terça-feira, 30 de setembro de 2014

Champions League, 2ª Jornada; Shakhtar D. 2 - 2 FC Porto: Erros nossos, média fortuna, Jackson Ardente!

#FCPorto #ChampionsLeague #Shakhtar

Emoções ao rubro em Lviv! Num espaço de cinco minutos passou-se do “inferno” ao “céu” e o empate que antes parecia ser um resultado bastante curto para a exibição protagonizada pelos dragões, acabou por ser extremamente saboroso face o resultado registado até aos 88 minutos da partida, num encontro onde deu para tudo: grande penalidade desperdiçada; dois golos completamente oferecidos ao adversário fruto de dois erros individuais. Erros dos quais a este nível diria mesmo…imperdoáveis…

Comparativamente ao encontro realizado em Alvalade, Julen Lopetegui volta a surpreender, desta feita com a relegação do goleador e capitão Jackson Martínez para o banco de suplentes, dando oportunidade inicial ao camaronês Aboubakar de mostrar serviço. Uma das dúvidas prendia-se quem seria o jogador a entrar na posição “6”, sendo que o espanhol Marcano acabou por ser o escolhido, numa posição que o mesmo nunca tinha desempenhado ao mais alto nível, no entanto, é justo realçar que esteve bem enquanto foi opção nessa posição, sendo sacrificado face à desvantagem no resultado.

Quanto ao Shakhtar, o romeno Mircea Lucescu nesta fase inicial de temporada em termos tácticos tem variado entre o 4-1-3-2 e o 4-2-3-1 e tal como fez na ronda inaugural diante do At. Bilbao optou pela utilização de um 4-2-3-1, optando por dois jogadores trabalhadores na zona central do meio-campo, conferindo assim maior liberdade ao quarteto da frente, nomeadamente a Alex Teixeira, que actuou nas costas do Luiz Adriano, jogando sobre as alas o Taison na esquerda e o Douglas Costa na direita.

Ao longo dos 90 minutos, os comandados de Lopetegui foram superiores ao Shakhtar, revelando a turma azul e branca uma boa pressão colectiva, permitindo recuperar em zonas adiantadas no terreno a bola e a partir daí iniciar a construção ofensiva. Mais uma vez assistimos a muita circulação de bola no meio-campo defensivo, faltando maior objectividade e eficácia a partir do meio-campo ofensivo, não deixando de ser preocupante claro está, mas por outro lado, assistimos a uma excelente organização defensiva e uma equipa compacta e equilibrada no momento de transição ataque/defesa.

Os golos da equipa ucraniana nascem de dois erros inacreditáveis – primeiro de Óliver e depois de Maicon – e só assim foi possível desequilibrar em favor da turma orientada pelo veterano Mircea Lucescu, porque a nível de organização/transição, os ucranianos revelaram inúmeras dificuldades nas criações de espaços e movimentos em ruptura no último terço. A vencer por 1-0, o Shakhtar claramente deu sinal ao FC Porto que o momento seria de preocupação exclusivamente defensiva e como tal, aproximaram a linha intermédia da defensiva, defendendo praticamente com todos os jogadores atrás da linha da bola. 

Nesse momento o que se pode exigir? Paciência…muita paciência na circulação de forma a criar desequilíbrios nas zonas de decisão e como tal o momento seria encontrar o tal espaço livre que pudesse proporcionar o tão desejado golo! Apesar das dificuldades e da tal paciência a ser exigida, diga-se que as oportunidades foram-se acumulando cada vez mais e o golo estava próximo…contudo, o impensável voltou a surgir, com o brasileiro Luiz Adriano a colocar o Shakhtar na frente por duas bolas a zero. Se estar em desvantagem por um golo já seria com um enorme sabor a injustiça o que dizer disto? Bem, mas como isto é quando o árbitro apita para o términus da partida, o impensável aconteceu mesmo e num curto espaço de tempo, o FC Porto marca por duas vezes, primeiro numa grande penalidade convertida pelo goleador Jackson Martínez e depois praticamente na última jogada do desafio, o mesmo Jackson bisa após assistência de Tello.


Empate que acaba por ser extraordinário – dado as condicionantes mencionadas – e faz com que o FC Porto continue na liderança do grupo e surge bem encaminhado para seguir em frente!


Análises individuais:

Fabiano – não teve muito trabalho ao longo do encontro. Na fase inicial passou por algumas dificuldades no jogo de pés e uma desatenção com Maicon poderia ter custado caro. Registou uma excelente intervenção no primeiro tempo a remate do brasileiro Taison.

Danilo – excelente exibição! Competente nas tarefas defensivas, deu imensa profundidade ao corredor direito. Tem uma acção determinante ao evitar o possível 3-1 e na sequência dessa recuperação de bola, o FC Porto obtém a igualdade. Não fosse o bis de Jackson, o lateral merecia ser coroado com o prémio de melhor em campo!

Maicon – dois erros onde num deles acabou mesmo por comprometer seriamente as aspirações da equipa. De resto, ao nível que nos tem habituado esta temporada.

Martins Indi – não se dá por ele, mas é de uma importância tremenda no sector defensivo. Craque com todas as letras!

Alex  Sandro – melhorou comparativamente à performance evidenciada em Alvalade. Devido ao facto do Douglas Costa apostar constantemente em movimentos interiores foi obrigado a fechar inúmeras vezes por dentro, não subindo tantas vezes como seria desejável.

Iván Marcano – nem parece que estava a fazer o primeiro jogo nesta posição. Sereno, deu o equilíbrio e pautou com rigor e tranquilidade o jogo através de uma posse segura e eficaz. Seja a central como agora na posição “6” está a dar nas vistas!

Herrera – continua a variar entre o bom e o mau, contudo, acabou por realizar uma exibição positiva (sobretudo na segunda parte) e acabou o jogo como médio mais recuado. Só é pena quando consegue galgar metros pelo terreno, não consiga materializar com total êxito as jogadas, seja através do último passe ou mesmo numa possível finalização.

Óliver Torres – tal como o Maicon, “inventou” num dos golos sofridos. Naturalmente veio manchar um pouco a sua exibição, mas também não é menos verdade que o jovem espanhol não acusou de todo o facto de ter claudicado nesse lance e no cômputo geral seria injusto classificar como negativa a sua exibição, isto quando voltou a dar qualidade ao meio-campo do FC Porto.

