quarta-feira, 25 de novembro de 2015

O ERRO MAIS IMPORTANTE DO ANO



Na temporada passada Lopetegui cometeu alguns erros. O principal foi ter subestimado o Sporting a a importância daquela eliminatória da Taça com um 4-4-2 com Adrian e Quintero no 11.

Pensei que um erro do género não seria possível de repetir com 18 meses de Porto. Já conhece a cidade, o clube, os adeptos e a exigência. Aqui não se brinca.

Na 2ª feira disse, em plena conferência de imprensa, que o jogo contra o Dinamo de Kiev era, até à data, o jogo mais importante da época.

A frase é forte e tinha razão de ser. O Porto estava a fazer uma boa Champions mas o sonho facilmente viraria pesadelo com um desaire.

Virou. O jogo desta 3ª feira é daqueles que permitem que daqui a uns tempos treinadores/jogadores/comentadores digam aquelas famosas frases em que atiram para as calendas do passado a responsabilidade de uma eliminação.

“Na realidade o Porto não foi eliminado hoje. Foi contra o Kiev que o apuramento se perdeu”.
Um dos problemas de Lopetegui são as consequências da sua reacção face ao inesperado. Muitas vezes ele é capaz de pensar e reagir bem mas ignora a capacidade que a sua equipa e jogadores têm para mudar a agulha ou tentar algo diferente. 

Neste caso é pior. A frase de 2ª feira revelava que ele sabia o que esperava. Tinha tempo para reagir e tinha tempo para preparar a equipa para a reacção.

Em jogos de dificuldade elevada era hábito o Porto jogar com 4 médios. Com isso conseguia controlar a partida e, por essa via, ser sólido defensivamente.

A única partida de Champions em que nos apresentamos com 3 médios foi a que jogamos em casa com o Maccabi. A 1ª parte dessa partida com Rúben, Imbula e André deveria ter sido vista e revista.
O meio-campo passador quando se joga com um jogador que acha que só está em jogo quando tem bola e outro que tenta estar em jogo sempre mas só o consegue fazer quando tem bola.
Só 1 médio a pressionar não chega.

Esse mesmo meio-campo a 3 tinha jogado contra o Benfica naquela 1ª parte em que Casillas nos deu vida.

Nos 2 jogos foi preciso dar Danilo à equipa para, pelo menos, ter 2 médios com força na pressão, capacidade na disputa de duelos individuais e recuperação de bola.
Contra o Braga também abdicamos do controle da partida que os 4 médios nos costumam dar sem que tal tenha sido recompensado com o talento desequilibrante do avançado que se soma.

Aqui na Tribuna Portista deixei claro qual o principal motivo da perda de pontos:
O FARDO FRANCÊS.
Ora, na 2ª feira Lopetegui diz que vem aí o jogo mais importante do ano.
Para o jogo mais importante do ano deixa de fora o até agora melhor jogador do ano.
Para o jogo mais importante do ano deixa de lado o até agora melhor modelo tactico do ano.
Para o jogo mais importante do ano dá à equipa o pior meio-campo do ano.
Com um Rúben Neves que é dos melhores da equipa quando o Porto controla o jogo mas é dos piores quando o Porto ainda não controla mas precisa de controlar.
Com um Imbula que é o Adrian de 2015/16 com a agravante que é mais dramático jogar com menos um numa zona nevralgica do terreno do que na frente de ataque.
Imbula e Rúben Neves são 2 jogadores que só mostram o seu melhor quando a equipa controla as partidas e lhes dá espaço para mostrarem o seu talento individual.
Lopetegui começa a perder a partida aqui.

Ao forçar o Fardo francês no jogo mais importante do ano.

Ao pensar que o Rúben de 18 anos chega para jogar por ele, pelo fardo e para suportar o meio-campo da selecção da Ucrânia.

