terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Será que a FPF está de volta ao passado?


A FPF celebrou o seu primeiro centenário com uma gala com toda a pompa e circunstância, onde teve oportunidade de premiar os que, na sua ótica pessoal ou através de uma votação on-line, mais se distinguiram no desempenho das suas várias funções naquela instituição desportiva, evento que de certa forma até se deve aplaudir pela iniciativa e oportunidade, pois, é sempre bom para quem contribuiu durante anos com o seu esforço e dedicação, sentir por parte da instituição que representa, ou representou, um merecido carinho e uma lembrança que pontifique para memória futura.

No entanto, quando se tem em mente como princípio de base, homenagear personalidades num universo tão diversificado como este, deve-se ter sempre o cuidado de ser o mais isento possível, ter a sensibilidade de escolher com rigor para não ferir idiossincrasias, e não deixar esquecidas personalidades ímpares que a própria história tenha por si só já enaltecido, avaliado e perpetuado como muito importantes durante um determinado período de tempo, sob pena de estarmos a contribuir diretamente para a proliferação de conflitos de interesses associados a ódios antigos de orientações clubistas, que por sua vez, alguns jornais da especialidade e outros órgãos da comunicação social bem apreciam e tentam reintroduzir de imediato no meio futebolístico nacional, tendo em conta o pseudo ressurgimento do SLB na hegemonia do futebol português, que durante várias décadas a perdeu a favor do seu rival do norte, o FCP, aparecendo agora uma nova campanha instalada na opinião pública, no sentido de preparar e alterar certos princípios de base no que toca à liderança do futebol português, não sendo por isso na minha ótica, estranha esta forma de atuação de uma FPF que sempre esteve ligada na sua génese aos interesses dos clubes do Terreiro do Paço da capital portuguesa.

Neste enquadramento, e sem me surpreender de todo esta forma de agir e estar no mundo do desporto português e dos seus agiotas, a que a gente do norte sempre esteve habituada a lidar com esta situação, tendo nas últimas décadas sabido dar uma resposta cabal ao seu melhor nível, o que se lamenta é o esquecimento puro e simples, hipócrita, injusto, vingador e traiçoeiro na referida gala de personalidades que tanto deram e contribuíram para engrandecer o desporto nacional e o futebol em particular, pois, a FPF ao esquecer-se pura e simplesmente, nem mesmo fazendo uma menção honrosa, a personalidades como, Pinto da Costa, que queiram ou não, que tentem ou não surripiar da realidade, será sempre lembrado como o melhor e o maior presidente da história do futebol mundial, não só pela notável obra realizada ao serviço do seu clube, como também pelos títulos nacionais e internacionais conquistados durante a sua vigência, que não podem ser negados por ninguém, e que tanto têm incomodado muita gente frustrada que por aí gravita, da mesma forma que é lamentável a mesma FPF, ter-se esquecido do trabalho realizado por José Maria Pedroto, um símbolo do futebol português como treinador e mentor, pelas barreiras que ajudou a derrubar, tanto ao serviço do FCP, como também ao serviço da própria instituição desportiva que não o reconheceu como tal, o que considero ambas as situações uma afronta e um desrespeito total à nação portista e ao povo português em geral, pelo menos aquele verdadeiro povo do norte que sabe e entende de futebol, e não está ligado a altos interesses instalados na sociedade.

Por fim, e parafraseando um dos premiados na cerimónia da gala organizada pela FPF, a que eu me associo e subscrevo como sustentáculo substantivo da minha crónica, diria também que, “É tempo de varrer a porcaria que há na FPF“.
 
Por: Natachas.

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