domingo, 5 de julho de 2015

Grémio Nacional

#Benfica #FCPorto #Sporting #Joker
 Na solenidade
Dum grave cortejo
Todo um ensejo
De “civilidade”!

Saiu o símbolo
Pr’a trasladação
Que ao Panteão
Lá se toc’o hino!

Tod’um aparato
Na bela capital
Deste Portugal
Em evento barato…

Foi valor bem pago
Por essa homenagem!
Veja-se a mensagem
Par’o Saramago!?

Ser um Nóbel prémio
Não lhes dá direito
Ao séquito escorreito
Do estádio ao grémio!

Qu’é o que parece
Um clube privado
A escolha do Estado
No qu’o “engrandece”!

Já Egas Moniz
Outro laureado
Não foi “premiado”
No Panteão do país…

E o que dizer
De Sousa Mendes?
Nome próprio? Aristides!!
A nunca esquecer!!

E Fernando Pessoa
Ou Miguel Torga?
Quem é qu’os “aborda”
No Panteão de Lisboa?

Foi-se um dos símbolos
Do velho regime
Que sem culpa, ou crime
Acareou os “títulos”!

Não nos olvidemos
Desses velhos tempos
Qu’hoje, por momentos…
Bem os revivemos!

O regime em peso
Por submissão
Esteve no Panteão
Pra seguir ileso!

Há que agradar
À grande maioria
Que votou um dia
No grande Salazar!

Com’o maior Português
Na TV, por pública
Como se na República
Governasse outra vez…

E tendo esse herói
Trajado a vermelho!
O regime, ainda que velho
Nunca se corrói!

Há que laurear
Todo e qualquer morto
Do Fado ao Desporto
Só pr’a “democratizar”!

Pois que elitista
Estav’o Panteão!
E lá haveria razão
Pr’a não ser populista?

Todo o instrumento
Feito na política
Faz-se na estatística:
Traz-nos crescimento?

E se não de dinheiro
Ao menos de votos!
E se forem de “mortos”
Os do Panteão, primeiro!!


 Por: Joker

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