Para além do erro colossal de Lopetegui podemos somar o azar. Azar porque Maxi jogou como se tivesse 40 anos e com o cu pesadissimo.

Azar porque Tello foi o da pior versão. Azar porque o Aboubakar foi o pior do ano.
Azar porque Brahimi não era o dos melhores dias. Azar porque Casillas frangou.
Podia somar estes azares e ilibar Lopetegui do erro colossal.
Estou mais tentado a pensar que o erro colossal provocou alguns desses azares. Provavelmente o cu de Maxi não ficaria mais leve, mas Tello, Brahimi e Aboubakar teriam mais e melhor jogo.
De certeza absoluta que Danilo, Layun, Indi e Marcano ficariam menos expostos.
Foi o pior jogo do ano.
Tirando os primeiros 15 minutos onde um Dinamo Kiev mais acabrunhado nos deixou esticar os braços, a partir daí mandou quem teve meio-campo.
Quem jogou com um 6 claro (Rybalka) ao contrário de um modelo hibrido desresponsabilizante (Danilo ou Rúben).

Quem meteu 2 médios centro verdadeiramente pressionantes (Sydorchuk e Gramash) à frente da saída de bola do Porto e que permitiu que Derlis e Yarmolenko recebessem a bola no último terço ao contrário de Brahimi e Tello que se quisessem ter bola tinham que vir ocupar o imenso buraco vazio atrás de Aboubakar.

Tello já se sabe que não quer. Brahimi já se percebeu que era melhor que não quisesse.
Foi mau demais. O que se tinha visto na 1ª parte do Porto – Maccabi foi replicado no Porto – Kiev. Para pior porque toda a equipa do Kiev é melhor. 

Para pior porque não havia um jogador na zona central que pressionasse a nivel Champions entre Aboubakar e Danilo Pereira.

O golo nasceu meio torto mas o resultado no final da 1ª parte era justo, muito justo, justissimo.
Ao intervalo pensei com os meus botões:
Pelo rendimento individual e estratégia colectiva eu faria umas 4 substituições.
Tiraria Rúben, Imbula, Tello e Aboubakar e incluiria André André, Evandro, Corona e Osvaldo.
Ainda pensei em Bueno por Brahimi mas tenho sempre medo de tirar o argelino (o jogo deu-me razão).

Se tivesse Maicon no banco também tiraria Maxi.
Lopetegui viu bem que Maxi estava a jogar mal mas ficou cego para o mundo de problemas que a equipa demonstrava.
Aquele Layun à direita e o Indi à esquerda seriam à partida melhores que o Maxi pesadão à direita e o Layun à esquerda.
Só que.....
Marcano e Indi a centrais são melhores que uma dupla Danilo e Marcano.
Danilo a trinco é melhor que Rúben Neves. Principalmente num contexto em que o jogo é repartido e o Porto precisa primeiro de mandar, para depois pensar em como mandar.
Imbula ficou lá. Imbula ficou lá. COMO FOI POSSIVEL?
Se há uma 1ª substituição obrigatória era André André por Imbula.

Assim, melhorou a capacidade de pressão alta, a capacidade de desequilíbrio com mais um médio com chegada, a capacidade de controlo defensivo da faixa mas manteve a inferioridade numérica numa zona nevrálgica, a inferioridade na capacidade de choque e piorou a estabilidade do eixo central defensivo.

A soma de todos estes efeitos até foi positiva logo de inicio. Na realidade, dar André André ao Porto de 2015/16 é tão bom que desconfio que qualquer jogador que saísse geraria um efeito positivo no rendimento da equipa.

Durou pouco mais de 10 minutos este efeito. A partir daqui voltaram os problemas que Lopetegui não resolveu no meio-campo.