Tello – provavelmente o jogo mais conseguido da época como titular. Nem sempre toma as melhores decisões, mas o facto é que devido às suas características surge como um elemento a ter muito em conta durante qualquer encontro, seja numa fase inicial ou até mesmo com a sua entrada no decorrer da partida. Assistiu na perfeição Jackson no golo do empate!

Brahimi – mais interventivo do que Tello, faltando maior objectividade no último terço. Está ligado ao jogo pela negativa pela grande penalidade desperdiçada. Acabou por ser substituído, fruto do desgaste que evidenciava. 

Aboubakar – surpresa no onze. Não tem a mesma capacidade de segurar bola e movimentação de um Jackson Martínez, mas possui outros bons argumentos e que vão fazer dele uma mais-valia no futuro. Algo desapoiado na primeira parte, nem sempre combinou bem com os restantes colegas que surgiam em apoio. Acaba por ser algo natural, dadas as poucas rotinas que ainda apresenta no estilo de jogo da nossa equipa.


Quintero – excelente entrada! Mexeu com o jogo a todos os níveis. Andasse sempre nessa linha exibicional a música seria outra…

Jackson Martínez – melhor em campo! Dois golos que acabaram por dar um ponto aos dragões nesta deslocação a Lviv. Segundo o treinador estava com alguns problemas físicos e só isso pode explicar a sua ausência no onze titular.


Adrián López – última cartada de Lopetegui. Desta feita jogou numa espécie de “9,5” e apesar de ter estado pouco tempo em campo, gostei de algumas das suas movimentações e quem sabe se tivesse sido lançado mais cedo, poderia ter feito outro tipo de diferença.



FICHA DE JOGO
Jogo na Arena Lviv, Ucrânia.
Terça-feira, 30 de Setembro, 2014
Assistência: cerca de 35 000 espetadores.

Árbitro: Cüneyt Çakır (Turquia)


Ao intervalo: 0-0.
Marcadores: 
1-0, Alex Teixeira, 52 minutos.
2-0, Luiz Adriano, 85.
2-1, Jackson Martinez, 89 (grande penalidade).
2-2, Jackson Martinez, 90+4.

Shakhtar Donetsk: Pyatov, Srna, Kucher, Rakitskiy, Márcio Azevedo, Stepanenko, Fernando, Douglas Costa (Bernard, 79), Alex Teixeira, Taíson (Ilsinho, 75) e Luiz Adriano.
Suplentes: Kanibolotskiy, Ordets, Fred, Bernard, Marlos, Ilsinho, Gladkiy
Treinador: Mircea Lucescu.

FC Porto: Fabiano, Danilo, Martins Indi, Maicon, Alex Sandro, Marcano (Quintero, 65), Herrera, Óliver Torres, Brahimi (Adrián López, 78), Tello e Aboubakar (Jackson Martínez, 65).
Suplentes: Andrés Fernández, Ricardo, Rúben Neves, Evandro, Quintero, Adrián López e Jackson Martínez.
Treinador: Julen Lopetegui.

Disciplina: cartão amarelo para Kucher (34), Óliver Torres (35), Stepanenko (36), Maicon (48), Srna (48) e Fernando (69).


Análise dos Intervenientes; 

Julen Lopetegui (treinador do FC Porto): “Estou satisfeito com respeito à capacidade de reação [à desvantagem de 2-0], satisfeito com o jogo que fizemos antes. Fizemos um grande jogo contra um grandíssimo rival, o qual superamos em tudo. Mas isto é futebol, Liga dos Campeões. Se falhamos um penalti e demos os golos que demos, podemos perder. Mas era uma grande injustiça, como o foi não termos ganhado. Vi coisas muito positivas na equipa. Enfrentámos uma grande equipa e superámo-la. Tivemos um penálti, umas três ocasiões muito claras. Infelizmente sofremos um golo e o segundo apos várias ocasiões para empatar. Tivemos coração, alma e acreditámos até ao fim. E a equipa recebeu um grande prémio. Pouco para o que merecíamos. A equipa ainda não jogou qualquer jogo. O Jackson não estava a 100 por cento, tinha alguns problemas. Preferimos esperar para a segunda parte, se fosse necessário. Assim foi e correspondeu. Eles tinham muitas vezes quatro jogadores na frente. Precisávamos de não nos partir, com um jogador a ‘seis’ com grande experiência. O Marcano foi fantástico. Não perdeu qualquer bola e ajudou-nos muito nessa posição”.

Jackson Martinez (jogador do FC Porto): “Fizemos um excelente trabalho no primeiro tempo. Entrei para podermos ter mais ataque e mais fresco, também com o Quintero. Não estou surpreendido por ser suplente. Não assinei contrato de titularidade. Se tivesse assinado, reclamava. Todos os companheiros trabalham para uma oportunidade. Qualquer que seja a opção do treinador terá de ser respeitada. Os golos foram consequência de muito bom trabalho coletivo. A equipa estava muito bem. Faltava concretizar. As estatísticas mostram que fomos nós quem tivemos oportunidades e que eles aproveitaram as nossas perdas de bola com golos fáceis”.
  
Maicon (Jogador do FC Porto): “[Sinto] Alegria. A equipa esteve bem. O resultado mais justo era vencermos, mas infelizmente não foi possível. O empate vai dar mais ânimo para a próxima partida. Entrámos fortes e firmes. Tivemos um penalti [falhado] e dois erros defensivos que acabaram a dar golo. No geral, a equipa esteve muito bem. Justo era termos vencido. Infelizmente não conseguimos. Agora é bola para a frente e preparar o próximo jogo”.
 
Brahimi (jogador do FC Porto): “Temos de trabalhar para o jogo muito importante com Braga no domingo”.

Por: Dragão Orgulhoso

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Champions League: Shakhtar D. - FC Porto (Antevisão)

#FCPorto #Shakhtar #ChampionsLeague


O primeiro adversário a ser sorteado no grupo do F.C. Porto, e teoricamente o adversário mais cotado do grupo, foi o Shakthar Donetsk. Apesar da valia dos ucranianos, experientes nestas andanças, acabam por ser, na teoria, um dos adversários mais “acessíveis” do pote 2, tendo em conta que se encontravam entre clubes como o Manchester City, Psg ou Dortmund.

