terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

PALMINHAS!




Batam palminhas. Ontem foi noite de chapa 5 graças à pior equipa que se apresentou no Dragão esta temporada.

O Paços de Ferreira de Paulo Fonseca abordou o jogo de ontem no Dragão utilizando a versão 2.0 do Harakiri de Lopetegui naquele período Braga, Sporting, Bilbao.

Versão 2.0 mas para pior. 

Eu percebo e gosto da diplomacia de Lopetegui na abordagem e nos comentários aos jogos. 

O que diz das equipas adversárias e a forma inteligente como as consegue sempre louvar sem parecer falso. Guardiola é da mesma casta. Não há antevisão do jogo em que ele não discrimine os pontos positivos do Energie Cottbus tal como tudo o que ele dizia na véspera de um jogo fazia parecer o Almeria um potentado.

Essa é uma boa medida de gestão interna porque mais do que ser simpático para fora, visa ter os de dentro sempre alerta. Uma das tarefas mais difíceis de treinador de equipa grande é manter os seus jogadores atentos, em alerta e focados. Quem fala assim fica mais perto de o conseguir.

O elogio de ontem no final do jogo assustou-me. Assustou-me porque não percebi se continuava no domínio da diplomacia e da focalização dos seus ou se era completamente sincero.

Sincero porque o estilo de jogo do Paços que vimos ontem no Dragão aproxima-se perigosamente do pior Porto que já vimos de Lopetegui.

Trocas de bola suicidas cá atrás com 2 médios com cultura de passe a jogar à frente dos centrais. Só Seri com a sua cultura de passe suicida isolou 3 jogadores do Porto na cara de Defendi.

Quase todos os passes eram curtos o que facilita a pressão do adversário.

Pressão no meio-campo adversário inexistente com defesa subida.

Multiplicidade de passes sem qualquer sentido de baliza. Cada jogador do Paços tinha como único objectivo passar a bola para o seu companheiro. Cumprido esse desiderato descansava o que obrigou Fabiano a ter tanto trabalho como Helton na 1ª parte.
Velocidade inexistente. Não era nem querida nem requerida. Edson Farias deu ares de querer mas olhou ao seu redor e percebeu que não era dia para isso.

PALMINHAS! 

É estranho estar num blogue portista e perder mais tempo a analisar o Paços do que o Porto mas a verdade nua e crua é que os 5-0 de ontem não são filhos de uma majestosa exibição do Porto nem reveladores da grande forma em que estamos.

Em termos de evolução da equipa e de resposta aos desafios que temos pela frente este jogo diz pouco ou nada perante uma oposição tão patética.

E estava a ouvir o Lopetegui a elogiar este estilo do jogo e fiquei nervoso. 

Nervoso porque tenho esperança de chegar aos Quartos da Champions.

Nervoso porque, se lá chegarmos, o normal é levarmos com um colosso que faça de nós o Paços e deles o Porto.

Nervoso porque não discerni a fronteira entre a diplomacia e a sinceridade e imaginei-nos a enfrentar um desafio assim com a mesma cultura de inutilidade de passe, de ingenuidade de bloco alto e a falta de pés de ferro que se preocupem mais em lutar do que em jogar.
No meio deste caldo falta falar do jogo.

Os primeiros 5 minutos são bons. Com abébias do adversário ou mérito nosso  a verdade é que o Porto arranjou forma de romper pela grande adversária e conseguiu somar oportunidades de perigo.

A partir daí juntou-se o nu com o roto e o jogo viveu um período em que a inutilidade da posse encontrou terreno fértil. O Paços saía a jogar como se estivesse no campo do Pedras Rubras.

O Porto roubava a bola sem grande dificuldade nem necessidade de ser agressivo (Casemiro à parte porque esse não sabe ser doce).
Depois disso Maicon, Marcano, passa para o lado e para trás e um buracão enorme em zonas interiores. Enorme.

O Porto jogou muito pela ala porque na 1ª parte tinha um defesa direito, um médio direito e um extremo direito. Do lado oposto igual. 6 jogadores em 11 actuavam mais pela banda do que pelo eixo.

Tirando a trivelaça de Quaresma num bom comportamento colectivo e génio individual as oportunidades de golo do Porto nasceram sempre quando alongamos o jogo e nos deixamos daquela construção inútil e interminável.

