,
Um campeão ao largo!

Há muito a jogar,
E se ainda acredito?
É pr’a mim um mito,
Podermos mudar…

Mas no fim se vê
Passando a jornada,
S’esta peixeira
Nos valeu de quê!?

Qu’o maior receio
É que sirva a outro,
E pr’a meu desgosto
A benefício alheio…


Por: Joker

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