Fundado em 1936, o Shakhtar é o actual campeão ucraniano, título que conquistou por 9 vezes, sendo que conta no currículo com um título europeu, a Liga Europa conquistada em 2008/09.

Este será o 3º encontro entre os ucranianos e o F.C. Porto, depois dos encontros de 83/84, na extinta Taça das Taças, e em 2011/12, na fase de grupos da Liga dos Campeões. O histórico está totalmente do lado dos portistas, com 3 vitórias e um empate, e um saldo de 8-4 em golos marcados.

A equipa é orientada pelo romeno Mircea Lucescu há mais de uma década, e composta por uma base de jogadores ucranianos e brasileiros (quase em mesmo número). Esta tendência de aposta no mercado brasileiro é já histórica no clube, que ao longo dos últimos anos tem apostado em planteis com uma grande base de jogadores canarinhos. Esta predominância brasileira nota-se principalmente do meio campo para a frente.

Entre esses brasileiros, destacam-se alguns que foram apontados (uns com mais força que outros) ao nosso clube. Desde Bernard, a grande novela do Verão de 2013, passando por Fernando ou Taison, todos acabaram por preferir o dinheiro ucraniano, sendo que alguns já mostraram o seu arrependimento pela opção. Também Luiz Adriano foi várias vezes apontado ao Dragão, mas este sempre como dado de saída dos ucranianos. Ismaily também é outro dos nomes familiares, pela sua passagem em Portugal (Olhanense e Braga), mas há outros nomes que qualquer adepto de futebol conhece: Srna, o lateral croata que tem uma carreira que fala por si; Wellington Nem ou Douglas Costa, dois desiquilibradores de grande qualidade que terão, certamente, futuro na selecção canarinha.

Na presente época o Shakthar já venceu a Supertaça (2-0 sobre o Dynamo Kiev) e leva 5 vitórias em 5 jornadas do campeonato, o que atesta bem da qualidade destes ucranianos.

Um ponto que pode jogar a favor da nossa equipa é o facto de, devido aos conflitos actuais na Ucrânia, o jogo se disputar em Lviv e não em Donetsk. Lviv fica no extremo Ocidente do país, e torna-se quase num jogo em campo neutro, até porque o encontro será na 2ª jornada do grupo, quando as temperaturas ainda estarão, em teoria, aceitáveis. 


O primeiro encontro entre as duas equipa está então marcado para amanhã dia 30 de Setembro. 

O FC Porto viajou para a Ucrânia com os seguintes jogadores: Fabiano, Andrés Fernández e Ricardo; Danilo, Martins Indi, Marcano, Ricardo, Quintero, Brahimi, Jackson Martínez, Tello, Reyes, Evandro, Herrera, Adrián López, Alex Sandro, Óliver, Rúben Neves e Aboubakar.

Como tal prevemos que se apresente com a seguinte formação: 



Por: Eddie the Head

O modelo espanhol em equação no FCP



Desde o tempo do holandês Co Adriaance na época de 2005/2006, que passou pela equipa técnica do FCP com resultados sofríveis, pese embora, por um lado, talvez não lhe tivessem dado o tempo suficiente para impor as suas ideias de jogo, e por outro, como o mesmo há bem pouco tempo afirmou numa entrevista a um jornal da especialidade no nosso país, também optou por uma saída precipitada quando deixou o FCP, situação que ainda agora se penitencia por achar que a sua carreira poderia ter levado um rumo muito diferente para melhor em termos da sua performance desportiva enquanto técnico de futebol.



Passados que foram todos estes anos de interregno, em que o FCP enveredou por contratar consecutivamente técnicos portugueses, e em boa hora o fez pois os resultados positivos falam por si, já que os treinadores portugueses parecem continuar a estar na moda com todo o merecimento, na época em curso o FCP resolveu virar a sua preferência para o mercado espanhol, não só em termos de treinador principal, mas também apostando na qualidade de muitos jovens talentos que pontificavam nas principais equipas do país vizinho, e que por estarem tapados pelos grandes craques do futebol mundial não tinham possibilidade de se imporem nas suas equipas.

Confesso que desde as primeiras conferências de imprensa de Julien Lupetegui que fiquei com uma excelente impressão da sua personalidade, da forma como lidava com os órgãos de comunicação social, na constância num discurso onde ficava latente a importância do coletivo em detrimento do interesse individual, (e Quaresma que o diga), e apesar de alguns resultados menos conseguidos ainda comungo da mesma opinião.

No entanto, há um chavão muito antigo no mundo do futebol que tem dado os seus frutos que diz sic, “Em equipa que ganha não se mexe!”, e apesar de entender que o plantel do FCP desta época tem qualidade suficiente para se alterar esta prerrogativa, também penso que na minha ótica ainda será cedo para colocar em prática tanta rotatividade no plantel, já que o mesmo ainda está em aprendizagem de novos processos de jogo, e é notório em alguns jogadores um certo desconhecimento e desfasamento na forma como encaram determinadas situações de jogo, que só com o tempo e resiliência se conseguem bons resultados. 

Todavia, a procissão ainda vai no adro e ainda há muito tempo para retificar algumas coisas menos conseguidas na equipa, mas uma coisa é certa, desta vez não podemos dizer que não temos um plantel de qualidade e recheado de várias opções no banco, por isso, continuo a acreditar que quando se atingir o ponto crucial do campeonato, o FCP saberá dar uma resposta positiva aos seus sócios e simpatizantes.

Por: Natachas.

domingo, 28 de setembro de 2014

D’Artagnan

#FCPorto #LigadeClubes #Benfica #Sporting #Joker


À noite, à tarde e de manhã
Duelos evitados por um triz…
Com Porthos, Athos e Aramis
Queria bater-se D’Artagnan!?

Oriundo de terra moura
Terra de “espadachins”…
De Lisboa, está nos confins
Conhecida por Amadora!

Onde este vosso poeta
Serviu em Regimento
Em tantas noites ao relento…
Com arma e baioneta!

Pois não se sabia
Quando vinha de lá o “inimigo”
Metido eu no postigo
De noite até ser dia…

Aquilo que se suspeitava
Da táctica do adversário
Er’a o seu meio “literário”
Na cultura que de lá emanava…

E usavam da letra e verbo
Pr’a atacar d’imprevisto
C’o Conde de Monte Cristo
Ou o Homem da Máscara de Ferro!

Usando deste complot
Arregimentavam-se ordeiros
D’Artagnan e os Três Mosqueteiros
E ainda a Rainha Margot!