A partir daí o problema dum 6 mais macio e de um central que não é central ficou à vista.
Brahimi no papel de 8 perde uma bola no meio-campo defensivo e entre Derlis e Casillas só havia o central Danilo. Sai uma frangalhada que castigou justamente o Porto de Lopetegui.
Imediatamente Lopetegui reage como um treinador que as bancadas apreciam. Com cojones.
Mete mais avançados e vamos a eles.
Esqueceu-se de um pequeno pormenor. A equipa não sabe jogar assim. A equipa não está preparada para jogar assim.
Jogou como está treinada para fazer com um fato que não cabia nesse estilo.
Um desastre autêntico. Os últimos 30 minutos foram vexantes tamanho o contraste do que se devia tentar fazer com o modo como se tentou fazer.
Um losango amputado dos vértices laterais com Rúben a 6 e André a 10 e os erráticos Tello e Corona na linha da dupla de pontas de lança.
Depois, defesa a 3 com Danilo a subir mas com o vazio entre Rúben e André a persistir.
Tudo o que Lopetegui tentou falhou. Tudo o que Lopetegui tentasse falharia.
Falharia porque esta equipa está bem treinada para o Plano A. A posse, o controle, a segurança defensiva que daí resulta e a capacidade de transformar a quantidade de futebol ofensivo (consequente e inconsequente) em golos que garantam a vitória equipa.
Não tem Plano B, nem C, nem D.
O Plano A é bom e já provou que resulta.
O Plano B é mau, o C é péssimo e o D é pior que péssimo porque a equipa só sabe jogar num plano em que está confortável.
A partir daqui há 2 leituras.
Lopetegui tem que treinar outros modelos!
Depende, digo eu.
Não há garantias que mudar de Plano nos faça virar jogos. O que temos visto (o ano passado e este ano) é que a mudança de plano no meio do jogo acaba sempre mal.
O meu conselho para Lopetegui é que faça aquelas substituições que irritam as bancadas sempre que o resultado não é do nosso agrado.
Uma como Aboubakar por Osvaldo como no Dragão contra o Benfica. Resistir a mudar de plano normalmente corre melhor do que revolucionar a equipa.
Está à vista de todos.
Jogar só com o Plano A.
Não subestimar a importância que os melhores jogadores da equipa têm para a rentabilidade do Plano B.
Acreditar no que faz bem, nunca nunca nunca subestimar um adversário, esquecer a rotatividade que nos tira fora de competições e ser teimoso como uma mula aos apelos das bancadas. Osvaldo por Aboubakar mais vezes. Plano A.
Pode ser inútil mas pelo menos não estraga.

 
Análises Individuais

Casillas – A verdade verdadinha é que tirando o jogo com o Benfica não há clara mais-valia na baliza do Porto. Na Champions já deu o frango à Helton e fica atrás de Fabiano que nos levou aos quartos.
Na 1ª parte ainda evitou o pior mas aquela mãozinha morta, mãozinha morta veio bater a porta da Champions na nossa cara.

Maxi – Se não me tivessem dito pensaria que o uruguaio teria chegado na 2ª feira à noite da selecção. Começou o jogo como se estivessemos no prolongamento. Ainda estávamos na 1ª parte e pôs-se a ajeitar as meias e as caneleiras na linha de fundo ofensiva como se o jogo esperasse por ele.
Pareceu faltar muita energia e não fosse o exemplar profissionalismo de Maxi já revelado há 8 anos diria que a atitude seria de questionar.

Layun – A este não faltou energia mas capacidade defensiva. Teve o azar de apanhar pela frente o melhor extremo do Kiev em cada parte. Na 1ª Yarmolenko que beneficiava da superioridade que os ucranianos tinham na ala (Brahimi não ajuda) e no meio (a defender Imbula e Rúben não faziam 1 jogador). Na 2ª parte Derlis que aproveitou bem o desgaste fisico e o buraco no meio-campo que Lopetegui não tapou.