Quando se utilizou o passe longo para rasgar as lesmas amarelas. Jogar contra lesmas doces e moles não nos desobriga de acelerar.
Se tivesse que avaliar a exibição do Porto até ao 1-0 seria Médio Menos.

Boa entrada e preguicite aguda até ao golo caído das mãos de Defendi.

Se tivesse que avaliar a exibição do Porto até ao 3-0 seria Médio Mais porque quem vê um golo daqueles não pode ser “agarrado”.

A 2ª parte não tem grande história. Parecia um daqueles jogos treino que o Porto faz ao Sábado de Manhã em semana de selecções.

O Paços esticou-se, o Porto foi-se espreguiçando e deu para Fabiano aquecer e para quase todos os jogadores do ataque do Porto terem oportunidade de brilhar seja por acção própria (Tello, Jackson, Quintero) ou por prenda alheia (Oliver).

Foram 3 pontos importantes, um lance de génio que nos avivou o saudosismo, 90 minutos perdidos na evolução da equipa e um temor face àquilo que Lopetegui deseja que o Porto venha a ser.

Se todas as equipas jogassem como este Paços de Ferreira do Paulo Fonseca seria tempo de resgatar os livros de apontamentos de treinadores que deram cartas na década de 70 e 80.

Se é para jogar futebol de há 30 anos atrás procurem-se treinadores actualizados com o passado.



Análises Individuais:

Fabiano – Teve o trabalho de Helton na 1ª parte e consegui aquecer e mostrar-se felino na 2ª parte.

Danilo – O orgulho de sempre. Orgulho porque joga e comporta-se como se fosse igual o Pero Pinheiro e o Chelsea. Se alguém aterrar em qualquer jogo aos 65 minutos e não souber o resultado da partida é impossível descobri-lo olhando para a cara, a atitude e as expressões corporais do Danilo. É sempre a rasgar.
Tem 20% da sociedade que deu origem à trivelaça mágica mobilizando adversários para libertar Quaresma.

Alex Sandro – É, com distância, o melhor defesa esquerdo da Liga. Se um dia apanhar um Diego Simeone pela frente poderá virar melhor defesa esquerdo do Mundo.
É forte nos duelos individuais defensivos quando não facilita, tem técnica, passe, cruzamento, velocidade. Falta-lhe foco, garra e  intensidade competitiva e nunca subestimar adversários.

Maicon – Jogo fácil e simples. Gostei desta dupla que pareceu mais móvel, mais rija no contacto que se faz à distância e não no corpo a corpo e mais ambiciosa obrigando a equipa a esticar-se com passes longos.

Marcano – Jogo fácil e simples. Das melhores contratações do Porto. Não tem medo do choque mas procura-o sempre sem Casemiradas. Joga com inteligência, tem bom passe, cultura táctica e a sobriedade que fez escola em antigos centrais do Porto.

Casemiro – É uma bênção em jogos destes. Critico o seu posicionamento, o seu descambar para a agressividade violenta mas há partidas em que o seu comportamento/temperamento fazem de despertador.
Companheiros! Isto não é jogo treino!
Dava ideia que companheiros e antagonistas olhavam para ele de lado. Para quê entrar assim num jogo calmo e de passe?
Era a sério. Convém que ninguém se espreguice em campo e perca tempo precioso dos 90 minutos não correndo atrás.
Casemiro é daqueles que mesmo quando se espreguiça atinge alguém quando levanta o braço.

Oliver – Continua indiscutível. Tem qualidade em tudo o que faz. Na crónica de hoje quero destacar a perspicácia de Oliver quando é obrigado a fazer de médio esquerdo.
É muito bom nos movimentos interiores para a grande área e uma auto-estrada de luz para Tello quando ele tem um lateral pela frente.
Oliver movimenta-se sempre de modo a dar uma linha de passe limpa e profunda para Tello.
Se o pequeno Tsubasa tivesse a qualidade de finalização de um Guarin era menino para fazer mais de 10 golos por época porque as assistências que recebe dentro da grande área são geradas pela sua esplendida movimentação sem bola.
Quando crescer (idade e corpo) e (se) ganhar killer instinct vai ser TOP Mundial.
Que vai crescer não tenho dúvidas. O killer instinct é mais difícil olhando para o típico médio espanhol que passa, gira e cria muito melhor do que finaliza.
Em qualquer caso acho que é um desperdício para os movimentos colectivos da equipa encostar Oliver na linha. Em jogos a doer precisamos mais do que a qualidade de movimentos sem bola. Precisamos de um maestro que pegue na equipa. Num médio líder.