Era tant’a cultura
De Dumas e Dumas filho
Que só de dedo no gatilho
Aguentaria tal tortura!

Por isso se compreende
A propensão pr’o duelo
De quem tem na venta, pêlo
E no romance, surpreende!

O verbo é o seu ataque
Em frases d’estarrecer…
E ninguém o pode prender
Nas palavras com que nos bate!

E s’usar do punho
Contr’a jogador ou polícia
Não há qualquer pericia
Nem ponta de testemunho!

A sua cultura é tão vasta
Que luta sempre sozinho
Mesmo d’encontro ao Mourinho
Qu’é génio de pura casta!

E o Dicionário reluz
Nas obras arremessadas!
Que são verdadeiras cruzadas
Vencidas pois, por Jesus!

Tanto duelo vencido
Em tantas terras e palcos
Que de D’Artagnan, novos actos
Só no campeonato resolvido!

Qu’em cada semana o verbo
É enchido por outro Dumas
Em novas obras póstumas
Sem margem de sobra ou erro!

O herói sempre se salva
Desses duelos fatídicos!
Em tantos actos atípicos
Mesmo no fio da espada!

Há sempre um acto divino
Que salv’o herói da cruz!
Que se D’Artagnan fosse Jesus
Diria-o seu paladino!

Romances de Cavalaria
Em cada jornada que passa
Que não há lance que faça
Justiça à categoria!

Dos arautos qu’o protegem
Nessas lutas, no flanco!
São uns anjos de branco
Ou de vermelho resplandecem!

E se servirem de preto
São os justiceiros da Liga!
Que servem, há quem o diga
A Ordem do Figueiredo!

Que luta c’os d’Amadora
Contr’a hegemonia do Porto!
Por Dumas, até ser morto
Criando obra duradoura…

E nisso lev’o seu pagem
O condestável do Funchal
Que num acto eleitoral
Nos deu tão forte imagem!

Uma amálgama d’heróis
Provindos de terra santa
Qu’até Dumas se levanta
De-baixo desses “lençóis”!


Por: Joker

Escarro & Malquerer (2012/2014)

#Livro #Joker #FCPorto


Os poemas do Joker resultaram dum apanhado lírico, exposto ao longo de mais de dois anos, no blogue (da bluegosfera) Tribuna Portista ( tribunaportista.blogspot.pt), como corolário participativo num movimento de amigos portistas em prol da sua paixão pelo F.C. Porto.

A personagem, decalcada do mundo Marvel (tão querido a este autor) para, numa personificação heterónima assumir a condição do adepto comum, cuja paixão não tem limites na defesa da sua dama. O Joker, o arqui-inimigo do Batman, e super-vilão por excelência é, na óptica do autor, a personificação perfeita para dar corpo a um heterónimo, adepto de clube que prima pelo particular facciosismo e veia jocosa para encetar a sua crítica poética no quadro do panorama desportivo nacional.

Sendo adepto de um clube pouco ou nada respeitado a instâncias sulistas, e sendo o próprio Joker um alfacinha nado e criado, tem-se o mesmo em total propriedade e convicção para, num estilo próprio, encetar por si, a crítica aquilo que considera o para-sistema do desporto português.

A escolha da poesia, como técnica e arte de escrita, resultou da continuidade e gosto do autor noutros trabalhos e publicações. A encarnação do Joker neste contexto, revelou-se, efectivamente, acertada. Nada como um vilão de riso fácil e veia assassina para dar corpo à luta que se trava na Gotham City do desporto português.

Depois do famigerado processo apito dourado e apesar de todos os arquivamentos decorrentes das teses acusatórias, o F.C. Porto mantém-se, à luz dos jornais e das televisões da capital, como o patinho feio e o alvo a abater nas coordenadas dos seus shares televisivos ou tiragens diárias. O FCP, a última grande instituição fora da capital que ainda resiste aos poderes centrífugos de Lisboa, é visto como um case-study de sucesso aos olhos estrangeiros, mas alvo das campanhas mais ignominiosas dentro do próprio país que o alberga. Nesta senda, creio que todo e qualquer adepto do FCP se identifica com esta luta de resistência aos poderes tirânicos e despóticos da capital, que não suporta a prevalência do sucesso desportivo dum clube erguido sob a égide duma figura incontornável e carismática: Jorge Nuno Pinto da Costa!

Se o FCP é o alvo a abater, o seu Presidente é o móbil desse crime lesa-majestade nacional: a inveja! Tantas vezes copiado, e mil vezes imitado, sem que o seu sucesso permanente ao longo de mais de trinta anos à frente dos destinos do FCP tivesse sido rebatido, o Papa, como é (des)classificado o grande obreiro do sucesso do FCP, acaba por se tornar, naturalmente, como a figura de referência (e reverência!) deste vilão-poeta que, por mais estranho que pareça, só pretende divertir, agraciando a (Liga da) Justiça!

Lisboa, 26 de Setembro de 2014

O Autor



É com grande prazer que apresentamos as "Crónicas do Joker", todas compiladas em livro com o titulo "Escarro &Malquerer". Uma obra Poética, satírica, irónica e carregada de bilhetes postais para os nossos adversários.

Para aqueles que passam o seu tempo a insultar, ameaçar têm aqui uma boa obra para comprar e reflectir se tanta estupidez  valeu ou não a pena, se tanto cometário de cariz (não) educativo apagado fosse publicado  por certo até faria com que o sucesso fosse maior, O Joker cresceu, tem obra feita. E continuará a motivar-vos para a escrita.

Para os outros e são muitos mais os que admiram o Joker, o seu talento, têm aqui num só livro a possibilidade de ter todas as crónicas compiladas e organizadas para mais tarde rirem ou lembrarem de forma séria o tanto que  os "inimigos" ofenderam o nosso FC Porto e o tanto que o Joker (Portista de Lisboa com muito orgulho) com o seu Humor, sarcasmo e coragem sempre procurou dar uma resposta no seu estilo.

Para o Joker, nós os amigos, desejamos todo o sucesso, sentimos orgulhosos por ser-mos seus amigos e desejamos que não pare, a Tribuna Portista sem o Joker não era a mesma.