Indi – Os centrais estão mal habituados. Quando a equipa controla o jogo têm que intervir umas 4/5 vezes e algumas com bolas semi-mortas. Isto vale para Angrense mas também pode valer para Basileia, Bilbao, Chelsea e Bayern.
Se a equipa está estruturada os defesas centrais estão protegidos.
Quando isso não acontece são obrigados a intervir umas 15/20 vezes e em lances de 1 para 1 ou 2 para 2.
Com um meio-campo assim Junior Moraes parecia o Schevchenko. Indi foi à luta e quando perdeu fez falta. Na esquerda cumpriu não deixando Yarmolenko brilhar na 2ª parte.

Marcano – Outro mal habituado. Teve que fazer o que Brahimi não faz com Layun e foi obrigado a ajudar Danilo nos buracos que o meio-campo suicida de Lopetegui abriu.
Lutou como de costume mas foi exposto como nunca. No jogo em que perdemos 0-2 os 3 melhores jogadores em campo foram os centrais e o AVP de sempre.

Danilo Pereira – Nesta altura da temporada era suposto que Lopetegui tivesse a afirmar Danilo como o 6 da equipa. Em vez de isso continua num carrossel de médios e de modelos que adiam a rotina que todo o meio-campo precisa. É só pensar na 2ª volta do ano passado para perceber que quando se estabiliza um meio-campo e um modelo a equipa só tem a ganhar.
A médio-defensivo fez o que pode perante o buraco. A defesa-central fez o que pode perante o buraco. Não foi o suficiente para impedir Derlis de rematar frouxo em direcção à mão morta de Casillas.

Rúben Neves – Imprescindivel se o Porto mandar no jogo. Se o Porto tiver 65% ou mais de posse de bole.
Vê melhor que os outros, quais os melhores caminhos para a bola e tem uma capacidade única de a lá colocar com o passe. Pode falhar, mas é muito bom nesse domínio.
Como Ryan Giggs no Manchester (quando jogava no meio) ou Andrea Pirlo na Juventus tem a inteligência toda do mundo mas não tem a capacidade e a potência fisica para dar resposta defensiva cabal quando está no centro do furacão.
Pirlo e Giggs já não tinham e Rúben ainda não tem. Essa é a nossa vantagem. Ele ainda vai ter.
Rúben foi dos mais esclarecidos na distribuição mas não consegue roubar bolas, não consegue encostar e roubar, não mete medo, não ganha duelos.
Tenta mas não dá. Com 3 médios e ele no centro do furacão fica curto. Com Danilo e o Fardo Francês fica cabeça, pescoço, pés e joelhos destapados tão curto é o tapete.

Imbula – Se Rúben percebe, tenta, mas não consegue o francês que virou fardo não percebe, não tem noção que precisa de tentar e por isso não consegue.
Para Imbula pressionar o portador adversário é correr em direcção a ele e parar, especado, a 20 centimetros de distância. Não tenta roubar nem sequer disputar a bola.
Imbula só disputa a bola quando ela fica dividida na sequência de uma jogada que ele próprio inicia. Só nessa circunstância – em que o francês perspectiva o final de uma das suas iniciativas individuais – é que ele mete o corpo, o pé e vai à luta para reconquistar o que ele próprio tinha perdido.
Só quando ele está em causa é que Imbula percebe, tenta e consegue.
Para Imbula o desafio são lances individuais. Uma boa exibição é saber se o que faz quando tem a bola é bem sucedido. Joga como se fosse um Fórmula 1 numa sessão de qualificação em que uma melhor volta apaga 5 despistes.
O estado aéreo é tal que a única vez em que mete o pé a defender é na nossa grande área e num lance que não tinha perigo absolutamente nenhum.
Exibição miserável. Tinha que ter saído ao intervalo. Era obrigatório.