Herrera – Fica um pouco perdido quando o jogo de triângulos abandona o centro para a ala.
Quando ele faz trio com Oliver e Casemiro tem mais apoio e mais campo para correr.
Quando os parceiros são Danilo e Quaresma a parcela de terreno é menor o que obriga a mais tabelas e passes curtos sobre pressão que o obrigam a jogar em toque.
Os períodos melhores do Herrera coincidiram com os momentos em que se libertou desses trios que criam crateras no eixo. O Mexicano é bom como 2.º avançado e a galope.
Para jogo de trote de toca e vai, estará sempre limitado.

Quaresma - Um jogo tranquilo, responsável e sem grandes ondas até ao momento que nos fez recordar aquilo que pensamos já não poder reviver.
Quaresma tentou bem a trivela porque os adversários e Danilo lhe deram espaço para isso.
Quaresma fez um grande golo porque ainda tem talento para o fazer. Valeu o bilhete!
Espero que o lance de ontem nos seja favorável no futuro. Tal ocorrerá se os adversários passarem a temer que Quaresma repita a graça o que libertará companheiros.
Se Quaresma pensar que merece repetir varias vezes um lance daqueles porque já provou que é capaz de o fazer, aí o génio de ontem pode prejudicar o futuro.
A linha de Quaresma deve ser a da tranquilidade e responsabilidade tentando o génio sempre que tiver espaço.
Se o génio for forçado então reviveremos a triste sina das bolas paradas em que Quaresma bate todo o tipo de livres sem que Maicon, Brahimi, Danilo, Quintero e Tello (todos eles marcaram golos de livre há menos tempo) tenham oportunidade de sequer tocar na bola.

Jackson – Simply the Best. Eu venho num crescendo de entusiasmo ao vê-lo jogar. Não há ponta de lança no Mundo que se adapte tão bem a qualquer estilo seja ele de toque, de profundidade, jogando fora ou dentro.
Não tem o killer instinct nem o jogo aéreo de Falcao, o génio de Ibrahimovic mas é o mais completo de todos.
Faz tudo. Tabela, ganha em corrida, faz de médio n.º 10, faz de extremo.
MVP. Olho para ele, Danilo, Alex e Oliver e às vezes penso que é possível o milagre.

Tello - Um jogo intranquilo até respirar com aquele fabuloso livre. Fabuloso porque teve técnica, direcção e força.
Na 1ª parte teve 2 armas para se tentar em exibir em bom plano. A velocidade que o distingue em qualquer lado e em qualquer desporto e o Encarregado de Educação Oliver Torres que lhe ia tirando de aflições sempre que não era hora nem havia tempo para correr.
“Estou sempre aqui Cristian! Não tenhas medo!”
Precisa de se sentir cómodo para poder estar no Recreio do Dragão sem protecção porque olhamos para as pinceladas de Tello e percebemos que se tudo se misturar num só jogador teremos um pintor daqueles.
O problema é para se ser pintor não basta pincelar bem.
Para início de conversa seria bom que Rui Barros ou alguém “MARCA DA CASA” lhe dissesse ao ouvido que mesmo que pareça inútil jamais deve desistir de perseguir uma bola no Estádio de Dragão.
Se o fizer vai ganhar inimigos para a vida e terá que marcar 3 livres daqueles por jogo para se livrar do cadafalso.
Como formação em sala não ficava mal mostrar-lhe aquele lance em que Lisandro Lopez persegue Cristian Rodriguez pelo campo como se ele lhe tivesse acabado de agredir a esposa num jogo em que o Benfica era o de Chalana e o campeonato já estava no bolso.


Rúben Neves - Entrou porque o “mal comportado” Casemiro já tinha distribuído a lenha do dia e era hora de alguém mais calmo tomar o seu ligar.
Foi o período em que o Paços se esticou mais não tendo sido possível detectar se foi por haver mais espreguiçar colectivo ou menos lenha individual.
É bom que vá somando minutos num lugar que esperamos que venha a ser dele por muitos anos.