Para todos: o Livro encontra-se já disponível online no seguinte endereço: http://www.amazon.com/dp/B00NZBEF48


Por: Tribuna Portista

sábado, 27 de setembro de 2014

Primeira Liga: 6ª Jornada; Sporting 1 - 1 FC Porto: TIKI RUSH ou TIKI TAKA?

#FCPorto #Sporting



Guardiola celebrizou o TikiTaka.
Toda a gente conhece o Kick&Rush inglês. Bola no ar e passes longos.

Os primeiros jogos do Porto estão sarapintados duma mescla das 2 ideologias.
O tikitaka entre Fabiano, os 4 defesas e Casemiro.
O kick and rush depois de 25 passes entre estes 6 como forma de ligação entre a defesa e o ataque.
O Tiki&Rush é um bom resumo da 1ª parte do FC Porto que entra directamente para o ranking dos piores 45 minutos dos últimos 5 anos.

Sporting contundente, adulto, animalesco, esforçado e limitado de um lado.
Tiki&Rush do outro.

O único momento mais tranquilo ocorria quando o Sporting saía em ataque organizado. Dava tempo para o meio-campo se juntar, a defesa se organizar e, com sorte, podia cair-nos no colo um passe errado que colocasse Herrera, Quaresma ou Brahimi no jogo.

Isto, porque no tiki&rush esses 3 não existem.

Existem os 30 passes da ordem entre os 6 lá de trás que permitem golear na posse e ajudar o adversário a arrumar-se defensivamente.

Se a pressão alta e inteligente do adversário não intercepta nenhum desses 30 passes do Tiki está na hora do Rush. Sai um Kick de Marcano, Indi ou do Quarter Back Casemiro e Jackson que corra, salte e se safe.

Este foi o 3.º jogo fora que fizemos para o campeonato. 
A 1ª parte em Paços de Ferreira foi má. 
A 1ª parte em Guimarães pavorosa. 
A 1ª parte em Alvalade uma catástrofe.

Ring a bell? Anybody home Mc Fly?

O Porto não tem meio-campo.
O Porto não quer ter meio-campo.
O Porto parece fugir do taka como o diabo da cruz.
Não há jogo interior. Jogadores dispersos pelo terreno. Futebol excessivamente lateralizado. 

O grande problema do Porto está no início de construção em que prolifera o Tiki para depois se perder a bola num Kick.
O grande problema do Porto está no verdinho e deslocado médio de transição que joga no coração do jogo como o Ivica Krajl jogava quando saía um cruzamento.
Vou ou fico? Acho que vou. Espera lá….sou capaz de chegar atrasado. Fico? Vou?

Não havendo construção, não havendo transição o Porto só pode viver da pressão ofensiva.
Será que pode?

Assim, também não.

Se o médio de transição joga como o Ivica Krajl das balizas a qualidade de pressão deste Porto fica ao nível da de Paulo Fonseca. Fica ainda pior porque onde Josué e Licá eram mais úteis era nesse capítulo.

É no meio desse buraco negro que nos ia tirando pontos em Paços, nos empalideceu na 1ª parte de Guimarães e nos travou na 2ª parte contra o Boavista que vivemos a primeira parte.

Ruben perde uma bola no meio. Nani avança aos solavancos sem ter nenhum médio defensivo que lhe barre a entrada de forma brusca, Alex Sandro abandona os seus aposentos, Fabiano copia os companheiros brazucas e surge o golo.

A grande notícia desse lance é que a bola entrou e Danilo não faz penalti.

O resto da 1ª parte é demasiado penoso para gastar linhas. Tiki na defesa, Kick para o Rush no ataque. Taka no banco. Buraco no meio.

Por sorte nossa, algum deficit de talento deles e qualidade dos centrais e redes o resultado fica 1-0. 

Aí começa outro jogo. Não sei se o herói é o menino que traz o taka para a frente do tiki ou do basco que percebe que com o buraco no meio não vamos lá.

Em Guimarães Evandro pareceu virar herói. Hoje foi Oliver. 
Começo a achar que o réu é quem coloca um bom e promissor médio-defensivo a fazer de box to box e perde pau e bola.

Redondo nunca pode jogar à Arturo Vidal. Se Lippi quisesse fazer de Paulo Sousa um Yaya Touré desgraça-lo-ia. Se esses Redondos ou Paulo Sousa tivessem 17 anos e ainda longe do seu potencial físico era para lá de desgraça.


Tudo é diferente na 2ª parte. 

O tiki maçador permanece. Só que o Kick&rush desaparece. 
Oliver taka convida os seus amigos para dançar e Brahimi e Herrera parecem gostar mais desses passos.
Tello tem a sorte de ter a música que faltou a Quaresma para dançar.
Danilo e Alex perdem o medo de subir. Casemiro deixa de ter pretextos para tentar um homerun.

O Sporting continua meio robotizado.
Contundente, adulto, esforçado e algo limitado. O animalesco desaparece porque não são robots por inteiro e também se cansam.

A diferença entre a tenebrosa 1ª parte e a louvável 2ª parte obrigam Lopetegui a tirar as palas e perceber porquê. Porquê?
Será porque o Oliver ou o Evandro são muito melhores que o Rúben?
Será pela troca de extremos?
Ele tem que perceber. Eu ajudo. 
Redondo, Arturo Vidal, Paulo Sousa, Yaya Touré. Todos médios, todos diferentes.
Ivica Krajl.


Oliver pega no jogo, dá-se ao jogo, junta-se a Herrera na pressão e a equipa acorda.

Só dá Porto. Brahimi tem espaço e isola Jackson que de tanto esperar que Patricio caia perde o timing de remate.

Criam-se redes de transporte de bola. Tello, Herrera mais o lateral de um lado.
Oliver, Brahimi e o outro lateral do outro.

O Sporting tem um meio-campo duro de roer mas como não tem extremos que defendam não resiste ao ataque dos triunviratos criados a partir do minuto 46.

Numa dessas combinações Danilo aparece solto pelo lado direito e a sorte dá com uma mão para mais tarde tirar com a outra.
1-1 e vamos a eles.


Casemiro lesiona-se. E agora? Lopetegui volta a mexer bem. Não podíamos perder o momento e desfazer os triunviratos criados à esquerda e à direita.
Quem entrar vai para trinco. Homem por Homem.

Reyes é escolhido e o momento não se perde. A sensação que passa é que o Porto está por cima do jogo e que o Sporting tremendamente superior da 1ª parte sobrevive abananado com a perda de poder.