Tello – Já todos sabemos o que Tello (não) vale. Perante blocos baixos não rende.
Quando a equipa não está em dia sim não rende.
Quando a equipa não o procura não rende.
Quando...... não rende.
Um perfil de jogador que exige que o céu esteja estrelado, os planetas alinhados e tudo na mais infima perfeição não pode ganhar o que Tello ganha.
Na 1ª parte foi incapaz de desequilibrar e na 2ª parte incapaz de finalizar quando Brahimi lhe deu um bombom.
Tello começa a mostrar que não é jogador de equipa grande. Do outro lado estava outro hablante de espanhol que mostra que a rapidez é importante mas não é tudo.

Brahimi – É o mais desequilibrante dos extremos do Porto. É guloso, por vezes chato mas é o que temos. Cabe ao Porto tirar melhor partido do que tem e acautelar-se com os defeitos que Brahimi tem.
Um bom meio-campo que o obrigue a ser avançado seria um bom começo.
Um mau meio-campo ou um meio-campo inexistente faz com que Brahimi caia na tentação de ser construtor. Deu no que deu. Assistência para Derlis e 2-0.
Quando saiu a equipa morreu ofensivamente. Perante o que estávamos a ver em toda a equipa castigar o erro de Brahimi foi um péssimo negócio para Lopetegui.

Aboubakar – Foi inexistente. Não jogou mal porque não teve jogo. Não tocou na bola porque não foi capaz de se dar tanto ao jogo como seu viu no ínicio da época.
Está em baixo de forma e o estado da equipa só o afunda mais.


André André – Estava a 100%. Que puta de brincadeira foi essa Lopetegui?
Um jogador que tem sido sistematicamente o melhor em campo é colocado no banco.
Um jogador que não tem conseguido integrar-se na equipa e com exibições cinzentas vai para o 11.
No jogo mais importante do ano? É para rir?
André André foi o Always Valuable Player do Costume. Jogou como de costume e mexeu na equipa ofensivamente como de costume sem deixar de meter o pé a defender.
Que puta de brincadeira foi esta Lopetegui?

Corona – É desculpado por ter entrado na pior fase na equipa mas conseguiu ser mais errático do que Tello. Cada tiro cada melro.

Osvaldo - Entrou na fase em que Lopetegui destruiu a mecânica da equipa sem que a equipa jogasse em consonância. 2 avançados espadaúdos e 0 jogo directo.
Foi uma inutilidade com responsabilidade de Lopetegui.

 
Ficha de Jogo
 
FC Porto 0 - 2 D. Kiev
UEFA Champions League, Grupo G, 5.ª jornada
ter, 24 Novembro 2015 • 19:45
Estádio: Dragão, Porto

Árbitro: Carlos Velasco Carballo (Espanha)
Assistentes: Roberto Alonso e Juan Yuste; Jesús Gil Manzano e Carlos Del Cerro (Espanha)
Quarto Árbitro: Angel Nevado Rodriguez (Espanha)

FC PORTO: Casillas, Maxi Pereira, Martins Indi, Marcano, Layún, Danilo Pereira, Rúben Neves (c), Imbula, Tello, Aboubakar, Brahimi.
Suplentes: Helton, Herrera, Evandro, André André (46' Maxi Pereira), Corona (67' Imbula), Bueno, Dani Osvaldo (67' Brahimi).
Treinador: Julen Lopetegui.

DÍNAMO KIEV: Shovkovskiy (c), Danilo Silva, Khacheridi, Dragovic, Antunes, Sydorchuk, Rybalka, Garmash, Yarmolenko, Júnior Moraes, Derlis González.
Suplentes: Rybka, Miguel Veloso, Petrovic, Gusev, Buyalskiy (84' Sydorchuk), Belhanda (78' Derlis González), Teodorczyk (86' Júnior Moraes).
Treinador: Serhiy Rebrov.

Ao intervalo: 0-1.
Marcadores: Yarmolenko (35’ pen), Derlis González (64’).
Disciplina: cartão amarelo a Danilo Silva (36'), Garmash (38'), Sydorchuk (68').

 



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