Quintero – Jogos destes são a praia de Quintero. Ele brilha porque não há como não brilhar quando há espaço para receber e campo para olhar, pensar e definir com classe.
Um dos pontos positivos de Lopetegui é a forma como eu penso que ele olha para Quintero e percebe que sempre que pode tem que lhe dar tempo e minutos à espera que o colombiano tenha um click que o afaste definitivamente de um jogador de futsal que faz tudo bem mas quer um campo curto. Pela cultura e pelo estilo de jogo que cultiva Lopetegui será o último dos treinadores a desistir de puxar por Quintero.
Oxalá tenha sucesso.

Evandro – Se o estilo de jogo derivar para as trilogias laterais com o extremo e com o lateral Evandro ganha por KO a Herrera.
Deve ser o jogador do Porto que eu penso que merecia ter mais minutos.
Numa equipa tão jovem e algo imatura ter um jogador com a qualidade e a mentalidade veterana de Evandro não seria mal pensado.



Ficha de jogo:
 
FC Porto 5 - 0 Paços Ferreira
Primeira Liga, 19ª jornada
Domingo, 1 Fevereiro 2015 - 20:15
Estádio: Dragão, Porto
Assistência: 24.309


Árbitro: Marco Ferreira (Madeira).
Assistentes: Nélson Moniz e Sérgio Serrão.
4º Árbitro:
José Rodrigues.

FC Porto: Fabiano, Danilo, Maicon, Marcano, Alex Sandro, Casemiro, Herrera, Óliver Torres, Quaresma, Jackson Martínez, Tello.
Suplentes: Helton, Quintero (69' Quaresma), Reyes, Evandro (82' Herrera), Ricardo, Rúben Neves (65' Casemiro), Aboubakar.
Treinador: Julen Lopetegui.

Paços Ferreira: Rafael Defendi, Rodrigo Galo, Ricardo, Romeu, Hélder Lopes, Minhoca, Seri, Sérgio Oliveira, Vasco Rocha, Edson Farias, Cícero.
Suplentes: António Filipe, Bruno Moreira, Jaílson, Nélson Pedroso, Hurtado (67' Cícero), Fábio Cardoso (83' Edson Farias), Rúben Pinto (63' Minhoca).
Treinador: Paulo Fonseca.

Ao intervalo: 1-0.
Marcadores: Jackson Martínez (29'), Quaresma (40'), Quaresma (44' pen), Herrera (46'), Tello (83').
Disciplina: cartão amarelo a Jackson Martínez (28'), Hélder Lopes (39'), Casemiro (61'), Romeu (79').Segundo amarelo e vermelho a Romeu (81').


Por: Walter Casagrande

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Segunda Liga: FC Porto B 4 - 0 SP. Covilhã




O Porto B recebeu e goleou, na tarde deste Domingo, o Covilhã por expressivas quatro bolas a zero.



No onze portista destaque para os regressos ao onze de Lichnovsky no centro da defesa, Francisco Ramos no meio campo e Ivo Rodrigues e Gonçalo Paciência no ataque.



O jogo esse foi de sentido único. O Porto B entrou forte e pressionante na partida e reclamou o controlo total da posse de bola. Francisco Ramos e Leandro deram à defesa uma tarde tranquila, enquanto Pavlovski ficava livre para municiar um ataque com dois extremos rápidos, Ivo e Fred, e um ponta de lança que já dá que falar na equipa principal, Gonçalo Paciência.



Já o Covilhã não conseguia sair da teia montada pelo Porto e em nenhum momento conseguiu dar um ar da sua graça.



Foi assim naturalmente e bastante cedo que apareceu o primeiro golo portista. Na sequência de um canto, Pavlovski cruza para a área onde aparece muito bem Fred a finalizar.



O segundo golo não demora e surge também na sequência de uma bola parada. Desta vez é o mestre dos cruzamentos, o lateral Rafa, que cruza para o cabeceamento certeiro de Ivo.



O jogo do Porto era fluído e confortável, embora as oportunidades em jogo corrido não tenham sido muitas. No entanto, as bolas paradas resolveram o problema.



O terceiro golo surge assim de uma grande penalidade sofrida por Ivo. O extremo ainda falha o golo, mas na recarga, Francisco Ramos confirma.

3-0, tudo muito fácil para o Porto.