Na supremacia portista há apenas um hiato entre o minuto 70 e 80 em que o momento parece se perder com algumas perdas de bola à Herrera no inicio de construção. Num livre de Nani que dá alivio, Capel faz tremer a baliza de Fabiano.

Esse é o suspiro final do Sporting. Marco Silva faz peito com as substituições mas os últimos 13 minutos são nossos. Tello 2 vezes, Calcanhar de Jackson e Brasil-2014 de Herrera fazem com que o empate saiba a fel.
Patricio, Olegario e Mauricio juntam-se à falta de inteligência de Tello e roubam-nos mais 2 pontos.




Se Lopetegui tiver aprendido, este empate pode valer ouro.
Se Lopetegui não tiver aprendido, a lesão de Casemiro poderá servir de cábula para a Champions.
Se Lopetegui não tiver aprendido e insistir neste Tiki&Rush com Ivica Kraljs e Quarter Backs no meio-campo construtor e destruídor então estamos JODIDOS e este empate é o menor dos males.
 Análises individuais:

Fabiano – Abre o jogo com uma saída extemporânea que ajuda ao golo leonino. A partir daí esteve sempre no sítio certo e deu tempo a Lopetegui e ao Porto para ter oportunidade de dar a volta ao texto.

Danilo – A exibição dos laterais espelha o diferencial entre o inferno da 1ª parte e a recuperação da 2ª.
Não subiam porque era inútil com o TIKI RUSH. Não chegavam a tempo depois dos Kicks e era esforço inútil.
Estavam na mira do adversário se falhassem um dos 25 passes do tiki.
Não tinham ajuda dos extremos e à frente do seu sector tinham um buraco e o caos organizativo.
Sofreu muito na 1ª parte. Na 2ª, quando a música foi outra e o RUSH ficou no banco teve tempo para ser seguro atrás e ajudar no ataque.

Alex – Pior que o companheiro de sector na fase critica. Menos participativo que o companheiro de sector na boa fase do Porto.
A mediania da sua exibição é também fruto do vírus que a cratera do meio-campo espalhou por toda a equipa.

Marcano – Gostei no Domingo e gostei hoje. Os centrais do Porto mostraram que são Homens de barba rija. Capazes de não vacilar nas tempestades e de mostrar aos imberbes, imaturos e ingénuos médios que não é com subtilezas nem pormenores que a coisa vai.
Tem qualidade, tem classe e não deixa de dar o seu chutão.
Parece que acertamos nas contratações para a defesa.

Indi – MEA CULPA. Escrevi que este é o tipo de jogador seguro e fiável que nunca nos falhará mas que jamais seria o melhor em campo.
Mentira. Foi. Sempre focalizado. A distribuir a fruta por ele e pelos imberbes. A irritar o adversário. A jogar do lado oposto ao seu. A varrer. Sempre sempre focalizado.
Olhem o meu exemplo e façam pela vida.
Liderou.

Casemiro – Vou fazer copy paste da minha última análise ao Casemiro:

Um 6 deve ser um equilibrador. Casemiro é um desequilibrador. Nasceu para lavrar o campo todo, para ter e procurar bola como se não houvesse amanhã. Nem é uma questão de discutir (utilizando o exemplo dos que têm uma nova vida e uma nova alma) se ele é mais Matic e menos Javi Garcia.
Nem sequer se põe essa comparação porque Casemiro é mais Enzo Perez do que Matic.

Permanece actual. Temo que continue no copy paste de agora em diante.

Até que Lopetegui perceba. Se não perceber ao menos que lhe dê uns vídeos da movimentação do Reyes na posição. Mais cérebro, menos pernas.

Herrera – A dupla personalidade habitual. O perigo constante para todas as balizas. O desequilíbrio de génio à frente com um passe, um remate ou uma arrancada e a asneira idiota com a perda de bola em local proibitivo e o passe kamikaze atrás.
Foi o menos mau dos médios na 1ª parte. Por estranho que pareça o Herrera da 1ª parte parecia o médio em campo mais preparado para jogos desta intensidade.
O problema é que este Herrera mais preparado não é muito diferente do Herrera que era o menos preparado do meio-campo do último ano quando partilhava o relvado com Fernando, Defour e Lucho.
Nos últimos minutos balançou entre o herói e o réu.

Rúben Neves – Chamei a este menino Rocket Neves tamanha a precisão, o critério e a inteligência com que passava a bola da sua Torre de Controlo.
A jogar a 6 compensa o deficit físico e de intensidade com os antecessores Paulo Assunção e Fernando com o cérebro e o talento.
Acontece que Lopetegui quis transformar um bom controlador aéreo num piloto de aviões.

Rúben não está preparado para isso. Ele coordena, percebe e age quando está no seu quintal. Aí consegue camuflar a disparidade atlética e dar à equipa o que ele tem de melhor e o que escasseia no plantel.
Mais à frente e sem rede de apoio joga à Ivica Kralj. Parece nunca saber se está 1 passo demasiado à frente ou demasiado atrás. 
Não joga de memória porque não tem memória de ali jogar. Não consegue mostrar os atributos porque vive na dúvida e o seu corpo não está preparado para o amasso competitivo.
Afunda-se e afunda a equipa. Afundamo-nos todos.

Quaresma – Jogou pouco mas é também vítima do TIKI RUSH da primeira parte. Nem Messi dançava com aquela música grotesca.
Teve tempo para mostrar que não tem o equilíbrio emocional exigível para quem faz parte duma equipa como o Porto.


Brahimi – Tentou remar contra a maré na 1ª parte mas sem sucesso. Para participar no jogo tinha que vir fazer de médio mas depois tinha um mundo de pernas e relva para chegar perto da grande área adversária.
Os livres seriam sempre demasiado longe e as fintas inúteis.
Com o regresso do TAKA na 2ª parte fez uma optima parceria com Oliver e foi importante na revolução operada.
Acabou de rastos e seria ele a sair se Lopetegui tivesse possibilidade de uma 4ª substituição.


Jackson – A nota seria positiva caso não tivesse desaproveitado aquele lance no ínicio da 2ª parte.
A nota poderia ser estrondosa se o braço de Mauricio não existisse.
Fez o que pode no horripilante TIKIRUSH e participou activamente no TIKITAKA.


