segunda-feira, 20 de julho de 2015

À atenção do FCP


Durante várias décadas o clube azul e branco teve o condão de saber liderar a hegemonia do futebol português, hegemonia essa que teve o seu lançamento nos tempos de José Maria Pedroto, que com a carismática liderança de Pinto da Costa iniciaram em conjunto um ciclo vitorioso sem precedentes no nosso país, muito ao invés do que tem acontecido com o SCP, que praticamente no mesmo período de tempo, esteve quase sempre arredado dos principais títulos em Portugal e que neste momento se prepara para relançar esse desiderato, ao apresentar-se este ano como um sério candidato a vencer todos os títulos em disputa, pelo menos parece ser esse o principal objectivo da Direção do SCP, ao contratar contra todas as expectativas JJ ao SLB, reforçar-se com alguns jogadores de renome sem fazer muitos estragos na sua atual equipa, e fazer retornar ao clube individualidades de renome e carisma leonino como Otávio Machado e Manuel Fernandes, que no entanto, só o tempo e principalmente os resultados desportivos ditarão se foram boas ou más escolhas para o clube de Alvalade, independentemente das suas capacidades profissionais e desportivas. 

Neste enquadramento, se o FCP quiser continuar a ser o clube português e mundial que melhor tem sabido tirar partido das melhores transações de jogadores e de mais-valias, se quiser retornar com pujança à liderança do clube em Portugal com mais títulos conquistados, com o melhor modelo de gestão e organização desportiva, e ainda, com o maior poder financeiro para continuar a contratar jogadores de topo, sendo hoje todo este projecto desportivo objeto de uma profunda análise e imitação de muitos outros clubes no estrangeiro e a nível nacional, e afirmo isto mesmo correndo o risco de saber que muitos dos leitores que irão ler esta crónica, certamente que terão toda a liberdade para discordar deste princípio de raciocínio, tendo em conta o que se passou, ou não, com o famigerado “Apito Dourado”, que apesar de nunca se provar a culpabilidade do mesmo em termos jurídicos, continua a manifestar-se fora do reino do dragão como um argumento de arremesso de responsabilidades, sempre que é preciso justificar os fracassos dos nossos adversários, como se tudo o que se tenha passado, ou não, tenha por direito próprio de perdurar para sempre no tempo como uma desculpa esfarrapada por quem não tem capacidade de resposta para contrariar e justificar as vitórias do FCP, ou então, as últimas afirmações do árbitro Marco Ferreira também teriam que ser esmiuçadas até às últimas consequências pela gravidade que as mesmas se pronunciaram na praça pública, mas na realidade na comunicação social, o que se tem visto sobre esta matéria é uma espécie de amnésia total com todo o sentido do encobrimento absoluto do facto, como se nada se tenha passado para aqueles lados, mas certamente se fosse ao contrário estaríamos já em cena com um enorme romance à volta do acontecimento, situação para a qual já estamos habituados ao longo dos anos, e à qual damos como resposta cabal a conquista de mais títulos.

Ao pretender chamar a atenção do FCP para o atual panorama do nosso futebol, prende-se essencialmente com o facto de os nossos eternos rivais de Lisboa se prepararem para tentarem contrariar a hegemonia do FCP nas quatro linhas, ou não, não que os mesmos não tenham o mesmo direito por também se configurarem como dois grandes clubes que são de facto, mas na verdade, tendo em conta toda a forma como têm ultimamente gerido os seus clubes, não será difícil perceber que o método de gestão que utilizam no momento passa muito por uma cópia em forma de plágio recôndito do que tem sido exibido pelo FCP nestes últimos anos, razão pela qual o FCP deverá preparar-se para o impacto que aí vem, pois se não estivermos devidamente atentos e nos desviarmos nem que seja um milímetro da mesma linha de raciocínio, se não estivermos sempre num processo evolutivo e sempre acima dos nossos eternos rivais, podemos ser igualados ou até ultrapassados pois vontade não lhes falta.

Por: Natachas.


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