O jogo acaba por adormecer e chega-se assim ao intervalo com tudo resolvido.



Talvez por isso os jogadores portistas tenham entrado na segunda parte com pouca energia, mas o Covilhã também não aproveitou.



E o Porto B acaba mesmo com o jogo com um golo de Gonçalo Paciência, mais uma vez na sequência de uma bola parada.



Até final o Porto ainda desperdiça alguns golos feitos. Gonçalo falha uma grande penalidade e depois isolado frente a Taborda. E nem a irreverência do jovem Ruben Macedo altera o resultado final.



No final, fica uma vitória justa do Porto B.






Análise individual:



Gudino: Tarde tranquila e sem grandes trabalhos. Ainda assim, bem em dois momentos.



Victor Garcia: Bem pelo lado direito tanto na defesa como no apoio ao ataque.



Lichnovski: Bem sempre que chamado.



Zé António: Tranquilo.



Rafa: Muito bem na defesa, melhor ainda no ataque a desferir vários cruzamentos venenosos.



Leandro: Alguns erros que acabou por resolver ele próprio. Um bom jogo do médio.



Francisco Ramos: Melhor em campo. Foi o coração do meio campo. O homem que mais bolas recuperou e o que mais trabalhou. Ficou ainda na retina um grande passe para Ruben Macedo.



Pavlovski: Não conseguiu aparecer de forma consistente nos 90 minutos de jogo, mas quando apareceu fez valer a sua presença. Fica na retina um excelente passe a isolar Gonçalo.



Fred: Começou muito bem com várias jogadas de perigo, mas perdeu-se no jogo. Marcou o primeiro.



Ivo: Sempre virtuoso e com pormenores técnicos impressionantes. Marca o segundo golo.



Gonçalo: Um pouco abaixo do seu habitual. Ainda assim bem a jogar de costas para a baliza e a carimbar um bom golo. O penalti que marca é muito denunciado e acaba por falhar um golo isolado.




Tomás: Alguns passes errados, mas entrou com o jogo já resolvido.



Ruben Macedo: Muito rápido e irreverente pela direita.



André Silva: Nada de muito relevante.

 FICHA DE JOGO

FC PORTO B-SPORTING DA COVILHÃ, 4-0
Segunda Liga, 25.ª jornada
1 de Fevereiro de 2015
Estádio de Pedroso, em Vila Nova de Gaia

Árbitro: Luís Ferreira (Braga)
Ássistentes: Nuno Eiras e Luís Cabral
Quarto árbitro: Valdemar Maia

FC PORTO B: Raul Gudiño; Víctor García, Lichnovsky, Zé António e Rafa; Leandro, Francisco Ramos e Pavlovski; Frédéric, Gonçalo Paciência (cap.) e Ivo Rodrigues
Substituições: Leandro por Tomás Podstawski (57m), Frédéric por Ruben Macedo (73m) e Gonçalo Paciência por André Silva (76m)
Não utilizados: Kadú, David Bruno, Tomás Podstawski, Roniel, Pité e André Silva 
Treinador: Luís Castro

SPORTING DA COVILHÃ: Taborda (cap.); Tiago Moreira, Nana K, Edgar e Diogo Coelho; Zé Tiago, Agostinho e Carlos Manuel; Bilel, Erivelto e Traquina
Substituições: Traquina por Kizito (55m), Nana K por Yannick (78m) e Carlos Manuel por Samuel (78m)
Não utilizados: Igor, Vítor Massaia, Vasco, Adriano, Yannick e Samuel
Treinador: Francisco Chaló

Ao intervalo: 3-0
Marcadores: Frédéric (2m), Ivo Rodrigues (16m), Francisco Ramos (38m) e Gonçalo Paciência (66m)
Disciplina: cartão amarelo a Taborda (37m), Leandro (45m), Gonçalo Paciência (54m), Tomás Podstawski (59m), Carlos Manuel (68m), Nana K (69m), Tiago Moreira (79m) e Kizito (90m)

Por: Prodígio 

Meter os móveis na lareira...



O tempo é de regressar às vitórias! Depois de uma derrota na Madeira, mais do que nunca o FC Porto necessita de vencer, recebendo desta feita o Paços de Ferreira para a 19ªjornada, formação que encontra-se na sétima posição, estando a cinco pontos de um lugar que lhe possa dar acesso na próxima época às competições europeias.