Oliver– Também é menino mas pôs ordem na casa porque se nega a jogar ao KICK.
O que o Porto precisava a gritos era de um médio associativo. Foi.
O que o Porto precisava a gritos era de um médio com intensidade e critério de pressão. Foi.

É ele o maestro da orquestra da 2ª parte. Deu vida a Danilo, Alex, Brahimi, Herrera e Jackson.
Felizmente tirou vida e importância a Casemiro.
Tem que ser titular.

Reyes – Muito bem. Tive uma sensação estranha ao vê-lo. Parecia mais seguro de si e mais capaz de transmitir tranquilidade a todos num jogo de elevado grau de dificuldade, em que jogava fora da sua posição e entrando a frio.
Foi o 6 atento e posicional que a equipa precisa. Soube não inventar, dar linhas de passe e morder o adversário na zona que era dele e só na zona que era dele.
Ainda fez cócegas ao adversário no ataque no lance em que Jackson não marca de calcanhar porque o braço de Mauricio não deixa.
Um reparo apenas: nos lances de bola parada defensivos ele (ou a equipa) esqueceram-se de guardar a entrada da área. Todos os alívios que lá iam parar eram do Sporting.


Tello – Mais um copy paste do jogo com o BATE:

Poderá vir a ser, estilo NBA, o melhor 12.º jogador das competições. Quando entra na 2ª parte a diferença de andamento faz nascer a ideia que estou num domingo à tarde a ver Formula 1 e que há um carro em pista com tanque vazio, pneus novos a dar 5 segundos por volta a toda a gente.

Mantenho este pensamento. A sua velocidade e atracção pela baliza tornam-no imprescindível nos 14. Essas qualidades ajudaram-nos a empatar o jogo.
A incapacidade que tem demonstrado na definição dos lances tornam-no questionável no 11.
Esses defeitos impediram-nos de ganhar o jogo.

Ficha de Jogo:

Primeira Liga: 6ª Jornada
Sporting 1 - 1 FC Porto
Estádio de Alvalade, Lisboa
Assistência: 37999
Àrbitro: Olegário Benquerença (AF Leiria)
Assinstentes: Ricardo Santos e Luis Marcelino
Quarto árbitro: Tiago martins

Sporting: Rui Patrício; Cédric Soares, Maurício, Naby Sarr e Jonathan Silva; William Carvalho, Adrien Silva e João Mário; Carrillo (Capel, 65), Slimani (Montero, 78) e Nani (Carlos Mané, 78).
Suplentes: Marcelo Boeck, André Martins, Rosell, Paulo Oliveira.
Treinador: Marco Silva.

FC Porto: Fabiano; Danilo, Marcano, Martins Indi e Alex Sandro; Rúben Neves (Óliver Torres, 45) , Casemiro (Diego Reyes, 60) e Herrera; Ricardo Quaresma (Tello, 45), Jackson Martínez e Brahimi.
Suplentes: Andrés Fernández, Evandro, Adrián López e Aboubakar.
Treinador: Julen Lopetegui.

Golos: Jonathan Silva (2'), Naby Sarr (p.b., 56').
Disciplina: Cartões Amarelos para; Cédric, Maurício, Slimani e Nani do lado do Sporting e Quaresma e Tello do lado do FC Porto


Por: Walter Casagrande

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Escutas

#Benfica #Sporting #FCPorto #Joker


Lançaram as escutas
Depois do arquivo…
Um gesto conhecido
Em tantas lutas!…

Tantos processos
Tanto aparato!
E o “novo” facto
É repetirem os “nexos”!?

Colocam as “provas”
No Canal WC!?
Justificand’o porquê
Das suas derrotas?

S’até a UEFA
Abriu um processo
A esse “sucesso”
Qu’o sporting atravessa…

Qu’é de estranhar
Que na WC Tv
O Fair-Play se vê
Na véspera de jogar…

Como são impolutos
Falam da “vergonha”
C’o medo lá s’imponha
P’la vitória dos “corruptos”!

Por isso lança atoardas
Contr’a os tribunais
Nos cumprimentos legais
Como “golpadas”!

Doeu-lh’o arquivamento
Em várias instâncias…
Que só por manigâncias
O queria “dentro”!

Ainda vai a tempo
De ver condenações
Noutras decisões
Que virão no assento!

E então verá
Qu’o rasgar contratos
E outros artefactos
É prova tipo A!

Da mais cristalina
Que val’ao tribunal
Que num acordo igual
A outra parte assina…

E toma por justo
Que na hora da venda
A percentagem s’entenda
P’lo valor do custo???

Só mesmo d’espertos
Que usam das escutas
Para esconder as custas
Que virão doutros processos!

E na véspera do jogo
Que já roubados estamos
Nisto mais condicionamos
O fora-de-jogo…

Qu’o ano passado
Deu a vitória!
E tanta glória
Ao “apito dourado”!

Que não duvido
Qu’o Benquerença
Tenh’a Sentença
No seu ouvido!

E podado
Nas belas escutas
Faça vista-curtas
A outro albarroado!

E qu’o Cédric
Se tenh’a postos
E nesses “encostos”
Já bem s’aplique!

Só falt’o querido
E bom do Rufo
Que não é um intruso
E é bem escolhido!

Que coitado
Foi perseguido
Por um foragido
Em pleno relvado…

E que na internet
Revelou os gostos!!
Tantos sobrepostos….
Que lá se repete!

E nessa liberdade
Foi vilipendiado
Por estar d’encarnado
A apitar de verdade!

E nisto a APAF
Socorreu o sócio!
Que no período d’ócio
É com’o de Fafe!

Que só vê vermelho
Por isso s’arrima
Com’o ponta Lima…
Nesse estádio cheio!

Nas escutas se prova
Este benefício!
E o pretenso vício
Em mais uma manobra…

Estamos preparados
Pr’a mais uma arbitragem
À fora-da-margem
Pr’a sermos roubados!

Pois essa emissão
Já está a vencer
Qu’isto a acontecer
Noutra televisão

Era condicionar
Os árbitros ao jogo
E um processo novo
Para anunciar!

E quem sabe, a sentença
De condenação!
Com a despromoção
No apito do Proença?

Ou então do Capela
Que tem sempre Bom
E tem nele o dom
D’apitar pr’a cela!

E porque não do Paixão?
Porque não do Duarte?
Todo’s um baluarte
De plena isenção?

Estão todos protegidos
Não aceitam fruta…
E deles não há escuta
Pois são todos Queridos!!!


Por: Joker

Arquivos…

#Benfica #Porto #Sporting #Joker



Novidades jurídicas
Sentenças a pedido
Nomeação do “querido”
Suspensões cirúrgicas?

No “apito dourado”
Pois com certeza!
Dad’a a clareza
Do beneficiado!?

Suspender o jogador
Pelo tempo do lesionado
Que trajava d’encarnado…
Foi inovador!

E a quem tocou
Suspender por simulação?
Por uma “sanção”
No pénalti que cavou?

E quem usou do túnel
Pr’a vencer?
E nisso suspender
C’o testemunho a granel?

Na isenção do João
Que podia ser…
Que podia ver
Tod’a e qualquer agressão!?

Só não viu a do Maxi
Sobr’o Moutinho!
Ali rasteirinho
C’um verdadeira tackle!?

E ir jogar ao Algarve
Pr’a vencer por certo
O campeonato em aberto
Contr’o Estoril e a trave?

E o campeonato do Jardel
Com trinta penalidades!!?
Qu’em tais liberdades
O sporting é fiel!?

E o depósito em conta
Feito pelo Visconde?
Qu’agora está “a monte”
também não conta?

Ah, está em processo
E não foi julgado…
É arguido, não culpado!
Vamos dar a volta ao texto!

E o “apito dourado”
Que foi rebatido!?
A tais instâncias subido…
E ainda é culpado?

É uma perspectiva
Da novidade jurídica…
Ond’a imprensa pírrica
Não deu enfoque ou vida!

Não lhe serviu
Os seus propósitos!
E nos seus tópicos
Lá não se viu…

É a propaganda
No seu auge!
E que nesse ultraje
Por lá se comanda!

Mas o mundo roda
E dá muitas voltas!
E há notas soltas
Qu’ainda se recorda…

S’até o Reco-rd
Muda de director!?
Pr’a vender melhor…
A Norte?

Qu’ainda vou viver
Pr’a ver a Bola
Fazer uma parábola
C’o Porto a vencer!

E por bem recordar
Do agreste passado
O Apito Dourado
Em modo ARQUIVAR!


Por: Joker

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Descarregar a água no WC

 #FCPorto #Sporting

Sexta-feira teremos clássico em Alvalade! O momento não é de todo o melhor para o FC Porto, que não vence para a Liga desde a 3ªjornada e como tal, acima de tudo é importante vencer, num reduto onde tradicionalmente os dragões costumam passar por inúmeras dificuldades.

O Sporting tem feito um início de competição extremamente irregular, contabilizando nesta altura duas vitórias e três empates, no entanto, na ronda anterior obtiveram um triunfo bastante esclarecedor em Barcelos, derrotando o Gil Vicente por 4-0, num jogo onde o médio João Mário esteve em particular evidência, conferindo uma dinâmica interessante. Apesar dessa irregularidade a nível de resultados, a equipa liderada por Marco Silva encontra-se apenas a dois pontos do FC Porto e assim sendo, caso leve a melhor sobre a formação azul e branca, ultrapassa-os na classificação.

Depois de uma temporada surpreendente sob as ordens de Leonardo Jardim, a equipa leonina partiu para a nova época carregada de ambição, desta feita contando com Marco Silva no comando técnico, ele que rubricou um trabalho excepcional ao serviço do Estoril, tendo agora oportunidade de trabalhar num dos principais clubes nacionais.

Para o clássico, Marco Silva não deverá mexer muito na equipa que entrou de início em Barcelos, sendo expectável o regresso do brasileiro Jefferson ao lado esquerdo da defesa, relegando para o banco de suplentes o argentino Jonathan Silva, mantendo na direita o português Cédric Soares.

No centro da defesa e jogando à frente do intocável e capitão Rui Patrício, a dupla Naby Sarr e Maurício permanece de pedra cal, sendo dois jogadores que destacam-se mais pelo físico e entrega ao jogo, do que propriamente nos momentos com bola, revelando dificuldades na primeira fase de construção, obrigando ao recuo de William Carvalho, algo que poderá ser aproveitado pelos dragões no momento de pressão em terrenos mais adiantados, de forma a dificultar a organização ofensiva do adversário. William Carvalho que assume uma importância tremenda no momento de equilíbrio, surgindo igualmente na zona intermédia Adrien Silva e João Mário. No jogo contra o Gil Vicente, o jovem médio surgiu no lugar de André Martins, assegurando outro tipo de qualidade de passe e critério na sua execução.


Quanto ao ataque, o regressado Nani será um jogador a reter certos cuidados, até pelas suas movimentações tanto por dentro como por fora. Na outra ala, existirá a dúvida entre Capel e Carrillo, no entanto, consideramos que para o clássico o atleta peruano levará alguma vantagem em relação ao jogador espanhol.

Como elemento mais adiantado, o goleador Slimani será a principal referência ofensiva leonina, possibilitando assim maior verticalidade aos alas e outro tipo de profundidade no jogo lateralizado na procura de uma referência na área, algo que não é possível efectuar de forma sistemática quando Montero ou mesmo Tanaka actuam na posição “9”.



No FC Porto, o central Maicon será baixa confirmada devido a castigo e como tal será expectável a estreia da dupla Martins Indi e Marcano no centro da defesa, curiosamente dois jogadores esquerdinos. Se por um lado, o central brasileiro encontra-se indisponível para o clássico, por outro, salientar o regresso após lesão do médio criativo Óliver Torres, ele que se lesionou no ombro diante do Moreirense e surge como candidato ao onze inicial, numa equipa que deverá conhecer algumas alterações comparativamente ao último encontro.



Mais do que arrancar uma grande exibição, o fundamental é levar de vencida os três pontos, de forma a regressar aos triunfos no campeonato e com isto elevar a confiança da equipa para os restantes compromissos, existindo claro está a possibilidade de aumentar distâncias em relação a um concorrente directo na luta pela primeira posição.

Face à lista de convocados (Fabiano e Andrés Fernández (g.r.); Danilo, Martins Indi, Marcano, Casemiro, Quaresma, Brahimi, Jackson Martínez, Tello, Reyes, Evandro, Herrera, Adrián López, Alex Sandro, Óliver, Rúben Neves e Aboubakar.) apostamos num 11 perto do seguinte: 




Por: Dragão Orgulhoso
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