O Paços de Ferreira vem com a motivação elevada, após levar de vencida o Benfica por uma bola a zero, regressando aos triunfos para a Liga, isto depois de ter estado quatro encontros sem vencer.

Este jogo no Dragão marca o regresso de Paulo Fonseca a um local onde não foi muito feliz, ele que actualmente está suspenso por 10 dias devido a expulsão na ronda anterior, fazendo com que o adjunto Nuno Campos lidere a equipa a partir do banco de suplentes. Atendendo à excelente resposta proporcionada pelo colectivo no jogo contra o Benfica, provavelmente a turma pacense irá manter o onze, continuando privado da utilização dos centrais Ricardo Ferreira e Rafael Amorim, fazendo com que Romeu Rocha seja adaptado ao centro da defesa.

Uma das novidades promovidas por Paulo Fonseca diz respeitante ao sistema táctico. Tradicionalmente, o Paços de Ferreira ao longo do anos se apresentava num 4-3-3 (alternando o meio-campo com um médio defensivo/dois pivot´s), no entanto, em 2014/2015, o 4-4-2 veio para ficar e foi precisamente esse o sistema lançado no jogo frente ao Benfica.
Assim sendo, o quarteto defensivo deverá manter-se com o Rodrigo Galo na direita e o Hélder Lopes sobre a esquerda, jogando à frente do guardião Rafael Defendi, os centrais Ricardo Ferreira e Romeu Rocha.

Sobre o meio-campo a dupla Sérgio Oliveira e Seri (curiosamente dois jogadores que jogaram juntos na equipa “B” portista) estão de pedra e cal no onze. Numa primeira fase de construção, o Sérgio Oliveira inicia a sua condução, ele que possui uma boa capacidade de passe e visão de jogo, como tal, o FC Porto terá que ter uma certa atenção, sobretudo nos lançamentos em profundidade para o sector ofensivo e igualmente aos esquemas tácticos ofensivos cobrados pelo jovem médio português. Quanto ao Seri, é essencialmente um atleta de muito trabalho, importante para as coberturas, sendo incansável na luta de meio-campo, procurando igualmente estar sempre bem posicionado, de forma a receber a bola e jogar de pronto para terrenos mais adiantados.

Nos corredores laterais, o açoriano Minhoca e o Vasco Rocha (irmão do Romeu Rocha) deverão ser as escolhas iniciais, sendo dois jogadores virtuosos com bola e que procuram constantemente movimentos interiores de forma a proporcionar desequilíbrios favoráveis à sua equipa. Como principal alternativa surge o peruano Hurtado, jogador muito rápido e competente sobretudo no momento de transição defesa/ataque. Quanto ao ataque, Edgar Farías fará dupla com o possante Cícero. É uma dupla interessante, sendo que o Farías serve como um “9,5”, conferindo bastante mobilidade no último terço, enquanto o Cícero faz valer e muito da utilização do seu físico, de forma a ganhar os duelos individuais.

FC Porto e Paços de Ferreira já se encontraram esta temporada, na altura num jogo a contar para a segunda jornada do campeonato, onde os dragões venceram na Mata Real o Paços de Ferreira por 1-0, cabendo o tento do triunfo ao goleador Jackson Martínez, golo esse que surgiu perto do final da primeira parte.

Quanto ao FC Porto, o técnico Julen Lopetegui deverá naturalmente proceder a diversas alterações no onze inicial – isto comparativamente ao jogo realizado para a Taça da Liga – sendo expectável mexidas em todos os sectores.Para este jogo o central Martins Indi não será opção devido a castigo, com o espanhol Marcano a perfilar-se como principal alternativa, formando dupla com o central Maicon. Contando com o regresso de Aboubakar.


Lista de 18 convocados:

GR:
Helton e Fabiano

Defesas: Danilo, Maicon, Marcano, Reyes, Alex Sandro

Médios: Casemiro, Quintero, Evandro, Herrera, Óliver Torres, Rúben Neves

Avançados: Quaresma, Jackson Martínez, Tello, Ricardo, Aboubakar


Entram: Fabiano, Maicon, Alex Sandro, Casemiro e Abou

Saem: Ricardo Nunes, Martins Indi, José Ángel, Campaña e Gonçalo Paciência


Por: Dragão Orgulhoso
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